Turquia expulsa embaixador de Israel em Ancara - agência EFE

A Turquia expulsou o embaixador israelense em Ancara e suspendeu todos os acordos com Israel porque o Estado hebreu não atendeu às demandas turcas sobre o ataque no ano passado contra uma frota que se dirigia para Gaza, informou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu. "Neste momento, as medidas que tomamos são: as relações entre a Turquia e Israel ficam reduzidas ao nível de segundo secretário. Todos os funcionários com grau superior a segundo secretário, e, e primeiro lugar o embaixador, devem regressar a seu país no mais tardar na quarta-feira", afirmou o ministro à imprensa. Ancara também suspendeu o conjunto dos acordos militares com Israel. A Turquia anunciou recentemente que ia aplicar seu "plano B" de sanções contra Israel se o Estado hebreu insistisse em não pedir desculpas depois do ataque israelense contra a frota para Gaza, que em 2010 custou a vida de nove turcos. A ONU realizou um relatório sobre esta crise, e afirmou que a operação da marinha israelense foi excessiva, apesar de reconhecer a legalidade do bloqueio naval que Israel impõe a Gaza. O chefe da diplomacia turca anunciou que seu país levará o caso do bloqueio a Gaza ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em protesto pelo relatório da ONU, redigido pelo ex-primeiro-ministro neozelandês, Geoffrey Palmer, que assegura que tal medida israelense é "legal". "Não é possível nem aceitável que o relatório trate o bloqueio a Gaza como algo legal, já que o Conselho Geral das Nações Unidas o definiu como contrário ao direito internacional", denunciou Davutoglu. Davutoglu também criticou o vazamento do relatório, que "ainda não foi aprovado pelo secretário-geral" da ONU, Ban ki-moon. "Trata-se da manipulação de informações. É algo que faz pensar", acrescentou. Contudo, ele avaliou positivamente que o relatório "reconhece claramente os crimes cometidos pelos soldados israelenses", que usaram força "excessiva". O chefe da diplomacia turca concluiu que a Turquia não pode manter relações com Israel, "que acredita estar acima do direito e dispara contra pessoas inocentes". Com informações adicionais da agência EFE

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