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LIVRO MEMÓRIAS DE UM RABINO SECULAR HUMANISTA
Em Memórias de um rabino secular humanista, o autor Jayme Fucs Bar nos apresenta passagens de sua vida marcada pela identidade judaica. Essas memórias misturam-se aos relatos de pensadores e movimentos sociais e judaicos que influenciaram sua visão da história e seu modo de ser e viver: um judeu humanista. Numa narrativa envolvente, o livro traz, ainda, estudos e argumentos que convidam à reflexão sobre povo tão singular. Jayme Fucs Bar, com lirismo e erudição, coloca em segundo plano o fervor religioso e conduz o leitor interessado a compreender melhor como vive um rabino secular humanista.
Diário de Guerra 44 - Uma Voz Judaica - Jayme Fucs Bar
Na qualidade de judeu que se define como Humanista, sionista e socialista, sinto-me cada vez mais a necessidade do ativismo para denunciar e desmascarar essa “Esquerda fascista”.
Parte desse grupo que se reivindica como “Esquerda Mundial” – a qual, na verdade, se transformou em novo tipo de fascismo pós-moderno, luta, de um lado, pelo direito justo da autodeterminação do povo palestino, mas, de outro, nega a existência de Israel e vê o Judaísmo/Sionismo como uma rede de interesses econômicos, que atua para o domínio geopolítico da economia mundial.
O mais interessante é constatar que parte dessa esquerda faz ‘frente única’ em sua estratégia com as forças ultra religiosas do fundamentalismo islâmico mundial. ‘Frente Única’ para propagar o ódio e deslegitimar a existência do Estado de Israel, ampliando o crescimento do racismo e do antissemitismo na sociedade em geral.
Incrível é que o êxito dessa política vem contribuindo, cada vez mais, para Israel se fechar ao mundo pelo medo da ameaça à sua existência, fato que somente fortalece cada vez mais as forças ultranacionalistas e fundamentalistas israelenses.
Como ativista pela paz e pela não violência, cada vez mais sinto arrepios ao pensar nas consequências da nova estratégia desses grupos que se definem como “Esquerda”, dentre eles, o Brasil, que atuam em harmonia com as forças obscuras dos governos e das organizações fundamentalistas e antidemocráticas, como Irã, Hisbolá, Hamas, ISIS estado Islâmico e Síria.
Por sua vez, arrepia-me ver a legitimidade institucional que vem ganhando os setores radicais ultranacionalistas dentro da sociedade israelense, levando a política atual do governo de Israel a um beco sem saída e se afastando totalmente da possibilidade de se encontrar um possível acordo de paz entre Israel e o povo palestino.
Arrepio-me só de pensar como essas novas tendências fascistas, camufladas de esquerda, e seus ‘companheiros’ fundamentalistas islâmicos entendem colocar em prática a não existência do Estado de Israel. O que farão com os Sete milhões de judeus que aí vivem hoje e os outros 3 Milhões de" Hereges "Cristão, muçulmanos, Beduínos, Drusos, Bahay , que vivem e são parte do estado sionista?
Arrepios e medo maior sinto ao pensar na reação de Israel nas mãos dos ultranacionalistas, que, diante de uma ameaça como essa, poderão sem dúvida criar consequências dramáticas que colocariam em jogo toda humanidade.
Portanto, necessitamos hoje mais do que nunca da voz judaica sã, responsável e comprometida com o destino do Estado Judeu democrático.
Necessitamos da voz judaica que não tenha medo de criticar a política do governo de Israel frente à continuidade da ocupação dos territórios ocupados e exaltar a precisão de um acordo de paz imediato.
Necessitamos da voz judaica que acredite no Estado Judeu da Carta Magna de sua independência, comprometido com a visão dos profetas de um Estado Judeu democrático, baseado na garantia da liberdade e dos direitos de todos seus cidadãos,
visando à paz com seus vizinhos, que seja voltado aos valores de justiça social e da solidariedade, além de fiel aos princípios da Ata das Nações Unidas.
Necessitamos da voz judaica que faça ouvir o imperativo recíproco da autodeterminação de um Estado Palestino ao lado do Estado Judeu, como dois povos e dois países, capazes de conviver e de se respeitar sob a bandeira da paz e da não violência.
Necessitamos da voz judaica que não tenha medo de enfrentar e delatar o fascismo e o antissemitismo camuflado de antissionismo dessa ‘esquerda’ que virou massa de manobra do fundamentalismo radical Islâmico
Diário de Guerra 35 – Você sabia? Jayme Fucs Bar
Quando eu vivia no Brasil, e ainda era um adolescente, passei umas férias em Teresópolis com alguns amigos. Lá conheci uma menina que era nascida e criada na cidade. Começamos a nos encontrar e, passado um tempo, ela me convidou para ir num Domingo em um evento social da Igreja que ela e a família frequentavam. Disse a ela que até poderia ir ao evento da Igreja, mas que eu não era cristão e sim judeu. Me lembro bem da carinha dela de espanto e as frases que se seguiram: "Você é judeu? Mas você é um cara muito legal."
Com certeza quem é judeu ou judia passou por algum tipo de situação como esta. Não que a pessoa já seja má de nascença, com pré-conceitos a judeus e judias. Mas essa é a forma que muitos são criados, aprendendo desde cedo a ver o outro como um ser demonizado.
Aprendi que a única forma, quando você não conhece o diferente, é procurar estudar e aprender um pouco sobre o outro, principalmente aqueles que tem uma cultura, religião e tradição diferentes da sua. Por isso coloquei aqui vinte (20) coisas importantes, que eu considero que você deveria saber sobre Israel e os judeus. Talvez isso ajude a nos conhecermos um pouco melhor.
1. Que os israelitas (judeus) são como os índios brasileiros. Eles são o povo originário da terra de Israel e não os árabes, que têm sua origem na península Arábia. Os árabes invadiram essa região e a conquistaram a partir de 636 d.C;
2. Que antes do uso do nome povo Judeu, esse povo teve outros nomes como: Hebreus (Período dos Patriarcas), Bnei Israel ou filhos de Israel (Período dos Juízes e Reis) e Povo Judeu (depois da destruição do primeiro templo);
3. Que Judá era um dos 12 filhos de Jacó, que originou o nome judeus e judaísmo. Dentro do relato bíblico Jacó lutou com um anjo e por isso foi rebatizado com um novo nome: Israel, que significa "aquele que luta com Deus";
4. Que a Ligação dos Judeus com a Terra de Israel não começou a partir da criação do Estado Judeu moderno em 1948. A terra de Israel é parte inseparável da civilização judaica há mais de 3000 anos;
5. Que a História dos judeus na terra de Israel sempre foi uma história de resistência aos seus conquistadores. Alguns exemplos no período em que foi dominado pelos gregos e romanos: Revolta dos Macabeus 167a.C - A grande revolta 66 d.C , - A Revolta de Kitos 115 d.C e A rebelião de Bar Kochba 132 d.C;
6. Que Jesus, Pedro, Maria a mãe, Maria Madalena e todos os discípulos eram Judeus e Judias, e toda história de vida e morte e ressureição de Jesus aconteceu nas terras de Israel;
7. Que o Nome da região sempre foi Judeia. Foi mudado em 135 d.C para palestina prima e palestina segunda, devido ao grande ódio que o imperador Adriano tinha em relação aos judeus, por ter sido humilhado na revolta de Barkova, que libertou a Judeia durante 3 anos e meio;
8. Que existe no idioma hebraico 70 nomes diferentes para definir a Cidade de Jerusalém. Entre esses nomes aparece “Sion”, de onde deriva o nome sionismo, o movimento moderno de libertação nacional do povo judeu. Que a palavra Sion não é nome feio, nem palavrão. Sion aparece nada mais, nada menos que 150 vezes na Torá (Bíblia), definindo o local onde se encontravam o Templo e a cidade de David;
9. Que a Mesquita Domo da Rocha foi construída em 685 d.C, logo após a invasão dos árabes à terra de Israel. O Domo da Rocha é considerado um dos 3 lugares mais sagrados dos Muçulmanos. A Mesquita Dourada foi construída exatamente no lugar onde ficava o primeiro templo dos israelitas, construído pelo rei Salomão 1500 anos antes da construção da mesquita;
10. Que até 1917 todo o Oriente Médio era parte do Império Turco Otomano. Não existia países, nem identidades nacionais como conhecemos hoje. Palestina, Líbano, Jordânia, Emirados Árabes, entre outros foram criados e tiveram suas fronteiras definidas a partir dos anos 40, em função dos interesses de seus novos colonizadores: ingleses e franceses. Que até o início do século XX o termo “palestino” tinha um significado exclusivamente local e não nacional;
11. Que Judaísmo é uma civilização e não uma simples religião. O Judaísmo contém cultura, história, tradição, religião, povo, nação, idioma, filosofia, espiritualidade, misticismo, e uma terra chamada Israel;
12. Que entre os Judeus não existe uma hegemonia de pensamentos, crenças e muito menos de visões políticas iguais. Você pode encontrar na diversidade judaica judeus e judias: religiosos, seculares, tradicionalistas, transcendentais, panteístas, agnósticos, ateus, místicos, cabalistas, liberais, progressistas, conservadores, reformistas, capitalistas, socialistas, comunistas, sociais-democratas, ultranacionalistas, fundamentalistas, messiânicos etc.;
13. Israel é o único país democrático no Oriente Médio, onde o sistema é parlamentar. Atualmente existem 2 partidos árabes dentro do Parlamento de Israel, com 10 representantes;
14. Israel é o terceiro país com o maior número de empreendedores no mundo. É o primeiro em número de mulheres empreendedoras com mais de 55 anos;
15. Israel é um país que, apesar de se localizar no deserto, realizou em 75 anos o maior número de reflorestamento do mundo;
16. O Judaísmo começou a utilizar o símbolo da Estrela de David na Idade Média. A primeira bandeira com a Estrela de David foi aparentemente hasteada em 1354, quando o Imperador Carlos IV concedeu aos judeus de Praga o direito de hastear uma bandeira. Eles escolheram uma bandeira com o símbolo da Estrela de David;
17. O Hebraico foi um único idioma no mundo que conseguiu reviver de uma língua morta e se transformou no idioma nacional de Israel;
18. Além de Israel ser considerado um lugar sagrado para o Judaísmo, ele também é sagrado para o Cristianismo, o Islamismo e para a religião Bahá'í. As duas cidades mais sagradas os Bahá'ím são Acre e Haifa;
19. Em Israel é obrigatório por lei o serviço militar para homens e mulheres ao completarem 18 anos, porém as minorias não têm essa obrigação. Mas existem comunidades como os Drusos que, em sua grande maioria, servem o exército. Nos últimos anos houve um aumento significativo nas forças do Exército de Israel das minorias dos beduínos, cristãos e muçulmanos;
20. A expectativa de vida em Israel está em sexto lugar no mundo: mulheres - 85,1 anos e Homens - 81,2.