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Imprensa em Portugal: prototipógrafos judeus

Imprensa em Portugal: prototipógrafos judeus

Mais de metade dos incunábulos impressos em Portugal foram compostos em hebraico. A protipografia judaica em Portugal, mais que um mero episódio de importância secundária, foi uma contribuição essencial para o avanço do país multicultural que Portugal era na época manuelina - pelo menos, até à criminosa expulsão dos judeus por Manuel I...

O Pentateuco impresso por Samuel Gacon em Faro, é, sem margem de dúvida, o primeiro incunábulo impresso em território português.

O Almanach perpetuum de Zacuto foi um dos quatro primeiros livros publicados em Portugal depois da invenção da imprensa e o primeiro no que respeita às Matemáticas. É um livro hoje raro, e por isso Joaquim Bensaúde fêz reproduzir em 1915 pela fotogravura um exemplar que existe na Biblioteca de Augsburg, na Alemanha, e a tradução em castelhano dos Cânones (regras para o seu uso), que existe na Biblioteca Pública de Évora.

A tipografia hebraica portuguesa teve as suas origens na Itália. António Ribeiro dos Santos escreveu na sua Memória sobre as Origens da Tipografia em Portugal no Século xv:

«Os primeiros Impressores que apparecêrão entre nós ... forão Judeos Estrangeiros, que vierão a Portugal de diversas partes de Itália. A pratica em que estavão os Judeus de multiplicarem os exemplares da Lei para uso de suas Synagogas, e dos mesmos particulares, fazia com que tambem se multiplicassem os impressores da Nação.»

A cultura judaica da Diáspora cultivava na produção de soberbos códices manuscritos a mesma qualidade estética que conhecemos dos scriptores nos mosteiros cristãos; existia portanto em Portugal uma magnífica base caligráfica para a prototipografia hebraica, o que pode explicar a qualidade da obra de Samuel Gacon e dos outros impressores judeus.

Em Faro, Lisboa e Leiria, foram impressos incunábulos em hebraico; em Lisboa existia, antes das oficinas tipográficas, um scriptorium hebraico com excelente produção de manuscritos.

Em 1495, durante o reinado de Manuel I, deu-se o fatal acontecimento que alterou a sociedade multi-cultural existente em Portugal: a expulsão dos judeus e o consequente desaparecimento das judiarias e dos seus habitantes, da vida intelectual hebraica. Deste modo, Portugal perdeu cerca de 10% da sua população, estimada em cerca de 1,5 milhões de habitantes.

http://tipografos.net/historia/prototipografos-judeus.html

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Kabbalah - A força interna da Bíblia

Kabbalah - A força interna da Bíblia - Rav Michael Laitman

Moisés, sob inspiração divina, escreveu o fundamento da Bíblia, foi encontrado pela filha do ex-governante egípcio, o Faraó, em uma manjedoura de papiro, nas margens do Nilo foi levantada na casa Faraó e como um príncipe, tinha acesso a tudo que alguém poderia querer. Até que um dia, decidiu embarcar na viagem que o levou a descobrir o mundo superior.
Ele descobriu que este não era um local físico na Terra, mas um mundo interior de sentimentos completamente novo e maravilhoso, inatingível pelos nossos cinco sentidos tradicionais.
Quando dizemos "um mundo", a imagem que provavelmente vem à mente é um grande espaço físico cheio de objetos, plantas, animais e pessoas. No entanto, o mundo superior é percebida através do interior do ser humano, onde um se conecta com as forças que impulsionam a realidade chamado de "nosso mundo", através dos nossos cinco sentidos. E no ponto mais alto do mundo superior, você descobre que todas essas forças estão ligados a um único, global superior força chamada "Alta Luz".

Palavras para descrever o mundo espiritual
A Bíblia é ainda hoje o mais famoso livro nunca foi escrito, embora tenha sido concebido para milhares de anos. O seu conteúdo real e objectivo reside na palavra Torah (em hebraico: OR) indicou que o livro é na verdade um manual para começar a sentir a Luz Superior de todo o mundo que Moisés descobriu.
Mas como no mundo espiritual não há palavras, a Torá deve usar termos terrenos para descrevê-lo. O que, talvez, as nossas palavras podem descrever o mundo em curso superior? Kabbalah explica que as forças espirituais governar e dirigir todos os acontecimentos do nosso mundo, de modo que cada uma das forças do mundo superior tem a sua própria representação e manifestação em nosso mundo. Essas forças são chamadas de "RAIZES" e suas manifestações no nosso mundo são chamados de "ramos". Portanto, a linguagem utilizada na Torá é chamada de "A Linguagem de ramos.
Isto é, quando Moisés queria descrever um fenômeno espiritual, chamado pelo seu ramo manifesta em nosso mundo. Por exemplo, usou a palavra "PEDRA" para descrever a força espiritual em nosso mundo se manifesta na forma de pedra. Assim, a palavra "pedra" não se refere à pedra que nós sabemos, mas às suas raízes espirituais.
Da mesma forma, cada palavra na Bíblia descreve acontecimentos do mundo superior. E quando a leitura, com isso em mente, podemos dar ao livro o autor pretendia usar: para servir como um guia para quem embarca no caminho de descoberta espiritual.

Quando as palavras perdem seu significado
Com o tempo, o verdadeiro significado cabalístico da Bíblia foi o esquecimento. Em vez de ser lido, a fim de entrar no mundo espiritual e chegar a sentir a Luz Superior, a forma popular de leitura, que era como a de outros livros que tratam de questões do nosso mundo, como o relacionamento entre as pessoas, ensinamentos morais, conselhos para encontrar e organizar os nossos assuntos mundanos, ou como se fosse simplesmente uma narrativa histórica. Essas interpretações do texto são incorretos, uma vez que o livro foi escrito na linguagem dos ramos, e é somente relacionado com o mundo superior.
No entanto, há evidências arqueológicas de que os eventos históricos descritos na Bíblia realmente aconteceu em nosso mundo. Dizem os cabalistas Algum destes eventos têm acontecido? Justamente o oposto: eles nos ajudam a entender por que tudo isso tinha que acontecer também em nosso mundo.
Portanto, todos os objetos e eventos no mundo originou e são conduzidos por suas raízes espirituais. Assim, cada objeto espiritual também deve se manifestar em nosso mundo. Ou seja, mesmo que a Bíblia descreve e refere-se apenas ao mundo superior, os eventos devem ocorrer também no plano da terra.

Ler corretamente a Torá
Ainda assim, os cabalistas considerados objetos espirituais e eventos em RAIZES, infinitamente mais importante do que as consequências do seu material. Eles explicam que um cabalista com a realização espiritual pendentes de Moisés, seria incapaz de escrever uma única palavra com o simples propósito de falar sobre a história ou a ética. Nós acreditamos que Moisés tinha um objetivo na vida: revelar o mundo superior para ajudar a humanidade a vê-lo como ele fez, atingindo o maior objetivo da nossa existência.
Daí a maneira correta de ler a Torá está ciente do fato de que cada palavra se refere a uma força espiritual que está no mundo superior. Em seguida, começa gradualmente a um contato com essas forças e percebê-los como fez Moisés no momento.
Aqueles que desenvolveram a capacidade de perceber o mundo superior são chamados de "cabalistas", e quando eles lêem a Torá não visualize os eventos históricos ou ensinamentos morais. No entanto, claramente visto como o espiritual nos força para governar a nós mesmos e tudo à nossa volta, e como tudo acabou por se juntar na faixa superior e infinita luz.

* O Michael Rav Laitman, mestre em cibernética "Ética, doutor em Filosofia e Kabbalah, um professor de ontologia e epistemologia. Ele é fundador e presidente do Bnei Baruch e Instituto IRA em Israel. Mais informações:
www.laitman.es,
www.kabbalah.info s
www.kab.tv / spa

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PURIM - Comunidade Shalom

Purim ( Fonte Comunidade Shalom)

"Os judeus estabeleceram e tomaram sobre si e sobre seus descendentes... que estes dias de Purim jamais prescreveriam entre os judeus, e que sua memória jamais se extinguiria entre seus descendentes... para que cumprissem os dias de Purim nas datas determinadas..." (Ester, 9:27-31).

Purim baseia-se na história relatada no livro de Ester.
Acadêmicos tiveram dificuldade em identificar o período e os personagens que fazem parte da narrativa, mas o povo judeu nunca discutiu sua autenticidade, e esta convicção sempre sustentou solidamente a comemoração da data ano após ano, milênio após milênio.


Enquanto Chanucá é um evento pós-bíblico nem sequer mencionado na Mishná, Purim tem suas raízes em um dos livros da Torá, e é tema de um tratado da Mishná e Talmud.

A grande popularidade de Purim pode ser explicada pela essência da história de Ester: a animosidade contra o judeu, uma questão que enfrentamos desde o início dos tempos.

"Existe um povo espalhado e disperso entre os demais povos..." (Ester 3:8)

As palavras discriminatórias de Haman têm sido repetidas de uma forma ou de outra em todas as eras. E celebrar Purim nos torna mais fortes, mais capazes para enfrentá-las com dignidade e coragem, alimentando a esperança de uma vitória definitiva sobre os inimigos.

O professor Kaplan elabora: "o desenvolvimento de um notável sistema de valores espirituais, verdadeira filosofia de vida, foi à resposta judaica às contingências inerentes à condição de minoria na diáspora. O sistema é notável não apenas por manter a coragem do judeu frente a situações desesperadoras, mas por seu valor intrínseco. Era esperado dos judeus que aceitassem viver como um povo subjugado. Era esperado que adotassem os padrões impostos pela maioria - se possível, de bom grado. Se não, apesar do ressentimento. Contrariando todas as probabilidades, eles formularam uma filosofia de vida capaz de prevenir a submissão". (" The meaning of God", page 363.)

O corolário da analise acima não é a fé ou a coragem com que enfrentamos o ódio, mas, sim, a consciência sobre a importância de nos mantermos como minoria, ainda que isto nos torne alvo dos inimigos. "Assim", diz o professor Kaplan, "é necessário e apropriado tornarmos o jejum de Purim e o Shabat especial que precede a data momentos de reavaliação das dificuldades que enfrentamos como '... um povo espalhado e disperso entre os demais povos'. É importante conhecermos a fundo tais dificuldades, para estarmos mais bem preparados. Os dias de Purim devem servir para compreendermos os desdobramentos dos valores espirituais que preservam nossa identidade, e os perigos que temos que vencer, se esperamos sobreviver enquanto minoria" (ibid, pp. 361-362).

Talvez seja por isso que os rabinos disseram que, mesmo quando todas as outras festas judaicas forem abolidas, Purim permanecerá (midrash mishle, 9:2).

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Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG

Shalom! Bem-vindo à Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG!

http://www.ufmg.br/nej/maaravi/index.html.


Data do final da década de 1960 uma fotografia do escritor argentino Jorge Luis Borges junto ao Kotel haMaaravi – o Muro Ocidental ou das Lamentações – em Jerusalém.

Suas mãos tateiam como se lesse, em braile, esse testemunho monumental da cultura e da tradição judaica. O muro, ruína do Templo, testemunhou séculos de história constituindo-se como um arquivo da memória judaica da dispersão. Diante desse muro, Borges parece um homem pequeno e frágil.
A fotografia, em preto e branco, sem data ou crédito, não é nítida. As seculares pedras da construção, justapostas, deixam ver os pequenos espaços que existem entre elas. Nas gretas e vãos que se formam, os fiéis inserem pequenos pedaços de papel com pedidos, orações, promessas. O poema "O muro das lamentações", de Iacov Cohen, com tradução inspirada, de Cecília Meireles, também ilumina essa metáfora:

Na alta colina há um velho muro de pé,
Todo cheio de fendas, de onde sai a erva grossa.
Mas sua força está íntegra,
No coração forte das pedras.

Diante desse velho muro há velhinhos curvados:
Inclinam-se, rezam, choram;
Contam seus lutos e redizem às pedras
Seu sofrimento ainda recente e vinte vezes secular.
E da extrema altura, sobre o muro arruinado
Nascem raios de sol dourados de piedade;
E o Deus que desce de onde descem essas luzes
Consola ao mesmo tempo os velhinhos e as pedras.1
Esse arquivo de pedras é um lugar de culto e de adoração. Os judeus ortodoxos, com seus trajes e chapéus negros, movimentam o corpo e movem seus lábios em orações diante dele. Os jovens soldados israelenses fazem ali seu voto de amor à pátria. Pais e filhos renovam, ano após ano, sua aliança com o Eterno. O Templo, que sobrevive metonimicamente nessa parede, é a casa do Messias, a promessa da construção do terceiro Templo e do corpo judaico que foi disperso nas diásporas e exílios.
Tal qual o Muro Ocidental, onde os textos são inseridos nas fendas, a Arquivo Maaravi – Revista Digital de Estudos Judaicos – espera acolher trabalhos de escritores e artistas que se dedicam aos Estudos Judaicos desde o Ocidente até o Oriente.
A proposta da revista, que passa pela concepção da tradição judaica com seu léxico, procedimentos e temas, como um arquivo aberto, ou como a Biblioteca de Borges, não é aqui concebido como o acúmulo de documentos inertes de um passado perdido ou como um testemunho petrificado de uma identidade perdida.
O arquivo da cultura judaica, que aqui tomamos através da metáfora do Kotel, espera lidar com o passado como estrelas próximas, ou muito longínquas, arcaicas até, que vêm até nós através de um certo rastro luminoso, ou, com o presente e o futuro, que podem se apresentar em todo o seu fulgor através de vestígios, como queria Walter Benjamin.
Entre a lembrança e o esquecimento, o arquivo judaico não poderá, assim, ser analisado, descrito ou reinventado a partir de uma obsessão milimétrica, mas a partir de fragmentos, regiões, níveis. Composto por diferentes obras, o arquivo judaico perpassa, onipresente, livros dispersos, delineando uma rede de textos que pertencem a uma tradição de autores que se conhecem ou se ignoram, estabelecendo conexões as mais inusitadas; autores que se criticam, invalidam-se uns aos outros, plagiam-se e, ao mesmo tempo, a despeito de suas vontades, reencontram-se, às vezes sem saber, no território de papel da literatura ou no campo plástico da arte.
Esses encontros, não só de palavras, mas também de discursos, imagens, criações artísticas e literárias, formam, em sua multiplicidade, um arquivo constituído de vozes, escolhas, recortes, bricolagens.
Abre-se, portanto, aqui, a Arquivo Maaravi para as leituras, análises, traduções e criações inscritas nos interstícios da tradição judaica.
A revista será editada semestralmente. Cada número trará um dossiê que será composto por artigos que deverão seguir as Normas Editoriais e enviados para o Conselho Editorial, que os avaliará para publicação.
Segue-se a programação dos primeiros 05 números (2007, 2008 e 2009) com seus respectivos dossiês:

Além do dossiê, haverá, na revista, sessões dedicadas à criação literária e artística, além de uma entrevista com escritores, artistas ou pesquisadores que se dediquem aos Estudos Judaicos.

Lyslei Nascimento
5767/2007

1. COHEN, Iacov. O muro das lamentações. In: Poesia de Israel. Trad. Cecília Meireles. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962. p. 33.
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"Brasil de todos os Deuses" IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

"Brasil de todos os Deuses"

Uma terra abençoada! É um Brasil que nasce de homens bem-aventurados, de uma história de dores e de alegrias, que gera um povo miscigenado, criativo e crente no que se tem de mais valor: o poder dos deuses. Seres iluminados, supremos, espirituais ou materiais, sagrados ou profanos, divinos de um Brasil de todos os Deuses. 

Brilha! A Coroa da Imperatriz Leopoldinense às coroas das divindades... Despertamos da imensidão do nosso Brasil, do "realismo mágico" do Reino de Tupã à nossa criação. 

Povoado pelo consciente imaginário dos índios brasileiros - os donos da terra; ressoam das matas cantos, louvores, ritos, rancores, paixão e fé. No enredo do meu samba, Tupã é um Deus, genuinamente, "brasileiro". Ele é a força divina, como no mito guarani da criação, que desce à terra personificado em um manto de luz e cor e cultuado como Deus do Carnaval. É Tupã que une e apresenta os elementos constitutivos das religiões brasileiras e o fenômeno religioso universal do Homem, que crê em Deus, em Olorum, em El, em Alá, em Maomé, em Jeová, em Buda, em Brahma, ou seja, em um Ser Superior. 

Tupã, de seu trono, tudo vê. No século XVI, treze caravelas de origem portuguesa aportam em terras brasileiras. À primeira vista, tais navegadores, cumprindo um contrato religioso, acreditam tratar-se de um grande monte e chamam-no de Monte Pascoal. Realizam, em 26 de abril de 1500, a primeira missa no Brasil. Desde então, as atitudes e imposições dos homens brancos aos filhos de Tupã, e até mesmo aos negros africanos que, posteriormente, viriam para além-mar na condição de escravos, cultuou-se o cristianismo. A cruz marca o testemunho de fé desses navegadores portugueses, que reconhecem Cristo como "Deus Homem" ou como a encarnação de Deus. 

Assim, a fé cristã é difundida, chegam as catequeses e a lavoura e, com elas, a exploração do Novo Mundo, desvendado por Seu Cabral. 

O sopro forte de Tupã vai nos mostrando a nossa formação. Criam-se doutrinas, estórias, mitos e lendas. Sob a inviolável fé cristã, vindos da África Ocidental, os negros africanos trazem, além da dor da escravidão, suas crenças, suas divindades, suas lembranças... de um ritual chamado N?Golo, praticado nas aldeias do sul de Angola, à época do rito da puberdade - que representava a passagem de moça para a condição de mulher. Também aporta, com os negros africanos, o culto aos Orixás - que atuam como intermediários entre o mundo terrestre e o Deus Negro - chamado Olorum ou Olodumaré, o Princípio Criador. 

O Brasil transcende a um princípio de unidade geral: negros, índios e europeus ganham um só corpo, viram uma só gente, abençoada pelos "deuses brasileiros". É o despertar poético de uma ardente nação, uma nação, que perante os olhos de Tupã, vê navegar sobre seus mares, navios a vapor trazendo homens, mulheres, velhos e crianças (1870-1930) à nova terra. 

A viagem marca para sempre a vida dos imigrantes europeus, asiáticos, indianos, americanos, entre outros. Partir assinala o encerramento da origem da sua existência, sublinhado pelo traço genérico comum de ansiedade, estranheza, expectativa da chegada e a reconstrução de uma nova vida em outro país. Até que o processo de imigração viesse a se concretizar, fatos como a visão etnocêntrica (dos nacionais) e a autopercepção do imigrante como estrangeiro contribuíram para reforçar os laços de grupo, os laços familiares e, sobretudo, os laços religiosos. 

As tradições religiosas dos imigrantes no Brasil fundiram-se a nossa brasilidade. Dos bairros étnicos, judeus, árabes, ortodoxos, japoneses budistas ou xintoístas, alemães protestantes, e até indianos hare krishnas, com suas formas de linguagens, expressões diretas e atuantes, preservam seus mistérios e cultuam seus deuses... 

Do Judaísmo: "um velho pastor, cansado da fome e da seca, certa vez ouviu uma voz a dizer: Parte da tua terra. Era o Senhor, que propôs guiar aquele homem até um lugar abençoado, onde água e comida nunca faltariam. Em troca, ele deveria adorá-Lo como o único Deus e espalhar pelo mundo uma mensagem de justiça. A proposta era arriscada numa época em que reis exploravam o trabalho de camponeses, invasores ameaçavam cidades-estado e os povos, em busca de proteção, veneravam várias divindades. Mesmo assim, o pastor aceitou o acordo. E foi recompensado por isso. Seu nome era Abraão. Ele sobreviveu a guerras, catástrofes naturais, perseguições. E seus descendentes foram guiados numa longa jornada rumo a Canaã - a Terra Prometida" (Revista Superinteressante, março 2009). 

A narrativa da aliança entre Deus e Abraão é uma das mais conhecidas da tradição judaico-cristã e, embora nunca tenha sido confirmada historicamente, pode explicar como surgiu a primeira grande religião monoteísta, o Judaísmo. 

Do Budismo: a essência do pensamento budista focado nas Quatro Nobres Verdades: 

1º dor (a vida é cheia de dor);
2º a origem da dor (a dor provém do desejo de experiências sensoriais);
3º sobre a superação da dor (atingir o estágio de nirvana); e 
4º o caminho que leva à superação do desejo (o desejo apaga-se quando se segue o "Meio-Caminho", o sagrado caminho das regras da vida): a pureza da fé; da vontade; da ação; dos meios de existência; da atenção; da memória; e da meditação. 

Uma filosofia espiritualista de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo. 

Do Islamismo: a religião que mais cresce no mundo contemporâneo nasceu na Península Arábica a partir da reflexão de Maomé em torno da multiplicidade de deuses existentes nas tribos da própria península, assim como das religiões petrificadas e presas no formalismo ritualístico, sem a vivificação espiritual desejada e desejável, como o cristianismo ortodoxo grego, o cristianismo romano e o judaísmo. 

Nos treze séculos que se passaram de sua gênese, a religião congrega hoje mais de 800 milhões de adeptos, unidos pelo sentimento profundo de pertencimento a uma só comunidade. E essa expansão, que continua, é, principalmente, em virtude de um espírito de universalidade que transcende qualquer distinção de raça e permite a cada povo se integrar no Islã, mas, ao mesmo tempo, conservar sua cultura própria. 

Do Hinduísmo: uma intersecção de valores, filosofias e crenças, derivadas de diferentes povos e culturas. 

Tem sua origem pelo ano de 1500 a.C. Nasceu a partir dos elementos religiosos dos vencedores (arianos) e vencidos (os autóctones). Provém da experiência humana. Consiste na investigação das profundezas da alma, na reflexão sobre si mesmo, da preocupação em não deixar escapar nada de experiência. 

O credo fundamental do Hinduísmo é o da existência de um espírito Universal chamado Brahma (alma do mundo). Essa alma do mundo, também chamada de Trimurti, o Deus Trino e Uno, tem esse nome porque acreditavam que ela era: 1. Brahma, o Criador; 2. Vishnu (Krishna), o Conservador; 3. Shiva, o Destruidor. 

A religião hindu acredita ainda em muitos deuses. Existem cerca de 33 milhões de deuses. Os sacerdotes hindus afirmam que são apenas representações de diferentes atributos de Brahma ou nomes do mesmo Deus. 

No destino imaginário da humanidade celebram a vida e percorrem o caminho da verdade. Todos de braços dados e peito aberto em um convívio fraterno, sem ódio nem rancor, da passarela do samba mostram pro mundo que a união entre as crenças é um ato de amor... 

Entre o sagrado e o profano, Brasil de todos os Deuses é a devoção de cada religião, é a celebração das festas religiosas. Da Festa do Divino, que tem origem nas comemorações portuguesas a partir do século XIV e que no Brasil é marcada pela esperança de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e boa colheita. Do Reisado, da festa do negro que se faz no Congado, da Cavalhada - a histórica batalha entre cristãos e mouros, das romarias e dos beatos e sua peregrinação pelos caminhos da fé. 

De um Brasil que vive em harmonia, onde deus paga, onde deus cria e convive com o povo brasileiro no seu dia-a-dia:

Deus lhe pague!
Deus lhe abençoe!
Deus é o vosso Pai,
Deus é o vosso guia... 

Vai com Deus!
Deus é amor.
Graças a Deus!
Deus é meu pastor.

O encanto toma conta do espírito de Tupã que abençoa o Brasil como o templo da união de todas as crenças. Das matas indígenas ao cristianismo, dos cultos afros às manifestações religiosas, dos imigrantes, da festa da fé ao povo brasileiro. A Imperatriz Leopoldinense é o templo do Brasil, é o Brasil de todos os Deuses - um poema épico, erguido ao longo da nossa história, que pede passagem para contar em "canto e oração" a ação sociocultural de todas as religiões nesse encontro mágico e poético chamado Carnaval. 


Carnavalesco: Max Lopes
Pesquisa e Texto: Marcos Roza

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Gramática Hebraica (Bíblica e Moderna)

Gramática Hebraica (Bíblica e Moderna)

Gramática Hebraica (Bíblica e Moderna)

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LANÇAMENTO DO LIVRO - JUDAÍSMO PARA TODOS - BERNARDO SORJ

Bernardo Sorj é  diretor do  Centro Edelstein de Pesquisas Socais e professor titular de Sociologia da  Universidade Federal do  Rio de Janeiro.  Foi  professor visitante em varias universidades européias e dos Estados Unidos, ocupando entre outras posições as cátedras   Sérgio Buarque de Holanda da    Maison des Sciences de L’Homme e    Simón Bolívar do  IHEAL/París.  Autor de 23 livros publicados em  varias línguas, sobre temas de teoria social, América Latina, democracia e  judaísmo. Entre os livros mais recentes se incluem: O Desafío Latinoamericano (com Danilo Martuccelli, Civilização Brasileira, 2008),  Information Societies and Digital Divides: an Introduction, ( Polimetrica, 2007),  Internet na favela, com (L. E. Guedes,  Unesco, 2005), A Democracia Inesperada, (Jorge Zahar, 2004) e A construção intelectual do Brasil contemporâneo, Jorge Zahar, 2001 e Judaismo para o Seculo XXI (com Nilton Bonder, Jorge Zahar, 2001).

 

O que é ser Judeu? O Judaísmo está relacionado necessariamente com crenças religiosas? Este livro mostra que o Judaísmo é pluralista e que a maioria dos pensadores judeus e dos movimentos sociais judaicos moderno definiram  seu Judaísmo sem referencia á  crença em Deus e seus mandamentos.

 

O leitor é apresentado a uma visão da história judaica onde o Judaísmo permanentemente se adapta à sociedade e incorpora novos valores. Em lugar de uma forma natural e definitiva de ser Judeu, existem sucessivos modelos de Judaísmo. Nas sociedades democráticas contemporâneas, baseadas na liberdade individual e na autonomia pessoal de decidir o que é certo ou errado, a questão, segundo Bernardo Sorj, não é o que é o Judaísmo, mas sim escolher o Judeu que se quer ser.

 

Uma grande porção dos judeus não se filia a correntes religiosas e são céticos sobre a existência de Deus. Muitos até mesmo se sentem alienados do Judaísmo que é percebido como sendo paroquial. Por quê? O autor argumenta que isto é o resultado do apelo decrescente dos movimentos judaicos não-religiosos, como o Sionismo ou o Bund, que renovaram o Judaísmo no século 20.

 

O livro Judaísmo para Todos argumenta que o Judaísmo humanista e secular pode oferecer raízes sem ser sufocante, pode criar comunidades sem ser exclusivo, pode recordar o holocausto e as perseguições aos Judeus sem associá-los a sentimentos de isolamento, pode apoiar o Estado de Israel sem negar o valor e a autonomia da vida na Diáspora e pode  transformar a identidade judaica em uma fonte de orgulho e, ao mesmo tempo, reconhecer a dignidade e o valor de cada ser humano e de cada cultura.

 

Este livro  o é um esforço de atualizar o judaísmo secular e humanista, que nos tempos modernos  orientou os maiores pensadores, cientistas, artistas e ativistas judeus, de Freud a Einstein, de Spinoza a Hanna Arendt,  de Modigliani a Chagall, de Kafka a Roth.  Judeus que não invocavam livros sagrados ou mandamentos divinos para afirmar uma identidade judaica, que se nutriam  da história e da cultura judia, de seus dramas psíquicos e existenciais, de laços particulares de solidariedade quando judeus são perseguidos, como de revolta quando judeus agem sem sensibilidade frente ao sofrimento dos outros.

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WebMosaica

O Instituto Cultural Judaico Marc Chagall, com apoio e parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, esta lançando o seu   segundo numero da WebMosaica. ela pode ser acessada gratuitamente, pelo site  www.seer.ufrgs.br/webmosaica

 

Imagem de capa da revista

Neste segundo número tem como destaque  o dossiê Scholem Aleichem e o humor judaico.

 


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CONTOS JUDAICO - MORASHA

CRÔNICAS E CONTOS JUDAICOS - REVISTA MORASHA
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Acredite, milagres existem

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Era uma noite gelada de inverno em um orfanato na Polônia, logo após a segunda Guerra Mundial. Crianças de todas as idades estavam em volta de uma chanuquiá e cantavam em iídishe. todas menos uma, rosa, que tinha 5 anos e falava apenas polonês. não sabia onde nascera nem de que família vinha.

Reencontro

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Miami, Los Angeles e Nova York são as três cidades dos Estados Unidos para onde aflui o maior número de judeus, tanto como turistas quanto como imigrantes. Pittsburgh, na Pensilvânia, por outro lado, nunca deu provas de ser um destino importante para os israelenses e o hebraico certamente não é a língua franca de judeus lá enraizados. Por isso, Eric Blaustein afiou seus ouvidos, em setembro de 2000, véspera de Rosh Hashaná, quando ouviu o hebraico, perto de sua sinagoga, em Monte Líbano, um subúrbio de Pittsburgh.

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A CHAMA DESVANECIDA

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Era a primeira noite de Chanucá. Do lado de fora, uma tempestade de neve assolava a região, mas no interior da casa havia tranqüilidade e calor. O Rebe, Rabino Baruch de Mezhibuz, neto do Baal Shem Tov, estava parado diante da chanuquiá, rodeado por um grupo de seus chassidim.


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YOM KIPUR

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As capoeiras de frangos começavam a chegar com um mês de antecedência. As aves iriam crescer, engoradar, para serem sacrificadas todas de uma vez em Yom Kipur.


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MILAGRE EM OHIO

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Há algumas décadas, Lilian Miller era uma jovem ativa, espirituosa e corajosa, que adorava dirigir seu carro por longos percursos, não se cansava facilmente e apreciava qualquer oportunidade de realizar uma boa ação.


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DAVID E GOLIAS

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O rei chamava-se Saul. Era muito belo, de estatura incomum, muito mais alto do que todos os homens de Israel. Seu corpo rígido, vigoroso. No entanto, apesar de forte, sofria periodicamente de uns ataques atribuídos à aproximação de maus espíritos, tornando-se terrivelmente irritado.

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MILAGRE DE CHANUCÁ NA ALEMANHA NAZISTA

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Era 25 de dezembro de 1938 – um dia de celebrações ao redor do mundo. Para muitos era Natal, para outros, Chanucá, a Festa dos Milagres, a Festa das Luzes.


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AS AVENTURAS DE JONAS

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Era uma vez um homem chamado Jonas. Era simples, bom, e sua melhor distração era passar horas no campo admirando as maravilhas da natureza. Gostava sobretudo de olhar para o céu azul e ver nas brancas nuvens diferentes figuras. Tudo lhe parecia belo,


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MAIS LONGE DO QUE O PARAÍSO

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Toda sexta-feira, durante o mês de Elul, o rabino de Nemirov desaparecia. Ninguém conhecia o seu destino. Onde o rabino poderia estar? No paraíso, sem dúvida, pedindo a D’us que trouxesse a paz no Ano Novo, acreditava a população da pequena cidade.


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A ROSA DO GUETO

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“Esta é a história de uma rosa que um tirano condenou a morrer por mil anos. Os tiranos passam, as rosas ficam. Mas é preciso repetir a história por mil anos, para que as rosas não passem e os tiranos não fiquem”


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TUDO PELOS MEUS FILHOS

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Primeiro vieram os tiros, depois os gritos estridentes e, finalmente, o silêncio da morte. Mais tarde, entre cochichos na barraca das mulheres, descobriu-se que se tratava de uma tentativa de fuga de alguns prisioneiros do campo.


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O PRATO DE YAKOVLEV

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No final do século XVIII, Yakovlev, um dos melhores ourives da Europa Oriental, vivia em Cracow. Especializado em trabalhar a prata, produzia verdadeiras obras de arte. Suas peças eram inconfundíveis e tão apreciadas, que ainda que o dia tivesse 48 horas, mesmo assim ele não conseguiria produzir o suficiente para satisfazer todos os pedidos que recebia.


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MILAGRE EM LYON


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 decreto de 1 de setembro de 1941 obrigava os judeus a usar a estrela de David, na França

Não faz tanto tempo assim. Era 1940, logo após a França ter sido invadida pelos nazistas, quando ocorreu um verdadeiro milagre. No outono europeu de 1940, vários meses após ter a França sido mais um dos países europeus a cair em mãos dos nazistas, uma pequena congregação de judeus preparava-se para receber o Shabat.


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DIA APÓS DIA

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Há muitos anos, na Pérsia, havia um rei chamado Abbas. Era conhecido como um homem honesto e justo. Toda noite ele vagava pelas ruas da cidade, disfarçado, para assim conhecer melhor os seus súditos.


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AMIGO DO RABINO

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Esta é uma história que deve ser somada ao vasto repertório da vida cultural judaica, tão rica de casos e crônicas que vieram somando-se através dos anos, para se constituírem em uma vasta fonte de informações de outras eras.

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NOTÁVEIS COINCIDÊNCIAS

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Notáveis coincidências sobre o calor humano e devoção.


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O CAJADO DE MOISÉS

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Vários anos haviam se passado desde o dia em que Bátia, a filha do Faraó, salvara do rio Nilo o pequeno Moisés. A criança tornara-se um belo rapaz, culto, um príncipe do Egito amado pelo próprio Faraó. Apesar do luxo e conforto no qual vivia, o jovem ...


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O PODER DA LUZ

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Durante a Segunda Guerra Mundial, depois que os nazistas bombardearam várias vezes o Gueto de Varsóvia, na Polônia, Rebecca, de 13 anos, e David, de 14, haviam-se escondido em meios aos destroços.


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COINCIDÊNCIA EXTRAORDINÁRIA

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Joey Ricklis nasceu e cresceu em uma família abastada, em Cleveland, Ohio. Estudou nas melhores escolas e usufruiu de todas as vantagens e confortos que o dinheiro pode garantir. Entretanto...


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O AZUL CELESTE DE TALIT

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Há muito tempo atrás, havia um reino no qual reinava a mesma dinastia há mais de dez séculos. A cada coroação, o novo rei vestia uma capa especial, a mesma que havia pertencido ao fundador da dinastia. Era feita de uma seda muito fina, tingida de um azul único, um azul celeste que não existia igual.

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  • Omar Hammami: o garoto popular nos EUA que virou terrorista: O jornal americano The New York Times traz nesta sexta-feira (29) uma história surpreendente sobre um homem chamado Omar Hammami. Nascido em 1984 nos Estados Unidos, filho de um sírio e uma americana, Omar teve uma vida comum a muitos garotos americanos até o último ano do colégio: era popular na escola, tirava boas notas, gostava de jogar vídeo-games e namorava uma das garotas mais populares da escola. A vida de Omar começou a mudar após a terceira visita que ele fez à Síria, terra natal do pai. De volta para casa, vivendo em uma comunidade cristã no sul dos EUA, ele decidiu se tornar muçulmano e passou a tentar converter os colegas. Na faculdade, Omar seguiu o mesmo caminho, e se tornou um personagem polêmico por defender o terrorista saudita Osama bin Laden e agir de forma hostil com uma professora judia. Omar, então, passou a ouvir os sermões de um pregador americano muçulmano que condenava os atos de terrorismo, mas logo mudou de opinião e passou a simpatizar com o terrorismo. O garoto então abandonou a faculdade, se mudou para o Egito e, de lá, para a Somália. Hoje, Omar é um dos principais líderes do Al-Shabab (a juventude, na tradução literal), um grupo terrorista ligado à Al-Qaeda que luta contra o fraco governo local para estabelecer um Estado islâmico no país. >>> Leia mais, clique Confira a reportagem (em inglês) na íntegra:


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Tu Bishvat - En torno a un árbol
Desde Israel
   
Escrito por Alberto Mazor   

"Ya que el hombre es como el árbol del campo..." (Dvarim; 20-19) 

Nuestros sabios antepasados nos enseňaron que si regresamos a la cordura, el árbol no morirá jamás. Y mientras viva el árbol vivirá el pueblo.
 

Cuenta el Midrash que Dios plantó un árbol para que todos los hombres de la tierra se junten bajo su sombra. Era allí donde la gente debía encontrar su lugar de consuelo, su sabiduría y su seguridad.

Las raíces del árbol se extendían y penetraban en la Madre Tierra; sus ramas se alzaban como manos que enviaban plegarias al cielo. Su frutos eran esas cosas buenas que el Creador había otorgado a su pueblo: el amor, la responsabilidad, el interés por el prójimo, la generosidad, la paciencia, la sabiduría, la equidad, el coraje, la justicia, el respeto, la humildad, la fé y todos los demás dones valiosos.

Nuestros sabios antepasados nos fueron enseňando que la vida del árbol era la vida del pueblo. Si éste se apartaba mucho de la seguridad del mismo, si olvidaba comer de sus frutos, o si se volvía contra él y trataba de destruirlo, un profundo sentimiento, mezcla de tristeza, congoja y soledad, se apoderaba de la gente.

Muchos se afligían. El pueblo, casi en su totalidad, perdía su poder de accionar, dejaba de soňar y de anhelar; empezaba a discutir por trivialidades, ya no quería, ni podía, decir la verdad, ni ser honestos los unos con los otros.

Se olvidaba de como vivir mejor en su propia tierra. Su vida se llenaba de ira; poco a poco, se envenenaba a sí mismo y a todo lo que lo rodeaba.

Mucho tiempo antes de nuestras triunfadoras conquistas, del individualismo pleno y de la apatía hacia el prójimo, mucho antes de que nuestros actuales falsos mesías destruyan sistemáticamente olivares ajenos - a pesar de que la Halajá lo prohiba estríctamente -, aquellos sabios, que nos precedieron, advirtieron seriamente de que ésto, alguna vez, podría suceder. Pero también nos enseňaron que si regresáramos a la cordura, el árbol no moriría jamás. Y mientras viviera el árbol viviría el pueblo.

Dijeron que llegaría el día en que el pueblo despertaría de nuevo, como de un largo y desagradable sueňo producido por algunas de las drogas más temibles: la injusticia, el desprecio al prójimo, la corrupción y la indiferencia. Sólo entonces empezaría nuevamente a buscar al árbol. Al principio su búsqueda sería temerosa, dubitativa, cautelosa, pero, poco a poco, entendería cuán importante es su misión.

El lugar del árbol y sus frutos se han cuidado y preservado con esmero en las mentes y los corazones sabios de nuestros profetas; sus mensajes continuarán guiando a cualquiera que busque, honesta y sinceramente, el camino que conduce a su sombra protectora y a los frutos de la tolerancia y la cordura.

¡Jag Sameaj!

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UFRJ EM ISRAEL SAIU NO JORNAL DOS KIBUTZIM

מאוניברסיטת ריו דה ז'אניירו לחולית

 

100124_brazil1.jpgלאחרונה הסתיים קורס "ישראל בעברית" בו השתתפו 9 סטודנטים מהמחלקה העברית באוניברסיטה הפדרלית של ריו דה-ז'נירו (UFRJ), אשר הגיעו ביוזמת השומר הצעיר בעולם.

 

ג'יימה פוקסבר - מזכ"ל התנועה, בנה יחד עם אנשי המרכז החינוכי של התנועה בחולית, תוכנית על פי דרישת האוניברסיטה אשר כללה לימוד עברית (בשיתוף מכללת ספיר), חברה ישראלית, סיכסוך ערבי-ישראלי, סיורים חינוכיים וטיולים ברחבי הארץ.

 

במסגרת מפגשים עם אנשי מפתח בציבוריות הישראלית, מרקי לוי, מנכ"ל התנועה הקיבוצית,  סיפר (בפורטוגזית קולחת ומתובלת בהומור) על התהליך אשר עברה התנועה קיבוצית בשנים האחרונות, על מקומה בחברה הישראלית כיום. 

100124_brazil2.jpgבמסגרת הפרויקט ניתן דגש מרכזי לנושא אקו-ציונות, והקבוצה התנסתה בבנייה באדובה ובאמנות שימושית המבוססת על מחזור, בקורס מיוחד בניהולו של הקטור רוטמן (ניר עוז).

 

במסיבת פרידה מרגשת שנערכה בקפטריה המחודשת של חולית, נציגת הקבוצה אמרה: "קיבלנו מתנה גדולה... לא רק העשרנו את ידיעתנו בעברית והוספנו דעת בתחום החברה הישראלית, אלא רכשנו לעצמנו חברים חדשים בארץ ישראל.

 

ג'יימה פוקסבר, יוזם הפרויקט אומר: "כשם הצלחנו להיות רלוונטיים לחבורה המגוונת הזו, נוכל מכאן להפיץ מסר של דיאלוג בין דתי ובין תרבותי, ולתרום לדמותה של מדינת ישראל בקרב אוכלוסיית אוניברסיטטים בברזיל ובמקומות נוספים".

 

בעקבות הצלחת הפרויקט, כבר מתוכנן מחזור נוסף בשנת 2010.

 

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The Educational Center Hashomer Hatzair in Holit 

Kibbutz Holit P.O Doar Na HaNegev Tel 0507677948

E-Mail: jfucs@netvision.net.il

A Vissão  do Centro educativo Hashomer Hatzaie é criar em Israel e nas comunidades judaicas no mundo , marcos de  sociedades  alternativas,  indentificadas  com o judaismo secular humanista, economia solidaria, justiça social e ação ecologica. Realizam seminarios de estudos para jovens das comunidades judaica do mundo inteiro, e tambem realizam intercambio de grupos de estudos entre as comunidades judaica, crista e musulmana procurando o dialogo, a solidariedade e respeito mutuo.

THE ADAM COLLEGE (Midrasha) FOR DEMOCRACY AND PEACE
Jerusalem Forest, P.O. Box 3353, Jerusalem 91033
Tel: 02-6448290      Fax: 02-6752932
E-Mail:  adam@adaminstitute.org.il
O Colégio Adam desenvolve e aplica programas de estudo e cursos, destinados a promover a educação para a democracia e a paz. Também organiza  cursos de formação, jornadas de estudo e seminários para várias idades.

ELLUL - BET MIDRASH
8 Bustanai St., P.O. Box 8158, Jerusalem 91081
Tel: 02-5619436      Fax: 02-5619425
E-Mail:  elul@netvision.net.il
Ellul é um centro cultural-educacional em torno de uma aposta Midrash (casa de estudo). Foi criado por um grupo de israelenses seculares e religiosos, com o objectivo de criar uma aliança secular religiosa, fundada no estudo conjunto e reconhecimento mútuo. O programa completo de actividades inclui: um midrash popular aberto ao publico em geral, um midrash  para professores, e oficinas sobre uma série de temas judaicos tambem existe uma oficina para s para os novos imigrantes, além disso o  centro que elabora atos de cerimonias judaica ligado ao ciclo de vida.

BINAH - THE CENTER FOR JEWISH IDENTITY
Ephal Seminar, Ramat Ephal, 52960
Tel: 02-5342513      Fax: 02-5346579
E-Mail:  binatak@inter.net.il

Binah tem como preocupação  a  explorar  aquestões da identidade judaica, cultura hebraica e do pensamento judaico. Ela oferece um Beit  midrash  público de grupos de estudo de longo prazo, que se aprofundam em aspectos da espiritualidade judaica, bem como um programa de palestras . Também organiza  cursos de formação para professores e um grande leque de actividades extra-escolares para os alunos.

BAMIDBAR - A COLLEGE IN THE DESERT
P.O. Box 380, Yerukham 80500
Tel: 07-6580150      Fax: 07-5690324

Bamidbar é um midrash  em Yerukham Centro Comunitário (no deserto de Negev) e patrocinado por todas as autoridades do governo local na área. Reúne os judeus de todas as comunidades, Yerukham  kibutzim, e moshavim. Bamidbar se propoem  estudar as fontes judaicas da Bíblia para os dias atuais.

GVANIM
P.O. Box 346, Sderot 87013
Um kibutz urbano que faz prestação de serviços educacionais para crianças e adolescentes e pessoas com deficiência em Sderot e do sul.

THE MIDRASHA AT ORANIM
Oranim, Tivon Postal Region, Kiryat Tivon 36006
Tel: 04-9838753      Fax: 04-9830232
E-Mail:  midrash@macam.ac.il

O midrasha Oranim é um centro educativo para leigos. Seu programa reflete a sua filosofia educacional que o judaísmo é uma vida, do desenvolvimento da cultura e que as fontes do judaísmo são fontes de inspiração, não da autoridade. É activo na promoção de atividades conjuntas com as pessoas religiosas aberto a um diálogo espiritual-cultural. Midrasha educadores, que continuam seus estudos no formato khevruta (grupo de estudos judaicos tradicionais informais), executar uma série de atividades comunitárias e cerimonial  para as festas e eventos do ciclo de vida.

THE COLLEGE FOR JEWISH CULTURE
P.O. Box 4030, Haifa 31040
Tel: 04-8235661     Fax: 04-8235661

Em Haifa e no Norte, o Colégio oferece em cursos de formação para a escola, professores e líderes de juventude, bem como palestras, fóruns de debate, visitas guiadas, aulas, seculares e encontros  com religiosos, etc

THE CENTER FOR JEWISH EDUCATION IN THE DIASPORA, HAIFA
Haifa University, Har Hacarmel, Haifa 31905
Tel: 04-8249834      Fax: 04-8249060
E-Mail: yemina@research.haifa.ac.il 
 O Centro, um dos institutos de pesquisa da Universidade de Haifa, organiza congressos, jornadas de estudo, em cursos de formação contínua, e oficinas de criatividade na arte judaica para os professores e educadores em Israel e na diáspora. Também publica artigos científicos e educacionais, mantém contato com as comunidades judaicas fora de Israel, e organiza as atividades da comunidade em Israel para promover o pluralismo dentro do judaísmo.


KHAMAH — NETWORK FOR SCIENTIFIC HUMANISTIC EDUCATION
P.O. Box 93415, Tel Aviv 61393
Tel: 03-6353789      Fax: 03-5353653
E-Mail:  hama@barak.online.net

Khamah tem como objetivo que a educação torne a prioridade da nação  de modo de ampliar o pensamento progressista, científica e humanística na sociedade israelense. Um objetivo secundário é alterar a Lei de Educação do Estado e para obter uma maior suporte orçamental para o sector da Educação.

MEITAR, COLLEGE FOR JUDAISM-AS-A-CULTURE
21, Herzog St., Jerusalem 92387
Tel: 02-5611820      Fax: 02-5611359
E-Mail: meitr@netvision.net.il

Meitar é um centro de educação secular: o seu objectivo  é o de convencer o público de que a cultura judaica e tradição judaica é fundamentalmente pluralista. Seu trabalho educativo visa tornar todos os segmentos da sociedade judaica mais igualmente informado sobre a sua tradição e cultura e suas múltiplas fontes. Se dedica principalmente através da concepção e divulgação de currículos e cursos interdisciplinares no judaísmo, em que o judaísmo é entendida como a cultura pluralista de todo o povo judeu.
Meitar principais áreas de actividade, atingindo todas as partes do país. 
Meitar organiza projetos educacionais em escolas, sob a forma de  cursos de formação contínua para os professores e  programas especiais, cursos e projetos para alunos e pais. Para o público em geral, imigrantes e novos, que oferece educação e enriquecimento geral, uma série de palestras, seminários, workshops, jornadas de estudo e de longo prazo grupos de estudo sobre o judaísmo-como Cultura. Ao nível académico, desenvolve e aplica-se faixas de estudo no judaísmo como Cultura em parceria com a Universidade de Haifa e da faculdade Akhva. Meitar também tem sido instrumental na publicação de 11 livros no campo do judaísmo humanista secular.

MELITZ - INSTITUTES FOR JEWISH ZIONIST EDUCATION
19, Yishai St., Jerusalem 93544
Tel: 02-6733441      Fax: 02-6733447
E-Mail:  info@melitz.org.il

Melitz organiza uma série de atividades sobre as questões judaica, tanto de relevância imediata e fundamental, que dizem respeito a israelenses e judeus da Diáspora. Seu trabalho educativo, que visa reforçar as ligações entre os judeus em Israel e no exterior e para enfatizar a centralidade da cultura e da democracia em nossas vidas. Pessoal Melitz vem de todas as camadas da sociedade judaica em Israel e na diáspora. Seus programas incluem: a curto e a longo prazo, workshops, jornadas de estudo, programas curriculares, passeios e acampamentos de verão.

THE BENIGN CIRCLE (Ma’agal Tov) COLLEGE
5, Antigonus St., Jerusalem 93303
Telefax: 02-6789946

Esta é uma faculdade comunitaria , do  Hashomer Hatza'irque operam a partir das instalações da escola do bairro deo Gonen , envolvendo alunos do bairro,  jovens ,  professores e pais.

NEOT KEDUMIM
P.O. Box 1007, Lod 71100
Tel: 08-9770777      Fax: 08-9770766
E-Mail:  gen_info@neotkedumim.org.il

Neot Kedumim é um 250-hectares do parque nacional e reserva natural perto da cidade de Modi'in. Ele mostra a flora e fauna da terra bíblica de Israel, juntamente com passagens sobre eles a partir da Bíblia, Mishná, Talmud e Midrash. Os visitantes podem assim ver e experimentar os mesmo pontos turísticos e paisagens que os seus antepassados diáriamente viveram nos tempos bíblicos e talmúdica, e também vê o uso do artesanato e instrumentos típicos da agricultura da epoca biblica. 

 ALMA — HEBREW COLLEGE
4, Betzalel Yaffe St., P.O. Box 36069, Tel Aviv 71100
Tel: 03-5663031      Fax: 03-5663033
E-Mail:  alma-heb@inter.net.il
 Alma, uma faculdade para estudos avançados na área de humanas, se concentra na investigação judaica ,estudos culturais e avaliação crítica das forças e factores que determinam a civilização e a cultura judaica, passado e presente. O Colégio oferece: uma variedade de métodos de ensino interdisciplinar, o estudo em formato de midrash de uma vasta gama de textos a partir da herança judaica e cultura do mundo, um centro para a cerimônias do ciclo de vida, cursos de formação, e noites de estudo, estudo externo programas para o público em geral, palestras e debates públicos.  

THE KVUTZAT REUT ASSOCIATION — KIBBUTZ BET YISRAEL
P.O. Box 11232, Jerusalem 91111
Tel: 02-6760580      Fax: 02-6768412
    Kibbutz Bet Yisrael é um kibutz urbano (no bairro de Gilo de Jerusalém), fundada em 1993 por pessoas que haviam deixado outros kibutzim na crença de que seus esforços foram mais urgente, no domínio social. Seculares e religiosos, eles trabalham juntos para realizar a visão de uma sociedade justa e pluralista. Seu programa de actividades da comunidade e combina o trabalho educativo para o público em geral, com a ajuda para os imigrantes desfavorecidos no bairro.

THE OREN PROJECT
Oranim
Tel: 04-9838729      Fax: 02-9832277

O Projeto Oren constrói programas educacionais destinadas a clarificar e reforçar os israelitas e judeus da Diáspora "identidade judaica. Foi projetado programas especiais para Inglês e a língua russa para os novos imigrantes, bem como um programa comunitário de desenvolvimento de liderança para jovens nascidos em Israel.

KOLOT — A MIDRASHA IN SHA’AR HANEGEV COLLEGE
Sha’ar Hanegev College, M.P.O. Box Hof Ashkelon 79165
Tel: 07-6801407      Fax: 07-6899412
E-Mail:  davnurit@hotmail.com


Um centro de educação com o objetivo de ajudar as pessoas a lidar com questões de identidade e de resposta para as fontes do judaísmo e do sionismo. Seu método é pequeno grupo de estudo interdisciplinar que combina a prática ea teoria. O midrasha tornou uma prioridade para responder às necessidades específicas de grupos populacionais em um amplo espectro social.  

KOLOT BA’AM
17, Rahel Imenu St., P.O. Box 8434, Jerusalem
Tel: 02-5638460      Fax: 02-5638461
E-Mail:  kolot@netvision.net.il

A Associação Kolot desenha e implementa projetos de liderança , destinado a pessoas de negócios e da indústria de comunicações. O objetivo é torná-los parte e contribuem para uma renovação do judaísmo de Israel, e para alterar os valores e conteúdos da sociedade israelense e da cultura.

THE CENTER FOR COOPERATIVE STUDY - KIBBUTZ TAMMUZ
P.O. Box 4566, Jerusalem 99500
Tel: 02-9918872      Fax: 02-9918874
E-Mail:  yiftahgol@netvision.net.il

Tamuz é um kibutz urbano fundado na cidade de Bet Shemesh, em 1987. existe grupos de estudo para os jovens e adultos membros (kibutz e residentes Bet Shemesh) interessados na criação de diálogo sócio-cultural através do estudo conjunto de textos judaicos e cultura do mundo. Um segundo objectivo é promover novos líderes da comunidade local, que irá trabalhar para ajudar os grupos mais desfavorecidos, estimulando a organização da comunidade e de auto-ajuda.

SHORSHIM - JUDAISM, CULTURE AND SCIENCE
P.O. Box 7588, Jerusalem 91074
Tel: 02-5666231      Fax: 02-5631004
  Shorshim actividade principal é organizar encontros para estudo e discussão entre a tradição religiosa e secular, e modernidade, a Torá e os estudos seculares. Seus professores, que representam todos os setores do pensamento judaico e da sociedade, o desejo de estabelecer uma mentalidade judaica, que não teme o diálogo com a ciência e investigação, um judaísmo que procura perguntas e questionadores. Shorshim organiza seminários, jornadas de estudo, viagens de estudo ", noites de vigília", festivais e cursos em todas as partes do país. Um dos destaques do seu exercício é o festival anual em Estudos Judaicos Kfar Blum.

 DIALOGUE IN THE GALILEE PANHANDLE
Har Vegai, Kibbutz Dafna 12235
Tel: 06-6942320      Fax: 06-6959039

Uma organização secular para a renovação judaica, que trabalha para estimular os moradores do Norte da Galiléia para criar uma cultura moderna judaica. Organiza grupos de estudo de longo prazo e funciona um centro de ensinar aos jovens sobre as festas judaicas.

SHITTIM - THE KIBBUTZ JEWISH FESTIVALS CENTER
Kibbutz Bet Hashitta 18910
Tel: 06-6536344      Fax: 06-6532683
E-Mail:  chagim@bethashita.org.il

O arquivo festas judaicas foi fundado no Kibutz Bet Hashitta por Arieh Ben Gurion, na década de 1940 e expandiu-se desde então em uma cornucópia de materiais no calendário de festa judaica e da celebração de eventos do ciclo de vida. Fora do arquivo tem crescido o Instituto Festivais, que hoje organiza  visitas e  dias de estudo sobre episódios bíblicos ligados ao redor Jezreel Valley, em temas que liga as festas com a paisagem e a naturezaO Instituto distribui kits de informações e materiais em todas os festas judaica, bem como artigos e panfletos sobre como os eventos do ciclo de vida são comemorados na tradição judaica.

HAMEORRER
Kibbutz Ravid, Tiberias Postal Area
Tel: 06-6787807      Fax: 06-6787806
E-Mail:  meorer@inter.net.il

Uma organização fundada por ex-líderes do movimento juvenil Hanoar Hoved tem com o objectivo de incentivar os jovens a participar activamente na formação de uma nova sociedade israelense. Ela organiza viagens à Polônia para descobrir as raizes da revolução sionista , e também passeios na Galiléia.


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Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro)

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro)



A Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou no dia 01 de novembro de 2005 (3ª-feira), a resolução 60/7 que designa 27 de Janeiro, como o Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto. A data é uma homenagem aos seis milhões de judeus e às outras vítimas do extermínio nazista.


Vários países, incluindo Grã-Bretanha, Itália e Alemanha, já consideram 27 de janeiro o dia da memória das vítimas do Holocausto porque foi nessa data, em 1945, que os soviéticos liberaram o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.


A resolução, proposta por Israel, foi co-patrocinada por outros 104 países e aprovada por consenso (sem necessidade de votação).


O texto da resolução rejeita qualquer questionamento de que o Holocausto foi um evento histórico, enfatiza o dever dos Estados-membros de educar futuras gerações sobre os horrores do genocídio e condena todas as manifestações de intolerância ou violência baseadas em origem étnica ou crença.


A resolução pede também ao Secretário-Geral que crie um programa de comunicação sobre o tema "O Holocausto e as Nações Unidas" e que incentive a sociedade civil a promover a memória do Holocausto e iniciativas educativas.


Jan Elliasson, que na ocasião da criação da resolução presidiu a Assembléia Geral, lembrou que parte da missão original da ONU, criada após a Segunda Guerra, era assegurar que atrocidades como o Holocausto não voltariam a acontecer.



A iniciativa da ONU tem importância no sentido histórico e igualmente pedagógico.



Os principais elementos do Programa compreendem:

  1. O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de Janeiro: É celebrado em todos os escritórios das Nações Unidas, no mundo inteiro, um dia internacional anual dedicado à memória das vítimas do Holocausto.
  2. Sessão de informação anual para sensibilização para o Holocausto e a prevenção de atos de genocídio: Especialistas partilham as boas práticas no domínio da memória do Holocausto, a fim de incentivar a elaboração de programas de educação e de comunicação com o objetivo de ajudar a evitar futuros atos de genocídio.


Veja o link elaborado pela ONU:

http://www.un.org/holocaustremembrance/



Abaixo, algumas iniciativas inovadoras para o ensino e divulgação dos estudos sobre o Holocausto:

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TU BISHVAT

Tu Bishvat 2010/5770

 

Tu Bishvat

30 de janeiro, 2010 – 15 de Shevat, 5770

Ano Novo das Árvores.

Tu Bishvat - O Ano Novo para as Árvores

Tu Bishvat (o décimo quinto dia do mês de Shvat) - O Ano Novo para as Árvores - data dos tempos talmúdicos. É um dos quatro "anos novos" do calendário judaico - sendo Rosh Hashaná e Nissan (o primeiro mês) os dois mais proeminentes. (O primeiro de Elul é o ano novo sob o aspecto de pagar o dízimo sobre os animais). O Talmud vê Tu Bishvat como o novo ano sob o aspecto de certas leis da agricultura que estão relacionadas com pagar o dízimo. Com o passar do tempo, Tu Bishvat tornou-se uma festividade menor ao invés de apenas um evento no calendário judaico.

O que acontece exatamente nesta data para torná-la um "novo ano"?

A explicação mais comum dos rabinos é que o fruto das árvores começa a se formar. A maioria das chuvas de inverno já caíram, e a seiva das árvores já surgiu. Há um debate no Talmud (Rosh HaShaná 14 a) sobre se esta mudança na natureza deveria ser marcada no primeiro ou no décimo quinto dia de Shvat.

De qualquer modo, Tu Bishvat era visto como um precursor da primavera.

Depois do exílio dos judeus de Israel, Tu Bishvat também se tornou um dia no qual nós comemoramos a nossa conexão com Eretz Israel. Durante muito da história judaica, a única observância deste dia era a prática de comer frutas associadas com a terra de Israel. Uma tradição baseada em Deuteronômio 8:8 afirma que há cinco frutas e dois grãos associados com ela como "uma terra de trigo e cevada, de vinhas, figos e romãs, uma terra de oliveiras e mel". (O mel a que se refere este versículo é o mel das tâmaras e não de abelhas). As amendôas também tinham um lugar proeminente nas refeições de Tu Bishvat já que acreditava-se que as amendoeiras fossem as primeiras árvores a florescerem em Israel. Apesar de que não esteja mencionado no versículo de Deuteronômio, a alfarroba era a fruta mais popular a ser usada, já que poderia sobreviver à longa viagem desde Israel para as comunidades judaicas da Europa, do norte da África, etc.

No século XX, devido ao crescimento do Sionismo e então com a fundação do Estado de Israel, a associação de Tu Bishvat com a terra de Israel ganhou ainda mais signficado. Em Israel o dia é celebrado com cerimônias de plantio de árvores feitas pelas crianças das escolas. Na Diáspora, crianças e adultos doam dinheiro ao Fundo Nacional Judaico para plantar árvores em Israel.

Tu Bishvat é visto pela tradição como tendo o mesmo significado para as árvores que Rosh Hashaná tem para os seres humanos, ou seja, como um ano novo e um dia de julgamento. De acordo com esta tradição, em Tu Bishvat Deus decide quão frutíferas as árvores serão no ano vindouro.

Uma visão cabalística

Os cabalistas levaram esta ligação entre Tu Bishvat e RoshHashaná um passo adiante. Para eles, árvores eram um símbolo de seres humanos, como está escrito: "um ser humano é como a árvore do campo" (Deut. 20:19).

De acordo com a preocupação geral deles de Tikun Olam - de reparar o mundo espiritualmente - os cabalistas viam o fato de comer uma variedade de frutas em Tu Bishvat como uma maneira de melhorar o nosso ser espiritual. Mais especificamente, eles acreditavam que comer frutas era uma maneira de expiar o pecado original - comer do fruto da Árvore do Conhecimento no Jardim do Éden.

Similarmente, árvores eram o símbolo da Árvore da Vida, que leva a bondade e a bênção divina ao mundo. Para encorajar esta corrente e para efetuar Tikun Olam, os cabalistas de Safed (século XVI) criaram um seder de Tu Bishvat a exemplo do seder de Pessach.
Ele envolvia beber quatro copos de vinho e comer várias frutas diferentes enquanto se recitava os versículos apropriados.

Tradições

O Seder de Tu Bishvat

O conceito básico sobre o ritual é de aumentar o fluxo de emanações/bênçãos de Deus para o mundo. Ao comer vários tipos de frutas com a intenção apropriada, nós ajudamos na refrutificação do nosso mundo a partir da divina Árvore da Vida.

O ritual é encontrado no texto Pri Etz Hadar (A Fruta do Árvore Bondosa) e envolve comer três grupos de dez tipos de frutas e nozes e tomar quatro copos de vinho. O número dez representa as dez sefirot (emanações) através das quais o fluxo divino vem a este mundo. Cada um dos três grupos representa um nível de criação.

De acordo com a Cabalá, há quatro mundos ou quatro níveis de criação:

Atzilut (emanação), Briá (criação), Ietzirá (formação) e Assiá (ação - o nosso mundo de realidade física).

O mundo de Atzilut é puramente espiritual e não pode ser simbolizado através de nenhuma maneira concreta.

O mundo de Beriá é simbolizado por dez frutas que não têm nem caroços por dentro nem casca por fora, ou seja, que são totalmente comestíveis: uvas, figos, maças, etroguim, limões, peras, framboesas, amoras, alfarrobas e marmelo (as sementes são consideradas comestíveis neste sistema).

O mundo de Ietzirá tem caroços dentro, mas a parte de fora pode ser comida. Suas dez frutas são azeitonas, tâmaras, cerejas, jujubas, caquis, damascos, pêssegos, nésperas, ameixas, e olmos.

O mundo de Assiá tem uma casca por fora que deve ser descartada, a parte interna pode ser comida. Suas dez frutas e nozes são romãs, nozes, amêndoas, abacaxis, castanhas, avelãs, cocos, castanhas-do-pará, pistaches e pecãs. O simbolismo, em resumo, é o seguinte: aquelas partes que podem ser comidas representam santidade; as partes não comestíveis ou seja, os caroços - representam a impureza; e as cascas servem de proteção para a frágil santidade que está dentro.

O ritual em si consiste em comer uma combinação dessas frutas e nozes bem como outras que não estão nessa lista, além de tomar quatro copos de vinho. Cada fruta é acompanhada por um versículo apropriado da Bíblia ou de uma citação do Talmud. A sequência das frutas e nozes varia de uma versão de Seder para outra. Cada um dos quatro copos é enchido antes de cada sequência de frutas, mas é tomado somente no final da sequência. O primeiro copo é enchido com vinho branco; depois vinho vermelho é misturado com o branco. O quarto copo é basicamente vinho tinto com algumas gotas de vinho branco misturadas nele. O vinho branco representa a natureza adormecida, enquanto o vinho tinto representa a natureza em ação.

Por que o calendário judaico deve ter um Dia das Árvores?

Se o Judaísmo é essencialmente uma religião e o seu calendário um cronograma de datas sagradas e comemorações espirituais, um dia para plantar árvores parece algo menos respeitável. Entretanto não é assim. Apesar de que todos os eventos tenham um lado espiritual, alguns são mais festividades civis ou nacionais, representando os ritos de uma nação vivendo na sua terra. Nós judeus não somos apenas uma comunidade religiosa; somos uma nação. Nós temos uma terra, sempre em nossa mente, quando não sob os nossos pés. Nós temos celebrações da nossa nacionalidade, como por exemplo Iom Haatzmaut. E nós temos celebrações da nossa terra e da sua capacidade de produzir coisas, assim como Tu Bishvat.

Como o ato de comer pode ter relação com a Árvore da Vida?

Se essa pergunta passou pela sua mente, não se preocupe, os cabalistas explicam.
Quantos dentes um ser humano adulto tem?
Trinta e dois.

E quantas vezes a palavra Elohim (Deus) ocorre no relato da Criação em Gênesis? Trinta e duas. Então a mastigação usando os trinta e dois dentes, feita com plena consciência, conecta diretamente com a Criação e sua continuação.

As categorias das frutas podem simbolizar três tipos de situações interpressoais. Quando entramos num ambiente não amigável ou que produz ansiedade, nós nos protegemos, nos armamos exteriormente, como se fosse, a casca que está do lado de fora, como as frutas de Assiá.

Em circunstâncias mais amigáveis, mas superficiais ou com algumas reservas, há mais contato e intercâmbio interpessoal, até mesmo um certo nível de cortesia, mas o ser íntimo continua envolvido pela casca interior, como as frutas de Ietzirá.

Em certas situações especiais de profunda confiança e intimidade, entretanto, o ser íntimo se revela e se relaciona com um outro; neste momento de Eu-Você não há nenhuma casca interna, como nas frutas de Briá.

Em muitos Sedarim de Tu Bishvat realizados nos últimos tempos, nós refletimos individualmente sobre situações interpessoais durante o ano anterior que exemplificam cada uma destas categorias, e nós percebemos a cada vez mais que somos nutridos pelas descobertas que fazemos.

O Seder de Tu Bishvat dos cabalistas de Safed

Ao pôr do sol as pessoas se reuniam no Beit Hamidrash ou na casa de um dos sábios ou de algum membro importante da comunidade. As velas eram acesas, as mesas cobertas com toalhas brancas e decoradas com ramos de mirto, flores e folhagens, perfumadas com água de rosas e jarras de vinho de duas variedades - branco e vermelho. O branco simboliza a dormência e a aparência infrutífera do mundo das plantas que começou com o enfraquecimento dos raios do sol em quinze de Av. O vermelho é símbolo do despertar da planta para o crescimento e florescimento que vem quando a força do sol começa a retornar - em Tu Bishvat. As forças da natureza - frio e calor, inverno e verão - lutam uma contra a outra até que o vermelho triunfa e o reino da primavera desce sobre o mundo.

Depois eles liam treze passagens bíblicas sobre o produto da terra, sobre frutas e plantas, e estudavam alguma passagem do Talmud (geralmente o tratado das Sementes - Zeraim) e o grande texto místico do século XIII, o Zohar. Depois disso, a pessoa que conduzia a reunião concluía com esta prece especial: "Que seja o Teu desejo, ó Senhor nosso Deus e Deus de nossos antepassados, que pela virtude de comer dos frutos das árvores, que agora comemos e abençoamos, elas sejam preenchidas com a força da abundância da Tua glória para crescer e florescer do começo ao fim do ano, para o bem e para bênção, por uma boa vida e pela paz".

Então o primeiro dos quatro copos era enchido totalmente com vinho branco. Eles serviam trigo (na forma de deliciosos biscoitos), azeitonas, tâmaras e uvas. Um dos presentes abençoava cada fruta em nome de todo o grupo. Antes de comer a fruta, cada um lia uma seleção apropriada do Talmud ou do Zohar. Depois de comer as frutas todos eles abençoavam o vinho e o tomavam com grandes gritos de alegria.

Enquanto isso o segundo dos quatro copos era enchido com vinho branco e algumas gotas de vinho vermelho. Então eles traziam figos, romãs, etrogs e maças. Depois de uma outra leitura do Zohar, e das bênçãos acima, eles tomavam o segundo copo com um grande espírito de alegria. O terceiro copo era enchido, a metade com vinho branco e a metade com vinho vermelho.

Nozes (amêndoas ou castanhas), alfarrobas e pêras eram servidas. O grupo lia uma seleção do Talmud Brachot e concluía com o estudo da Mishná Kelaím. Depois de discutir esta seleção, eles levantavam os seus copos e bebiam para um ano bom e abençoado, frutífero e de crescimento. Então eles preparavam o quarto copo, vinho vermelho com um toque de branco, e traziam para a mesa uma grande variedade de frutas: maças, marmelos, cerejas, maças silvestres, pistaches e nésperas. E assim como eles começaram com o trigo, um grão, então eles terminavam o banquete com várias sementes e grãos, e tomavam o quarto copo cantando. Então as pessoas se levantavam da mesa e saíam para dançar.

Costumes

Há um costume chassídico de rezar em Tu Bishvat por um bonito etrog que será usado quando chegar Sucot. Outro costume ligando Tu Bishvat a Sucot é o de fazer geléia de etrog em Sucot e comê-la em Tu Bishvat. Sucot, o festival da colheita, é testemunha de como as árvores foram julgadas no Tu Bishvat anterior.

Costuma-se fazer comidas à base de frutas e nozes e também comida típica israelense.

Outro costume é doar 91 centavos ou dólares para tzedacá já que "a caridade impede uma sentença má". Como Tu Bishvat é o dia do julgamento para as árvores, nós doamos 91, que é o valor numérico da palavra hebraica Ilan - árvore.

Em algumas sinagogas costuma-se fazer do Shabat Shirá (que cai por volta de Tu Bishvat) uma ocasião especial para um concerto ou para a apresentação de novas músicas para a congregação. Apesar de que o calendário judaico seja cheio de melodias durante todo o ano ritual, Shabat Shirá é uma ocasião apropriada para enriquecer o Shabat com um repertório de novas músicas.

Tu Bishvat deve fazer com que tenhamos consciência e sejamos agradecidos pelas árvores à nossa volta. Vá até um jardim e agradeça pelas árvores que dão oxigênio e sombra.

Um bom costume é plantar algo para o Novo Ano das Árvores. Uma sugestão é manter os caroços do etrog no freezer até uma semana antes de Tu Bishvat, então eles devem ser colocados num algodão molhado para começarem a crescer.

http://www.shalom.org.br/vidasinagogal/festas/tu-bishvat.shtml


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