Sefer Korbanot
Sefer Mishpatim
Sefer Nezikim
Sefer Shofetim
Sefer Avodah
Sefer Zeraim
Jerusalém colonial: judeus portugueses no Brasil holandês Ronaldo Vaifas Editora: Civilização Portuguesa
Sinopse: A obra trata da comunidade de judeus portugueses que se radicou em Pernambuco, no século XVII, e fundou a primeira sinagoga das Américas. Perseguidos pela inquisição em Portugal, esses judeus vieram na comitiva de Mauricio de Nassau. O Brasil holandês representava um oásis de tolerância para esse grupo, apoiado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. A pesquisa de Vainfas é centrada em documentação dos arquivos holandeses e portugueses, com foco na questão das metamorfoses identitárias.
Sherwin Wine era um americano, filho de imigrantes poloneses, que foi educado ao longo de sua vida com base nos preceitos judaicos conservadores. Freqüentou uma sinagoga, observava o shabat, mantinha sua casa Kasher.
Wine é Mestre em artes e filosofia, pela Universidade de Michigan. Ao longo de sua vida universitária, mostrou-se voltado para a corrente empirística e mais tarde para o positivismo lógico. Por causa de alguns professores se sentiu atraído pelo humanismo.
Apesar de não se encontrar mais em um ambiente religioso, Sherwin optou por seguir a carreira religiosa, se matriculando no programa rabínico da rabínico Hebrew Union College, uma instituição reformista. Após ser ordenado, em 1957, se voluntariou para ser Rabino nas Forças Armadas dos EUA, uma nova congregação, conhecida como El Beth. No ano de 1963, após ser contatado por pessoas do templo Beth El, em Detroid, Wine começa a desenvolver, com apenas oito famílias, um trabalho em que elas pudessem encontrar uma linguagem que refletisse sua verdadeira
Em 1959 foi para o Canadá ajudar na formação de crença. Depois de algum tempo Sherwin Wine resolveu retirar a palavra “D’us” de suas cerimônias, passando a utilizar de uma liturgia nova, repleta de cultura judaica, história e valores éticos. Assim começava a surgir o Judaísmo Humanista.
Wine se declarou um não-ateu, pois, segundo ele o ateísmo é algo impossível, uma vez que não há como provar ou negar a existência de D’us.
Em 1971 a congregação se mudou para um prédio recém construído, e os rolos da Tora colocados em uma biblioteca, ao invés do habitual Aron Hakodesh. A sinagoga recebeu uma grande escultura, representando a palavra Adam.
Em 1982, Wine criou o Comitê Norteamericano para o Humanismo, uma confederação das seis principais instituições Humanistas dos EUA, onde era oferecido um curso de Doutourado para a formação de Lideres Humanistas.
No ano de 1985 foi criou o Intrenational Institute for Secular Humanistic Judaism, uma instituição educacional onde são graduados Rabinos e Madrichim ( menos treinados do que rabinos, porém certificados para realizar casamentos e outras cerimônias). Até hoje já foram formados Sete rabinos e mais de 50 madrichim nos EUA.
Wine trabalhou como Rabino na sinagoga até 2003, quando começou a se dedicar exclusivamente ao International Institute for Secular Humanistic Judaism, arrecadando fundos e dando palestras em prol da divulgação da nova maneira de pensar que criara.
Morreu em 2007, em um acidente de carro.
O Judaísmo Humanista
A linha criada por Wine é basicamente voltada para a cultura judaica, não seguindo uma maneira de pensar teística. Ele reconheceu que, dessa maneira, atrairia judeus não-religiosos que não estavam associados a nenhuma instituição judaica.
Assim, sua congregação teria acesso a uma vida em comunidade, com todos os benefícios que ela pode acarretar, sem deixar de lado a coerência com seu discurso não-teísta.
O judaísmo é uma cultura étnica criada pelo povo Judeu, aberta para que cada individuo crie seu próprio significado, sem imposições de uma autoridade sobrenatural.
Neste poema escrito pelo próprio Sherwin Wine, pode-se entender um pouco melhor a perspectiva não-teísta do Judaísmo Humanista:
Onde está a minha luz? A minha luz está em mim.
Onde está a minha esperança? Minha esperança está em mim.
Onde está a minha força? Minha força está em mim - e em você.
No Judaísmo Humanista, acredita-se que o Tanach possui um significado moral e ético, que tem como base a responsabilidade humana. Os seres humanos têm a responsabilidade para resolver problemas humanos, ou seja, não depende de forças divinas, e a própria história judaica deixa isso explícito.
As festividades judaicas foram mantidas, a interpretação de seus significados, porém, foi alterada de modo que ficasse coerente com as idéias do movimento Humanista. Rosh Hashaná e Yom Kippur, por exemplo, são considerados momentos de renovação e reflexão, onde devemos nos centrar na dignidade humana, nos auto-perdoarmos por nossos erros. Todas as referencias a D’us foram excluídas das cerimônias.
A Torá e outros textos religiosos judaicos são considerados importantes documentos históricos, que devem ter sua origem e grau de embasamento avaliados cientificamente. Os escritos mais recentes possuem uma validade filosófica maior, pois estão mais propensos a serem infundidos com os valores da Haskalah.
Para o Judaísmo Humanista, Israel é o Centro da civilização judaica, e a revolução sionista proclamou a soberania espiritual do homem judeu no centro de sua civilização.
O Judaísmo Humanista não é contra os casamentos mistos, e acredita que Judeu é todo aquele que se identifica como tal, estando vinculado de maneira ativa a sua história, cultura e tradições. A religião judaica é uma manifestação dessa cultura e dessas tradições, e a identidade judaica se preserva através de uma educação onde exista a vivencia dessas praticas, tradições, rituais e tantos outros tipos de manifestações da cultura judaica, em um ambiente pluralista. A liberdade do povo judeu deve ir em conjunto com a liberdade e a dignidade de todo o ser humano.
Costuma-se colocar a chanuquiá sobre uma mesa no lado esquerdo da porta de entrada, frente à mezuzá, ou na janela que dá para a via pública.
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1ª noite 25/Kislev Quarta-feira, 1 de dezembro a partir de 19:55h |
5ª noite 29/Kislev Domingo, 5 de dezembro a partir de 19:57h |
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2ª noite 26/Kislev Quinta-feira, 2 de dezembro a partir de 19:55h |
6ª noite 30/Kislev Segunda-feira, , 6 de dezembro a partir de 19:57h |
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3ª noite 27/Kislev Sexta-feira, 3 de dezembro às 19:15, antes de acender as velas de shabat |
7ª noite 1/Tevet Terça-feira,, 7 de dezembro a partir de 19:57h |
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4ª noite 28/Kislev Sábado, 4 de dezembro a partir de 20:25h, após a Havdalá |
8ª noite |
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El turista número 3.000.001 desde el comienzo de 2010 arribó al Aeropuerto Internacional Ben Gurión, en un vuelo procedente de San Pablo, en uno de los mejores años para el turismo nacional.
El pastor Ribamar Araujo Ladislau, que dirige un grupo de 120 peregrinos evangélicos procedentes de Brasil fue recibido por el ministro de Turismo Stas Misenzhnikov y otros funcionarios en una ceremonia especial realizada en el aeropuerto.
"La visita a Israel llena nuestra almas y nuestros corazones; Israel es una bendición para todas las naciones", dijo el pastor cristiano.
Misenzhnikov precisó que el hecho de que un brasilero sea el turista tres millón del año se corresponde con el hecho de que el turismo de Brasil ha crecido 82 por ciento en 2010.
"Quien llega a Tierra Santa también llega a Jerusalén, y se produce una transformación en el individuo", le dijo Misenzhnikov al pastor.
El pastor Ladislau ganó otro viaje de seis días pagos, incluido el pasaje aéreo y los sitios que pueda perderse en esta peregrinación.
Este año se ha quebrado el record de turismo, con 2.9 millones de turistas entre enero y octubre, según los datos de la Oficina Central de Estadísticas
Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial.
A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas comerciais e residências de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos.
Série de proibições aos judeus
Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos de concentração. A justificativa usada pelos nazistas foi o assassinato do então diplomata alemão em Paris, Ernst von Rath, pelo jovem Herschel Grynszpan, de 17 anos, dois dias antes.
A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia começado em abril de 1933, com a convocação aos cidadãos a boicotarem estabelecimentos pertencentes a judeus. Mais tarde, foram proibidos de freqüentar estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.
No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus, apontados como "inimigos dos alemães", atingiu outro ponto alto com a chamada "Legislação Racista de Nurembergue". Enquanto o resto do mundo parecia não levar o genocídio a sério, Hitler via confirmada sua política de limpeza étnica.
Trajetória para o holocausto já havia sido aberta
Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e não-judeus. Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.
Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939, foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens e Sarah para mulheres.
A proporção da brutalidade do pogrom de 9 de novembro foi indescritível. Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de Assalto), lamentou "as grandes perdas materiais" daquele 9 de novembro de 1938, acrescentando: "Preferia que tivessem assassinado 200 judeus em vez de destruir tantos objetos de valor!"
Áustria, Hungria e Alemanha
Uma das tradições mais difundidas durantes as noites de Chanucá, principalmente entre as crianças, é jogar uma espécie de pião chamado de sevivon, em hebraico, ou dreidel em iídiche.
Acredita-se que o costume tenha surgido na época dos macabeus. Quando o rei Antíoco IV tentou eliminar o judaísmo, declarando guerra contra o espírito judeu, proibiu o estudo da Torá - a não ser que fosse destituído de santidade. A solução, então, foi fazê-lo clandestinamente. As crianças estudavam tendo nas mãos sevivons; assim, se fossem descobertas pelas autoridades, poderiam alegar que estavam reunidas para jogar.
O dreidel, como todo pião, tem quatro lados; em cada um há uma letra hebraica, que é a inicial de uma palavra. Juntas, as quatro compõem uma frase. Numa das faces está o nun, inicial da palavra ness, ou "milagre"; em outra o guimel, primeira letra de gadol, que significa "grande"; na terceira face do sevivon aparece o hei, primeira letra de hayá, que significa houve; e, na quarta face, shin, inicial de sham, que significa "lá". Juntas representam a frase: "Ness gadol hayá sham" ou seja, "um grande milagre houve lá", fazendo referência à Terra de Israel, onde o milagre de Chanucá de fato ocorreu.
A festividade conta, também, com outro costume: o de, após acender as velas, dar às crianças Chanucá guelt, isto é, "dinheiro de Chanucá", expressão também em iídiche. São várias as explicações para esta tradição, uma delas sendo que 22 anos após a vitória dos macabeus, seus descendentes - que se haviam tornado os reis de Israel - cunharam moedas para celebrar a conquista da liberdade e autonomia. Imagens do Templo e da Menorá eram gravadas nas moedas como lembrança da grande vitória. Daí ser a distribuição de moedas uma forma de relembrar o sucesso dos valentes macabeus.
Polônia
Os Rebes chassídicos distribuíam moedas entre aqueles que os visitavam em Chanucá. Para esses chassidim, esse Chanucá Guelt representava uma bênção de seu Rebe e uma segulá* para obter sucesso em seus empreendimentos. No Talmud, há uma referência cruzada entre dinheiro e Chanucá. Nesta festa, devemos acender pelo menos uma vela por noite, em cada lar, mesmo se para tanto tivermos que vender as roupas ou bater de porta em porta, pedindo recursos para a finalidade. O costume de distribuir Chanucá Guelt era uma forma de ajudar os pobres a comprar as velas e cumprir a mitzvá.
Israel
Desde a reunificação de Jerusalém, na Guerra dos Seis Dias, os sevivonim que as crianças usam, em Israel, contêm uma pequena diferença: ao invés da letra shin (para designar sham, 'lá'), em uma das faces do pião, aparece a letra pei, de pô, 'aqui'. Assim as letras do sevivon formam a frase: "Um grande milagre aconteceu aqui", isto é, aqui em nossa Terra de Israel.
Marrocos
No primeiro dia, após os oito da festa, era costume entre os judeus marroquinos festejar o "Dia do Shamash". As crianças iam de casa em casa recolhendo restos de velas de Chanucá, que utilizavam para fazer grandes fogueiras, ao redor da qual dançavam e cantavam. Muitos saltavam por cima do fogo, pois acreditavam ser uma segulá: no caso de jovens solteiras, o objetivo era ajudá-las a encontrar seu futuro companheiro de vida; e, para as casadas sem filhos, não tardem a engravidar.
Como o milagre girava em torno do óleo que ardeu durante oito dias, na ocasião as donas de casa costumavam fritar el makhriud, uma panqueca, e sfinge, sonhos.E logo após acender as velas, os membros da família mergulhavam as iguarias no açúcar e as saboreavam, acompanhadas de goles de brod datei, uma refrescante bebida de menta.
Afeganistão
No Afeganistão, os judeus não usavam chanuquiot, aliás, nem sequer as conheciam! Para acender as luzes de Chanucá, usavam oito pequenos pratos em bronze, prata ou barro, enfileirados, e um pratinho menor, para o shamash. A razão para o costume era o fato de que os judeus do Afeganistão serem, em sua maioria, anusim (convertidos à força ao islamismo), vindos da cidade de Mashad, no Irã. Como na região, a partir de 1839, foi proibido o judaísmo, se um muçulmano porventura entrasse numa casa de um judeu sem avisar, seus moradores poderiam alegar que as luzes eram usadas para iluminar o local - já que não havia eletricidade - sem despertar nenhuma suspeita de sua fé. Mesmo após emigrar para o Afeganistão, os judeus de Mashad continuaram a manter o costume.
Iraque
Já nas comunidades iraquianas, a tradição é comer pratos à base de leite, em homenagem a Yehudit, que conseguiu salvar nosso povo e derrotar Holofernes, o poderoso general grego, comandante dos exércitos de Antíoco Epifânio, imperador selêucida, oferecendo-lhe um pedaço de queijo. Além disso, era comum as crianças lerem a história da heroína. Em Bagdá, muitas famílias usavam chanuquiot redondas, raramente utilizadas em outros países, onde são usadas as do tipo em que as velas são alinhadas em fila reta. Rabi Yosef Chaim, um dos maiores sábios do Iraque, ao responder sobre o uso deste tipo de chanuquiot afirma em sua responsa que se devia dar preferência às em linha reta, mas não desqualificava o uso das redondas, desde que houvesse espaço entre as velas.
O problema haláchico quanto às redondas é que as chamas poderiam dar a impressão de ser uma única, o que invalidaria a chanuquiá. O código máximo da Lei Judaica, o Shulchan Aruch, discorre sobre a questão, afirmando que cada um dos pavios pode ser considerado como uma vela, desde que sejam separados entre si (Orach Chaim, 67, 1:4).
Síria
Na Síria, costumava-se acender uma chanuquiá em cada casa, de preferência com azeite. Somente o shamash era sempre aceso com uma vela. As mulheres não trabalhavam enquanto as chamas estivessem ardendo. Em Alepo, aqueles cujos ancestrais tinham vindo da Espanha, no século 16, acendiam uma vela adicional a cada noite. Na primeira, por exemplo, acendiam mais duas velas além do shamash, e, assim por diante. Há várias explicações para a adoção deste costume, entre estas o fato de que, ao chegar à Síria, os judeus sefaraditas não foram de pronto aceitos pela comunidade. Quando, finalmente, foram aceitos pelos mustarabim, que eram os judeus que já viviam no local, era Erev Chanucá, véspera da festividade. A partir de então, acendem uma luz adicional por noite como expressão de sua gratidão. Entre outras versões para o costume, há uma que alega que a introdução da vela adicional simbolizava o júbilo dos judeus sefaraditas por terem escapado das garras da Inquisição. Uma terceira defende que, no século 16, um grupo de judeus sefaraditas que viajava de navio rumo a Alepo foi salvo de um naufrágio justamente na véspera de Chanucá. Este costume continua em uso até hoje e revela as origens de cada família - se descendentes de judeus espanhóis ou de mustarabim, ou seja, judeus orientais.
Tunísia
Os judeus da Tunísia comemoram o sétimo dia de Chanucá, o primeiro dia do mês de Tevet, Rosh Chodesh Tevet. Também chamado de Chag Habanot - Festa das Mulheres, é um dia de grandes alegrias para todo o gênero feminino, pois celebra a fé e coragem de Yehudit, filha de Yochanan, o Sumo Sacerdote à época da revolta dos macabeus. Segundo nossa tradição, foi em Rosh Chodesh Tevet que Yehudit salvou a vida de nosso povo matando Holofernes.
Em Chag Habanot, os judeus da Tunísia costumavam dar presentes às crianças e preparar verdadeiros banquetes, com docinhos de mel para a sobremesa. Na ilha de Djerba, participavam da celebração principalmente as jovens solteiras, pois acreditavam ser uma segulá para se casar naquele ano.
Líbia
Em Trípoli, Rosh Chodesh Tevet é chamado de Rosh Chodesh La'Banot - o Novo Mês das Mulheres. Nesse dia era costume as mães enviarem bandejas de sfinge, sonhos, para as filhas casadas, enquanto as noivas recebiam doces da família do futuro marido. Era um dia de alegria e lazer para as mulheres, que, na data, eram liberadas de seus trabalhos domésticos.
A Turquia e os judeus espanhóis
O Shabat de Chanucá era conhecido como Shabat Halbashá (ou seja, o Shabat de se vestir os pobres). Os rabinos sempre fizeram questão de ressaltar a importância da ajuda aos necessitados, guemilut hassadim. Assim, os membros da kehilá encaminhavam doações à sinagoga que, por sua vez, se encarregava de distribuí-las em Rosh Chodesh Tevet.
Um dos pratos característicos da festa, entre os oriundos da Espanha, são os bermuelos (ou bimuelos), bolinhos fritos salpicados com açúcar. Os judeus turcos dão o mesmo nome a um doce frito semelhante aos sonhos, servido com mel ou açúcar e canela.
Os judeus sefaraditas da Turquia mantêm a tradição de fazer uma refeição, la merenda, uma espécie de almoço ou jantar do qual participam familiares e amigos. Cada um dos convidados leva um prato para completar a refeição, ao final da qual as crianças são presenteadas com pequenas somas em dinheiro.
Fonte : Revista Morasha Edição 59 - dezembro de 2007
Chanuquiá de prata
Esta é a história de um milagre; a história de uma menorá de prata, de oito braços - uma chanuquiá, que foi guardada, por mais de 200 anos, e foi repassada de geração em geração, até chegar aos nossos dias.
Essa chanuquiá era um verdadeiro tesouro de família. Confeccionada a mão por um grande artesão, havia sido encomendada por um homem muito rico, que a queria dar de presente à sua filha por ocasião de seu casamento com o filho de um grande rabino. Praticamente dois adolescentes, a noiva com 14 anos e o noivo com 17, o casal recebeu inúmeros presentes, mas o que mais lhes tocou foi a chanuquiá e um par de candelabros de prata para as velas de Shabat ofertados por seguidores do pai do noivo, um conceituado rabino.
Aqueles candelabros permaneceram com a noiva até seus últimos dias de vida e a chanuquiá trouxe luz e felicidade ao seu lar, durante oito noites de inverno, ano após ano, até o dia em que o filho mais velho do casal, prestes a se tornar rabino, casou-se com a filha de outro rabino. No dia do casamento, a chanuquiá, lustrada até brilhar como a própria sabedoria, estava de pé sobre a mesa, coberta de presentes para os noivos.
Assim a chanuquiá foi passando de pai para filho, de geração em geração, le'dor va'dor. Por 200 anos iluminou diferentes lares, ouvindo as bênçãos de Chanucá pronunciadas por diferentes vozes. Não foram poucas as vezes em que quase se perdeu. Certa vez, durante um pogrom, enquanto o populacho saqueava e agredia os judeus, foi salva por seu dono, que a colocou no fundo de um saco e, depois, baixou-a por uma corda até o fundo de um poço d'água. Em outra ocasião, foi resgatada do lado do corpo de um ladrão inconsciente, que fora atingido na cabeça com um bastão, por um vigia, enquanto fugia com um saco carregado de peças roubadas. No incidente, a bela chanuquiá ficou com um amassado em sua base.
Le'dor va'dor
De geração em geração, a bela peça seguiu seu percurso através dos anos. Em 1941, as tropas nazistas conquistavam a Europa, cidade após cidade, semeando violência e morte em seu caminho. Avram, o filho mais velho de Moshé, o rabino do shtetl que se espalhava sobre metade da cidade de Narodny, decidiu esconder a chanuquiá de prata que, há séculos, acompanhava sua família. Cavou um buraco bem profundo na base de uma árvore antiga e frondosa, no quintal de casa, e lá a enterrou cuidadosamente, muito bem embrulhada em um lençol de linho.
Enquanto ia ao encontro de sua família para contar o que acabara de fazer, deparou-se com seu pai, sua mãe e vários vizinhos enfileirados do outro lado da floresta. Assistiu quando foram impiedosamente fuzilados pelos nazistas. Viu também seus irmãos, Micha e Rachel, e várias outras crianças sendo levados pelos nazistas em um caminhão.
Sozinho e apavorado, Avram fugiu em direção à floresta, onde passou a viver. Tornou-se um guerrilheiro refugiado, um verdadeiro fantasma de um mundo que estava sendo destruído. Avram lutava, corria e se escondia. Passou fome, frio, foi ferido, mas não desistiu. Atravessou florestas e rios, montanhas e fronteiras. Não parava nunca. Quando pensava estar em segurança, percebia não estar a salvo. Ele foi traído várias vezes, e, várias vezes, por um triz, conseguiu escapar da morte. Foi capturado, mas conseguiu fugir. Vivia fugindo.
A guerra na Europa acabou, mas Avram continuou sua jornada. Conseguiu entrar no tumultuado território que pouco tempo mais tarde tornar-se-ia o Estado de Israel. E, de novo ele lutou. E novamente foi ferido. Desta vez o ferimento foi sério e ele teve que ficar durante meses longe das batalhas, preso a um leito de hospital.
Quando se recuperou, decidiu seguir viagem, mais uma vez. Dessa vez, para a América. Lá decidiu ficar, e lá conheceu uma mulher que havia visto os mesmos horrores que ele. Uma mulher cujo coração conhecia a mesma dor que o seu coração. Decidiu casar-se com ela, mas, antes do casamento, Avram viajou à Europa. Queria dar à sua noiva um presente especial, algo único no mundo. Tomou um avião, um trem e, finalmente, um ônibus, para chegar ao lugar onde nascera. Narodny ainda estava lá no mesmo lugar, mas seu nome mudara. O shtetl não estava mais lá; mas, por que estaria, se já não havia judeus, perguntou-se?
As pessoas que moravam na casa, que um dia fora sua, olharam-no, com desconfiança, quando ele foi até o jardim. Aproximou-se de uma determinada árvore e começou a cavar. Não tentaram dissuadi-lo porque levava em suas mãos uma carta das autoridades e eles temiam as autoridades. E, além disso, ficaram felizes em ver que ele não pedira nenhuma explicação de como essa casa, que uma vez lhe pertencera, ficara com eles. Avram estirou-se no chão e pôs-se a cavar, com determinação, como quem sabe o que procura, atirando para fora a terra, com as mãos. Quando se pôs de pé, novamente, trazia nas mãos o "seu" tesouro. A prata estava escura, mas, para ele, aquilo brilhava como nunca. Ele agarrava o candelabro contra o peito, dizendo em hebraico, aos prantos: "Bendito és Tu, Rei do Universo, Te agradecemos por nos teres trazido até hoje com vida".
Os camponeses poloneses o observavam. Apesar de não entenderem suas palavras, de alguma forma compreenderam o que havia acontecido e murmuraram: "Louvado seja D'us".
A noiva de Avram chorou quando viu o presente que ele lhe deu ao voltar aos Estados Unidos. Ele já lhe tinha contado a história da chanuquiá e ela prontamente entendeu que aquele gesto significava que a família que ambos haviam perdido no longo pesadelo nazista estaria representada em seu casamento.
Mas a história não acabou aí. De certa forma, aquilo foi um recomeço, em uma nova terra. Avram e sua esposa tiveram filhos. Seus filhos se tornaram jovens adultos. Quando sua filha mais velha estava prestes a se casar, a resplandescente chanuquiá voltou a reluzir em meio aos belos presentes. Depois da cerimônia na sinagoga, antes de ser servido o jantar do casamento, uma senhora já entrada nos anos se aproximou da mesa de presentes. Era vizinha e uma grande amiga da mãe do noivo. À medida que foi-se aproximando, seus olhos vidrados na bela peça de prata, seus passos foram diminuindo.
Ao se aproximar da mesa, levantou o braço onde estava tatuado, em azul, um número e colocou um dedo na saliência da base da chanuquiá. Desatou a chorar e caiu no chão, desmaiada.
O pai da noiva viu-a cair e correu para ajudá-la. Ele estava debruçado sobre ela quando ela reabriu os olhos. Ela o fitou e, num sussurro, como se estivesse com medo de sua própria voz, disse: "Avram"...
Ele era chamado nos Estados Unidos de "Abe" e ninguém o chamava de Avram há anos. Olhou para aquela senhora que o chamava pelo seu verdadeiro nome e confirmou com a cabeça, num transe. A voz sussurrou de novo. "Avram, sou eu, Rachel, sua irmã". Os dois se abraçaram, chorando. Os noivos choraram e todos os convidados também. Até os anjos no céu choraram. A vida dos recém-casados foi iniciada num mar de lágrimas de felicidade. Sua jornada se iniciou sob o clarão iluminado - por muitos e muitos anos por vir - pelas luzes da bela chanuquiá de prata.
Tradução e adaptação livre do artigo de Martin A. David, na edição de dezembro de 2000 do Jewish Magazine
Los denominados rollos del Mar Muerto, los manuscritos en hebreo más antiguos que se conocen, podrán verse en un archivo online gracias a una nueva iniciativa dada a conocer por la Autoridad de Antigüedades de Israel y Google (el video presentado data del año 2009).
El nuevo proyecto acercará a los internautas la posibilidad de poder contemplar los rollos gracias a las últimas tecnologías de filmación de documentos en alta definición.
Encontrados de manera fortuita en 1947 en unas cuevas ubicadas en Qumran, un importante yacimiento arqueológico próximo al Mar Muerto, esos textos en pergamino de 2.000 años de antigüedad contienen fragmentos de todos los libros del Antiguo Testamento, excepto el de Esther, así como varios apócrifos y escrituras de sectas.
Los textos, que fueron encontrados repartidos en más de 30.000 piezas y compilados en los 900 rollos, se encuentran fuertemente custodiados en Jerusalén en un edificio del Museo de Israel con forma de tinaja y que es un refugio nuclear.
Los usuarios de Internet podrán participar en lo que la Autoridad de Antigüedades ha descrito como "el definitivo juego del rompecabezas", gracias al cual tendrán oportunidad de recomponer los rollos juntando piezas e incluso descubrir nuevas formas de leer los textos escritos en hebreo antiguo, erosionados y descoloridos por el correr de los años.
"Estamos marcando un hito histórico al conectar progreso y pasado con el objeto de preservar esta herencia única para futuras generaciones", aseguró en un comunicado la directora general de la Autoridad de Antigüedades, Shuka Dorfman.
Los rollos serán fotografiados usando una técnica avanzada empleando once diferentes ondas de luz las que suponen que revelarán letras e inscripciones invisibles a simple vista.
La cámara fabricada para el proyecto tiene un valor estimado en 250 mil dólares.
El proceso de documentación comenzará en los próximos tres meses, tras lo cual Google lo subirá al archivo del nuevo sitio web.
El proyecto ha sido financiado por las fundaciones Leon Levy, el Fondo Arcadia y el Fondo Hanadiv. EFE y Aurora
Rabino Yehiel Mekhel
O rabino Mekhel, o pregador de Zlotschov, disse um dia aos seus filhos: “Uma das grandes bênçãos da minha vida foi nunca ter necessitado de nada que já não possuísse.”
Rabino Yehiel Mekhel, conhecido como o pregador (maguid) de Zlotschov (Ucrânia, século XVIII)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.
Mark Twain (1835-1910), Harpers’s Magazine, 1899.
Não faças chorar uma mulher, pois Deus conta todas as suas lágrimas. A mulher fez-se da costela do homem, não dos pés para ser espezinhada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, (…) debaixo do braço para ser protegida e perto do coração para ser amada.”
Talmude (tratado Kiddushin), Eretz Israel, século I EC*
Ray Charles
Negros e judeus estão intimamente ligados uns aos outros por uma história comum de perseguições. Se alguém, além de um negro, alguma vez cantar blues do fundo da alma, será obrigatoriamente um judeu. Os nossos dois povos sabem bem o que é ser o capacho de alguém.”
Ray Charles (1930-2004)
Pierre Goldman
Alguns de nós, judeus de Esquerda, sentimo-nos impedidos de abraçar de forma mais completa a causa palestiniana em virtude dos inegáveis contornos antisemitas dos discursos e escritos pró-palestinianos.”
Pierre Goldman, Libération, 31 de Outubro de 1978.
Judeu francês, jornalista e activista de esquerda (extrema-esquerda, dirão alguns), Goldman foi assassinado por brigadas terroristas de extrema-direita a 20 de Setembro de 1979, meses depois de ter sido ilibado num processo judicial kafkiano que inicialmente o condenara a prisão perpétua. Os seus assassinos nunca foram julgados. (Ver Pierre Goldman : Le dossier.)
Gustav Mahler
Por três vezes sou um sem-abrigo: um boémio na Áustria, um austríaco entre alemães, um judeu por todo o mundo; em todo o lado um intruso, nunca bem-vindo.”
Gustav Mahler (1860-1911), compositor e maestro. Judeu austríaco.
Jon Stewart
Quando me falaram em casamento homossexual disse logo que era contra. Mas depois mudei de opinião quando me explicaram que, afinal, não seria obrigatório e que eu podia continuar casado com a minha mulher.”
Jon Stewart (Jonathan Stuart Leibowitz), comediante, apresentador do The Daily Show. Judeu norte-americano.
Albert Einstein
Se eu estiver certo, os alemães dirão que sou alemão, e os franceses dirão que sou filho da humanidade. Mas se eu estiver errado, para os franceses serei um alemão; e para os alemães não passarei de um judeu.”
Albert Einstein, sobre a Teoria da Relatividade
Sigmund (Solomon) Freud (6/5/1856 - 23/9/1939), judeu nascido em Freyberg, na Áustria. in Moisés e a Religião Monoteísta, Guimarães Editores, Lisboa 1990 [uma má edição, por sinal, virtualmente assassinada por uma tradução intrometida e desconhecedora da história judaica]
O aniversário de Freud é recordado por Francisco José Viegas, no Aviz, e por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado – este também um blog aniversariante. Parabéns aos navegantes.
“O Cerco de Sebastopol”, 1854, William Simpson, Greenwich Hospital Collection
Contou o rabino Naftali de Ropschitz:
“Durante o cerco de Sebastopol, trotava o czar Nicolau no seu cavalo quando um arqueiro inimigo fez pontaria sobre ele. Um soldado russo, que observava de longe, gritou para assustar o cavalo do czar, que se voltou de repente no exacto momento em que a flecha disparava em sua direcção. Percebendo que fora salvo de morte certa pelo seu soldado, o czar agradeceu ao homem e disse que lhe concederia o desejo que ele quisesse. O soldado não pensou duas vezes: “O nosso sargento é uma besta e bate-me constantemente. Majestade, gostaria de poder ser transferido para uma nova companhia sob as ordens de outro sargento!”
“Idiota!”, respondeu-lhe o czar, “porque não me pedes antes que te faça sargento?”
Nós também somos assim: preocupamo-nos com coisas pequenas, rezamos para suprir as necessidades do momento e esquecemo-nos de ver para além delas.
Rabino Naftali de Ropschitz, Ucrânia, séc. XIX
Perguntaram uma vez ao Dubner Maggid: “Porque razão têm as parábolas um efeito tão grande nas pessoas?” Ao que o pregador respondeu: “Posso explicar contando uma parábola.”
E foi esta a parábola que contou;
Há muitos, muitos anos, a Verdade caminhava pelas ruas, nua como no dia em que nasceu. O povo recusava deixa-la entrar nas suas casas naquele estado. Qualquer pessoa com quem ela se cruzasse fugia a sete pés. Vagueava a Verdade com grande tristeza quando um dia se cruzou com a Parábola, que se vestia com roupas de esplêndidas cores. A Parábola perguntou-lhe: “Diz-me amiga, o que te faz andar tão triste?” Ao que a Verdade respondeu: “É terrível, minha irmã. Sou muito velha e por isso ninguém me liga.”
“Não é por causa da tua idade que as gentes não gostam de ti. Eu também sou velha, mas quantos mais anos passam mais as pessoas me apreciam. Deixa-me dizer-te um segredo: o povo gosta de adornos e encobrimento. Vou emprestar-te algumas das minhas roupas e verás como o povo também vai gostar de ti.”
E assim foi. A Verdade seguiu o conselho e vestiu as roupas da Parábola. Desde esse dia, a Verdade e a Parábola passaram a andar sempre juntas e o povo gosta das duas.
Rabino Yakov Krantz (1740-1804), conhecido como “o Pregador de Dubno” (Dubner Maggid), Ucrânia.
in Jewish Preaching 1200-1800, Marc Saperstein, Yale University Press, 1989.
Há muitos, muitos anos, um homem foi ao campo roubar trigo e levou a filha com ele para que ela o ajudasse na tarefa. “Filha”, disse ele, “fica aqui na estrada de guarda para que ninguém me veja.” Mas assim que o homem começou a ceifar a filha gritou-lhe: “Pai, estão a ver-te.” O homem levantou a cabeça e olhou para a esquerda, mas como não viu ninguém continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a criança uma segunda vez. O homem levantou a cabeça e olhou para a direita, como nada viu continuou a ceifar. Passados mais uns minutos a menina gritou uma terceira vez: “Pai, estão a ver-te”. O homem olhou para a frente, mas não viu ninguém e continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a filha pela quarta vez. O homem olhou para trás e como não viu ninguém ficou irritado com a criança: “Então filha?! Dizes que me vêem mas eu já olhei em todas as direcções e não vejo ninguém.”
A filha encolheu os ombros: “Mas pai, estão a ver-te dali”, disse ela apontando para o céu.
Conto tradicional dos judeus da Tunísia, publicado pela primeira vez nos finais do século XIX pelo rabino Abba Shaul Haddad. Este conto é muito semelhante a uma outra história tradicional contada pelos judeus da Índia.
História oral tradicional dos judeus da Tunísia, recolhida pelos investigadores do Israel Folktale Archive, na Universidade de Haifa. Existem paralelos deste conto na tradição oral dos judeus da Europa Oriental, Turquia e Pérsia.
E disse o rabino de Apt a Deus:
“Senhor do Mundo, eu sei que não tenho virtude nem mérito para poder merecer, depois da minha morte, entrar no paraíso ao lado dos justos. Mas, se porventura pensas colocar-me no inferno entre os pecadores, lembra-te que não me dou bem com eles. Por isso te suplico que os tires a todos do inferno, para que me possas lá pôr.”
Rabi Avraham Yehoshua Heschel, Apt (Rússia, século XVIII)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.
Rabino Zusya de Anapol (Polónia, século XVIII)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.
1Palavra hebraica, literalmente significa O Nome, sinónimo de Deus no judaísmo.
Dedicado à memória de Simon Wiesenthal (1908-2005), um Homem que viveu além do seu próprio destino.
Jogo de Damas
Rabino Nahum de Stepinesht (Ucrânia, século XIX)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.
Numa terra distante, há muitos anos, um rei mandou construir o mais belo palácio de que havia memória. Quando ficou pronto, o rei quis decorar as paredes dos salões com pinturas das paisagens do seu reino. Havia naquele tempo e naquelas paragens dois pintores famosos muito apreciados pelo seu talento. Sem saber como escolher entre os dois, o rei chamou-os a ambos e desafiou-os a pintar cada um uma parede de um dos imensos corredores do palácio. Entre eles, o rei mandou colocar uma pesada cortina, que os impedia de ver o trabalho do outro.
Aos dois disse o rei: “Têm três meses para pintar uma paisagem na parede. Nessa altura escolherei a pintura que mais gostar; o seu autor será convidado para decorar o resto das paredes do palácio e receberá uma sacola cheia de ouro e jóias.”
Um dos artistas, talentoso e trabalhador, tinha tudo preparado e começou de imediato a pintar. Praticamente não dormia e pouco comia dos manjares que os criados do rei lhe traziam. A pintura ocupava todos os seus pensamentos e gestos.
O outro era bastante preguiçoso. Todos os dias acordava tarde e passava o resto do dia refastelado, bebendo dos melhores vinhos das adegas do rei e comendo o que de melhor lhe serviam. Tudo sem levantar o pincel uma única vez. Quando ouvia o colega trabalhar, ria desabridamente: “Que tolo, está no palácio e nem sabe gozar o luxo”, dizia ele entredentes.
Os dias e meses foram passando. Um pintava dia e noite. O outro nada fazia. Até que faltaram apenas três dias para que terminasse o prazo dado pelo rei e o pintor preguiçoso acordou a meio da noite encharcado em suor: “Não fiz trabalho nenhum… o rei vai-me castigar com toda a certeza.” Aflito, o pintor não comeu nem dormiu. Dois dias passaram sem que ele conseguisse pensar num plano. Até que, finalmente, na véspera da chegada do rei, teve uma ideia. Pegou numa lata de óleo negro e pintou a parede inteira até que esta ficou brilhante como um espelho.
Na manhã seguinte o rei veio inspeccionar o trabalho dos dois pintores acompanhado por membros da corte. Virando-se para a primeira metade do corredor, o rei ficou maravilhado com o trabalho do pintor esforçado. Em cores vibrantes, o artista retratara fielmente a paisagem que envolvia o palácio. “Nunca vi nada tão perfeito. Aqueles pássaros, que beleza, quase que os oiço chilrear. E as flores… só lhes falta o aroma”, disse o rei, maravilhado.
Depois de alguns minutos passados na contemplação da pintura, o rei ordenou que fosse retirada a cortina, para que pudesse ver o que fizera o outro pintor. Para espanto de todos, a segunda parede era exactamente igual à primeira. Uma cópia perfeita, com todos os traços e pinceladas. Ali estavam as mesmas árvores, os mesmos pássaros chilreantes e os mesmos canteiros floridos. “Como é isto possível?”, interrogavam-se entre si os membros da corte.
Mas o rei não se deixara enganar com a mesma facilidade. Sem pensar duas vezes, o rei pegou na prometida sacola de ouro e jóias e colocou-a junto à parede verdadeiramente pintada. Outra sacola idêntica apareceu de pronto no outro lado, fazendo com que todos percebesse que se tratava de um simples reflexo.
Então o rei declarou solenemente: “Cada um de vós receberá o pagamento que merece. Vá, aproximem-se das vossas obras e que cada um recolha a recompensa posta ao lado da respectiva pintura.”
E assim foi.
Pequeno conto do rabino Nachman de Bratslav, Ucrânia, (1772-1810), publicado no livro Kokhavey Or (Estrelas de Luz), editado em Jerusalém, em 1896.
La historia se ha escrito con sangre. La mayoría de las guerras fueron libradas por territorios. Hoy en día, la ciencia, la creatividad y el conocimiento han reemplazado a la tierra como fuente de riqueza. La tierra puede ser conquistada. La ciencia, no.
La ciencia es global, no tiene fronteras. Los ejércitos no pueden conquistarla. Sin embargo, todavía, los terroristas sin ley extienden la violencia provocada por las diferencias ideológicas, las brechas sociales y el fanatismo puro. El nuevo milenio debe liberar al mundo del derramamiento de sangre, de la discriminación, del hambre, de la ignorancia, de las enfermedades.
La ciencia moderna puede ofrecer nuevas respuestas. En los próximos diez años habrá una explosión del conocimiento. El poder de la computación aumentó un millón de veces en los últimos 25 años. Los científicos se están aventurando dentro del cerebro. Sr. presidente de la Asamblea; hablo en nombre de un pueblo pequeño, y de una tierra pequeña. Supimos renacer a pesar del asesinato de un tercio de nuestro pueblo. La Shoá. Estábamos solos. Nuestra tierra fue atacada siete veces en 62 años. Otra vez más. Estábamos solos. Sin renunciar nunca a la esperanza, hemos desarrollado la ciencia. Encontramos que el futuro está en nuestras manos. Aprendimos que la gente puede enriquecer la tierra, tanto como la tierra puede alimentar al pueblo. Israel es el producto del espíritu humano pionero, no del capital financiero. A pesar de las guerras, hicimos la paz. Con Egipto y Jordania. La disputa territorial con el Líbano ha terminado y así lo reconoció la ONU. Nos fuimos de Gaza por nuestra propia iniciativa. Completamente.
Ahora estamos negociando con los palestinos para concretar la solución de dos Estados: un Estado judío, Israel; un Estado árabe-palestino. No hay otra alternativa pacífica. Y creo que lo conseguiremos. Estamos dispuestos a entrar en negociaciones directas con Siria.
Ahora mismo, Sr. presidente: estamos comprometidos con los objetivos de desarrollo del Milenio. Compartimos la responsabilidad de salvar al mundo de la guerra y del hambre. Sin paz, la pobreza seguirá existiendo. Sin comida, la paz no prevalecerá. Los estadistas tienen que movilizar el poder político para lograr la paz. Los científicos pueden lograr que la tierra produzca más alimentos. Hemos desarrollado una agricultura basada en la ciencia. Nuestros agricultores producen ocho veces más por hectárea en comparación con los primeros días del país.
La necesidad de agua se redujo a la mitad. Hemos empleado la desalinización, el reciclado, el riego electrónico y por goteo, y la bioingeniería para crear nuevas semillas y cultivos más ricos. Hace cinco décadas, un agricultor israelí producía alimentos para 15 personas. Hoy en día, produce para 120. La contribución del agricultor al PBI es igual que la de un ingeniero de alta tecnología. Para cultivar la tierra, hay que cultivar la educación y mejorar la salud. Por eso, introducimos la educación obligatoria y gratuita para todos, desde los cinco a los 18 años. Esto terminó con el analfabetismo y nos aportó la tasa más alta de científicos por kilómetro cuadrado del mundo. El sistema nacional de salud ofrece tratamiento de primera clase para todos los ciudadanos. Somos también uno de los pocos países del mundo que entró en el siglo XXI con más árboles de los que tenía cuando comenzó el siglo XX.
Sr. Presidente, estoy seguro que nuestro recorrido está disponible para todos. Nuestra experiencia se puede reproducir. Estamos dispuestos a compartir nuestra experiencia como ya lo hicimos con muchos países tanto en forma bilateral como a través de las agencias de la ONU. Nuestra convocatoria incluye también a los países que no mantienen relaciones diplomáticas con nosotros.
Sr. presidente, el otro día, el líder formal de Irán llamó a aniquilar a Israel, y a borrarlo del mapa del Medio Oriente. Creo que en el Medio Oriente hay lugar para todas las personas, todas las naciones, todas las religiones. Creemos que todas las personas fueron creadas a imagen de Dios y que hay un solo Dios que pide no odiar, no amenazar, no ostentar superioridad, y no matar. Israel continuará existiendo y anhelando la paz con sus vecinos. Hay suficiente espacio para la confraternidad en la región.
Señoras y señores: en mi juventud fui miembro de un kibutz, y cultivaba la empobrecida tierra. Tenía, como todos los miembros, dos camisas y dos pares de pantalones. Había un tercer par de pantalones: hecho de franela. Estaba reservado solamente para los novios. Tuve la suerte de usarlos durante dos días completos durante mi boda. El plato principal en el kibutz era berenjenas. Había carne una vez por semana, pero no todas las semanas. No había ahorro privado y poco dinero colectivo. Éramos pobres y felices. La clase de felicidad que uno siente cuando está convirtiendo el desierto en un jardín. Hoy en día, el kibutz tiene una agricultura floreciente y una casa de huéspedes rentable. La comida es abundante. En el kibutz, en la escasez, aprendí a respetar a los pioneros, y desarrollé una afinidad con las mentes creativas y las manos laboriosas. En realidad, mi sueño inicial era ver el mundo como un gran kibutz. Libre, pacífico y productivo.
Sr. presidente; convoco a esta asamblea para hacer frente a dos retos candentes. En primer lugar, aprovechar la ciencia y la tecnología para aumentar la producción de alimentos. Y en segundo lugar, debemos unirnos contra el terrorismo. Un mundo con hambre nunca será pacífico. Un mundo aterrorizado nunca será gobernable.
Debemos unirnos en torno a una esperanza común. La cuna de nuestros hijos será la cuna de nuestra visión
fonte: http://www.aurora-israel.co.il/articulos/israel/Oriente_Medio/32066/
CALENDÁRIO JUDAICO - FESTIVAIS - Leonardo Ferreira do site Cultura Hebraica
Otro rabino detenido en el caso del “libro racista”
La policía arrestó hoy jueves al rabino Yosef Elitzur (foto), del asentamiento de Itziar, bajo sospecha de incitación al racismo y la violencia, y la posesión de una publicación racista.
Su detención forma parte de una investigación ya existente sobre el controvertido libro del rabino Itzjak Shapira, "Torat Hamelej", que presenta una perspectiva de la halajá acerca de la violencia contra no-judíos.
El rabino Elitzur Hershkovitz, anteriormente detenido, debía ser llevado al Tribunal de Rishon Letzion para una audiencia, hoy jueves.
Decenas de rabinos, educadores, personalidades y activistas de derecha, asistieron el miércoles a un acto en apoyo de los rabinos Dov Lior y Yaakov Yosef, que se negaron a presentarse a un interrogatorio policial acerca de su aprobación y promoción del libro.
Los dos, junto con otros rabinos y el autor del libro, el rabino Itzhak Shapira, están siendo investigados bajo sospecha de incitación a la violencia.
El rabino Shapira, quien fue detenido a principios de mes, escribió en su libro: "Cuando nos encontramos con un gentil que ha violado las Siete Leyes de Noé y se lo mata en preocupación por la defensa de los siete preceptos, no se ha violado la prohibición alguna".
Según el rabino, "en cualquier lugar donde la presencia de un gentil representa una amenaza para Israel, está permitido matarlo, incluso si se trata de un gentil justo, que no es responsable de la situación de amenaza"
http://www.free-judaism.org/76682/free-judaism-english-articles
Después de un debate de varias horas, el gobierno aprobó este domingo una indefensible resolución en virtud de la cual varios cientos de niños hijos de trabajadores extranjeros serán autorizados a permanecer en el país y otros varios cientos serán expulsados.
No tiene mucho sentido analizar en detalle la resolución ni comentar como votaron algunos ministros, algunos de ellos contrariamente a sus posiciones anteriores y otros para salvar -por lo menos así dicen- parte de los niños bajo amenaza de expulsión. Toda la resolución es condenable y proyecta una imagen del país, sus instituciones y gobernantes que se suma a otras cosas que están ocurriendo para engendrar un cuadro que llevó a uno de los ministros, Biniamín Ben Eliezer, a exclamar en la reunión que el Israel que expulsa 400 niños “no es el Estado judío que yo conozco”.
El primer ministro Netaniahu defendió la resolución, que considera balanceada y fundada en dos consideraciones esenciales: una humanitaria y una sionista: “Buscamos el camino -dijo- para absorber... niños que crecieron y se educaron aquí como israelíes. Por otro lado, no queremos estimular que cientos de miles de emigrantes ilegales inunden el pais”.
Para el jefe del gobierno consideraciones humanitarias y sionismo son términos contrapuestos, si es que he traducido fielmente su opinión, así como la presenta la prensa. Como era de esperar, el ministro del Interior, el lider de Shas, Eli Ishai, en cuyas manos dejó el gobierno toda decisión con respecto a casos especiales, se opuso a la resolución. El es consecuente: no quiere no judíos en el país.
Claro que se puede sostener que la culpa de todo la tiene el vacío constitucional y la falta de una ley de migraciones apropiada. Israel maneja sus instituciones en función de la norma que acuerda la ciudadanía del país, en principio, a descendientes de israelíes y no, como en la mayor parte de los países de Occidente, a las personas que nacieron en su territorio. Hay otros países que se gobiernan con este criterio, que deja afuera a una persona nacida aquí, educada aquí, cuyo idioma -a veces único- es el hebreo, y que nunca ha vivido en otra parte. Que no se trate de un caso único, no ayuda a aceptar ciegamente el modelo basado en el “jus sanguinis”, la ley de la sangre, opuesta al “jus soli”, la ley del lugar, que rige en paises como la Argentina, Estados Unidos, toda América y buena parte de Europa.
Pero, sistema legal aparte, cualquiera que sea el que un país adopta, es posible aplicarlo en forma humanitaria. La resolución del gobierno fija criterios distintivos entre niños que nacieron aquí y no tienen otro país; admite a varios cientos y rechaza a otros cientos. No es, pues, una decisión humanitaria. Tampoco es una decisión sionista, a pesar de la retórica de Netaniahu, imposible de despojar de ingredientes oportunistas, coalicionistas y discriminatorios.
Sionismo no es lo que Ishai entiende por tal. El sionismo, como filosofía política, así como la acunaron los portavoces más serios del movimiento, nunca concibió un estado monolítico. El Estado del pueblo judío no es y no puede ser un estado solo de judíos.
Esto no significa poner en duda el derecho de la nación de determinar su política migratoria, siempre que ésta no viole derechos humanos básicos. Un país puede abrir sus puertas en forma más o menos amplia conforme a sus necesidades, su historia y la concepción de vida de la mayoría de su población.
Puede fijar preferencias, por razones culturales, idiomáticas, económicas y otras. Lo que no puede, porque lo prohiben pactos suscritos por la mayoría de los países, es discriminar contra una nacionalidad, un grupo étnico o religioso determinado. Israel tiene la Ley del Retorno, que crea un privilegio inmigratorio para judíos y sus parientes, y ello es totalmente legítimo, porque el Estado surgió precisamente para absorber a los judíos que necesitan o quieren inmigrar al mismo. Quienes arguyen que la Ley del Retorno es racista, no la entienden o no saben bien lo que racismo significa.
Un país puede dar preferencia a inmigrantes que se ocupan de agricultura, por ejemplo. Puede preferir a otros que hablan el idioma del país. Puede, en el otro extremo, cerrar la inmigracion por completo, por un tiempo determinado o no. Lo que no puede hacer es abrir ampliamente sus puertas a gente que viene a buscar trabajo y permanece aquí durante años, creando familias con hijos que no conocen otra patria, y luego expulsar a esos hijos.
Un país puede ser muy estricto en la distinción entre inmigrantes legales y los que no lo son, e impedir que estos -o los que se tornan tales- permanezcan en su territorio una vez expirado el plazo acordado. Pero no puede arbitrariamente tolerar presencias ilegales y castigar a los niños que nacieron y se educaron en el período de tolerancia.
Lo que a todas luces Israel no puede permitirse es invocar el sionismo para expulsar cientos de niños. Ni siquiera la conocida elocuencia retórica de Netaniahu puede ser utilizada para justificar un acto inhumano en nombre del sionismo. Bastante se usurpa el termino “sionismo” para defender toda clase de abusos. Agregarle ahora otro, como lo hace Netaniahu, es dañino para los intereses del país y el buen nombre del sionismo, ya bastante castigado.
En esta columna, trato de evitar poner etiquetas a las personas y a los actos de políticos y agrupaciones, cosa que no siempre es fácil. En el caso de la medida que comentamos es muy difícil abstenerse de usar términos como “racismo” y “xenofobia” para describir las implicaciones de la resolución tomada por el gobierno. No me refiero a actitudes que no sorprenden, pero sí a justificaciones que es preferible no se intenten.