Moradores dizem que o município de Ashdod fechou trecho da praia aberta ao público para proteger os banhistas religiosos.

Um trecho da praia em Ashdod tornou-se motivo de discórdia entre moradores da cidade portuária do sul nas últimas semanas, depois que o município optou por fechar uma parte para proteger os banhistas religiosos. Ashdod tem uma praia separada para atender aos banhistas religiosos. Mas, recentemente um “novo muro” foi instalado a apenas 200 metros ao sul da área cercada, criando uma zona fechada entre a praia restrita e à beira do mar frequentado pelo publico maior.

Placas foram colocadas para alertar os banhistas que a área foi fechada ao público por ordem do Tribunal de Justiça de Ashdod. Enquanto o limite norte da praia religiosa continua sem a tal "zona de segurança", os agentes municipais estão alertando aos outros banhistas que evitem sentar-se perto da cerca: "Não há lei no mundo que possa permitir a uma praia pública de ser fechada. Nós lutamos contra esta medida que é ilegal", disse Elizabeth Kadosh, de 26 anos moradora de Ashdod. "Essa repressão religiosa me incomoda. Se eles tivessem ampliado a praia porque estava superlotada, não teria me incomodado. Mas esta medida é uma provocação." disse.

Liat, outra moradora, afirmou que os frequentadores da praia não devem ser penalizados por terem um estilo de vida diferente do setor religioso: "Não tenho nenhum problema com o fato de que os religiosos tenham sua própria praia. "O que me incomoda é que eles estão tentando assumir uma faixa maior de praia só porque eles não podem controlar seus impulsos."

Os banhistas religiosos, por outro lado, destacam que a zona fechada é utilizada para proteger a privacidade a que eles tem direito: "A separação adicional destina-se a tornar impossível reconhecer quem está tomando banho na praia", disse Osnat Uziel, uma frequentadora religiosa. "Como mulher religiosa que eu sou, não quero ser vista, apesar de entrar na água de roupa. Todo mundo pensa que essa parte da praia foi fechada por nossa causa, mas temos que respeitar a maneira e honrar os direitos de cada pessoa e de suas crenças", acrescentou.
Moshe Gérson, que chegou na praia “segregada” com seus três filhos, admitiu que a separação era para proteger os banhistas religiosos de ver os “outros banhistas”: "A separação foi feita para nos ajudar a evitar as violações de nossas crenças que nos impedem de olhar para o sexo feminino”, disse. "Você não tem idéia de como essa separação é benéfica. Isso enriquece a nossa vida de casado.

O Município de Ashdod, disse em resposta aos protestos, que decidiu ampliar temporariamente a praia do lado religioso, 80 metros ao sul, devido ao terreno irregular e as perigosas correntes do lado norte.

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