Se você é um médico judeu no sistema de saúde do Canadá, em Quebec, em breve você poderá ser proibido de usar sua kipá. Como parte da Carta de Valores de Quebec, que está sendo desenvolvida nos dias de hoje na província canadense, não será permitido que os funcionários do serviço público coloquem ou usem símbolos religiosos como peças de vestuário.
Estes incluem o uso de uma estrela de Davi ou de uma cruz no colar, ou colocar uma kipá, burqa ou Sihk turbante - qualquer peça de vestuário religioso externo ou qualquer tipo de adorno, informou a imprensa canadense.
A CTV News Channel - um dos maiores canais de televisão do Canadá - relatou que a proibição se aplica a todo o setor público, incluindo hospitais, repartições públicas, escolas e até mesmo creches.
A nova iniciativa já provocou uma onda de reações iradas, e um acalorado debate sobre questões de liberdade religiosa ao lado de um governo neutro e secular.
Menos de uma década atrás, uma lei semelhante que proibia burcas na França causou uma reação similar. É bem possível que a lei francesa foi a inspiração para a Carta atual de Valores, na província canadense. De acordo com o relações públicas do site CNV, há duas semanas, uma delegação de líderes judeus reuniu-se com Bernard Drainville, o ministro responsável pela carta proposta pois todos estão muito preocupados.
O líder da delegação, Eric Maldoff, expressou sua forte oposição à iniciativa, e apelidou de "um passo longo demais." Durante a reunião, o presidente da Federação Judaica David Cape apresentou uma revisão histórica da contribuição decisiva da comunidade judaica local, que ele afirma que contribuiu muito para a prosperidade de Quebec.
Vários meios de comunicação em todo o país observaram que há apenas dois meses, Quebec estava no centro de um escândalo semelhante, após a associação de futebol local ter proibido um adolescente de jogar enquanto usava um turbante - uma decisão que desencadeou uma onda de condenações em todo o Canadá, até finalmente, a associação retirar a decisão.
No entanto, Pauline Marois, a premier de Quebec, líder do partido separatista, é a favor da iniciativa. De acordo com o National Post, Marois afirma que a Carta de Valores vai ajudar a preservar a língua francesa e o princípio da igualdade entre homens e mulheres, ao lado de unificar as pessoas da província. Segundo ela, a carta não reflete os valores "universais" -, mas sim "valores de Quebec".
Muitos intelectuais opositores da Carta juntaram-se, incluindo o bem conhecido filósofo Charles Taylor. De acordo com o Globe and Mail, e de outras fontes, Taylor explicou que a proibição atual é a coisa mais distante ao suposto objetivo de neutralidade do Estado na religião. Ele compara a iniciativa com a que o presidente da Rússia, Vladimir Putin fez ao proibir "propaganda gay".
Nesta fase, ainda não está claro se a Carta de Quebec vai realmente passar a integrar a legislação, e qual será a postura do governo federal canadense sobre o assunto. O governo Marois está em minoria, e nas próximas eleições, no outono, Quebec pode votar contra a iniciativa.
Fonte: Jornal Rua Judaica.
Obs.: Absurdo essa proibição. Então proíbe também de usarem símbolos religiosos nas repartições Públicas, Hospitais e etc. Proíbe também de entrarem pessoas TATUADAS. Elas não nasceram com isso. E muitas delas, são de devoção ou votos religiosos. Proíbam estatuetas, imagens.. tudo que faça referência a religião.
Se o KIPÁ os incomoda, é porque ele tem uma influência muito grande no PSIQUÊ dessas pessoas.
... ben Havraham.
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