A seção dessa semana da Torá, Metsorá, (Vayicrá capítulos 12 a 15), discute as leis de tzaraat, geralmente traduzida como “lepra”. Tzaraat era uma doença cuja marca de identificação era uma mancha branca (ou manchas) na pele de uma pessoa, nas paredes de uma casa ou nas roupas. Essa mancha, além de vários sintomas secundários, determinavam que a pessoa estava temporariamente “impura” e exigia-se que ela se separasse do público e passasse por um intenso processo de introspecção e cura moral. Depois que os sintomas da doença desapareciam, começava um detalhado processo de purificação, após o qual a pessoa era considerada pura novamente e restaurada à sua condição sem manchas morais.
Pessoas notáveis falam sobre ideias; pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas inferiores falam sobre outras pessoas. Quando você está conectado à sua humanidade, suas palavras carregam um quê de majestade e dignidade. Suas palavras são sinceras, reais, profundas, puras, vindas da humanidade dentro do seu ser. Não é por acaso que o Targum (tradução aramaica autorizada da Torá) traduz a frase “uma criatura viva”, descritiva do primeiro homem, como “um espírito falante” (ruach memalelah2). Ser humano é imitar o Divino que criou o universo por meio de palavras. Nós também temos o poder de criar mundos, abraçar almas e curar corações através das palavras. Cada palavra que usamos pode ser condutora de amor e bênçãos.
Porém quando temos medo de ser humanos – genuinamente humanos – recorremos à conversa maliciosa que difama e degrada outras pessoas. Em nossa necessidade desesperada de nos sentir melhor a respeito de nós mesmos, descrevemos a inferioridade dos outros. Em nossa necessidade premente de elevar a nós mesmos, rebaixamos os outros.
A maledicência brota do tédio, ou insegurança, ou apatia, ou negatividade interior. Todas essas qualidades indicam o espírito alquebrado, empobrecido. Não admira que quando seguimos este tipo de conversa um vazio incurável se instala em nossa psique. D'us criou o mundo através de palavras e nos deu o poder de destruí-lo através das palavras. Quando empregamos este poder, nós mesmos nos sentimos alquebrados também.
Fonte: Chabad
Obs.: Naquele tempo o sinal era a lepra. E hoje qual é o sinal? Se antes a lepra era um sinal físico indicando uma decaída espiritual. Como caracterizar isso no mundo de hoje? Haja vista, que o mundo todo faz LASHON HARÁ. Porque é uma fofocada danada. Hoje em dia, o mundo é focado nisso. temos até comentarista para fofocar a vida alheia. Então está todo mundo "manchado" só que espiritualmente. Tudo bem, é fácil de perceber a decadência do mundo. E o sinal físico? Antes era LEPRA. Hoje sabemos que a lepra tem cura. E mesmo assim não vemos o mundo todo fisicamente LEPROSO.
O fato é que; a fofoca, a maledicência, o falar do outro, está presente em toda a sociedade. E isto tem trazido males irreparáveis para o seio da família, dos grupos, do ambiente de trabalho e etc.
As pessoas não se contentam e querem falar da última novidade. É claro que eu mesmo me vejo pecando nisso. E quero parar. Mas como? Se você fica calado, lhe chamam de anti-social, de metido, de puxa-saco, de sisudo, de mal-com-a-vida, de cara feia, e etc. Como se defender? Não sei.
O que sei, é que faz mal realmente. Se cada um respeitasse o jeito do outro, quando esse jeito não lhe fere, não lhe diz respeito, o mundo seria mais humano. Realmente a PAZ que tanto nos faz falta é em razão da FOFOCA desmedida.
O SILÊNCIO é uma grande arma para não "cuspir" abobrinha, mas também é uma dificuldade para a comunicação dos ATENIENSES de hoje.
Quero mudar, gostaria de mudar e refrear mais minha língua na hora de tecer comentários alheios. Porém, tem pessoas que não aceitam serem repreendidas naquilo que estão errando. Porque, são tão vaidosas no seu falar que se aborrecem quando são chamadas a parar.
As vezes as suas falácias estão tão sufocantes que você é obrigado a buscar ajuda no outro para que o faça parar. E aí acaba virando fofoca.
Gostaria de ser sábio bastante para sair pela TANGENTE sem ser notado.
Shavuá Tov!
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