Depois da Hanukiá - Paulo Blank

Hanuká pode ter razões que as velas do candelabro não esclarecem?
Quando sabemos o sentido espiritual dos rituais, ou seja, a sua filosofia, o projeto humano da tradição e sua espiritualidade se transformam em uma só coisa: só uma espiritualidade de raiz cosnsegue renovar a tradição mecânica de ritos sem origem.
Quando isto acontece, HaNuká transcende as luzes da festa e refunda um HiNuCH-educação, um projeto de humanidade. Em hebraico HaNuKá e HiNuCH têm a mesma origem.
Todas as narrativas de todas as tradições são, igualmente, projetos do humano que transformam o particular em universal.
Hanuká: a narrativa de um pequeno recipiente que guardou o azeite que tornou capaz o milagre da multiplicação da luz.
O milagre da multiplicação da luz se tornou possível graças ao milagre humano da criação do recipiente.
.Milagre de sobreviver no recolhimento da espera até que a própria luz, uma vez mais, se ofereça ao milagre.
Milagre da sobrevivência do maior dentro do menor. Da espiritualidade voltada para o humano sobre a espiritualidade milagreira que transforma terra, pedras, e limites geográficos, em valores do espírito.
A Hanukiá acesa precisa ser colocada na janela para que sua luz saia da intimidade da família e anuncie aos passantes que, mais uma vez, é hora de celebrar o maior milagre do mundo.
O milagre da capacidade humana de reinventar o novo apesar dos desejos, igualmente humanos, de persistir no mesmo de sempre.
“Hanuká Ba hanuká”, diz uma canção hebraica. Hanuká dentro de Hanuká. É o que de melhor podemos desejar a todos nós, mesmo sabendo que, no final da festa, as velas se apagarão. Uma vez mais.
Um final de Hag para todos nós.

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