UM IRANIANO EM TEL AVIV – ESPIÃO DO BEM OU DO MAL?

 

TEL AVIV – Com o fim da Guerra Fria entre Estados Unidos e a ex-URSS, nos fim dos anos 80, ficou parecendo que a profissão de espião havia caído em desuso. Até mesmo o mais conhecido do cinema, Bond, James Bond, passou por um tempo no ostracismo e muita gente pensou até mesmo que a franquia de filmes do agente 007 seria aposentada. Mas, olha só que ironia, a espionagem internacional voltou à moda neste 2013. As revelações do americano Edward Snowden estão sacudindo a diplomacia mundial. Ele mostrou como os Estados Unidos escutaram milhões de conversas internas e internacionais (do governo brasileiro, alemão, israelense e etc). Agora, a Grã-Bretanha está na linha de tiro, porque também teria espionado o governo alemão.

 

Em meio a toda essa polêmica da espionagem internacional, Israel prendeu há um mês um cidadão belga de passagem em Tel Aviv, acusando-o de ser um espião iraniano. Mas a história do empresário Ali Mansouri, nascido no Irã mas que mora na Bélgica, está se tornando cada vez mais complexa. Ele foi preso depois de visitar três vezes Israel em poucos meses afirmando ser um empresário belga em busca de negócios com empresas israelenses. Na bagagem dele, foram encontradas fotos da embaixada americana em Tel Aviv (do quarto do hotel onde estava, na Avenida Yarkon), do Aeroporto Internacional Bem Gurion e de outros locais conhecidos e estratégicos.

Segundo revelou o jornal israelense Yedioth Aharonoth, Mansouri, 55 anos, que usava o nome Alex Mans, tem dito a seus interrogadores que estava espionando Israel porque a Guarda Revolucionária sequestrou sua mulher (a quarta depois de três divórcios, 27 anos mais nova que ele) e seu filho. Ele teria sido obrigado a espionar. Ele se diz um pacifista, um empresário sem interesses políticos, um amante de yoga. “Me mandaram vir para cá. Não responderam às minhas perguntas, me disseram para não fazer perguntas. Me ameaçaram e a toda a minha família. No Irã, eles não são pessoas como aqui em Israel. Trata-se de criminosos capazes de matar qualquer um”, teria dito Masouri aos investigadores, segundo o Yedioth Aharonoth.

 

Mansouri diz que quer ficar em Israel e seu objetivo é retirar a mulher e o filho do Irã. Disse, por exemplo, que mandaram que ele tirasse fotos de Jerusalém, mas ele enganou o serviço secreto iraniano: entrou na internet, pegou fotos de Jerusalém e escreveu algumas palavras sobre a cidade. Mas, na verdade, nunca esteve lá. Seu semblante aparentemente pacífico confunde os israelenses, que não sabem onde está a verdade. A impressão que dá é que, do mundo da espionagem, sabemos muito menos do que a ponta do iceberg. James Bond continua atual, com suas missões e mentiras em nome da Rainha.

Fonte: Jornal Rua Judaica

 

 

 

 

 

 

Obs. :  Espião é treinado para confudir mesmo.  Então, é melhor não confiar.  Caso as informações coletadas não  satisfaçam os critérios de segurança, deporta-o de volta ao seu páis de origem.

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