Mohamed Morsi, candidato do movimento “Irmandade Muçulmana”, foi declarado vencedor das eleições presidenciais no Egito, chegando assim o movimento islamista fundamentalista ao poder ao fim de vários anos de luta. O Chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas já felicitou o irmão muçulmano Mohamed Morsi pela sua vitória nas presidenciais. "O marechal Tantaoui felicitou Mohamed Morsi", anunciou o canal de televisão. Na Faixa de Gaza, em pleno território muçulmano a vitória foi celebrada pelos militantes do Hamas que vêem na vitória dos fundamentalistas egípcios um aumento do apoio à sua causa.

O "irmão Muçulmano", Mohamed Morsi, foi declarado este domingo vencedor das eleições presidenciais no Egito.

Morsi obteve 13 milhões de votos contra mais de 12 milhões do seu rival Ahmad Chafiq, antigo primeiro ministro de Hosni Mubarak de acordo com o anúncio feito pelo presidente da comissão eleitoral, Farouk Soltan.

A vitória de Morsi foi saudada por uma explosão de alegria na praça Tahir, no Cairo, onde muitos milhares dos seus partidários se concentraram e gritaram “Allah akbar [Deus é grande] e lançaram fogo-de-artifício.

Ainda de acordo com a comissão eleitoral a taxa de participação na segunda volta das presidenciais nos dias 16 e 17 de junho alcançou os 51%, quando na primeira volta, a 23 e 24 de maio, se tinha quedado apenas pelos 46%.
Margem de manobra reduzida
Mohamed Morsi era chefe do Partido da Justiça e da Liberdade, frente legal da Irmandade Muçulmana. Durante a campanha eleitoral Morsi contou com o apoio da grande massa de militantes da Irmandade a mais importante e melhor organizada das forças políticas em presença sem contar com as forças armadas.

De posse de uma legitimidade acrescida pelo voto popular, o futuro presidente egípcio terá no entanto uma margem de manobra muito pequena face a um todo-poderoso Conselho Militar que comanda os destinos do país desde a queda do antigo presidente Hosni Mubarak, quando recuperou o o poder legislativo depois de dissolver a Assembleia controlada pelos islamitas que se seguiu a um julgamento que declarou ilegal o modo de escrutínio.

O exército prometeu devolver o poder executivo ao novo chefe de Estado saído das eleições presidenciais antes de 30 de junho.
Alegria contagiante
Não foi apenas no Egito que esta vitória foi saudada. Também na Faixa de Gaza, em território palestiniano governado pelo movimento islamita radical Hamas, aliado da Irmandade Muçulmana, a declaração de vitória do aliado foi efusivamente saudada para o ar pelos militantes palestinianos com tiros de armas automáticas que mostravam assim a alegria de ver no país vizinho um movimento que professa a mesma ideologia.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=565029&tm=7&layout=121&visual=49

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