Serviço militar obrigatório para homens drusos é resultado de um acordo de 1956 entre líderes drusos e governo israelense.
O número de refuseniks está crescendo dentro da minoria religiosa dos drusos em Israel, de acordo com Samer al-Sakleh, um jovem de 20 anos que se recusou a servir o exército israelense. “Cerca de 70% dos drusos do meu vilarejo vão para o exército”, disse al-Sakleh, nativo de Meghar, um vilarejo da Galileia. Ainda assim, ele espera que seu protesto, e o de outros drusos, encorajem mais jovens a se tornarem objetores de consciência.
Meghar é também onde vive Omar Saad, um músico druso que recebeu atenção internacional no ano passado por sua decisão de não prestar o serviço militar. Como Saad, al-Sakleh cresceu em uma família que rejeita a noção da lealdade inabalável dos drusos a um estado que sistematicamente discrimina os palestinos. “Eu venho de uma família comunista. Meu pai estudou na União Soviética e nós fomos criados em um ambiente esquerdista que rejeita militarismos como o de Israel”, afirmou al-Sakleh à Electronic Intifada. O pai dele foi mantido por quatro meses em uma prisão israelense por se recusar a servir o exército.
“Eu me considero palestino. Eu sou palestino, é claro, e eu sou parte da cultura, da sociedade e da civilização palestinas, e os palestinos que ocuparam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza são parte do meu povo”.
Diferentemente de muitos objetores de consciência drusos, al-Sakleh não foi preso. Em vez disso, ele falhou de propósito em um teste de recrutamento obrigatório e o estado o dispensou baseando-se na presunção de que ele é mentalmente incapaz para o serviço militar. “Eu fingi que sou louco, em outras palavras, mas fiz isso por razões morais e políticas”, explicou.
O serviço militar obrigatório para os homens drusos é o resultado de um acordo de 1956 através do qual os líderes da comunidade buscavam melhorar as condições para a sua minúscula minoria e o governo israelense buscava controlar os palestinos fabricando a discórdia entre diferentes porções das minorias palestinas de Israel. Sempre existiram objetores, no entanto, que veem o acordo como de mão única, que não vale o que lhes custa.
“A maioria de nós enfrenta as mesmas barreiras econômicas e políticas que o restante das minorias palestinas em Israel”, contou al-Sakleh. “Nós somos majoritariamente pobres e nossos vilarejos, comumente divididos com palestinos cristãos e muçulmanos, carecem de infraestrutura”, como resultado da falta de vontade do governo em investir em áreas não judias.
O estado submeteu os refuseniks drusos a severas punições. Mesmo assim, “um número crescente de nós entende que nós nos identificamos como palestinos – há mais de cinco ou dez anos, certamente”, diz al-Sakleh.
Fonte: Jornal Rua Judaica
Obs.: Ao meu ver, para evitar esse tipo de conflito interno, seria feito levantamento de um censo entre a população que não seja tipicamente israelense ou judia, para extrair quem realmente está com seu coração enraizado no modo de vida Israelense ao ponto de defender seu país incondicionalmente sob quaisquer circunstâncias. Aqueles que não se enquadrassem nesse pré-requisito, seriam cordialmente convidados a deixarem o país e ir viver como queiram com os da sua nacionalidade. E voltar ao país somente como turista, tendo visto provisório de permanência. Acho que assim eliminaríamos muitos que estão engrossando a população judaica e não estão ligados a ela.
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