Parashat Chukat - Tópicos da Parashá.

• São ensinadas as leis da Pará Adumá (Vaca Vermelha).
• São ensinadas algumas leis de tumá (impureza) e tahará (pureza).
• Morre Miriam, a irmã de Moshé Rabeinu.
• Mei Merivá – O erro de Moshé e Aharon em relação às águas de Merivá.
• Aharon morre em Hor Hahar.
• Os Amalekitas atacam Bnei-Israel após a morte de Aharon.
• Nachash Hanechoshet – Serpente de bronze que Moshé colocou no topo de um mastro no deserto durante uma epidemia de picadas de serpentes. As serpentes tinham vindo como castigo pelas reclamações do povo contra Hashem. Os que eram picados por uma serpente tinham meramente que olhar (com pensamentos de teshuvá) para a serpente de bronze para ficarem curados.
• A batalha contra Sichon.
• A batalha contra Og e a conquista de Bashan.

Nesta parashá aprendemos a mitzvá da Pará Adumá (Vaca Vermelha). Quando alguém entra em contato com um corpo de uma pessoa morta, se torna 'tamê', ou seja, espiritualmente impuro. O único modo pelo qual ele pode reaver o seu estado de pureza é sendo aspergido com uma água que havia sido misturada com as cinzas da Vaca Vermelha, o que o faria ficar 'taór', espiritualmente puro novamente.

Pará Adumá é o exemplo clássico da lei da Torá que – pelo menos para nós – parece ser irracional. Apesar de que ela pode purificar algo impuro, os que estão envolvidos no processo de preparar e administrar as cinzas da Pará Adumá se tornam impuros! Este é um exemplo clássico de 'chok', ou seja, uma lei sem uma razão aparente.

A passagem que trata sobre a Vaca Vermelha diz, "Esse é o chok da Torá...."(Bamidbar 19:2). O Or HaChaim Hakadosh pergunta, "Não deveria ser lido 'Este é o chok da tumá'?"

Ele responde que pelo contrário, esse é de fato o chok da Torá, que esse mandamento engloba a essência da Torá, pois não importa o quanto nos aprofundamos em suas leis e não importa o quanto tentamos entendê-la, a Torá nos apresenta uma filosofia em que a pessoa deve praticar mesmo desconhecendo todos os motivos, todos os porquês. A base do aceitamento da Torá é, "Faremos e ouviremos"(Shemot 24:7). A pessoa tem que estar preparada para aceitá-la mesmo sem o seu completo entendimento. É isto que o passuk vem enfatizar, "Esse é o chok da Torá". Essa lei personifica a Torá – nós devemos fazer mesmo se não entendemos.

E por que esta lei em especial é utilizada para nos ensinar esse princípio? Misturar lã e linho (shatnez) é um chok, misturar carne e leite é um chok. Há vários chukim, e ainda assim essa é a lei que representa o cumprimento da Torá mesmo quando não entendemos. Por que a Pará Adumá?

Há uma interpretação interessante no Shemen HaTov. Chazal nos dizem que este mundo recebeu uma terrível punição chamada 'morte' como resultado do incidente com a árvore do conhecimento do bem e do mal. Uma vez que Adam e Hava violaram a proibição de comerem do fruto daquela árvore, a morte desceu ao mundo.

E qual foi a chave por trás do que eles fizeram? Eles acharam que poderiam ser como Hashem, conhecendo o bem e o mal. O fator que os motivou foi o desejo de saber o porque.

O homem não quer ser um robô. Ele tem curiosidade, o desejo de saber o porque, e isto o levou a comer do fruto proibido. Como resultado, recebemos uma punição apropriada, a morte. E como a pessoa lida com a morte? Quando a pessoa é confrontada com a morte, ela conseqüentemente necessita confrontar-se com a Pará Adumá, a Vaca Vermelha, que representa nossa inabilidade de saber o porque de tudo.

O desejo humano ardente de saber o porque de tudo leva à morte, e a morte faz o homem lidar com a Pará Adumá, que o ensina que ele nem sempre pode saber o porque das coisas. Isso é o que a vida representa – às vezes não saber o porque. E é nisso que essa mitzvá representa a essência da Torá – fazer, mesmo sem saber necessariamente porque estamos fazendo.

Fonte: Shaarei Bina

Obs. Nó estudamos a Parashá de Chukat. Esssa Parashá nos ensina que há mandamento (Mitsvá) que não deve ser questionado. Simplesmente deve-se fazê-lo e pronto. Não se deve perguntar: Porque?. Até porque, quem determinou, sabia muito bem o que estava fazendo.
Realmente a curiosidade de saber o porque das coisas pode trazer consequências não muito agradáveis. Então, tem coisas que é melhor não saber.
Mas, por outro lado, há coisas que podemos e devemos saber o porque, para podermos analisar e fazermos com mais devoção. Por exemplo: Se não procurásse-mos saber sobre o código da Torá, nunca teríamos descoberto suas razões de existir, e não seriam decifrados.
Se Santos Dumont não questionasse por que os passaros voam, não os obeservariam e não contruiria o maior trasnporte para longas distâncias que voa como um pássaro.
Salomão com toda sua sabedoria com certeza muita coisa descobriu, indagando porque?
Muitas coisas da ciência, foram descobertas pelos cientistas, pelo simples fato de quererem saber por que?
O velco foi inventado, porque um homem passeando pelo bosque, observou dois(02) carrapichos grudados na sua manga de paletó (será???). Foi para casa e quis saber por que aquela coisa agarrou em seu paletó. Se ele não fosse curioso, apenas tiraria e jogava fora. Mas não, aproveitou a oportunidade e indagou: Porque? O que faz com que esse carrapicho agarre asssim?
Muita gente não dá explicações de certas coisas indagadas, porque supervalorizam seu conhecimento. E deixa o outro "quebrando a cabeça". Mas, ele não aprendeu sozinho alguém o ensinou. E se nenhum humano o ensinou, a inspiração Divina foi quem o ensinou.
Realmente há coisas que não sabemos o porque até hoje. E, é bom que não saibamos. Para que a vida não se torne um fardo. Ou, para que não nos decepcionemos ou ainda, para não pirarmos.
Enfim, tudo deve ser dosado. E aquilo que o Eterno não deu explicação ou não nos foi ainda revelado, devemos nos contentar e apenas obedecermos.
Shavua Tov!
Baruch.

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