Iom Kipur - Perdão pelos Pecados - Agencia Judaica

O Iom Kipur é observado no décimo dia do mês hebraico de Tishrei, quando o destino do indivíduo pelo ano vindouro é, alegoricamente, "selado" no "Livro da Vida". Somente os pecados entre o homem e D'us podem ser perdoados no Iom Kipur, e no fim do dia, os fiéis na sinagoga nada podem além de manter esperanças de que foram bem sucedidos e poderão ser perdoados por suas falhas, e que D'us foi realmente atingido por suas preces. Pois neste dia o julgamento será feito sobre ti, para limpar-te de todos os seus pecados que podem ser limpos perante D'us.(Lev. 16:30) Assim, foi instituído o Iom Kipur - o Dia do Perdão - a única festa judaica não relacionada a um evento histórico ou conceito agrícola. Os outros dias santos possuem um significado nacional possível de ser identificado até mesmo por judeus seculares. Iom Kipur, entretanto, lida exclusivamente com as relações do homem com D'us e com seus semelhantes, e envolve muito 'contato' com D'us. Os dias imediatamente anteriores ao Dia do Perdão devem ser usados para que o homem peça perdão e faça as devidas restituições aqueles com quem este tenha falhado ao longo do ano. A Natureza do Pecado Em hebraico, há mais de 20 palavras diferentes relativas a "pecado," cada uma com uma conotação única, e aplicável somente em condições bem específicas. A termo rabínico mais comum para pecado é "averá" da raiz "avar" - "sobrepassar" e interpretada como uma perda do favor divino. Os judeus acreditam que o pecado é causado por uma inclinação para o mau (yetzer ha'rá), uma força que nos faz agir irresponsavelmente e sem medir as conseqüências. D'us disse(Kid. 30b): "Meus filhos? Eu criei o Ietzer Ha'Rá, mas como criei a Torá como seu antídoto: Se você se ocupar com a Torá, não se inclinará para o lado do mau." Rabi Ishmael ensinava: "Meu filho, se este sentimento repulsivo (i.e., o Ietzer Ha'Rá) te atacar, leve o para a casa da sabedoria; se ele for pedra, se dissolverá; se for ferro, se quebrará em pedaços." (Kid. 30b). Livre Arbítrio é um princípio básico do Judaísmo, desde o primeiro acontecimento no Gênesis, no qual Adão e Eva têm a opção de aceitar ou rejeitar o mandamento de D'us. O grande estudioso Judeu da Idade Média, Maimonides escreveu: "Todo homem tem potencial se de se tornar tão justo como Moisés, nosso professor, ou tão amaldiçoado como Jeroboão; sábio ou estúpido; bondoso ou cruel; miserável ou generoso..."(Yad, Teshuva 5) Isto contradiz uma popular expressão em Yidish, que diz deposita todos os acontecimentos da vida como "beshert" ou predestinados. O Judaísmo ensina que somos todos capazes de dirigir nossas próprias vidas, de escolher o caminho da retitude, ou seu oposto, o caminho do pecado. Jejum e Oração Ainda assim, durante as Grandes Festas, recitamos uma reza que aparentemente contradiz a suposição acima: "No ano novo, ele (i.e., nosso destino) é escrito, e no Dia do Julgamento, é selado... quem deverá viver, e quem deverá morrer, quem deverá aproveitar ao máximo seus dias, e quem falecerá antes disso..." Alguns rabinos defendem que isto é uma meditação mais que uma reza, cujo objetivo é ajudar o judeu a entender o auge das inspirações exortadas em Iom Kipur, "Mas a penitência, oração e caridade advertem o severo decreto!" Apesar de nossas ações poderem merecer punição, podemos ainda escolher o caminho do arrependimento até nossa última hora na Terra, como dizem as escrituras sagradas. Em Israel Em Israel, Iom Kipur possui um significado espiritual ainda maior. Em Jerusalém, em particular, não são vistos carros nas ruas durante todo o período de jejum. O mais convicto dos seculares respeita a santidade deste dia. Como a escuridão desce neste longo período de jejum e oração, os Judeus continuam a encher suas sinagogas, enquanto as ruas de Jerusalém se enchem de gente indo para o lugar mais sagrado da cidade, o Muro Ocidental. O toque final do Shofar rende tanto a escuridão da noite quanto a alma judaica, e, o Povo de Israel, está ciente da profecia de Isaias para com os que vivem no exílio: “E virá o dia, no grande toque do Shofar, e virão para a terra perdida para os Assírios.” (Isaias 27:13)

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