Era uma vez um judaísmo laico e humanista. Falava Idish, vivia na Europa.  Se preocupava com os injustiçados. Não pensava em religião.

 

A salvação não tinha nada a ver com alma. As mitzvot se referiam ao Tzedek : justiça. A crença era em um mundo melhor.

A cultura judaica  a sua identidade. A civilização judaica sua referência. O estudo um prazer  que ritos não substituíam.

 

Não precisava de rabinos. Faziam parte de outro universo. Preocupado com  almas e outros mundo.

 

Naquele tempo viveu David Edelstat que emigrou para os estados Unidos.

Com outros jovens judeus fundou uma comuna agrícola. Anarquista. Um Kibutz antes do tempo.

 

Morreu em 1889 de tuberculose. Tinha 26 anos. Poeta, escreveu o seu testamento,  que , mais tarde se transformou em hino do BUND.

O partido dos socialistas judeus da Europa  Oriental. Quando garoto a  minha mãe me ensinou a recitá-lo. Era uma boa judia.

 

É uma prazer traduzi-lo do Yidish em homenagem ao primeiro de maio e à memoria da Dona Malka. Que está aí no Blog. No  filminho do “O Tal do Judeu”

Uma linguagem estranha, em todos os sentidos, aos dias de hoje.

 

Oh meus amigos! Quando eu morrer

Tragam nossa bandeira ao meu enterro

estandarte rubro, da liberdade, respingado

por sangue de trabalhadores

 

Então  em meu  túmulo, eu hei de ouvir

este meu canto de liberdade

canto livre, intempestivo,

e mesmo  lá, derramarei  lágrimas pelos escravizados

tanto  cristãos quanto  judeus.

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