Membro da equipe de emergência examina os corpos de vítimas do ataque ao Museu Judaico de Bruxelas. Três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida no atentado neste sábado Foto: AFP" src="http://oglobo.globo.com/in/12596004-d41-cf3/FT247A/2014-717115617-20140524131803250afp.jpg_20140524.jpg" property="na:image" />

Membro da equipe de emergência examina os corpos de vítimas do ataque ao Museu Judaico de Bruxelas. Três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida no atentado neste sábado AFP

BRUXELAS — O ataque deste sábado ao Museu Judaico de Bruxelas, que deixou três mortos e um ferido na capital belga provocou comoção entre a comunidade judaica do país — às vésperas de eleições locais e continentais — e entre líderes de países europeus e de Israel.

— Este assassinato é resultado da constante difamação contra os judeus e sua nação. Mentiras e calúnias contra o Estado de Israel continuam a ser ouvidas na Europa ao mesmo tempo em que crimes contra a humanidade perpetrados em nosso solo continuam a ser ignorados — afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. — Nossa resposta a essa hipocrisia é continuar dizendo a verdade, e nos fortalecer na nossa incansável luta contra o terrorismo.

Comentando o ataque, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, líder de um partido ultranacionalista, acusou o ativismo pró-palestino, “que, novamente, como nas épocas mais obscuras, convocou o boicote aos produtos judaicos e atua com agressividade contra a única democracia do Oriente Médio” de ser “puramente antissemita e nada além disso”.

Atentados motivados pelo antisemitismo não acontecem na Bélgica — que abriga uma população judaica superior a 40 mil pessoas — desde os anos 1980, mas o ódio e o preconceito contra os judeus têm sido opontados como principais motivos por trás do ataque, por figuras que vão da ministra do Interior, Joëlle Milquet, até o presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald S. Lauder, que comparou o atentado aos assassinatos cometidos em Toulouse, em 2012, no qual Mohamed Morah baleou quatro estudantes judeus em uma escola francesa.

— Trata-se de um ato terrorista. O assassino entrou deliberadamente em um museu judaico — afirmou o presidente da Liga Belga Contra o Antisemtismo (LBCA), Joël Rubinfeld. — Houve uma liberação do discurso antisemita. Essa é uma desgraça decorrente de um ambiente que destila o ódio.

Viviane Teitelbaum, uma deputada judia de Bruxelas, afirmou que ataques antisemitas tiveram seu auge nos anos 1980, mas diminuíram antes de uma recente ressurreição do antisemitismo belga.

O presidente francês, François Hollande, também condenou "a matança assustadora" no museu, manifestando aos belgas a "solidariedade" da França. Em nota divulgada no sábado à noite, Hollande "expressa sua grande comoção e condena fortemente a matança assustadora ocorrida no Museu Judaico de Bruxelas".

O chefe de Estado manifesta ainda "a total solidariedade da França ao povo belga nessa prova e envia suas profundas condolências às famílias das vítimas".

Também em nota divulgada este sábado, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, denunciou o ataque cometido "contra os valores da Europa".

"A notícia do violento tiroteio que custou a vida de três pessoas inocentes esta tarde no centro de Bruxelas, na frente do Museu Judaico, chocou-me profundamente", declarou Durão Barroso."Condeno duramente o fato de que esse terrível tiroteio tenha sido dirigido contra um símbolo religioso no coração da capital europeia. Trata-se de um ataque contra os valores da Europa, o que não podemos tolerar".

A alta representante para Política Externa e Segurança da União Europeia, Catherine Ashton, foi outra autoridade que condenou o ataque.

Em nota, o rei Philippe, da Bélgica, enviou condolências às famílias das vítimas, e se disse “indignado com este ato violento que afeta a comunidade judaica”.

— Nosso país e todos os belgas, independentemente de seu idioma, sua origem ou seus credos, estão unidos em solidariedade, e condenam este detestável ataque a uma instituição cultural judaica — afirmou, durante uma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo.



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