Amor. Até que ponto é verdade?

 

 O Rav comenta que as pessoas gostam do outro pela estética, pela beleza. As pessoas se enganam muito hoje em dia. As pessoas amam o outro por que  o outro é legal ou porque o outro têm uma voz bonita. E com o passar do tempo as pessoas se cansam. Eram tantas frases bonitas. É uma tremenda confusão mental. A sensação que elas pensam que têm,  o sentimento, se desvanece facilmente.

O amor verdadeiro é aquele que nasce de um coração verdadeiro. O que vale são as atitudes e a boa índole da pessoa.

Mas as pessoas falam tantas vezes que amam uma pessoa, mas ao cabo de alguns meses já não gostam mais. Se a outra pessoa não diz aquilo que a pessoa quer ouvir, ela a deixa de amar. Hoje, o que vale é conveniência. Se aquela pessoa  está sendo conveniente  para meus desejos, eu à tenho como uma pessoa amada.

O amor verdadeiro se doa. Não vê a beleza como principal. Pois, a beleza vai  passar.

Hoje em dia a primeira coisa que se vê, é se a mulher é "boazuda" e bonita. Mas, nada disso acrescenta na convivência do dia a dia. Quando duas pessoas passam todo dia pela outra perfumada, elegante, de bom asseio, essa pessoa é amada. Mas essa mesma pessoa têm os seus momentos de naturalidade. Ela estará com mau odor, despenteada, e com o rosto amassado. A mascara caiu. E agora??? Aí as pessoas separam-se, trocam de parceiro, divorciam. Porque? Porque cansaram de suportar  a naturalidade daquela pessoa. E aquelas palavras bonitas no começo de tudo? Eram mentiras?

Ainda há uma outra coisa que incomoda: o sexo. Têm mulher que pensa que o homem é uma máquina.  Que têm a obrigação de satisfazê-la, senão não é homem. Quanto mais têm, mais quer ter. Não há o respeito pela individualidade do homem.

Outra coisa que fazem com que as pessoas desistam da outra, é a ROTINA. As pessoas estão insatisfeitas. Têm pessoas que mudam de casa, como se muda de roupa. Outras mudam o móvel da casa toda semana, porque estão cansadas da rotina.

Se o sol se cansasse da sua rotina, de todo dia iluminar o mundo,  já não havia mais vida na terra. Se a lua se cansasse de influenciar as marés, não havia mais peixes para a nossa alimentação. Se o AR deixasse de passear pelas avenidas do mundo, deixaríamos de respirar. Não mais existiríamos.

Estudamos a Torá toda semana, todo ano, por toda a vida. Se cansarmos dessa rotina. Morreremos todos.

Não comemos todos os dias? Não nos banhamos todos os dias?

Esse "raio" de ROTINA"  é quem estraga tudo? Não. O que estraga tudo , são pessoas vazias, cujo interior está inflado de coisas superficiais, artificiais, de puro fermento.

Apesar de fazermos as mesma coisas todos os dias, a vida é cheia de adversidades, não dá para cair na rotina. É só sermos criativos e compassivos.

Todos temos defeitos. Não existe ninguém perfeito. E os defeitos aparecerão, mais cedo ou mais tarde. Se conseguirmos suportar os defeitos da outra sem "escracharmos" essa pessoa e ajudá-la a consertar-se, então estaremos amando verdadeiramente.

Acontece, que existe defeitos que nunca serão consertados. Porque não são defeitos, são características da individualidade daquela pessoa.

Acontece, que nós queremos fazer daquela pessoa o que nós gostaríamos de ser e não somos. Ou seja, a nossa "alma gêmea". Idêntica em tudo, porém,sem defeito.

Entramos nesse mundo com a alma pura, e nos contaminamos com as convenções humanas, com as invenções, com os tabus de uma sociedade que se diz organizada, mas, desorganiza toda uma estrutura da natureza com os preconceitos que D'us não colocou.

Vi um vídeo na TV de um LEOPARDO que caçou uma MACACA  BABUÍNO , vendo que a macaca tinha uma cria,  se compadeceu do filhote que saíra do ventre da MACACA no momento que esse LEOPARDO dilacerava a sua preza, e largou a caça, pegou o filhote que não era seu e, o levou para uma árvore bem alta e vigiava para que as hienas não o atacasse. Deitou-se perto do filhote BABUÍNO  e começou a lambê-lo.

Amar é: suportar o diferente, cuidar, ainda que não  seja seu, pois pertence a adversidade das criaturas criadas por D'us. Obedecendo porém os critérios da Torá.

 Obs. Essa reflexão foi inspirada no vídeo do Shaarei Biná - Amor. Até que ponto é verdade.

Shalom.

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