Uma visão humanista do judaismo

Entrevista com Bernardo Sorj

Bernardo Sorj é professor titular de Sociologia da Universidade Federal do Rio

de Janeiro e diretor do Centro Edelstein de Pesquisas Socais.

Uruguaio de nascimento, concluiu o curso de graduação em Historia e

Sociologia e o mestrado em Sociologia na Universidade de Haifa (Israel), entre

1969 e 1973. Realizou o doutorado em Sociologia na Universidade de

Manchester (Inglaterra), concluído em 1976.

Foi professor visitante em várias universidades europeias e dos Estados Unidos,

ocupando, entre outras posições, as cátedras Sérgio Buarque de Holanda da

Maison des Sciences de L’Homme e Simón Bolívar do Institut des Hautes

Études de l’Amérique Latine (IHEAL), em Paris (França). É autor de 23 livros,

publicados em varias línguas, sobre temas de teoria social, América Latina,

democracia e judaísmo.

No dia 15 de março de 2010, Bernardo Sorj esteve em Porto Alegre por ocasião

do lançamento do seu livro Judaísmo para todos, quando concedeu esta

entrevista a Ilton Gitz e Anita Brumer.

WebMosaica: Desde 1983 você tem publicado artigos e livros sobre

judaísmo, tratando das contribuições de intelectuais judeus do século

XIX, sionismo, identidade dos judeus da Diáspora e judaísmo

secular. No livro Judaísmo para todos, publicado no Brasil em 2010,

você propõe um judaísmo humanista e, ao mesmo tempo, secular.

O que o levou a escrever este livro?

Bernardo Sorj: O principal motivo foi a necessidade de dar vazão a

uma inquietude interna, a da procura de respostas a perguntas produzidas

pela insatisfação com minha própria visão do judaísmo. Formado na tradição

ortodoxa – numa família que foi profundamente afetada pelo holocausto

–, mergulhei posteriormente no sionismo-socialismo e vivi cinco

anos em Israel, onde estudei história judaica. A partir de certo momento,

percebi que meu judaísmo tinha como referência básica o passado. Um

judaísmo que não está enraizado no presente e não encara o futuro é um

judaísmo empobrecido, assombrado por memórias e culpas, que tem muito

pouco a comunicar às novas gerações. O livro é um esforço de acerto

de contas com minha visão de judaísmo, tanto com o judaísmo religioso

como o secular, valorizando o pluralismo e as tendências inovadoras. A

minha geração pensava que a pergunta “o que é ser judeu’ só tinha uma

única resposta. Nos tempos atuais, que assumem o pluralismo e o respeito

à individualidade, a pergunta passa a ser: “que judeu eu quero ser?”

 

Veja Abaixo a entrevista completa

Uma Visao humanista do Judaismo.txt

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