Cuidado com o otimismo “obamista” no Oriente Médio.

 

De: jornalismo@owurman.comEste remetente está na lista de contatos.
Enviada: quarta-feira, 18 de dezembro de 2013 23:56:33
Para: nahumzeitune@hotmail.com

Já escrevi mostrando meu ceticismo com as novas conversas de paz no Oriente Médio, encabeçadas pelo presidente Obama. Folgo em saber que meu amigo Osias Wurman, que entende bem mais do assunto do que eu, tem a mesma visão. Em artigopublicado hoje no GLOBO, o cônsul honorário de Israel joga uma ducha de água fria nessa empolgação toda. Diz ele:

Nos últimos dias, o presidente Obama e o secretario de Estado, John Kerry, têm feito declarações que nos lembram o otimismo errático de Ehud Olmert, em 2005.

Obama fez a seguinte declaração no Saban Center for Middle East Policy, quando perguntado sobre as chances de sucesso do acordo com o Irã para cessar a corrida nuclear: “Eu não diria que é mais do que 50-50. Mas nós temos que tentar.”

Enquanto isso, Kerry acaba de fazer a sua nona viagem a Israel e Cisjordânia, como secretário de Estado. O prazo dado, de nove meses de negociações entre as partes, estabelecido em julho passado, num acordo liderado por Kerry, vai escoando sem qualquer sinal de progresso.

Nesta última viagem, o secretário americano tentou flexibilizar os israelenses, oferecendo garantias americanas à segurança do país, baseadas em dilatada presença militar na Cisjordânia, além de maior respaldo em caso de futuras necessidades militares.

Mas como aceitar promessas hegemônicas, num momento em que o genocídio praticado por Assad na vizinha Síria continua, apesar dos prazos e limites anunciados para uma intervenção internacional, e não efetivados por travas políticas no Conselho de Segurança da ONU?

Kerry parece ignorar que o problema entre palestinos e israelenses é muito mais de reconhecimento nacional do que de territórios e assentamentos. É preciso deixar claro que, nos 65 anos de existência do Estado de Israel, nenhum líder árabe aceitou considerá-lo como o Estado Judeu.

Enquanto persistir o enriquecimento de urânio pelo Irã e a negação palestina ao direito milenar de existência de uma nação judaica, qualquer otimismo precipitado pode ser a decepção e o desastre do amanhã. No Oriente Médio, nem sempre o mais lógico, ou o mais racional, prevalece.

Sou da mesma opinião. Muitos gostam de adotar postura “neutra” quando se trata de Oriente Médio, como se ambos os lados fossem responsáveis pela perpetuação do status quo, quando não tomam claro partido contra Israel. Só que uma observação mais isenta e imparcial da coisa mostrará que Israel já cedeu em quase todas as demandas, mas o lado de lá parece não desejar a paz.

Enquanto os líderes islâmicos não aceitarem a existência do Estado judeu na região, essas conversas dificilmente levarão a algum lugar. Obama pode estar jogando para a plateia, ou pode realmente acreditar em seu incrível poder de persuasão. No primeiro caso, seria apenas oportunismo. No segundo, uma ingenuidade ímpar, um tanto infantil.

Eu prefiro manter o grande ceticismo, para não ter enorme decepção à frente…

Fonte: Artigo Jornal O GLOBO - Josias Wurman.

Obs.: Enquanto não se falar em um acordo onde a Palestina e também as nações vizinhas reconhecem o Estado de Israel como legítimo Estado  Judeu Soberano, ainda que laico, não se firmará nenhum acordo de PAZ no Oriente Médio. A ONU, encabeçada pelo Barak Obama, China e Rússia, devem convencer as nações vizinhas e também o IRÃ a reconhecerem o Estado de Israel. Devemos "barganhar" se possível com esses Estados  membros ou não do Conselho da ONU. O que estão precisando? De incentivos fiscais de comércio? De navegação? De tecnologia? Então, em troca, assinem o tratado de não proliferação e uso de armas químicas e nucleares e o reconhecimento do Estado de Israel.  Aquele que descumprir o  acordo receberá sanções severas na sua economia. Terá metade de seus ativos congelados, na primeira advertência. Na segunda, será todos os ativos congelados.  O que se vê é muito blá, blá, blá, e nada de concreto.  Enquanto os países dependerem do petróleo do IRÃ, RUSSIA e dos países árabes, esse blá, blá, blá, continuará  por muito tempo ainda. Uma coisa é termos um comércio global onde todos precisam intercambiar seus manufaturados; outra, é a dependência exclusiva aos países produtores de petróleo, ficando na mão de suas exigências. Ora; eles tem petróleo, mas não tem tecnologia e nem água. Se eles tiverem morrendo de sede, o petróleo não poderá salvá-los. Deixe-os sem água, para ver se o petróleo deles vai valer alguma coisa. Vai?

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