A borboleta, o judeu e o rei - Jayme Fucs Bar
No período de Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal,
um grande sábio judeu vivia no reino. O sábio era muito famoso por sua a e muitos judeus faziam peregrinações até a sua casa para pedir conselhos e porque acreditavam que ele tinha o poder de descobrir o que está oculto no interior dos seres humanos.
Seu nome ficou muito famoso e chegou até a Corte portuguesa. O rei, muito curioso, decidiu examinar de perto se a grandeza desse sábio judeu tinha fundamento, enviando um de seus oficiais para trazê-lo pessoalmente até sua presença. O sábio judeu, ao chegar ao castelo real, foi conduzido até o rei, que lhe disse: “Ouvi falar sobre sua grande sabedoria e sobre seu poder de ver o que está oculto dentro das pessoas, então me diga: eu estou segurando uma borboleta viva ou uma borboleta morta em minhas mãos?”.
O sábio judeu sorriu, olhou nos olhos do rei e respondeu:
“A resposta está em suas mãos, e não nas minhas. Será exatamente como você vai decidir governar o seu reino, em que vivem cristãos e judeus. Se você decidir fechar bem as mãos, a borboleta morrerá e, com isso, você terá um reino de decadência e pobreza. E se você desejar abrir bem as palmas das mãos, a borboleta sobreviverá e ela trará ao seu reino muita
prosperidade”.
O rei entendeu a mensagem do sábio judeu e abriu suas mãos. Uma linda borboleta voou livre por todo Portugal, trazendo muita prosperidade em todo o seu reinado.
Dom Afonso Henriques, que reinou entre 1143 e 1185, foi um
grande amigo dos judeus, tendo como seu braço direito Dom Yahya, ou melhor, Ibn Yahya Ben rabi, cognominado “O Negro”, um dos mais nobres judeus portugueses.
Dom Afonso Henriques concedeu-lhe terras e o título de fidalgo.
Foi Dom Yahya quem se tornou o primeiro rabino-mor de Portugal.
Respostas
Obrigada, por este ensinamento
Obrigada, muito significativo.