Um relatório da ONU divulgado em Genebra (Suíça) revelou que o governo do Irã continua praticando atos de violência contra a minoria religiosa Bahá’í. Segundo Ahmed Shaheed, relator especial sobre direitos humanos no Irã, “110 bahá’ís estão detidos atualmente no Irã por praticarem a sua fé, inclusive duas mulheres, obrigadas a amamentar seus filhos na prisão”. O relatório estima que há 133 bahá’ís aguardando intimação para serem detidos e que outros 268 estão à espera de julgamento.

O relatório também afirma que a comunidade bahá’í continua sendo sistematicamente privada de seus direitos sociais e econômicos, inclusive do acesso à educação superior. Em novembro passado, cinco estudantes bahá’í foram expulsos de três universidades. De acordo com um estudo da Comunidade Bahá’í Internacional intitulado “Violência e Impunidade: Atos de agressão contra a comunidade bahá’í iraniana”, desde 2005 mais de 660 bahá’ís foram presos e, no fim de 2012, pelo menos 112 estavam definhando na prisão. A violência inclui incêndios de casas, violação de cemitérios, pichações e incitação ao ódio religioso pelas autoridades.

Religião monoteísta nascida na Pérsia (atual Irã) no século XIX, os bahá’ís são hoje entre cinco e sete milhões de fiéis espalhados por mais de 200 países e territórios; mais de 2 milhões deles estão na Índia. No Irã, onde há um milhão de bahá’ís, eles sofrem perseguição sistemática da teocracia xiita. Em Haifa, Israel, está localizado sobre o Monte Carmelo o Centro Mundial Bahá’í, centro administrativo e de peregrinação dessa religião.

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