Israel na guerra contra o Ebola

Empresa israelense diz que pode produzir droga experimental contra Ebola. Com o esgotamento da vacina ZMapp, companhia farmacêutica com sede em Carmiel afirma ser capaz de extrair medicamento do tabaco com rapidez e eficácia ebola Enfermeiro usa roupas protetoras ao demonstrar as instalações no Royal Free Hospital, em Londres, em 6 de agosto de 2014, durante preparativos para atender paciente cujo teste deu positivo para o vírus Ebola.

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A Protalix, empresa biofarmacêutica localizada na cidade de Carmiel, no norte de Israel, disse no sábado ter recursos para produzir a vacina experimental contra o Ebola, o ZMapp, desenvolvido recentemente. “Hoje, nossa capacidade de produção excede nossas necessidades e, certamente, ficaríamos felizes se empresa que produz a droga contra o Ebola nos permitisse produzir para eles.

Saberíamos como fazer isso com eficiência, em grandes quantidades e em um período de tempo relativamente curto”, disse o médico da Protalix Yossi Shaaltiel, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento, em uma entrevista para o Channel 2. Shaaltiel disse que a empresa é mais hábil na engenharia genética do tabaco – do qual o medicamento ZMapp é extraído – do que de qualquer outra planta. A reportagem de TV mostrou que as instalações no norte de Israel eram mais avançadas e melhor equipadas do que as estufas nos Estados Unidos onde ocorre a produção do ZMapp.

“Fomos considerados loucos”, disse Shaaltiel, referindo-se ao início das atividades da empresa. “Agora estamos provando que somos os únicos que trabalham com o tipo de planta que se converte nas drogas farmacêuticas aprovadas”, afirmou. Das sete pessoas infectadas com o vírus Ebola que foram tratadas com o ZMapp, duas morreram – um médico liberiano e um padre espanhol. O padre recebeu apenas uma das três doses previstas. Dois americanos se recuperaram, assim como dois africanos que receberam o ZMapp na Libéria – um médico do Congo e um assistente do médico liberiano que deveriam ser liberados do centro de tratamento no sábado.

Uma enfermeira britânica também foi tratada com a droga – de acordo com informações, as duas doses restantes do tratamento aplicado ao padre espanhol. Médicos afirmaram que não há como saber se o ZMapp fez diferença ou se os sobreviventes se recuperaram espontaneamente, como ocorreu com cerca de 45% das pessoas infectadas nesta epidemia do Ebola. A produtora do ZMapp, a Mapp Biopharmaceutical Inc., de San Diego, Califórnia, disse que a pequena oferta da droga agora está esgotada e que serão necessários vários meses para produzir mais.

A droga é encontrada em pés de tabaco e foi desenvolvida com apoio do governo dos Estados Unidos. Segundo um representante da empresa, é necessário um mês para produzir de 20 a 40 doses em uma unidade industrial em Kentucky, onde a droga é fabricada. Executivos da companhia disseram que estão buscando outras instalações e formas de aumentar a produção, e Kobinger afirmou que há planos de um ensaio clínico para testar o ZMapp em pessoas no início do próximo ano. O Ebola já matou mais de 1.500 pessoas neste ano, e a Organização Mundial da Saúde prevê que o número de casos poderá chegar a 20.000 até que a epidemia seja controlada.

Na sexta-feira, o vírus foi detectado em um quinto país africano, o Senegal, onde foi tratado um estudante universitário procedente da Guiné. Não existe vacina aprovada nem tratamento específico, apenas atendimento de apoio para manter os pacientes infectados hidratados e nutridos. Os esforços têm sido focados em descobrir casos e rastrear os contatos das vítimas para limitar a propagação da doença, que se dissemina através do contato com o sangue e outros fluidos.

via Times of Israel e Missão Econômica de Israel no Brasil