Mais uma prova de que Tel Aviv é a cidade dos solteiros. Há anos, a cidade tem a maior taxa de divórcios do país. Mas agora, a metrópole israelense também registra uma queda no número de casamentos. Em 2010, houve uma diminuição de 6% nos casamentos na cidade. Só 3.149 casais juntaram os trapos no ano passado (incluindo 8 casais com mais de 80 anos e 22 que casaram de novo depois de terem se separado). Em comparação com 2009, houve 200 casamentos a menos
A média de idade também está mudando. Se antes os jovens se casavam entre os 25 e os 30 anos de idade, agora as idades são entre 27 a 32. Só 1,5% das noivas e noivos tinham menos de 20 anos e 10%, mais de 55 anos.
As cerimônias de casamento também têm sido mais modestas, segundo disse, em entrevista ao site Ynet, o presidente do Conselho Religioso de Tel Aviv, Eldad Mizrahi. Ele revelou que 10% dos casais que se uniram em 2010 abriram mão de banquetes e festas e preferiram cerimônias mais modestas.
Desde 2008, a tendência é de menos casamentos em Tel Aviv. Os rabinos têm certeza que o motivo é a crise econômica mundial que fez com que muita gente desse dois passos atrás em vez de dizer “aceito”. Foi o que eu senti ao conversar com alguns dos “indignados”, os jovens que estão acampando a Avenida Rotschild, protestando contra a alta no preço dos aluguéis na cidade.
“Não tenho como pensar em ter filhos. Estou formada há quatro anos, trabalho duro, mas não consigo economizar o suficiente para pagar um financiamento da casa própria”, reclama Tali, de 31 anos (no canto direito da foto, de blusa branca). “Se Israel quer ser um país ocidental, precisa investir mais no bem-estar de seus cidadãos”, completa a jovem.
Além do fator econômico, pode haver outro motivo para o menor índice de casamentos. Eldad Mizrahi aponta para o que chamou de “medo de compromisso”, principalmente por causa da quantidade de divórcios em Israel. Muitos jovens estão optando por apenas morar juntos – algo comum nas grandes cidades do Brasil, mas que só começa a acontecer aqui nos últimos tempos.
Trocando em miúdos: os jovens da segunda maior cidade do país estão temerosos em relação ao futuro. Têm medo de não poderem arcar com os custos de uma família, dos compromissos de uma vida em comum. Uma realidade triste, espelho dos tempos atuais.
Fonte: Jornal Rua Judaica.
Obs.: Infelismente nestes tempos modernos, não há casamento que resista com o custo de vida lá nas alturas. Falta de um programa habitacional condizente, falta de emprego e, a falta de infra-estrutura capaz de subsidiar os menos afortunados e desfavorecidos da sorte, inviabiliza constituir casamento, atrelada também a exigênias de uma vida de extravagâncias pelos nubentes.
Ninguém hoje quer têr o básico em conforto. Querem têr além das suas possibilidades. Aí, não há casamento que resista.
Uildicler.
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