O Judaísmo e Globalização e suas novas Tendência: Jayme Fucs-Bar "Não somos terra ,não somos Diaspora, não somos religião ou filosofia somos tudo um pouco ,pois somos uma Civilização". Acho essa visão do Modechay Kaplan brilhante e atual nesse novo momento, onde o judaísmo está sendo absorvido por uma nova revolução de valores que é a globalização, exatamente como fomos absorvido pela revolução francesa , o iluminismo e a revolução bochevista nos ultimos 200 anos. No Conceito clasico do judaísmo Moderno das “Eras das Revoluções” tinhamos definições ideológicas ,claras como ser sionista, ou anti sionistas ,bundistas, Troskistas,liberais ,direita ou esquerda. Com a Globalização o judaísmo pós moderno nos deu a possibilidade de ser um pouco de tudo,somos um judaísmo individualizado,onde se legitima ser sionista na diaspora e de ser comunidade em Israel,de frequentar o Beit Lubavith no shabat, fazer o barmitzva com o rabino conservador ,converter a esposa ou o marido na sinagoga reformista, incentivar os filhos a participar de um movimento juvenil de esquerda ,apoiando ardente a politica da direita do governo de Israel . Isso tudo se torna uma grande coerência neste judaísmo individualizado. Pertencer a tudo ao mesmo tempo não ter compromisso com nada. O judaísmo virou um grande Shopping Center neste novo sêculo , onde o "cliente" ( o Judeu), escolherá qual será a sua melhor definição de ser judeu,tudo se tornou valido neste mundo altamente individualizado. Ser judeu no mundo global é algo pessoal , individual não mais te exige a pertencer a um “clube ideológico” ou vestir uma só camisa ou ter uma só bandeira, O judeu no mundo global é um Judeu camaleão , sendo legitimo ter varias indentidades judaica conforme a situação e o gosto pessoal. Esse Espaço Aberto sem fronteiras criado pela globalização levará a trasformação do mundo judaico e do estado de Israel. Ele abrirá novos caminhos , permitirá criar novos marcos de Judaísmo, novas correntes, novas sinagogas ,novos modelos de vida comunitária e sobretudo criará uma nova vissão de relação entre a comunidade e o estado de Israel. Esse judaísmo pós Moderno já é parte de uma rede planetária , onde cada um pode manter uma relação virtual imediata com o mundo judaico , criando sua propia comunidade judaica virtual, que produz para si cultura, valores e conhecimento. A revolução Global levará ao mundo judaico á procurar uma nova redefinição de sua identidades, um reinventar do judaísmo, uma nova relação com Israel, já sentido nas novas manifestações de mudanças, e suas tendência de comportamento. Uma dessas tendençias está na revissão da centralidade de Israel, que para muitos desses judeus o Movimento sionista cumpriu o seu papel na história, e Israel se tornando mais um importante centro judaico no mundo e não mais o unico. Para a esquerda judaica, Israel foi uma necessidade histórica do passado ,que não consequiu cumprir o seu papel moral e ético com a questão palestina, deixando á desejar de ser para o mundo um “ Or la Goim” A Luz a humanidade . Para a direita fundamentalista e ultranacionalista, o judaísmo e Israel são fruto de uma vissão messiânica, são contrario a qualquer tendênçia de mudança que possa ameaçar sua vissão messiânica, onde acreditam que para alcancar seus objetivos deverão usar todos os seus recursos, e essa postura já teve sua pratica no assasinato de Yzzak Rabin, e as ameaças que sofreu tambem o ex primeiro ministro Ariel Sharon. Para os grupos Ortodoxo não sionista , o estado judeu foi um desastre da sua experiência laica, esses grupos usam o termo “Israel é o Lugar de Goim(não judeus) que falam Hebraico” essa mesma tendência nega Israel como um “Centro judaico Moderno” , Israel é para esses grupos um Centro Espiritual tanachi. E finalmente a postura mais popular nos dias de hoje entre os grupos dos judeus da Diaspora , é de um lado um forte apoia a existênçia do estado judeu “como um refugio pessoal para a sua existençia em caso de momentos dificeis” e do outro lado se relacionam com Israel como uma antitese de sua propia missão criadora de “ garantir a existênçia e a segurança fisica para os judeus”, considerando Israel o lugar mais inseguro no mundo para se viver como judeu, porem “um bunquer necessário”. A Globalização criou e continuará criando novas pespectivas e avanços para o mundo e a vida judaica ,porém estará criando profundos abismos e paradoxos para a humanidade, sua tecnologia e economia global estará promovendo novos ricos, mas estará deixando um grande rastro de nova pobreza , marcado principalmente na classe media judaica, cada vez mais empobrecida, e em consequênçia o surgimento de um novo exôdo judaico, não mas para Israel e sim para novos centros judaicos na Alemanha,Espanha,Panama e Canada . Os Sionistas e os Antisionistas do sêculo passado , acreditaram em suas ideologias de forma pragmáticas, acreditando a impossibilidade da existência de uma diaspora, ou de um estado judeu. A realidade comprovou que depois de mais 100 anos de lutas e diferenças ideologicas entre essas tendênçias, que Israel é uma realidade e as comunidades Judaica continuam a existir. Nesta revolução Global o Judaísmo,a comunidade e sobretudo o Estado judeu estará tomando um novo rumo, terá uma nova cara e criará novas tendências e manifestações . Sem sentir, estamos vivendo um ato da história da humanidade ,estamos no meio das barricas da Revolução global, onde os sons dos canhões e dos fusis são diferente do se escutou nas revoluções anteriores . Nas ruas,nas escolas,nas casas e em toda sociedade se soa um Grito um único grito regido por 3 mandamentos básicos “ Individualismo, competição e o consumismo”,sendo á sua bandeira o planeta terra. Estamos neste momento vivendo em plena revolução global, já sentida suas trasformações econômicas e sociais em todo o planeta. Como Judeus neste planeta ainda desgovernado , não temos que temer á procurar novas respostas , e fazer novas perguntas , procurando novas soluções criativas, exatamento como fizemos no passado de nossa história. Qual será essas novas tendências desse novo judaísmo? Como essa nova Revolução irá influenciar no Perfil do Estado de Israel? Como estará organizada as comunidades judaica num judaísmo sem fronteiras? Como manter a solidariedade judaica e o voluntarismo e a vida comunitaria,num mundo onde o seu significado não deixa de ser uma grande conquista individual? Como ser uma civilização judaica num mundo que caminha para uma civilização planetaria? A Globalização nos levará a um novo conceito o da Civilização mundial. Nós como judeus teremos que saber como enfrentar esses grandes obstaculos neste proximo sêculo, entre tantos e outros enfrentamentos, estará a necessidade de uma definição de um novo conceito o da “ Civilização judaica”. Neste processo o filosofo e sociologo judeu Edgar Morin nos da uma pequena dica, numa definição brilhante de como chegar a essa civilização mundial. “ Para chegarmos à civilização mundial, seria preciso que fossem conquistados grandes progressos do espírito humano, não tanto de suas capacidades técnicas e matemáticas, não apenas no conhecimento das complexidades, mas em sua interioridade psíquica” Edgar Morin.

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