A Biofeed é uma empresa israelense especializada no desenvolvimento e produção de pesticidas ecofriendly. Ela desenvolveu uma tecnologia inovadora, patenteada e eficaz que, sem prejudicar a saúde humana e o meio ambiente, permite aos usuários o controle de pragas de forma contínua por até um ano. E acaba de ser premiada pelo Office of the Chief Scientist do Ministério da Economia de Israel, juntamente com a divisão de desenvolvimento internacional Mashav do Ministério das Relações Exteriores, com cerca de R$ 445 milhões para dar seguimento à sua solução na luta contra o mosquito Aedes aegypti, portador do vírus Zika.
A tecnologia utilizada pela empresa chama-se Slow Fluid Release, e consiste em um dispositivo que serve de “isca” e contém uma mistura líquida, que atrai o mosquito pelo cheiro. Após isolar odores que atraem insetos, como moscas de fruta ou mosquitos, a solução desenvolvida elimina um odor que imita o de seus parceiros de acasalamento ou de outras substâncias atrativas ao vetor. Com isso o mosquito é atraído e se alimenta do veneno, que se espalha entre outros de sua espécie quando o vetor retorna para seu ninho. O resultado é a eliminação de uma infestação, sem a necessidade de pulverizar pesticidas nas culturas, uma vez que as pragas na área irão ser naturalmente atraídas para a armadilha.
“Devemos ter em mente que o mesmo mosquito que transmite a Zika, também pode transmitir outras doenças. Assim, buscamos controlar o vetor: o mosquito”, disse o diretor da empresa, Nimrod Israely. “Há muitos anos reconhecemos o grande potencial em explorar o mundo dos cheiros sentidos pelos insetos para benefício dos seres humanos”, acrescentou. Enquanto outros institutos de pesquisa da área de saúde buscam vacinas ou tratamentos alternativos para a Zika, a Biofeed procura atacar diretamente o mosquito. Esta mesma tecnologia poderia, inclusive, ser utilizada para eliminar mosquitos transmissores da malária. “Nós já possuímos a plataforma e sabemos como utilizá-la. Agora, é só desenvolver e testar”.
A Biofeed, juntamente com nove outras startups, recebeu o prêmio como parte do concurso “Grandes Desafios de Israel”. Baseada em programas patrocinados pelo governo nos EUA, Canadá, Índia, Brasil, China, entre outros países, o programa convida os empresários desenvolvedores de tecnologias inovadoras que poderiam ajudar a resolver problemas na África, Ásia, América do Sul, e em áreas atingidas pela pobreza extrema no Ocidente, para apresentar as suas ideias e projetos.
Respostas