Ônibus teve as janelas destruídas por tiros após ser alvo de emboscada em rodovia nas proximidades
Serviços de ambulância informaram que ao menos seis pessoas morreram nesta quinta-feira no sul de Israel, onde aconteceu um tiroteio entre a polícia e os supostos autores de dois ataques contra ônibus perto da fronteira com o Egito. Fontes oficiais do exército israelense confirmaram cinco mortes até o momento.
De acordo com a rádio militar israelense, duas vítimas fatais integravam um comando armado que abriu fogo contra um ônibus. A emissora informou ainda que membros de uma unidade policial especial conseguiram localizar os autores dos ataques, nos quais pelo menos outras 10 pessoas ficaram feridas.
Quatorze passageiros de dois ônibus nos quais viajavam muitos militares ficaram feridos perto do balneário de Eilat, segundo fontes médicas. Os dois ônibus da empresa pública Egged percorriam o trajeto entre Beersheva e Eilat. Vários militares viajavam ao balneário para passar o fim de semana.
O porta-voz do Exército, Yoav Mordehai, afirmou que "civis e militares foram atingidos durante os ataques terroristas".
O ataque contra o ônibus ocorreu em uma rodovia no deserto de Israel, cerca de 30 km ao norte da cidade turística de Eilat, na costa. A estrada passa a metros de distância da fronteira aberta com o Egito.
A Rádio Israel disse que alguns atiradores em um carro realizaram uma emboscada contra o ônibus civil. O serviço de ambulância Magen David Adom informou que ao menos cinco passageiros ficaram feridos.
"Foi um ataque terrorista", disse um jornalista da Rádio Israel que estava no local. Fotos na televisão mostravam marcas de bala no pára-brisa do ônibus e janelas quebradas na lateral."
A rádio informou mais tarde que os agressores e as forças de segurança israelenses estavam travados em uma troca de tiros próximo ao local da emboscada e que havia alguns feridos.
O Egito aumentou as atividades de segurança no deserto do Sinai, que faz fronteira com Israel e a Faixa de Gaza. Fontes de segurança egípcios disseram na terça-feira que a repressão contra grupos armados no norte do Sinai havia capturado quatro militantes islâmicos que se preparavam explodir um gasoduto.
Autoridades da inteligência no Egito disseram que grupos militantes no Sinai estavam se aproveitando do vácuo na segurança deixado pela derrubada do presidente Hosni Mubarak em fevereiro.
Resposta enérgica
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, declarou que os terroristas da Faixa de Gaza estão por trás dos ataques registrados. "A fonte dos atos terroristas é Gaza e nós atuaremos com plena força e determinação contra eles", disse Barak em comunicado divulgado após conversas com os responsáveis dos corpos de segurança israelenses.
O ministro da Defesa qualificou os ataques como "um grave ato terrorista" que "mostra a fraqueza do controle egípcio no Sinai e o alcance das atividades de agentes terroristas". Barak se deslocou ao sul do país para acompanhar as operações na região.
Por enquanto, nenhum grupo armado reivindicou a autoria dos ataques armados nos arredores da cidade de Eilat.
Com informações adicionais das agências EFE e Reuters
Respostas