O Efeito Placebo

Por Naftali Silberberg

É uma realidade médica bem documentada: os sintomas de um paciente podem ser aliviados por uma medicação ou tratamento falso, simplesmente porque o indivíduo espera e acredita que vai dar certo.
Minha limitada pesquisa sobre este assunto (graças a wikipedia.com) revelou que os placebos são mais eficazes no “tratamento” de sintomas subjetivos, como dor ou depressão, que em grande parte dependem da avaliação feita pelo paciente sobre a situação. Eles pouco fazem para curar realmente doenças cujos sintomas podem ser monitorados objetivamente. Além disso, os poderes curativos do placebo não se igualam aos do remédio verdadeiro. Para que uma nova medicação seja aprovada, o fabricante deve demonstrar por meio de testes clínicos que é significativamente mais eficaz que um placebo.
Vital para a saúde física de todos os membros do corpo é a manutenção de canais sadios que se ligam à sua fonte da vida. Este é o sistema nervoso, que conecta o membro ao cérebro, e os vasos sangüíneos que permitem o fluxo do sangue para o coração e a partir dele. Quando, D’us não o permita, estes canais estão defeituosos, a) a funcionalidade do membro é comprometida ou completamente paralisada, e b) o membro afetado sofre muita dor. Onde quer que um placebo possa aliviar a dor, a pessoa precisa passar por um tratamento médico real para curar o problema subjacente.
A saúde da alma, também, depende da manutenção de uma forte conexão à sua Divina fonte da vida. Esta conexão é mantida por meio de uma dieta balanceada de Torá e um regime regular de exercício de mitsvot. Se esta conexão for comprometida devido à negligência, a pessoa perde a funcionalidade espiritual.
Uma alma judaica é colocada neste mundo para construir uma morada Divina em si mesma e nos seus arredores. Quando as linhas espirituais da vida estão bloqueadas, é impossível implantar esta missão. Além disso, esta condição invariavelmente provoca num judeu grande sofrimento emocional e espiritual. O latejar da alma é fortemente sentido pelo indivíduo – embora com freqüência ele não saiba o motivo.
Este sofrimento leva muitas pessoas a tentarem muitos tipos diferentes de placebos: disciplinas e causas espirituais alternativas com a intenção de aliviar a dor da alma. Muitas vezes, estes placebos oferecem algum alívio dos dolorosos sintomas da doença espiritual – porém seu sucesso empalidece em comparação ao tratamento real. E o mais importante, eles certamente não fazem nada para restaurar a funcionalidade da alma doente.
Portanto, não aceite nada menos que o remédio verdadeiro. Fale com seu médico espiritual local (também conhecido como “Rabino”, “Rebetsin” ou outro mentor espiritual), e peça o tratamento que se orgulha de uma taxa de 100% de sucesso há mais de três milênios!