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Jerusalém colonial: judeus portugueses no Brasil holandês Ronaldo Vaifas Editora: Civilização Portuguesa

 

Sinopse: A obra trata da comunidade de judeus portugueses que se radicou em Pernambuco, no século XVII, e fundou a primeira sinagoga das Américas. Perseguidos pela inquisição em Portugal, esses judeus vieram na comitiva de Mauricio de Nassau. O Brasil holandês representava um oásis de tolerância para esse grupo, apoiado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. A pesquisa de Vainfas é centrada em documentação dos arquivos holandeses e portugueses, com foco na questão das metamorfoses identitárias.

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A RELAÇÃO DO JUDAÍSMO COM A NATUREZA

A RELAÇÃO DO JUDAÍSMO COM A NATUREZA Jane Bichmacher de Glasman Mas não é apenas através do calendário e das festividades e suas simbologias que o judaísmo expressa sua relação com a natureza. Na verdade, a atitude para com a natureza expressa, hoje mais que nunca, um critério pelo qual a sociedade deve ser julgada. Para ilustrar a verdade de que o homem não peca só para o mal, Rabi Shimon Bar-Iochai contava: “Estavam alguns homens sentados numa embarcação e um deles, interpretando um presságio, pôs-se a abrir um furo debaixo do seu lugar. Seus companheiros exclamaram: – Que estás fazendo? Replicou ele: – É acaso da tua conta? Não estou abrindo um buraco debaixo do meu banco? – Naturalmente é da nossa conta – retrucaram os outros – pois a água virará o bote e nós, com ele”. (Vaicrá Rabá 4:6) O judaísmo ensina o respeito à natureza como criação de D’us: “A terra é do Senhor e tudo o que há nela; o mundo e todos os que nela habitam”(Salmos 24:1). O homem, por causa do grande poder que é capaz de exercer sobre o meio-ambiente, tem a responsabilidade de tratá-lo com respeito. Ele é o procurador de D’us na terra, disse Rashi, comentando o verso do salmo 115:16: “Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, Ele a deu para os filhos dos homens”. Há ênfase especial na tradição judaica para que não se inflija qualquer sofrimento desnecessário aos animais, apesar de ser permitido o abate dos animais para a alimentação, desde que feito por um método que atenda a esse requisito. (Apesar de existirem judeus vegetarianos, o judaísmo não exige o vegetarianismo). Para ilustrar, duas versões talmúdicas (do Talmud da Babilônia e do Talmud de Jerusalém): O patriarca Rabi Iehudá I sofreu longos anos de dor de dentes. Por que fora castigado assim? Porque certa vez vira um bezerro levado ao matadouro; o bezerro balava, pedindo socorro, mas o Rabi disse: “– Vai, que para isso foste criado.” E como se curou o patriarca? Um dia, vendo uma ninhada de ratos que iam ser afogados no rio, disse: “– Deixai-os livres, pois está escrito: ‘A misericórdia de Deus paira sobre todas as suas obras’”. (T.I. Quilaim, cap. 9). Certa vez Rabi Iehudá, o Príncipe, explicava a Lei perante uma assembléia de judeus babilônicos, em Seforis, quando viu passar um bezerro que procurava esconder-se e mugia com um som melancólico, como se dissesse: “Salva-me! “ Disse Rabi Iehudá: – “Que posso fazer por ti? Para essa sorte (isto é: para seres abatido) foste criado”. Em conseqüência, Rabi Iehudá sofreu dor-de-dentes treze anos... No fim desse tempo, sucedeu que uma doninha desatou a correr atrás da filha dele e ela quis matar o animal. Disse-lhe então o pai: – “Deixa-a ir, pois está escrito: “A misericórdia de D’us paira sobre todas as suas obras”. Decretou-se então no Céu: “Desde que Rabi Iehudá teve piedade, compadeçamo-nos dele”. E passou-lhe a dor-de-dentes”. (Raba Metzia, 85a). Já na Bíblia, há muita legislação humanitária a respeito dos animais, englobadas no princípio de Tsaer Baalei Haim (compaixão pelos seres vivos). Incluem-se proibições do afastamento da ave mãe de sua cria (Deutero-nômio 22:6s), de se juntar numa parelha o boi e o asno (Deu-teronômio 22:10) e de se amordaçar um boi quando estiver debulhando o milho (Deuteronômio 22:10). No 4º mandamento, há a estipulação de que animais domésticos devem participar, com seus donos humanos, do respeito pelo descanso no Shabat sagrado. Outras leis foram criadas pelos rabis; por exemplo, a que proíbe comprar um animal se não se tem condições de cuidar dele adequadamente (Talmud de Jerusalém, Iebamor 15:3) ou a que determina alimentar os animais antes de se fazer a própria refeição (Berachot 40a). Os sábios também contavam uma lenda fascinante sobre Moisés. Certa vez, ele percorreu grandes distâncias para resgatar uma pequena ovelha que se tinha afastado de seu rebanho e, por esse ato de compaixão, mostrou-se aos olhos de D’us como competente para transformar-se no pastor de seu povo, Israel (Êxodo, Rabá 2:2). Tal tradição não veria com bons olhos a caça como esporte. Isto era firmemente condenado pelo eminente Rabino Ezequiel Landau, do século XVIII, em uma de suas responsas. “Não é para o feitio dos filhos de Abraão, Isaac e Jacob”, escreveu. Mas o respeito pela natureza vai além do respeito aos animais. A indicação de que não pode ser utilizada sem algumas restrições consta da lei bíblica que exige do fazendeiro que não cultive a terra a cada 7 anos (Levítico 25:3); e de outra lei que proíbe aos exércitos cortar as árvores frutíferas ao sitiarem uma cidade (Deuteronômio 20:29). Este mandamento foi generalizado, por uma interpretação judaica posterior, para uma proibição contra qualquer destruição injustificada (Maimônides, Sefer Ha-Mitzvot, proibição 57). Assim entendido, este mandamento, um dos 613 de nossa religião, tornou-se particularmente relevante em tempos recentes, quando a humanidade se deu conta do perigo potencial que ameaça a sua própria sobrevivência – a espoliação negligente dos recursos naturais do meio ambiente. Isto também é uma mitzvá “do homem para com seu próximo”, mas no sentido especial de que se relaciona à responsabilidade que cada geração de seres humanos tem para com a posteridade. A cosmovisão judaica é orientada basicamente pela Torá. Aliás, este é o significado da palavra Torá – orientação. E, quando fazemos uma leitura do texto bíblico procurando aprender todo o seu simbolismo, podemos encará-lo como um compêndio ecológico metafórico. Começando com a criação do homem: D’us o cria para ser seu parceiro na criação. Depois a mantendo: a ação do homem sobre a natureza representa o exercício de seu livre-arbítrio, sua própria opção pela vida ou pela morte. Interpretando de outra forma a passagem que o cristianismo viria a considerar como o pecado original, podemos identificar na transgressão de Adão o primeiro crime ecológico – o homem, incapaz de respeitar seus limites em prol do equilíbrio da natureza, provoca a perda do paraíso terrestre (arquétipo da harmonia ecológica), devido à ação predadora do próprio homem. O Talmud, através de suas agadot (lendas), ressalta o profundo alcance do simbolismo de ter sido criado somente um homem: “Um só homem foi criado no tempo da criação para que mais tarde ninguém tivesse o direito de dizer a outrem: Meu pai valia mais do que o teu” (T.I., Sanhedrin, 4:5). “Por que se criou um só homem, sem companheiro? Para que não se dissesse que certas raças são melhores do que outras” (Sanhedrin, 37a). Um homem foi produzido no tempo da criação, para atestar a grandeza de D’us. Quando os humanos se servem de uma forma para cunhar muitas moedas, elas saem todas iguais. D’us cunhou todos os homens com o molde de Adão, mas todos diferentes entre si. Logo, o homem tem direito de dizer: O mundo foi criado para mim... Também foi feito para ensinar que quem destruir uma simples vida é tão culpado como se tivesse arrasado o mundo todo e quem resgatar uma única vida grangeia tanto mérito como se houvesse salvo o mundo inteiro” (T.I.,4:5). “D’us criou primeiro o mundo e as outras criaturas, deixando o homem para o fim, ou melhor, para a véspera do Shabat, pois assim poderia dizer-lhe em qualquer ocasião: Até a mosca, um minúsculo inseto, foi criada antes de ti”. Sobre a responsabilidade do homem diante da natureza, conta o Talmud: “Criado o primeiro homem, levou-o D’us a passear entre as árvores e lhe disse: Observa as obras que criei, vê como são belas! Procura não pecar e não destruir o mundo que fiz. Pois se vieres a estragar algo, não haverá quem o conserte”. Outra conhecida passagem talmúdica, ressalta a responsabilidade do homem em relação às futuras gerações: “Certa vez, nas suas viagens, Honi Hameaguel viu um velho plantando uma alfarrobeira, e perguntou-lhe quando presumia que a árvore desse frutos. – Dentro de setenta anos – respondeu-lhe o velho. – Esperas viver setenta anos e comer os frutos do teu trabalho? – Quando vim ao mundo, não encontrei um deserto – replicou o ancião. – Os meus antepassados plantaram para mim antes que eu nascesse. Assim, eu planto para os que vierem depois de mim”. (Taanit, 23a). Para encerrar, pensemos sobre outra versão anedótica de história semelhante, narrada também no próprio Talmud e que bem representa como a perspectiva ecológica deve ser vista como um bem em si mesmo, não visando outras “recompensas”: “O Imperador Adriano, a caminho dos campos de batalha, passou por um jardim e viu um velho plantando uma figueira. Freando o cavalo, perguntou: – Por que trabalhas tão assiduamente nesta idade? Esperas comer os frutos da árvore que estás plantando? Respondeu o velho: – Se for a vontade de D’us, eu os comerei; do contrário, os desfrutarão meus filhos. Três anos depois o imperador passou pelo mesmo lugar. O mesmo velho adiantou-se e apresentou-lhe um cesto de figos, dizendo: – Meu Senhor, dignai-vos a receber esta dádiva. Eu sou o homem a quem falaste há três anos. Comovido, o imperador mandou encher o cesto com peças de ouro e devolvê-lo ao velho laborioso. Sucedeu estar a mulher de um vizinho em casa do ancião quando este voltou com o ouro. Ouvindo o relato, ela ordenou imediatamente ao marido que enchesse um cesto de frutos de todos os tipos e o levasse ao imperador. – Ele gosta da fruta da terra e, em recompensa, pode encher-te o cesto de moedas de ouro. O homem seguiu o conselho e apresentou a oferenda ao soberano, dizendo: – Majestade, ouvi dizer que gostais de frutos e trouxe-vos estes, para que os saboreeis. Sabendo do caso e indignado pela audácia do homem, o imperador ordenou aos soldados que atirassem os frutos à cara do atrevido. Arranhado, quase cego, o astucioso chegou à casa. – Como te foste? – perguntou ansiosamente a mulher. – Muito bem – respondeu. Se fosse limões, eu não estaria vivo”. (Vaicrá Rabá, 25). © Jane Bichmacher de Glasman Professora da UERJ e do ISTARJ Bibliografia: Bíblia Hebraica (Kassuto) Browne, Lewis. A Sabedoria de Israel, V. II. RJ, Ed. Biblos, 1963 Enciclopédia Judaica, Ed. Cecil Roth, RJ,ED Tradição, 1967 Glasman, Jane B. de. À luz da Menorá, RJ, UERJ/ed. Aut., 1987 Goldberg, David; Os judeus e o judaísmo. RJ, Xenon Ed. 1989 Judaica. RJ, A. Koogan Ed, 1990 Levi, Leo; Beit Israel, Jerusalém, Israel, Departamento de Publicações da Agência Judaica, 1966
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Revista inTolerância é lançada

Revista inTolerância é lançada Agência FAPESP (10/12/2010) Agência FAPESP – O Laboratório de Estudos sobre Intolerância (LEI), da Universidade de São Paulo (USP), lançou o primeiro número da revista inTolerância. Abrigada no Portal Rumo à Tolerância, www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/2683, a revista será semestral e trará um dossiê temático a cada edição. Segundo os editores, a revista abre espaço para artigos, resenhas, entrevistas e documentos históricos com a perspectiva de enriquecer o debate sobre a tolerância e intolerância na área das humanidades, nas artes e na cultura. Na primeira edição, a revista traz o dossiê Tolerância e Direitos Humanos: Diversidade e Paz com textos que versam sobre Iluminismo, democracia, globalização, entre outros assuntos. Além de resenhas e uma entrevista, o veículo traz uma análise do documento Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide, assinado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948. O texto é comentado por Samuel Feldberg, professor de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco. Entre os membros do conselho consultivo da revista estão Celso Lafer, presidente da FAPESP, Dalmo de Abreu Dallari, professor emérito da Faculdade de Direito da USP, e Sérgio Paulo Rouanet, filósofo e membro da Academia Brasileira de Letras. A USP anunciou, em setembro, o projeto do Museu da Tolerância, que será construído na Cidade Universitária na capital paulista. O museu estará vinculado ao Laboratório de Estudos sobre Intolerância e seguirá um conceito diferente dos museus tradicionais. Será o primeiro do gênero na América Latina voltado também para a educação lato sensu. A previsão é que no prazo de um ano as obras sejam iniciadas. Mais informações sobre a revista: www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/2683
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 Sherwin Wine : Fonte Chazit Hanoar Porto Alegre - http://www.chazit.com/cybersio/chazal/sherwin_wine.html   

 

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    Sherwin Wine era um americano, filho de imigrantes poloneses, que foi educado ao longo de sua vida com base nos preceitos judaicos conservadores. Freqüentou uma sinagoga, observava o shabat, mantinha sua casa Kasher.

    Wine é Mestre em artes e filosofia, pela Universidade de Michigan. Ao longo de sua vida universitária, mostrou-se voltado para a corrente empirística e mais tarde para o positivismo lógico. Por causa de alguns professores se sentiu atraído pelo humanismo.

    Apesar de não se encontrar mais em um ambiente religioso, Sherwin optou por seguir a carreira religiosa, se matriculando no programa rabínico da rabínico Hebrew Union College, uma instituição reformista. Após ser ordenado, em 1957, se voluntariou para ser Rabino nas Forças Armadas dos EUA,   uma nova congregação, conhecida como El Beth. No ano de 1963, após ser contatado por pessoas do templo Beth El, em Detroid, Wine começa a desenvolver, com apenas oito famílias, um trabalho em que elas pudessem encontrar uma linguagem que refletisse sua verdadeira

    Em 1959 foi para o Canadá ajudar na formação de crença. Depois de algum tempo Sherwin Wine resolveu retirar a palavra “D’us” de suas cerimônias, passando a utilizar de uma liturgia nova, repleta de cultura judaica, história e valores éticos. Assim começava a surgir o Judaísmo Humanista.

       Wine se declarou um não-ateu, pois, segundo ele o ateísmo é algo impossível, uma vez que não há como provar ou negar a existência de D’us.

    Em 1971 a congregação se mudou para um prédio recém construído, e os rolos da Tora colocados em uma biblioteca, ao invés do habitual Aron Hakodesh. A sinagoga recebeu uma grande escultura, representando a palavra Adam.

    Em 1982, Wine criou o Comitê Norteamericano para o Humanismo, uma confederação das seis principais instituições Humanistas dos EUA, onde era oferecido um curso de Doutourado para a formação de Lideres Humanistas.

    No ano de 1985 foi criou o Intrenational Institute for Secular Humanistic Judaism, uma instituição educacional onde são graduados Rabinos e Madrichim ( menos treinados do que rabinos, porém certificados para realizar casamentos e outras cerimônias). Até hoje já foram formados Sete rabinos e mais de 50 madrichim nos EUA.   

    Wine trabalhou como Rabino na sinagoga até 2003, quando começou a se dedicar exclusivamente ao International Institute for Secular Humanistic Judaism, arrecadando fundos e dando palestras em prol da divulgação da nova maneira de pensar que criara.

Morreu em 2007, em um acidente de carro.

O Judaísmo Humanista

    A linha criada por Wine é basicamente voltada para a cultura judaica, não seguindo uma maneira de pensar teística. Ele reconheceu que, dessa maneira, atrairia judeus não-religiosos que não estavam associados a nenhuma instituição judaica.

    Assim, sua congregação teria acesso a uma vida em comunidade, com todos os benefícios que ela pode acarretar, sem deixar de lado a coerência com seu discurso não-teísta.

    O judaísmo é uma cultura étnica criada pelo povo Judeu, aberta para que cada individuo crie seu próprio significado, sem imposições de uma autoridade sobrenatural.

    Neste poema escrito pelo próprio Sherwin Wine, pode-se entender um pouco melhor a perspectiva não-teísta do Judaísmo Humanista:

    Onde está a minha luz? A minha luz está em mim.

    Onde está a minha esperança? Minha esperança está em mim.

    Onde está a minha força? Minha força está em mim - e em você.

    No Judaísmo Humanista, acredita-se que o Tanach possui um significado moral e ético, que tem como base a responsabilidade humana. Os seres humanos têm a responsabilidade para resolver problemas humanos, ou seja, não depende de forças divinas, e a própria história judaica deixa isso explícito.

    As festividades judaicas foram mantidas, a interpretação de seus significados, porém, foi alterada de modo que ficasse coerente com as idéias do movimento Humanista. Rosh Hashaná e Yom Kippur, por exemplo, são considerados momentos de renovação e reflexão, onde devemos nos centrar na dignidade humana, nos auto-perdoarmos por nossos erros. Todas as referencias a D’us foram excluídas das cerimônias.

    A Torá e outros textos religiosos judaicos são considerados importantes documentos históricos, que devem ter sua origem e grau de embasamento avaliados cientificamente. Os escritos mais recentes possuem uma validade filosófica maior, pois estão mais propensos a serem infundidos com os valores da Haskalah.

    Para o Judaísmo Humanista, Israel é o Centro da civilização judaica, e a revolução sionista proclamou a soberania espiritual do homem judeu no centro de sua civilização.

    O Judaísmo Humanista não é contra os casamentos mistos, e acredita que Judeu é todo aquele que se identifica como tal, estando vinculado de maneira ativa a sua história, cultura e tradições. A religião judaica é uma manifestação dessa cultura e dessas tradições, e a identidade judaica se preserva através de uma educação onde exista a vivencia dessas praticas, tradições, rituais e tantos outros tipos de manifestações da cultura judaica, em um ambiente pluralista. A liberdade do povo judeu deve ir em conjunto com a liberdade e a dignidade de todo o ser humano.

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Horarios das Velas de Chanuka

Costuma-se colocar a chanuquiá sobre uma mesa no lado esquerdo da porta de entrada, frente à mezuzá, ou na janela que dá para a via pública.
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1ª noite
25/Kislev
Quarta-feira, 1 de dezembro
a partir de 19:55h
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5ª noite
29/Kislev
Domingo, 5 de dezembro
a partir de 19:57h
 
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2ª noite
26/Kislev
Quinta-feira, 2 de dezembro
a partir de 19:55h
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6ª noite
30/Kislev
Segunda-feira, , 6 de dezembro

a partir de 19:57h
 
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3ª noite
27/Kislev
Sexta-feira, 3 de dezembro

às 19:15, antes de acender as velas de shabat

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7ª noite
1/Tevet
Terça-feira,, 7 de dezembro
a partir de 19:57h
 
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4ª noite
28/Kislev
Sábado, 4 de dezembro

a partir de 20:25h, após a Havdalá

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8ª noite
2/Tevet
Quarta-feira, 8 de dezembro

a partir de 19:57h

 
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El turista 3.000.001 llegó a Israel

El pastor Ladislau lidera un grupo de peregrinos
El turista 3.000.001 llegó a Israel - Aurora


El turista número 3.000.001 desde el comienzo de 2010 arribó al Aeropuerto Internacional Ben Gurión, en un vuelo procedente de San Pablo, en uno de los mejores años para el turismo nacional.

El pastor Ribamar Araujo Ladislau, que dirige un grupo de 120 peregrinos evangélicos procedentes de Brasil fue recibido por el ministro de Turismo Stas Misenzhnikov y otros funcionarios en una ceremonia especial realizada en el aeropuerto.

"La visita a Israel llena nuestra almas y nuestros corazones; Israel es una bendición para todas las naciones", dijo el pastor cristiano.

Misenzhnikov precisó que el hecho de que un brasilero sea el turista tres millón del año se corresponde con el hecho de que el turismo de Brasil ha crecido 82 por ciento en 2010.

"Quien llega a Tierra Santa también llega a Jerusalén, y se produce una transformación en el individuo", le dijo Misenzhnikov al pastor.

El pastor Ladislau ganó otro viaje de seis días pagos, incluido el pasaje aéreo y los sitios que pueda perderse en esta peregrinación.

Este año se ha quebrado el record de turismo, con 2.9 millones de turistas entre enero y octubre, según los datos de la Oficina Central de Estadísticas

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1938: O pogrom da "Noite dos Cristais"

Calendário Histórico

1938: O pogrom da "Noite dos Cristais"

 

No dia 9 de novembro de 1938, agentes nazistas à paisana assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração.

 

Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial.

A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas comerciais e residências de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos.

Série de proibições aos judeus

Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos de concentração. A justificativa usada pelos nazistas foi o assassinato do então diplomata alemão em Paris, Ernst von Rath, pelo jovem Herschel Grynszpan, de 17 anos, dois dias antes.

A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia começado em abril de 1933, com a convocação aos cidadãos a boicotarem estabelecimentos pertencentes a judeus. Mais tarde, foram proibidos de freqüentar estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.

No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus, apontados como "inimigos dos alemães", atingiu outro ponto alto com a chamada "Legislação Racista de Nurembergue". Enquanto o resto do mundo parecia não levar o genocídio a sério, Hitler via confirmada sua política de limpeza étnica.

Trajetória para o holocausto já havia sido aberta

Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e não-judeus. Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.

Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939, foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens e Sarah para mulheres.

A proporção da brutalidade do pogrom de 9 de novembro foi indescritível. Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de Assalto), lamentou "as grandes perdas materiais" daquele 9 de novembro de 1938, acrescentando: "Preferia que tivessem assassinado 200 judeus em vez de destruir tantos objetos de valor!"

 

Doris Bulau (rw)

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Áustria, Hungria e Alemanha

Uma das tradições mais difundidas durantes as noites de Chanucá, principalmente entre as crianças, é jogar uma espécie de pião chamado de sevivon, em hebraico, ou dreidel em iídiche.

Acredita-se que o costume tenha surgido na época dos macabeus. Quando o rei Antíoco IV tentou eliminar o judaísmo, declarando guerra contra o espírito judeu, proibiu o estudo da Torá - a não ser que fosse destituído de santidade. A solução, então, foi fazê-lo clandestinamente. As crianças estudavam tendo nas mãos sevivons; assim, se fossem descobertas pelas autoridades, poderiam alegar que estavam reunidas para jogar.

O dreidel, como todo pião, tem quatro lados; em cada um há uma letra hebraica, que é a inicial de uma palavra. Juntas, as quatro compõem uma frase. Numa das faces está o nun, inicial da palavra ness, ou "milagre"; em outra o guimel, primeira letra de gadol, que significa "grande"; na terceira face do sevivon aparece o hei, primeira letra de hayá, que significa houve; e, na quarta face, shin, inicial de sham, que significa "lá". Juntas representam a frase: "Ness gadol hayá sham" ou seja, "um grande milagre houve lá", fazendo referência à Terra de Israel, onde o milagre de Chanucá de fato ocorreu.

A festividade conta, também, com outro costume: o de, após acender as velas, dar às crianças Chanucá guelt, isto é, "dinheiro de Chanucá", expressão também em iídiche. São várias as explicações para esta tradição, uma delas sendo que 22 anos após a vitória dos macabeus, seus descendentes - que se haviam tornado os reis de Israel - cunharam moedas para celebrar a conquista da liberdade e autonomia. Imagens do Templo e da Menorá eram gravadas nas moedas como lembrança da grande vitória. Daí ser a distribuição de moedas uma forma de relembrar o sucesso dos valentes macabeus.

Polônia

Os Rebes chassídicos distribuíam moedas entre aqueles que os visitavam em Chanucá. Para esses chassidim, esse Chanucá Guelt representava uma bênção de seu Rebe e uma segulá* para obter sucesso em seus empreendimentos. No Talmud, há uma referência cruzada entre dinheiro e Chanucá. Nesta festa, devemos acender pelo menos uma vela por noite, em cada lar, mesmo se para tanto tivermos que vender as roupas ou bater de porta em porta, pedindo recursos para a finalidade. O costume de distribuir Chanucá Guelt era uma forma de ajudar os pobres a comprar as velas e cumprir a mitzvá.

Israel

Desde a reunificação de Jerusalém, na Guerra dos Seis Dias, os sevivonim que as crianças usam, em Israel, contêm uma pequena diferença: ao invés da letra shin (para designar sham, 'lá'), em uma das faces do pião, aparece a letra pei, de pô, 'aqui'. Assim as letras do sevivon formam a frase: "Um grande milagre aconteceu aqui", isto é, aqui em nossa Terra de Israel.

Marrocos

No primeiro dia, após os oito da festa, era costume entre os judeus marroquinos festejar o "Dia do Shamash". As crianças iam de casa em casa recolhendo restos de velas de Chanucá, que utilizavam para fazer grandes fogueiras, ao redor da qual dançavam e cantavam. Muitos saltavam por cima do fogo, pois acreditavam ser uma segulá: no caso de jovens solteiras, o objetivo era ajudá-las a encontrar seu futuro companheiro de vida; e, para as casadas sem filhos, não tardem a engravidar.

Como o milagre girava em torno do óleo que ardeu durante oito dias, na ocasião as donas de casa costumavam fritar el makhriud, uma panqueca, e sfinge, sonhos.E logo após acender as velas, os membros da família mergulhavam as iguarias no açúcar e as saboreavam, acompanhadas de goles de brod datei, uma refrescante bebida de menta.

Afeganistão

No Afeganistão, os judeus não usavam chanuquiot, aliás, nem sequer as conheciam! Para acender as luzes de Chanucá, usavam oito pequenos pratos em bronze, prata ou barro, enfileirados, e um pratinho menor, para o shamash. A razão para o costume era o fato de que os judeus do Afeganistão serem, em sua maioria, anusim (convertidos à força ao islamismo), vindos da cidade de Mashad, no Irã. Como na região, a partir de 1839, foi proibido o judaísmo, se um muçulmano porventura entrasse numa casa de um judeu sem avisar, seus moradores poderiam alegar que as luzes eram usadas para iluminar o local - já que não havia eletricidade - sem despertar nenhuma suspeita de sua fé. Mesmo após emigrar para o Afeganistão, os judeus de Mashad continuaram a manter o costume.

Iraque

Já nas comunidades iraquianas, a tradição é comer pratos à base de leite, em homenagem a Yehudit, que conseguiu salvar nosso povo e derrotar Holofernes, o poderoso general grego, comandante dos exércitos de Antíoco Epifânio, imperador selêucida, oferecendo-lhe um pedaço de queijo. Além disso, era comum as crianças lerem a história da heroína. Em Bagdá, muitas famílias usavam chanuquiot redondas, raramente utilizadas em outros países, onde são usadas as do tipo em que as velas são alinhadas em fila reta. Rabi Yosef Chaim, um dos maiores sábios do Iraque, ao responder sobre o uso deste tipo de chanuquiot afirma em sua responsa que se devia dar preferência às em linha reta, mas não desqualificava o uso das redondas, desde que houvesse espaço entre as velas.

O problema haláchico quanto às redondas é que as chamas poderiam dar a impressão de ser uma única, o que invalidaria a chanuquiá. O código máximo da Lei Judaica, o Shulchan Aruch, discorre sobre a questão, afirmando que cada um dos pavios pode ser considerado como uma vela, desde que sejam separados entre si (Orach Chaim, 67, 1:4).

Síria

Na Síria, costumava-se acender uma chanuquiá em cada casa, de preferência com azeite. Somente o shamash era sempre aceso com uma vela. As mulheres não trabalhavam enquanto as chamas estivessem ardendo. Em Alepo, aqueles cujos ancestrais tinham vindo da Espanha, no século 16, acendiam uma vela adicional a cada noite. Na primeira, por exemplo, acendiam mais duas velas além do shamash, e, assim por diante. Há várias explicações para a adoção deste costume, entre estas o fato de que, ao chegar à Síria, os judeus sefaraditas não foram de pronto aceitos pela comunidade. Quando, finalmente, foram aceitos pelos mustarabim, que eram os judeus que já viviam no local, era Erev Chanucá, véspera da festividade. A partir de então, acendem uma luz adicional por noite como expressão de sua gratidão. Entre outras versões para o costume, há uma que alega que a introdução da vela adicional simbolizava o júbilo dos judeus sefaraditas por terem escapado das garras da Inquisição. Uma terceira defende que, no século 16, um grupo de judeus sefaraditas que viajava de navio rumo a Alepo foi salvo de um naufrágio justamente na véspera de Chanucá. Este costume continua em uso até hoje e revela as origens de cada família - se descendentes de judeus espanhóis ou de mustarabim, ou seja, judeus orientais.

Tunísia

Os judeus da Tunísia comemoram o sétimo dia de Chanucá, o primeiro dia do mês de Tevet, Rosh Chodesh Tevet. Também chamado de Chag Habanot - Festa das Mulheres, é um dia de grandes alegrias para todo o gênero feminino, pois celebra a fé e coragem de Yehudit, filha de Yochanan, o Sumo Sacerdote à época da revolta dos macabeus. Segundo nossa tradição, foi em Rosh Chodesh Tevet que Yehudit salvou a vida de nosso povo matando Holofernes.

Em Chag Habanot, os judeus da Tunísia costumavam dar presentes às crianças e preparar verdadeiros banquetes, com docinhos de mel para a sobremesa. Na ilha de Djerba, participavam da celebração principalmente as jovens solteiras, pois acreditavam ser uma segulá para se casar naquele ano.

Líbia

Em Trípoli, Rosh Chodesh Tevet é chamado de Rosh Chodesh La'Banot - o Novo Mês das Mulheres. Nesse dia era costume as mães enviarem bandejas de sfinge, sonhos, para as filhas casadas, enquanto as noivas recebiam doces da família do futuro marido. Era um dia de alegria e lazer para as mulheres, que, na data, eram liberadas de seus trabalhos domésticos.

A Turquia e os judeus espanhóis

O Shabat de Chanucá era conhecido como Shabat Halbashá (ou seja, o Shabat de se vestir os pobres). Os rabinos sempre fizeram questão de ressaltar a importância da ajuda aos necessitados, guemilut hassadim. Assim, os membros da kehilá encaminhavam doações à sinagoga que, por sua vez, se encarregava de distribuí-las em Rosh Chodesh Tevet.

Um dos pratos característicos da festa, entre os oriundos da Espanha, são os bermuelos (ou bimuelos), bolinhos fritos salpicados com açúcar. Os judeus turcos dão o mesmo nome a um doce frito semelhante aos sonhos, servido com mel ou açúcar e canela.

Os judeus sefaraditas da Turquia mantêm a tradição de fazer uma refeição, la merenda, uma espécie de almoço ou jantar do qual participam familiares e amigos. Cada um dos convidados leva um prato para completar a refeição, ao final da qual as crianças são presenteadas com pequenas somas em dinheiro.

Fonte : Revista Morasha Edição 59 - dezembro de 2007

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Chanuquiá de prata

Esta é a história de um milagre; a história de uma menorá de prata, de oito braços - uma chanuquiá, que foi guardada, por mais de 200 anos, e foi repassada de geração em geração, até chegar aos nossos dias.

Essa chanuquiá era um verdadeiro tesouro de família. Confeccionada a mão por um grande artesão, havia sido encomendada por um homem muito rico, que a queria dar de presente à sua filha por ocasião de seu casamento com o filho de um grande rabino. Praticamente dois adolescentes, a noiva com 14 anos e o noivo com 17, o casal recebeu inúmeros presentes, mas o que mais lhes tocou foi a chanuquiá e um par de candelabros de prata para as velas de Shabat ofertados por seguidores do pai do noivo, um conceituado rabino.

Aqueles candelabros permaneceram com a noiva até seus últimos dias de vida e a chanuquiá trouxe luz e felicidade ao seu lar, durante oito noites de inverno, ano após ano, até o dia em que o filho mais velho do casal, prestes a se tornar rabino, casou-se com a filha de outro rabino. No dia do casamento, a chanuquiá, lustrada até brilhar como a própria sabedoria, estava de pé sobre a mesa, coberta de presentes para os noivos.

Assim a chanuquiá foi passando de pai para filho, de geração em geração, le'dor va'dor. Por 200 anos iluminou diferentes lares, ouvindo as bênçãos de Chanucá pronunciadas por diferentes vozes. Não foram poucas as vezes em que quase se perdeu. Certa vez, durante um pogrom, enquanto o populacho saqueava e agredia os judeus, foi salva por seu dono, que a colocou no fundo de um saco e, depois, baixou-a por uma corda até o fundo de um poço d'água. Em outra ocasião, foi resgatada do lado do corpo de um ladrão inconsciente, que fora atingido na cabeça com um bastão, por um vigia, enquanto fugia com um saco carregado de peças roubadas. No incidente, a bela chanuquiá ficou com um amassado em sua base.

Le'dor va'dor

De geração em geração, a bela peça seguiu seu percurso através dos anos. Em 1941, as tropas nazistas conquistavam a Europa, cidade após cidade, semeando violência e morte em seu caminho. Avram, o filho mais velho de Moshé, o rabino do shtetl que se espalhava sobre metade da cidade de Narodny, decidiu esconder a chanuquiá de prata que, há séculos, acompanhava sua família. Cavou um buraco bem profundo na base de uma árvore antiga e frondosa, no quintal de casa, e lá a enterrou cuidadosamente, muito bem embrulhada em um lençol de linho.

Enquanto ia ao encontro de sua família para contar o que acabara de fazer, deparou-se com seu pai, sua mãe e vários vizinhos enfileirados do outro lado da floresta. Assistiu quando foram impiedosamente fuzilados pelos nazistas. Viu também seus irmãos, Micha e Rachel, e várias outras crianças sendo levados pelos nazistas em um caminhão.

Sozinho e apavorado, Avram fugiu em direção à floresta, onde passou a viver. Tornou-se um guerrilheiro refugiado, um verdadeiro fantasma de um mundo que estava sendo destruído. Avram lutava, corria e se escondia. Passou fome, frio, foi ferido, mas não desistiu. Atravessou florestas e rios, montanhas e fronteiras. Não parava nunca. Quando pensava estar em segurança, percebia não estar a salvo. Ele foi traído várias vezes, e, várias vezes, por um triz, conseguiu escapar da morte. Foi capturado, mas conseguiu fugir. Vivia fugindo.

A guerra na Europa acabou, mas Avram continuou sua jornada. Conseguiu entrar no tumultuado território que pouco tempo mais tarde tornar-se-ia o Estado de Israel. E, de novo ele lutou. E novamente foi ferido. Desta vez o ferimento foi sério e ele teve que ficar durante meses longe das batalhas, preso a um leito de hospital.

Quando se recuperou, decidiu seguir viagem, mais uma vez. Dessa vez, para a América. Lá decidiu ficar, e lá conheceu uma mulher que havia visto os mesmos horrores que ele. Uma mulher cujo coração conhecia a mesma dor que o seu coração. Decidiu casar-se com ela, mas, antes do casamento, Avram viajou à Europa. Queria dar à sua noiva um presente especial, algo único no mundo. Tomou um avião, um trem e, finalmente, um ônibus, para chegar ao lugar onde nascera. Narodny ainda estava lá no mesmo lugar, mas seu nome mudara. O shtetl não estava mais lá; mas, por que estaria, se já não havia judeus, perguntou-se?

As pessoas que moravam na casa, que um dia fora sua, olharam-no, com desconfiança, quando ele foi até o jardim. Aproximou-se de uma determinada árvore e começou a cavar. Não tentaram dissuadi-lo porque levava em suas mãos uma carta das autoridades e eles temiam as autoridades. E, além disso, ficaram felizes em ver que ele não pedira nenhuma explicação de como essa casa, que uma vez lhe pertencera, ficara com eles. Avram estirou-se no chão e pôs-se a cavar, com determinação, como quem sabe o que procura, atirando para fora a terra, com as mãos. Quando se pôs de pé, novamente, trazia nas mãos o "seu" tesouro. A prata estava escura, mas, para ele, aquilo brilhava como nunca. Ele agarrava o candelabro contra o peito, dizendo em hebraico, aos prantos: "Bendito és Tu, Rei do Universo, Te agradecemos por nos teres trazido até hoje com vida".

Os camponeses poloneses o observavam. Apesar de não entenderem suas palavras, de alguma forma compreenderam o que havia acontecido e murmuraram: "Louvado seja D'us".

A noiva de Avram chorou quando viu o presente que ele lhe deu ao voltar aos Estados Unidos. Ele já lhe tinha contado a história da chanuquiá e ela prontamente entendeu que aquele gesto significava que a família que ambos haviam perdido no longo pesadelo nazista estaria representada em seu casamento.

Mas a história não acabou aí. De certa forma, aquilo foi um recomeço, em uma nova terra. Avram e sua esposa tiveram filhos. Seus filhos se tornaram jovens adultos. Quando sua filha mais velha estava prestes a se casar, a resplandescente chanuquiá voltou a reluzir em meio aos belos presentes. Depois da cerimônia na sinagoga, antes de ser servido o jantar do casamento, uma senhora já entrada nos anos se aproximou da mesa de presentes. Era vizinha e uma grande amiga da mãe do noivo. À medida que foi-se aproximando, seus olhos vidrados na bela peça de prata, seus passos foram diminuindo.

Ao se aproximar da mesa, levantou o braço onde estava tatuado, em azul, um número e colocou um dedo na saliência da base da chanuquiá. Desatou a chorar e caiu no chão, desmaiada.

O pai da noiva viu-a cair e correu para ajudá-la. Ele estava debruçado sobre ela quando ela reabriu os olhos. Ela o fitou e, num sussurro, como se estivesse com medo de sua própria voz, disse: "Avram"...

Ele era chamado nos Estados Unidos de "Abe" e ninguém o chamava de Avram há anos. Olhou para aquela senhora que o chamava pelo seu verdadeiro nome e confirmou com a cabeça, num transe. A voz sussurrou de novo. "Avram, sou eu, Rachel, sua irmã". Os dois se abraçaram, chorando. Os noivos choraram e todos os convidados também. Até os anjos no céu choraram. A vida dos recém-casados foi iniciada num mar de lágrimas de felicidade. Sua jornada se iniciou sob o clarão iluminado - por muitos e muitos anos por vir - pelas luzes da bela chanuquiá de prata.

Tradução e adaptação livre do artigo de Martin A. David, na edição de dezembro de 2000 do Jewish Magazine

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Los rollos del Mar Muerto se podrán ver en Internet

Para encontrarlos, simplemente busque en Google
Los rollos del Mar Muerto se podrán ver en Internet


Los denominados rollos del Mar Muerto, los manuscritos en hebreo más antiguos que se conocen, podrán verse en un archivo online gracias a una nueva iniciativa dada a conocer por la Autoridad de Antigüedades de Israel y Google (el video presentado data del año 2009).

El nuevo proyecto acercará a los internautas la posibilidad de poder contemplar los rollos gracias a las últimas tecnologías de filmación de documentos en alta definición.

Encontrados de manera fortuita en 1947 en unas cuevas ubicadas en Qumran, un importante yacimiento arqueológico próximo al Mar Muerto, esos textos en pergamino de 2.000 años de antigüedad contienen fragmentos de todos los libros del Antiguo Testamento, excepto el de Esther, así como varios apócrifos y escrituras de sectas.

Los textos, que fueron encontrados repartidos en más de 30.000 piezas y compilados en los 900 rollos, se encuentran fuertemente custodiados en Jerusalén en un edificio del Museo de Israel con forma de tinaja y que es un refugio nuclear.

Los usuarios de Internet podrán participar en lo que la Autoridad de Antigüedades ha descrito como "el definitivo juego del rompecabezas", gracias al cual tendrán oportunidad de recomponer los rollos juntando piezas e incluso descubrir nuevas formas de leer los textos escritos en hebreo antiguo, erosionados y descoloridos por el correr de los años.

"Estamos marcando un hito histórico al conectar progreso y pasado con el objeto de preservar esta herencia única para futuras generaciones", aseguró en un comunicado la directora general de la Autoridad de Antigüedades, Shuka Dorfman.
Los rollos serán fotografiados usando una técnica avanzada empleando once diferentes ondas de luz las que suponen que revelarán letras e inscripciones invisibles a simple vista.

La cámara fabricada para el proyecto tiene un valor estimado en 250 mil dólares.
El proceso de documentación comenzará en los próximos tres meses, tras lo cual Google lo subirá al archivo del nuevo sitio web.
El proyecto ha sido financiado por las fundaciones Leon Levy, el Fondo Arcadia y el Fondo Hanadiv. EFE y Aurora

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Grandes Citações Judaicas

Grandes Citações Judaicas  Published by Nuno Guerreiro Josué


Rabino Yehiel Mekhel

O rabino Mekhel, o pregador de Zlotschov, disse um dia aos seus filhos: “Uma das grandes bênçãos da minha vida foi nunca ter necessitado de nada que já não possuísse.”

Rabino Yehiel Mekhel, conhecido como o pregador (maguid) de Zlotschov (Ucrânia, século XVIII)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.



Mark Twain 
 
Se as estatísticas estiverem certas, os judeus constituem apenas um por cento da raça humana. Isto sugere uma ténue e nebulosa baforada de pó cósmico perdida na resplandecência da Via Láctea. Na verdade, mal se devia ouvir falar do Judeu; mas ele faz-se ouvir, e sempre se fez ouvir. As suas contribuições para as listas mundiais de grandes nomes da literatura, ciência, arte, música, finanças, medicina e saber recôndito estão também fora das proporções dos seus fracos números. Ele tem combatido, em todas as épocas, uma batalha admirável neste mundo; e fê-lo com as mãos atadas atrás das costas. Ele podia ser disto vaidoso e ser perdoado por isso. Os egípcios, os babilónios e os persas ascenderam, encheram o planeta com som e esplendor, depois desvaneceram em coisa de sonhos e partiram; seguiram-se os gregos e romanos, fazendo vasto ruído, e foram-se; outros povos brotaram e por momentos ergueram alto a sua tocha mas ela havia de extinguir-se; agora sentam-se no crepúsculo ou desapareceram. O Judeu viu-os a todos, venceu-os a todos, e é agora o que sempre foi, sem exibir decadência, nem enfermidades da idade, nem fraqueza das suas partes, nem abrandar das energias ou entorpecimento da sua mente vigorosa e alerta. Todas as coisas são mortais menos o Judeu; todas as outras forças morrem, mas ele fica. Qual será o segredo da sua imortalidade?”

Mark Twain (1835-1910), Harpers’s Magazine, 1899.



Talmude

Não faças chorar uma mulher, pois Deus conta todas as suas lágrimas. A mulher fez-se da costela do homem, não dos pés para ser espezinhada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, (…) debaixo do braço para ser protegida e perto do coração para ser amada.”

Talmude (tratado Kiddushin), Eretz Israel, século I EC*


Ray Charles


Negros e judeus estão intimamente ligados uns aos outros por uma história comum de perseguições. Se alguém, além de um negro, alguma vez cantar blues do fundo da alma, será obrigatoriamente um judeu. Os nossos dois povos sabem bem o que é ser o capacho de alguém.”

Ray Charles (1930-2004)


Pierre Goldman


Alguns de nós, judeus de Esquerda, sentimo-nos impedidos de abraçar de forma mais completa a causa palestiniana em virtude dos inegáveis contornos antisemitas dos discursos e escritos pró-palestinianos.”

Pierre Goldman, Libération, 31 de Outubro de 1978.

Judeu francês, jornalista e activista de esquerda (extrema-esquerda, dirão alguns), Goldman foi assassinado por brigadas terroristas de extrema-direita a 20 de Setembro de 1979, meses depois de ter sido ilibado num processo judicial kafkiano que inicialmente o condenara a prisão perpétua. Os seus assassinos nunca foram julgados. (Ver Pierre Goldman : Le dossier.)


Gustav Mahler


Por três vezes sou um sem-abrigo: um boémio na Áustria, um austríaco entre alemães, um judeu por todo o mundo; em todo o lado um intruso, nunca bem-vindo.”

Gustav Mahler (1860-1911), compositor e maestro. Judeu austríaco.


Jon Stewart

Quando me falaram em casamento homossexual disse logo que era contra. Mas depois mudei de opinião quando me explicaram que, afinal, não seria obrigatório e que eu podia continuar casado com a minha mulher.”

Jon Stewart (Jonathan Stuart Leibowitz), comediante, apresentador do The Daily Show. Judeu norte-americano.


Albert Einstein

Se eu estiver certo, os alemães dirão que sou alemão, e os franceses dirão que sou filho da humanidade. Mas se eu estiver errado, para os franceses serei um alemão; e para os alemães não passarei de um judeu.”

Albert Einstein, sobre a Teoria da Relatividade


Freud


Os judeus continuaram a interessar-se pelos assuntos espirituais enquanto os infortúnios políticos da sua nação os ensinaram a valorizar devidamente o único bem que lhes restou: a sua literatura, as suas crónicas escritas. Logo após a destruição do Templo de Jerusalém, consumada por Tito, o rabino Johanan ben Zaccai solicitou autorização para abrir a primeira escola para o estudo da Torá. Desde então, o povo desagregado manteve-se unido graças à Sagrada Escritura e aos esforços espirituais que esta suscitou.”

Sigmund (Solomon) Freud (6/5/1856 - 23/9/1939), judeu nascido em Freyberg, na Áustria. in Moisés e a Religião Monoteísta, Guimarães Editores, Lisboa 1990 [uma má edição, por sinal, virtualmente assassinada por uma tradução intrometida e desconhecedora da história judaica]

O aniversário de Freud é recordado por Francisco José Viegas, no Aviz, e por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado – este também um blog aniversariante. Parabéns aos navegantes.

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Contos Judaicos

Fonte:  http://ruadajudiaria.com/?cat=15

O Pedido

“O Cerco de Sebastopol”, 1854, William Simpson, Greenwich Hospital Collection

Contou o rabino Naftali de Ropschitz:
“Durante o cerco de Sebastopol, trotava o czar Nicolau no seu cavalo quando um arqueiro inimigo fez pontaria sobre ele. Um soldado russo, que observava de longe, gritou para assustar o cavalo do czar, que se voltou de repente no exacto momento em que a flecha disparava em sua direcção. Percebendo que fora salvo de morte certa pelo seu soldado, o czar agradeceu ao homem e disse que lhe concederia o desejo que ele quisesse. O soldado não pensou duas vezes: “O nosso sargento é uma besta e bate-me constantemente. Majestade, gostaria de poder ser transferido para uma nova companhia sob as ordens de outro sargento!”
“Idiota!”, respondeu-lhe o czar, “porque não me pedes antes que te faça sargento?”
Nós também somos assim: preocupamo-nos com coisas pequenas, rezamos para suprir as necessidades do momento e esquecemo-nos de ver para além delas.

Rabino Naftali de Ropschitz, Ucrânia, séc. XIX

Parábola sobre a parábola

Perguntaram uma vez ao Dubner Maggid: “Porque razão têm as parábolas um efeito tão grande nas pessoas?” Ao que o pregador respondeu: “Posso explicar contando uma parábola.”
E foi esta a parábola que contou;
Há muitos, muitos anos, a Verdade caminhava pelas ruas, nua como no dia em que nasceu. O povo recusava deixa-la entrar nas suas casas naquele estado. Qualquer pessoa com quem ela se cruzasse fugia a sete pés. Vagueava a Verdade com grande tristeza quando um dia se cruzou com a Parábola, que se vestia com roupas de esplêndidas cores. A Parábola perguntou-lhe: “Diz-me amiga, o que te faz andar tão triste?” Ao que a Verdade respondeu: “É terrível, minha irmã. Sou muito velha e por isso ninguém me liga.”
“Não é por causa da tua idade que as gentes não gostam de ti. Eu também sou velha, mas quantos mais anos passam mais as pessoas me apreciam. Deixa-me dizer-te um segredo: o povo gosta de adornos e encobrimento. Vou emprestar-te algumas das minhas roupas e verás como o povo também vai gostar de ti.”
E assim foi. A Verdade seguiu o conselho e vestiu as roupas da Parábola. Desde esse dia, a Verdade e a Parábola passaram a andar sempre juntas e o povo gosta das duas.

Rabino Yakov Krantz (1740-1804), conhecido como “o Pregador de Dubno” (Dubner Maggid), Ucrânia.
in Jewish Preaching 1200-1800, Marc Saperstein, Yale University Press, 1989.

O ceifeiro ladrão e a sua filha

Há muitos, muitos anos, um homem foi ao campo roubar trigo e levou a filha com ele para que ela o ajudasse na tarefa. “Filha”, disse ele, “fica aqui na estrada de guarda para que ninguém me veja.” Mas assim que o homem começou a ceifar a filha gritou-lhe: “Pai, estão a ver-te.” O homem levantou a cabeça e olhou para a esquerda, mas como não viu ninguém continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a criança uma segunda vez. O homem levantou a cabeça e olhou para a direita, como nada viu continuou a ceifar. Passados mais uns minutos a menina gritou uma terceira vez: “Pai, estão a ver-te”. O homem olhou para a frente, mas não viu ninguém e continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a filha pela quarta vez. O homem olhou para trás e como não viu ninguém ficou irritado com a criança: “Então filha?! Dizes que me vêem mas eu já olhei em todas as direcções e não vejo ninguém.”
A filha encolheu os ombros: “Mas pai, estão a ver-te dali”, disse ela apontando para o céu.

Conto tradicional dos judeus da Tunísia, publicado pela primeira vez nos finais do século XIX pelo rabino Abba Shaul Haddad. Este conto é muito semelhante a uma outra história tradicional contada pelos judeus da Índia.

Um bolo eternamente sujo 

História oral tradicional dos judeus da Tunísia, recolhida pelos investigadores do Israel Folktale Archive, na Universidade de Haifa. Existem paralelos deste conto na tradição oral dos judeus da Europa Oriental, Turquia e Pérsia.

No Inferno

E disse o rabino de Apt a Deus:
“Senhor do Mundo, eu sei que não tenho virtude nem mérito para poder merecer, depois da minha morte, entrar no paraíso ao lado dos justos. Mas, se porventura pensas colocar-me no inferno entre os pecadores, lembra-te que não me dou bem com eles. Por isso te suplico que os tires a todos do inferno, para que me possas lá pôr.”

Rabi Avraham Yehoshua Heschel, Apt (Rússia, século XVIII)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.

A pergunta 

Rabino Zusya de Anapol (Polónia, século XVIII)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.

1Palavra hebraica, literalmente significa O Nome, sinónimo de Deus no judaísmo.

Dedicado à memória de Simon Wiesenthal (1908-2005), um Homem que viveu além do seu próprio destino.

Jogo de Damas

Rabino Nahum de Stepinesht (Ucrânia, século XIX)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.

 

O rei astuto e os dois pintores

Numa terra distante, há muitos anos, um rei mandou construir o mais belo palácio de que havia memória. Quando ficou pronto, o rei quis decorar as paredes dos salões com pinturas das paisagens do seu reino. Havia naquele tempo e naquelas paragens dois pintores famosos muito apreciados pelo seu talento. Sem saber como escolher entre os dois, o rei chamou-os a ambos e desafiou-os a pintar cada um uma parede de um dos imensos corredores do palácio. Entre eles, o rei mandou colocar uma pesada cortina, que os impedia de ver o trabalho do outro.
Aos dois disse o rei: “Têm três meses para pintar uma paisagem na parede. Nessa altura escolherei a pintura que mais gostar; o seu autor será convidado para decorar o resto das paredes do palácio e receberá uma sacola cheia de ouro e jóias.”
Um dos artistas, talentoso e trabalhador, tinha tudo preparado e começou de imediato a pintar. Praticamente não dormia e pouco comia dos manjares que os criados do rei lhe traziam. A pintura ocupava todos os seus pensamentos e gestos.
O outro era bastante preguiçoso. Todos os dias acordava tarde e passava o resto do dia refastelado, bebendo dos melhores vinhos das adegas do rei e comendo o que de melhor lhe serviam. Tudo sem levantar o pincel uma única vez. Quando ouvia o colega trabalhar, ria desabridamente: “Que tolo, está no palácio e nem sabe gozar o luxo”, dizia ele entredentes.
Os dias e meses foram passando. Um pintava dia e noite. O outro nada fazia. Até que faltaram apenas três dias para que terminasse o prazo dado pelo rei e o pintor preguiçoso acordou a meio da noite encharcado em suor: “Não fiz trabalho nenhum… o rei vai-me castigar com toda a certeza.” Aflito, o pintor não comeu nem dormiu. Dois dias passaram sem que ele conseguisse pensar num plano. Até que, finalmente, na véspera da chegada do rei, teve uma ideia. Pegou numa lata de óleo negro e pintou a parede inteira até que esta ficou brilhante como um espelho.
Na manhã seguinte o rei veio inspeccionar o trabalho dos dois pintores acompanhado por membros da corte. Virando-se para a primeira metade do corredor, o rei ficou maravilhado com o trabalho do pintor esforçado. Em cores vibrantes, o artista retratara fielmente a paisagem que envolvia o palácio. “Nunca vi nada tão perfeito. Aqueles pássaros, que beleza, quase que os oiço chilrear. E as flores… só lhes falta o aroma”, disse o rei, maravilhado.
Depois de alguns minutos passados na contemplação da pintura, o rei ordenou que fosse retirada a cortina, para que pudesse ver o que fizera o outro pintor. Para espanto de todos, a segunda parede era exactamente igual à primeira. Uma cópia perfeita, com todos os traços e pinceladas. Ali estavam as mesmas árvores, os mesmos pássaros chilreantes e os mesmos canteiros floridos. “Como é isto possível?”, interrogavam-se entre si os membros da corte.
Mas o rei não se deixara enganar com a mesma facilidade. Sem pensar duas vezes, o rei pegou na prometida sacola de ouro e jóias e colocou-a junto à parede verdadeiramente pintada. Outra sacola idêntica apareceu de pronto no outro lado, fazendo com que todos percebesse que se tratava de um simples reflexo.
Então o rei declarou solenemente: “Cada um de vós receberá o pagamento que merece. Vá, aproximem-se das vossas obras e que cada um recolha a recompensa posta ao lado da respectiva pintura.”
E assim foi.

Pequeno conto do rabino Nachman de Bratslav, Ucrânia, (1772-1810), publicado no livro Kokhavey Or (Estrelas de Luz), editado em Jerusalém, em 1896.

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La historia se ha escrito con sangre. La mayoría de las guerras fueron libradas por territorios. Hoy en día, la ciencia, la creatividad y el conocimiento han reemplazado a la tierra como fuente de riqueza. La tierra puede ser conquistada. La ciencia, no.
La ciencia es global, no tiene fronteras. Los ejércitos no pueden conquistarla. Sin embargo, todavía, los terroristas sin ley extienden la violencia provocada por las diferencias ideológicas, las brechas sociales y el fanatismo puro. El nuevo milenio debe liberar al mundo del derramamiento de sangre, de la discriminación, del hambre, de la ignorancia, de las enfermedades.
La ciencia moderna puede ofrecer nuevas respuestas. En los próximos diez años habrá una explosión del conocimiento. El poder de la computación aumentó un millón de veces en los últimos 25 años. Los científicos se están aventurando dentro del cerebro. Sr. presidente de la Asamblea; hablo en nombre de un pueblo pequeño, y de una tierra pequeña. Supimos renacer a pesar del asesinato de un tercio de nuestro pueblo. La Shoá. Estábamos solos. Nuestra tierra fue atacada siete veces en 62 años. Otra vez más. Estábamos solos. Sin renunciar nunca a la esperanza, hemos desarrollado la ciencia. Encontramos que el futuro está en nuestras manos. Aprendimos que la gente puede enriquecer la tierra, tanto como la tierra puede alimentar al pueblo. Israel es el producto del espíritu humano pionero, no del capital financiero. A pesar de las guerras, hicimos la paz. Con Egipto y Jordania. La disputa territorial con el Líbano ha terminado y así lo reconoció la ONU. Nos fuimos de Gaza por nuestra propia iniciativa. Completamente.
Ahora estamos negociando con los palestinos para concretar la solución de dos Estados: un Estado judío, Israel; un Estado árabe-palestino. No hay otra alternativa pacífica. Y creo que lo conseguiremos. Estamos dispuestos a entrar en negociaciones directas con Siria.
Ahora mismo, Sr. presidente: estamos comprometidos con los objetivos de desarrollo del Milenio. Compartimos la responsabilidad de salvar al mundo de la guerra y del hambre. Sin paz, la pobreza seguirá existiendo. Sin comida, la paz no prevalecerá. Los estadistas tienen que movilizar el poder político para lograr la paz. Los científicos pueden lograr que la tierra produzca más alimentos. Hemos desarrollado una agricultura basada en la ciencia. Nuestros agricultores producen ocho veces más por hectárea en comparación con los primeros días del país.
La necesidad de agua se redujo a la mitad. Hemos empleado la desalinización, el reciclado, el riego electrónico y por goteo, y la bioingeniería para crear nuevas semillas y cultivos más ricos. Hace cinco décadas, un agricultor israelí producía alimentos para 15 personas. Hoy en día, produce para 120. La contribución del agricultor al PBI es igual que la de un ingeniero de alta tecnología. Para cultivar la tierra, hay que cultivar la educación y mejorar la salud. Por eso, introducimos la educación obligatoria y gratuita para todos, desde los cinco a los 18 años. Esto terminó con el analfabetismo y nos aportó la tasa más alta de científicos por kilómetro cuadrado del mundo. El sistema nacional de salud ofrece tratamiento de primera clase para todos los ciudadanos. Somos también uno de los pocos países del mundo que entró en el siglo XXI con más árboles de los que tenía cuando comenzó el siglo XX.
Sr. Presidente, estoy seguro que nuestro recorrido está disponible para todos. Nuestra experiencia se puede reproducir. Estamos dispuestos a compartir nuestra experiencia como ya lo hicimos con muchos países tanto en forma bilateral como a través de las agencias de la ONU. Nuestra convocatoria incluye también a los países que no mantienen relaciones diplomáticas con nosotros.
Sr. presidente, el otro día, el líder formal de Irán llamó a aniquilar a Israel, y a borrarlo del mapa del Medio Oriente. Creo que en el Medio Oriente hay lugar para todas las personas, todas las naciones, todas las religiones. Creemos que todas las personas fueron creadas a imagen de Dios y que hay un solo Dios que pide no odiar, no amenazar, no ostentar superioridad, y no matar. Israel continuará existiendo y anhelando la paz con sus vecinos. Hay suficiente espacio para la confraternidad en la región.
Señoras y señores: en mi juventud fui miembro de un kibutz, y cultivaba la empobrecida tierra. Tenía, como todos los miembros, dos camisas y dos pares de pantalones. Había un tercer par de pantalones: hecho de franela. Estaba reservado solamente para los novios. Tuve la suerte de usarlos durante dos días completos durante mi boda. El plato principal en el kibutz era berenjenas. Había carne una vez por semana, pero no todas las semanas. No había ahorro privado y poco dinero colectivo. Éramos pobres y felices. La clase de felicidad que uno siente cuando está convirtiendo el desierto en un jardín. Hoy en día, el kibutz tiene una agricultura floreciente y una casa de huéspedes rentable. La comida es abundante. En el kibutz, en la escasez, aprendí a respetar a los pioneros, y desarrollé una afinidad con las mentes creativas y las manos laboriosas. En realidad, mi sueño inicial era ver el mundo como un gran kibutz. Libre, pacífico y productivo.
Sr. presidente; convoco a esta asamblea para hacer frente a dos retos candentes. En primer lugar, aprovechar la ciencia y la tecnología para aumentar la producción de alimentos. Y en segundo lugar, debemos unirnos contra el terrorismo. Un mundo con hambre nunca será pacífico. Un mundo aterrorizado nunca será gobernable.
Debemos unirnos en torno a una esperanza común. La cuna de nuestros hijos será la cuna de nuestra visión

fonte: http://www.aurora-israel.co.il/articulos/israel/Oriente_Medio/32066/

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CALENDÁRIO JUDAICO - FESTIVAIS

CALENDÁRIO JUDAICO - FESTIVAIS - Leonardo Ferreira do site Cultura Hebraica


 



Calendário judaico ou Hebraico (do hebraico הלוח העברי) é o nome do calendário utilizado para a determinação da data das festividades, dos serviços religiosos e de outros eventos da comunidade em Israel e na diáspora. O calendário hebraico é um calendário do tipo lunar baseado nos ciclos da Lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses de período igual ao de uma “lunação” (Ciclo completo da lua), de forma a que o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. Nos tempos bíblicos, a determinação dos tempos era realizada pela observação direta de testemunhas designadas para este fim, método seguido pelos Caraítas até os dias de hoje, os quais determinam o primeiro mês do ano como “Abib”.


O método atual entre os judeus rabínicos, no entanto, é um calendário fixo criado devido à necessidade de um calendário permanente para comunidades que vivessem fora de Israel (Diáspora). Este calendário tem base lunar, mas ajusta-se pelo calendário solar (enquanto o Calendário antigo ajustava-se pela maturação da colheita) para a inclusão de um novo mês, além de determinar o início do ano no mês de Tishrei.
Os meses Judáicos funcionam como os meses do calendário Juliano, sendo que existem alguns meses que têm menos dias.



O calendário dos judeus é direcionado pela Lua, enquanto o dos cristãos, por consequência de Roma, é movido pelo Sol, pois naquela época Roma era pagã e servia ao Deus Sol (Sol Invictus = Sol Invencível). O culto ao deus pagão Sol Invictus também deu origem às comemorações de Natal (Natalis Invictus = Nascimento do Invencível) em 25 de dezembro (Solstício = Dia mais longo do ano na Europa), data oficial do nascimento da entidade pagã (Versão romana do deus babilônico Mithra). Durante a conversão em massa do império romano ao Cristianismo, após a conversão do Imperador Constantino, passou a marcar o nascimento de Jesus Cristo. Em decorrência, a data cristã é incompatível com o calendário original judaico.


Em sintese, o calendario judaico é diferente do juliano, pois ele é religioso, ou seja, foi feito para que os dias das festas judaicas sejam respeitados. O calendário judaico tem 6 meses de 29 dias e 6 meses de 30 dias, como a uma perda de dias em relação ao ano solar são acrescentados de três em três anos um mês a mais para compensar a perda. O calendario juliano é solar e o judaico é lunisolar, em tem regras definidas para que determindas festas começem na estação certa, por exemplo, o primeiro dia do ano não pode ser no domingo esse é úm exemplo hipotético, mas existem diversas regas e para entende-lo é necessário estudar bastante.

MESES DO CALENDÁRIO JUDAICO E SUAS DURAÇÕES

Nomes hebraicos dos meses e seus correspondentes babilônicos:

Número Hebraico Duração Análogo babilônico:

1 Nissan
30 dias Nisanu ou Aviv no Tanakh

2 Iyar
29 dias Ayaru ou Ziv no Tanakh

3 Sivan
30 dias Simanu
4 Tammuz
29 dias Du`uzu
5 Av
30 dias Abu
6 Elul
29 dias Ululu Mês em que se toca o Shofar
7 Tishrei
29 dias Tashritu chamado Eitanim no Tanakh
8 Heshvan
29 ou 30 dias Arakhsamna às vezes chamado Marcheshvan (Amargo Cheshvan); chamado de Bul no Tanakh
9 Kislev
29 ou 30 dias Kislimu às vezes chamado Chislev
10 Tevet
30 dias Tebetu
11 Shevat
30 dias Shabatu
12 Adar I
29 dias Adaru
13 Adar II
29 dias Adaru


DIAS DA SEMANA:

Número Dia Hebraico Nome em hebraico:
1 Yom Rishon
2 Yom Sheni
3 Yom Shlishi
4 Yom Revi’i
5 Yom Ḥamishi
6 Yom Shishi
7 Yom Shabbat


FESTAS JUDAICAS

Yom Tov ou festival é um dia, ou vários dias observados pelos Judeus como uma comemoração sagrada ou secular de um importante evento da História Judaica. Em Hebraico, os feriados e os festivals judaicos, dependendo da sua natureza, são chamados de yom tov ("dia bom"), chag ("festival") ou taanit ("jejum").
As origens das várias festas judaicas geralmente encontra-se nas mitzvot (mandamentos bíblicos), decreto rabínico, ou na moderna história de Israel.


HOSH HASHANAH – O ANO NOVO JUDAICO

O Rosh Hashaná é o “Ano Novo Judaico” e “Dia do Julgamento”, no qual Deus julga cada pessoa individualmente de acordo com as suas ações e estabelece um decreto para o próximo ano. O festival é caracterizado pela mitzvah (mandamento) especial de tocar o shofar (Espécie de instrumento sonoro feito com o chifre de um animal).
. Durante um número variável de dias antes de Rosh Hashaná, entre os Judeus Ashkenazim (Origem europeia), e todo o mês de Elul entre os Judeus Sefarditas (Origem portuguesa, espanhola ou do norte da África), são acrescentadas rezas especiais nas orações matinais, conhecidas como Selichot.

. Erev Rosh Hashanah (véspera do primeiro dia) — 29 Elul
. Rosh Hashanah (ראש השנה‎, em Hebraico) — 1–2 Tishrei

Rosh Hashanah - Considerado pela Mishná como o novo ano para calcular os anos do calendário, leis de shmita (ano sabático) e o Jubileu, dízimos de vegetais, e plantação de árvores (para determinar a idade de uma árvore).
De acordo com uma opinião da Torah Oral (a tradição oral judaica), a criação do Mundo foi completada no Rosh Hashaná. A recitação de Tashlikh ocorre durante a tarde do primeiro dia. O Judaísmo ortodoxo celebra dois dias de Rosh Hashaná, tanto em Israel como na Diáspora. Os dois dias juntos são considerados um yoma arichta, um "dia longo" único. Um número significativo de comunidades judaicas reformistas celebra apenas um dia de Rosh Hashaná.


ASERET YEMEI TESHUVA — DEZ DIAS DE ARREPENDIMENTO

Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh Hashaná até ao fim de Yom Kippur) são conhecidos como Aseret Yemei Teshuva. Durante este período é "extremamente apropriado" para os Judeus praticar Teshuvá (arrependimento, literalmente 'retorno'), a qual consiste em examinar as suas próprias acções e arrepender-se dos erros cometidos tanto contra Deus e o próximo, em antecipação do Yom Kippur. Este arrependimento pode tomar a forma de súplicas adicionais, confissão das próprias ações diante de Deus, jejum e auto-reflecção. No terceiro dia, o Tzom Gedalia.

YOM KIPPUR — DIA DO PERDÃO

Yom Kippur é considerado pelos Judeus como o mais santo e solene dia do ano. Nele, é dado especial ênfase ao perdão e à reconciliação. Comer, beber, tomar banho, untar-se com óleo, e relações íntimas são proibidas. O jejum começa ao pôr-do-sol, e termina depois da caída da noite no dia seguinte. Os serviços religiosos de Yom Kippur começam com a reza conhecida como Kol Nidrei, que tem de ser recitada antes do pôr-do-sol. Kol Nidrei, que em Aramaico significa "todos os votos", é a anulação pública de votos ou juramentos religiosos feitos por judeus durante o ano anterior. Apenas diz respeito a votos não cumpridos, feitos entre a pessoa e Deus, e não cancela ou anula os votos feitos entre pessoas.
A Talit (um xaile de orações de quatro pontas) é colocado para as rezas da noite; a única reza noturna do ano em que isso é feito. A Ne'ilá é um serviço religioso especial realizado apenas no dia de Yom Kippur e prende-se com o encerramento da festividade. O Yom Kippur termina com o toque do shofar, que marca a conclusão do jejum. É sempre observado como uma festividade de um dia apenas, tanto em Israel como nas comunidades da Diáspora judaica.

SUCOT – A FESTA DOS TABERNÁCULOS

Sucot (סוכות ou סֻכּוֹת sucōt) é um festival que dura 7 dias, também conhecido como a Festa dos Tabernáculos. É um dos três festivais de peregrinação mencionados na Bíblia. A palavra sucot é o plural da palavra hebraica sucá, que significa literalmente “Cabana”. Os Judeus são ordenados a residir em cabanas durante o período da festa. Isto geralmente significa comer as refeições, mas alguns dormem também na sucá. Existem regras específicas para construir uma sucá. O sétimo dia do festival é chamado Hoshaná Rabá.

. Erev Sucot — 14 Tishrei
. Sucot (חג הסוכות‎) — 15–21 Tishrei (22 fora de Israel)

SHEMINI ATZERET E SIMCHAT TORÁ

Simchat Torá (שמחת תורה) significa "Alegria da Torá". Na verdade refere-se a uma cerimónia especial que tem lugar no feriado de Shemini Atzeret. Este feriado segue-se imediatamente à conclusão do festival de Sucot. Em Israel, Shemini Atzeret dura um dia e inclui a celebração de Simchat Torá. Fora de Israel, Shemini Atzeret é uma festa de dois dias e Simchat Torá é observado no segundo dia, o qual é em geral referido pelo nome da cerimónia.
A última porção da Torá é lida, completando o ciclo anual de leituras, seguido do primeiro capítulo do Génesis. Os serviços religiosos são especialmente festivos e todos os presentes, jovens e adultos, tomam parte na celebração. Um dos costumes mais populares é a retirada dos rolos da Torá da Arca Sagrada e dançar com eles na sinagoga. Em algumas comunidades, as danças ocorrem também pelas ruas

CHANUCÁ — FESTIVAL DAS LUZES

. Erev Chanucá — 24 Kislev
. Chanucá (חנוכה‎) — 25 Kislev – 2 or 3 Tevet
A história de Chanucá é preservada nos dois Livros dos Macabeus. Estes livros não são parte do Tanach (Bíblia Hebraica). Eles são considerados livros apócrifos. O milagre do pote de óleo de um dia ter, milagrosamente, durado oito dias, é descrito no Talmude.
Chanucá marca a derrota das forças do Império Seleucida (Grego) que tentaram evitar que o Povo de Israel praticasse o Judaísmo. Judas Macabeu e os seus irmãos destruíram as forças poderosas e fizeram a rededicação religiosa do Templo de Jerusalém. Os oito dias do festival são marcados pelo acendimento de velas — uma na primeira noite, duas na segunda noite, e assim sucessivamente — usando um candelabro especial chamado “Chanukkiá” ou “Menorá de Chanucá”.
Existe o costume de dar dinheiro às crianças em Chanucá para comemorar o estudo da Torá às escondidas, quando os Judeus se reuniam no que parecia uma atividade de jogo naquele tempo, uma vez que a Torá estava proibida. Por causa disto, existe também o custome de jogar com o dreidel (Espécie de pião chamado “sevivon” em hebraico).

DEZ DE TEVET

Este pequeno jejum marca o começo do cerco à Jerusalém, tal como é descrito no Livro dos Reis 25:1.
“E aconteceu que no nono ano do seu reinado, no décimo mês, no décimo dia do mês, que Nebucodonossor Rei da Babilônia veio, ele e todo o seu exército, contra Jerusalém, e acampou contra ela; e eles construiram fortes à sua volta”.
Como um pequeno jejum, é requerido jejuar da aurora ao anoitecer, mas outras leis do luto judaico não são observadas. A leitura da Torá e da Haftará, e uma reza especial durante a Amidá, são acrescentadas nas rezas de Shacharit e Minchá.


TU BISHVAT - NOVO ANO DAS ÁRVORES

. Tu Bishvat (חג האילנות - ט"ו בשבט‎) — 15 Shevat
Tu Bishvat é o ano novo para as árvores. De acordo com a Mishná, ele marca o dia em que os dízimos da fruta são contados em cada ano. Além disso, marca o ponto em que são contadas tanto a proibição bíblica de comer os frutos das árvores nos seus três primeiros anos e a obrigação de trazer a orlá (fruto do quarto ano) ao Templo de Jerusalém. Nos tempos modernos, é celebrado comendo vários frutos e nozes associadas à Terra de Israel. Também é costume organizar a plantação de árvores, em especial com as crianças.
Durante os anos 1600, o Rabbi Yitzchak Luria de Safed (Sfat) e os seus discípulos criaram um pequeno seder (Ceia), chamado Hemdat ha Yamim, reminiscente do seder que os Judeus cumprem em Pessach, e que explora os temas cabalísticos da festividade.

PURIM – LIVRO DE ESTHER

. Erev Purim e Jejum de Ester conhecido como "Ta'anit Ester" — 13 Adar
. Purim (פורים‎) — 14 Adar
. Shushan Purim — 15 Adar
. Nos anos bissextos do calendário judaico, Purim é observado no Segundo mês de Adar (Adar Sheni).

Purim comemora os eventos descritos no Livro de Ester. Esta festa é celebrada pela leitura pública na sinagoga da história da Rainha Ester, durante a qual se fazem fortes ruídos cada vez que é mencionado o nome de Haman. Em Purim é tradição usar disfarces e máscaras e distribuir os Mishloach Manot (entrega de presentes de comida e bebida) aos pobres e necessitados. Em Israel, também é tradição organizar marchas festivas, conhecidas como Ad-De'lo-Yada, nas ruas principais das cidades. Por vezes, as crianças mascaram-se e representam a história de Ester para os seus pais.

NOVO ANO DOS REIS

. Novo Ano dos Reis — 1 Nisan.
Apesar de Rosh Hashaná marcar a mudança do ano no calendário, Nisan é considerado o primeiro mês do calenário judaico. A Mishná indica que o ano do reinado dos reis judeus era contado a partir de Nisan nos tempos bíblicos. Nisan é também considerado o começo do ano em termos da ordem das festividades.
Junto com este Ano Novo, a Mishná define outros três Anos Novos legais:

. Primeiro de Elul, Ano Novo para os dízimos dos animais,
. Primeiro de Tishrei (Rosh Hashaná), o Ano Novo para o ano do calendário e para os dízimos dos vegetais,
. Quinze de Shevat (Tu Bishvat), o Novo Ano das Árvores e dos dízimos das frutas.

PESSACH — A SAÍDA DOS ISRAELISTAS DO EGITO

. Erev Pesach e Jejum dos Primogénitos conhecido como Ta'anit Bechorim — 14 Nissan,
. Pessach/Páscoa (פסח) (primeiros dois dias) — 15 (and 16) Nissan,
. O "Último dia de Pessach", conhecido como Acharon shel Pessach, é também uma festa que comemora Keriat Yam Suf, a Passagem do Mar Vermelho. — 21 (and 22) Nissan,
. Os dias semi-festivos entre os "primeiros dias" e "últimos dias" de Pessach são conhecidos como Chol HaMoed, ou seja os "Dias Intermediários".

Pessach comemora a libertação dos escravos Israelitas do Egito. Nenhum alimento fermentado é comido durante a semana de Pessach, em comemoração ao fato de os Judeus terem saído tão apressadamente do Egito, que o seu pão não teve tempo suficiente para levedar (Crescer).
O primeiro Seder de Pessach começa ao pôr do sol do dia 15 de Nissan. Na Diáspora, um segundo seder é realizado na noite de 16 de Nissan. Na segunda noite, os Judeus começam a contar o omer. A Contagem do Omer coincide com a contagem dos dias, desde o tempo em que os Judeus deixaram o Egito até ao dia em que chegaram ao Monte Sinai.

SEFIRAH — CONTAGEM DO OMER

. Contagem do Omer (ספירת העומר, Sefirat Ha'Omer)
Sefirá é o período de 49 dias ("sete semanas") entre Pessach e Shavuot; é definido pela Torá como o período durante o qual oferendas especiais deviam ser levadas ao Templo em Jerusalém. O Judaísmo ensina que isto torna física a ligação espiritual entre Pessach e Shavuot.

LAG BA'OMER

Lag Ba'Omer (ל"ג בעומר, literalmente "33 do Omer") é o 33º dia da contagem do Omer. ל"ג é o número 33 em Hebreu. As restrições de luto em relação a atividades alegres existentes no período do Omer são levantadas em Lag Ba'Omer e há normalmente celebrações com churrascos, fogueiras e brincadeiras com arcos e flechas para as crinças. Em Israel, nos dias anteriores à festa, os jovens costumam reunir materiais para fazer grandes fogueiras ao ar livre.

NOVAS FESTAS NACIONAIS ISRAELITAS/JUDAICAS

Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o Rabinato Chefe de Israel estabeleceu quatro novas festividades judaicas:

. Yom Yerushalayim — Dia de Jerusalém
. Yom HaShoah — Dia da Memória do Holocausto
. Yom Hazikaron — Dia da Memória pelos Soldados
. Yom HaAtzmaut — Dia da Independência de Israel

Estes quatro dias são feriados nacionais no Estado de Israel e, em geral, são aceitos como feriados religiosos pelos seguintes grupos: o Rabinato Chefe do Estado de Israel, The Union of Orthodox Congregations and Rabbinical Council of America (União das Congregações Ortodoxas e o Conselho Rabínico da América; The United Hebrew Congregations of the Commonwealth (Congregações Hebraicas Unidas da Comunidade Britânica Reino Unido); todo o Judaísmo Reformista e Conservador; The Union for Traditional Judaism (União para o Judaísmo Tradicional) e o movimento Reconstrucionista judaico.
Essas quatro datas não são aceitas como feriados religiosos pela maioria do Judaísmo Charedi (Ultra-ortodoxo), que inclui o Judaísmo Hassídico. Estes grupos veêm esses dias como festas nacionais israelitas seculares, por isso, eles não celebram estas festas.

YOM HASHOÁ — DIA DA MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO

. Yom HaShoá (יום הזכרון לשואה ולגבורה‎) — 27 Nisan.
O Yom HaShoá é também conhecido como o Dia da Memória do Holocausto, e tem lugar no dia 27 de Nissan.
Em Israel, por todo o país, tocam as sirenes durante dois minutos, em memória dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas durante a II Guerra Mundial. É costume o trânsito parar nas cidades e os condutores sairem de seus carros e ficarem de pé, em silêncio, durante o toque da sirene. Cerimônias especiais são realizadas no Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém. As escolas têm programas especiais nesse dia, com palestras de sobreviventes do Holocausto, que contam as suas histórias às crianças.

YOM HAZIKARON — DIA DA MEMÓRIA DOS SOLDADOS

. Yom Hazikaron (יום הזכרון לחללי מערכות ישראל‎) — 4 Iyar.
Yom Hazikaron é o dia de memória em honra dos veteranos e soldados israelenses “caídos” (mortos) nas guerras de Israel. O dia memorial também comemora os civis mortos em atos de terrorismo.

YOM HAATZMAUT — DIA DA INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL

. Yom HaAtzmaut (יום העצמאות‎) — 5 Iyar.
Yom HaAtzmaut é o Dia da Independência de Israel. Uma cerimônia official é realizada anualmente na véspera do Yom HaAtzmaut no Monte Herzl, em Jerusalém. A cerimónia inclui discursos dos mais importantes dignitários israelenses, uma apresentação artística, uma marcha de soldados com bandeiras que formam figuras elaboradas (como uma Menorá, uma “Magen David” (Estrela de Davi) e o número que representa a idade do Estado de Israel), e o acendimento de doze tochas (uma por cada Tribo de Israel). Dezenas de cidadãos de Israel, que contribuíram significativamente para o Estado, são selecionados para acender essas tochas.
Pequenas cerimônias idênticas são realizadas em todas as localidades do país, com a ativa participação das crianças e jovens. É costume as famílias realizarem churrascos nos parques das cidades.

YOM YERUSHALAIM — DIA DE JERUSALÉM

. Yom Yerushalayim (יום ירושלים‎) — 28 Iyar.
O Dia de Jerusalém marca a reunificação de Jerusalém e o Monte do Templo sob o domínio judaico, durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, quase 1900 anos depois da destruição do Segundo Templo em Jerusalém.

SHAVUOT — FESTA DAS SEMANAS — YOM HABIKURIM

. Erev Shavuot — 5 Sivan.
. Shavuot (שבועות‎) — 6 Sivan (na Diáspora também no dia 7).

Shavuot, a Festa das Semanas (ou Dia de Pentecostes, na terminologia cristã), é um dos três festivais de peregrinação (Shalosh regalim) ordenados na Torá. Shavuot marca o fim da contagem do Omer, o período entre Pessach e Shavuot. De acordo com a tradição rabínica, os Dez Mandamentos foram dados neste dia ao Povo de Israel reunido na base do Monte Sinai. Durante esta festa, a porção da Torá que contém os Dez Mandamentos é lida na sinagoga, assim como o Livro de Rute. É tradição comer alimentos lácteos durante Shavuot.

DEZESSETE DE TAMUZ

O dia 17 de Tamuz tradicionalmente marca a primeira brecha das muralhas de Jerusalém durante a ocupação romana, na Época do Segundo Templo.
Por ser um dia de jejum menor, é requerido jejuar do nascer ao pôr do sol, mas outras leis do luto não são observadas. Nos serviços religiosos de Shacharit (reza matinal) e de Minchá (reza da tarde), são acrescentadas a leitura da Torá e a leitura da Haftará, e uma reza especial na Amidá.

AS TRÊS SEMANAS E OS NOVE DIAS

. As Três Semanas (Ben Hametzarim): de 17 de Tamuz (Tsom shiv'á asar betamuz) a 9 de Av(Tishá BeAv)
. Os Nove Dias: 1 – 9 de Av
. (Também 10 de Tevet)
Os dias entre 17 de Tamuz e 9 de Av são dias de luto, em lembrança do colapso de Jerusalém durante a ocupação romana que ocorreu entre estas datas. Tradicionalmente, os casamentos e outras ocasiões festivas não são realizadas durante este período. Um elemento adicional é acrescentado neste tempo, durante os últimos nove dias, entre 1 e 9 do mês de Av — os religiosos abstêm-se de comer carne e beber vinho, exceto no Shabbat ou numa Seudat Mitzvá (uma refeição de mitzvá, tal como um Pidion Haben, que é a celebração do reconhecimento de um recém-nascido ou a conclusão do estudo de um texto religioso). Da mesma forma, é costume não cortar o cabelo durante este período.


TISHA BEAV — NOVE DE AV

. Tisha BeAv (צום תשעה באב‎) — 9 de Av.
Tisha B'Av é o jejum e dia de luto que comemora dois dos mais trágicos eventos da História Judaica que ocorreram no dia 9 do mês de Av — a destruição perpetradas pelos babilônicos, no ano 586 antes da Era Comum, do Templo de Salomão, ou Primeiro Templo de Jerusalém, e a destruição do Segundo Templo, no ano 70 da nossa era, pelos Romanos. Outras calamidades na História Judaica também tiveram lugar em Tisha BeAv, incluindo o édito do Rei Eduardo I, que forçava os Judeus a deixar a Inglaterra em 1290, e o Decreto de Alhambra, ou Édito de Expulsão dos Judeus de Espanha, pelos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, em 1492.

DÍZIMO DE ANIMAIS

. Ano Novo para os Dízimos de Animais — 1 Elul.
Esta comemoração não é observada atualmente. Este dia foi estabelecido pela Mishná como o Ano Novo para os dízimos de animais, o que equivalia a um novo ano para o pagamento de impostos.

ROSH CHODESH — O NOVO MÊS

O primeiro dia de cada mês e o trigésimo dia do mês precedente, se ele tiver 30 dias, é (nos nosso tempo) uma festividade menor conhecida como Rosh Chodesh (a cabeça do mês). A única excepção é o mês de Tishrei, cujo começo é uma festividade solene e importante, Rosh Hashaná. Exitem também rezas especiais que são ditas no momento em que se observa a Lua Nova pela primeira vez em casa mês.

SHABBAT — O SÁBADO

A Halachá, ou Lei Judaica, atribui ao Sábado o estatuto de festival. Os Judeus celebram o Shabbat, um dia de descanso, no sétimo dia de cada semana. A Lei Judaica define que o término do dia ocorre ao anoitecer, que é quando o dia seguinte começa. Assim, o Shabbat começa ao pôr-do-sol de sexta-feira, e termina ao início da noite de Sábado.
Em muitos aspectos, a Halachá (Lei Judaica) atribui ao Shabbat o nível do dia sagrado mais importante do calendário judaico.

. É o primeiro dia santo mencionado no Tanach (Bíblia Hebraica), e Deus foi o primeiro a observá-lo, através da finalização da Obra da Criação do Mundo.
. A liturgia judaica trata o Shabbat como “noiva” e “rainha”.
. A leitura da Torá no Sabbath tem mais aliyot do que em Yom Kippur, a mais solene celebração do calendário.
. Existe a tradição que o “Mashiach” (O ungido) (o Messias Judeu) chegará se todos os Judeus cumprirem duas vezes o Shabbat.

VARIAÇÕES NA OBSERVÂNCIA

As denominações do Judaísmo Reconstrucionista e do Judaísmo Reformista geralmente consideram a Lei Judaica em relação a estas festas como importante, mas não obrigatória. O Judaísmo Ortodoxo e o Judaísmo Conservador defendem que a Halachá em relação a estas dias é ainda normativa, ou seja, obrigatória.
Existe um número de diferenças na prática religiosa entre os Judeus Ortodoxos e Conservadores, porque estas duas denominações têm diferentes perspectivas de compreensão do processo de como a Halachá se desenvolveu ao longo do tempo e, da mesma forma, como ela pode ainda desenvolver-se. Os Judeus Reformistas, em geral, não observam o segundo dia das festas judaicas na Diáspora.
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Otro rabino detenido en el caso del “libro racista”

 

 

 

 

 

 

La policía arrestó hoy jueves al rabino Yosef Elitzur (foto), del asentamiento de Itziar, bajo sospecha de incitación al racismo y la violencia, y la posesión de una publicación racista.

Su detención forma parte de una investigación ya existente sobre el controvertido libro del rabino Itzjak Shapira, "Torat Hamelej", que presenta una perspectiva de la halajá acerca de la violencia contra no-judíos.

El rabino Elitzur Hershkovitz, anteriormente detenido, debía ser llevado al Tribunal de Rishon Letzion para una audiencia, hoy jueves.

Decenas de rabinos, educadores, personalidades y activistas de derecha, asistieron el miércoles a un acto en apoyo de los rabinos Dov Lior y Yaakov Yosef, que se negaron a presentarse a un interrogatorio policial acerca de su aprobación y promoción del libro.

Los dos, junto con otros rabinos y el autor del libro, el rabino Itzhak Shapira, están siendo investigados bajo sospecha de incitación a la violencia.

El rabino Shapira, quien fue detenido a principios de mes, escribió en su libro: "Cuando nos encontramos con un gentil que ha violado las Siete Leyes de Noé y se lo mata en preocupación por la defensa de los siete preceptos, no se ha violado la prohibición alguna".

Según el rabino, "en cualquier lugar donde la presencia de un gentil representa una amenaza para Israel, está permitido matarlo, incluso si se trata de un gentil justo, que no es responsable de la situación de amenaza"

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NI HUMANA NI SIONISTA - Autor Natan Lerner

Ni humana ni sionista
Autor: Natan Lerner

Después de un debate de varias horas, el gobierno aprobó este domingo una indefensible resolución en virtud de la cual varios cientos de niños hijos de trabajadores extranjeros serán autorizados a permanecer en el país y otros varios cientos serán expulsados.
No tiene mucho sentido analizar en detalle la resolución ni comentar como votaron algunos ministros, algunos de ellos contrariamente a sus posiciones anteriores y otros para salvar -por lo menos así dicen- parte de los niños bajo amenaza de expulsión. Toda la resolución es condenable y proyecta una imagen del país, sus instituciones y gobernantes que se suma a otras cosas que están ocurriendo para engendrar un cuadro que llevó a uno de los ministros, Biniamín Ben Eliezer, a exclamar en la reunión que el Israel que expulsa 400 niños “no es el Estado judío que yo conozco”.
El primer ministro Netaniahu defendió la resolución, que considera balanceada y fundada en dos consideraciones esenciales: una humanitaria y una sionista: “Buscamos el camino -dijo- para absorber... niños que crecieron y se educaron aquí como israelíes. Por otro lado, no queremos estimular que cientos de miles de emigrantes ilegales inunden el pais”.
Para el jefe del gobierno consideraciones humanitarias y sionismo son términos contrapuestos, si es que he traducido fielmente su opinión, así como la presenta la prensa. Como era de esperar, el ministro del Interior, el lider de Shas, Eli Ishai, en cuyas manos dejó el gobierno toda decisión con respecto a casos especiales, se opuso a la resolución. El es consecuente: no quiere no judíos en el país.
Claro que se puede sostener que la culpa de todo la tiene el vacío constitucional y la falta de una ley de migraciones apropiada. Israel maneja sus instituciones en función de la norma que acuerda la ciudadanía del país, en principio, a descendientes de israelíes y no, como en la mayor parte de los países de Occidente, a las personas que nacieron en su territorio. Hay otros países que se gobiernan con este criterio, que deja afuera a una persona nacida aquí, educada aquí, cuyo idioma -a veces único- es el hebreo, y que nunca ha vivido en otra parte. Que no se trate de un caso único, no ayuda a aceptar ciegamente el modelo basado en el “jus sanguinis”, la ley de la sangre, opuesta al “jus soli”, la ley del lugar, que rige en paises como la Argentina, Estados Unidos, toda América y buena parte de Europa.
Pero, sistema legal aparte, cualquiera que sea el que un país adopta, es posible aplicarlo en forma humanitaria. La resolución del gobierno fija criterios distintivos entre niños que nacieron aquí y no tienen otro país; admite a varios cientos y rechaza a otros cientos. No es, pues, una decisión humanitaria. Tampoco es una decisión sionista, a pesar de la retórica de Netaniahu, imposible de despojar de ingredientes oportunistas, coalicionistas y discriminatorios.
Sionismo no es lo que Ishai entiende por tal. El sionismo, como filosofía política, así como la acunaron los portavoces más serios del movimiento, nunca concibió un estado monolítico. El Estado del pueblo judío no es y no puede ser un estado solo de judíos.
Esto no significa poner en duda el derecho de la nación de determinar su política migratoria, siempre que ésta no viole derechos humanos básicos. Un país puede abrir sus puertas en forma más o menos amplia conforme a sus necesidades, su historia y la concepción de vida de la mayoría de su población.
Puede fijar preferencias, por razones culturales, idiomáticas, económicas y otras. Lo que no puede, porque lo prohiben pactos suscritos por la mayoría de los países, es discriminar contra una nacionalidad, un grupo étnico o religioso determinado. Israel tiene la Ley del Retorno, que crea un privilegio inmigratorio para judíos y sus parientes, y ello es totalmente legítimo, porque el Estado surgió precisamente para absorber a los judíos que necesitan o quieren inmigrar al mismo. Quienes arguyen que la Ley del Retorno es racista, no la entienden o no saben bien lo que racismo significa.
Un país puede dar preferencia a inmigrantes que se ocupan de agricultura, por ejemplo. Puede preferir a otros que hablan el idioma del país. Puede, en el otro extremo, cerrar la inmigracion por completo, por un tiempo determinado o no. Lo que no puede hacer es abrir ampliamente sus puertas a gente que viene a buscar trabajo y permanece aquí durante años, creando familias con hijos que no conocen otra patria, y luego expulsar a esos hijos.
Un país puede ser muy estricto en la distinción entre inmigrantes legales y los que no lo son, e impedir que estos -o los que se tornan tales- permanezcan en su territorio una vez expirado el plazo acordado. Pero no puede arbitrariamente tolerar presencias ilegales y castigar a los niños que nacieron y se educaron en el período de tolerancia.
Lo que a todas luces Israel no puede permitirse es invocar el sionismo para expulsar cientos de niños. Ni siquiera la conocida elocuencia retórica de Netaniahu puede ser utilizada para justificar un acto inhumano en nombre del sionismo. Bastante se usurpa el termino “sionismo” para defender toda clase de abusos. Agregarle ahora otro, como lo hace Netaniahu, es dañino para los intereses del país y el buen nombre del sionismo, ya bastante castigado.
En esta columna, trato de evitar poner etiquetas a las personas y a los actos de políticos y agrupaciones, cosa que no siempre es fácil. En el caso de la medida que comentamos es muy difícil abstenerse de usar términos como “racismo” y “xenofobia” para describir las implicaciones de la resolución tomada por el gobierno. No me refiero a actitudes que no sorprenden, pero sí a justificaciones que es preferible no se intenten.

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