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SER JUDEU - Lu Anastacio

SER JUDEU - Lu Anastacio
"Passos que caminham há mais de 3000 anos
Que se expandem pelo mundo
E se unem a tantos outros
Passos que partem do coração e a ele voltam
"Vá para si mesmo!"
Ser judeu para além do sangue,
pacto moral.
Sou judeu e resisto no tempo.
Sou judeu por meus valores.
Sou judeu, minha força e resistência.
De que é feito o coração judaico?
Esperança e amor. "
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Ancestralidade Crípto-judaica

Escrevo este post em homenagem a minha 13ª Avó, Maria da Costa e demais antepassados crípton-judeus. Maria da Costa, filha de João Lopes de Elvas e de Inês Alvares, uma família de origem judaico sefardita, foi presa por seguir a fé judaica em 03/06/1618 por Ordem da Inquisição de Portugal, ela tinha com 35 anos de idade, seu Processo n.º 11992, Inquisição de Lisboa (disponível para acesso em Torre do Tombo). Condenada, como sentença consta: “Abjuração de veemente, cárcere a arbítrio, penas e penitências espirituais”. Auto de Fé de 05/05/1624. Encontrar processos como o de minha 13ª Avó, marcou minha vida e materializou a fala de meus falecidos avós, pois a memória de que éramos descendentes de cristãos novos me foi revelada por minha avó paterna quando eu tinha 12 anos de idade. Como tive o privilégio de conhecer meus 4 avós e um casal de bisavós, minha infância foi cercada de histórias dos antepassados.
Já adulto passei a pesquisar minhas raízes e buscar documentos que me levassem o mais longe possível em minha ancestralidade e se passaram 23 anos desde que comecei a pesquisar minha genealogia e constatei que meus avós tanto os paternos quanto os maternos descendiam de cristãos novos. Nesse tempo venho estudando a história do povo judeu e identificando em minha vida e nos costumes ensinados por meus avós muito da cultura judaica, fato que enche meu coração de alegria e me faz sentir parte do povo judeu, pois sou uma semente de Israel.

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Ancestralidade Crípto-judaica

Escrevo este post em homenagem a minha 13ª Avó, Maria da Costa e demais antepassados crípton-judeus. Maria da Costa, filha de João Lopes de Elvas e de Inês Alvares, uma família de origem judaico sefardita, foi presa por seguir a fé judaica em 03/06/1618 por Ordem da Inquisição de Portugal, ela tinha com 35 anos de idade, seu Processo n.º 11992, Inquisição de Lisboa (disponível para acesso em Torre do Tombo). Condenada, como sentença consta: “Abjuração de veemente, cárcere a arbítrio, penas e penitências espirituais”. Auto de Fé de 05/05/1624. Encontrar processos como o de minha 13ª Avó, marcou minha vida e materializou a fala de meus falecidos avós, pois a memória de que éramos descendentes de cristãos novos me foi revelada por minha avó paterna quando eu tinha 12 anos de idade. Como tive o privilégio de conhecer meus 4 avós e um casal de bisavós, minha infância foi cercada de histórias dos antepassados.
Já adulto passei a pesquisar minhas raízes e buscar documentos que me levassem o mais longe possível em minha ancestralidade e se passaram 23 anos desde que comecei a pesquisar minha genealogia e constatei que meus avós tanto os paternos quanto os maternos descendiam de cristãos novos. Nesse tempo venho estudando a história do povo judeu e identificando em minha vida e nos costumes ensinados por meus avós muito da cultura judaica, fato que enche meu coração de alegria e me faz sentir parte do povo judeu, pois sou uma semente de Israel.

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A Ética Judaica: de Bernardo Kliksberg

A Ética Judaica: de Bernardo Kliksberg
"Para a ética judaica, um princípio básico da mensagem moral transmitido ao povo judeu é o de que somos responsáveis uns pelos outros. Para a ética judaica é proibida a indiferença ao sofrimento de outros.
Para a ética judaica, a pobreza não é um problema apenas dos pobres, mas de todos. Leibowitz observa que os profetas dizem “Não haverá pobres entre vós”. Não estão dizendo o que irá acontecer, mas o que deveria acontecer. Sua voz não é de oráculo, senão de exigência moral. Para que não haja pobres, a sociedade deve tomar algumas medidas. Diante daqueles que, na América Latina, atribuem a pobreza dos pobres a eles mesmos, o judaísmo se revolta porque considera tal atitude uma injustiça..
Para a ética judaica as grandes desigualdades são severamente censuradas pelo judaísmo. Os profetas questionaram-nas implacavelmente e julgaram moralmente os poderosos que as fomentavam..
Na ética judaica, ajudar os outros é um dever imprescindível. Como tal, não merece nenhum prêmio nem reconhecimento. O Rabino Abraham Y. Heschel diz que ajudar é simplesmente “o modo de viver correto”. O prêmio está em viver-se desta forma.
A ética judaica está viva e fresca, podendo ajudar a enfrentar o “desencanto do mundo”, o “vácuo dos sentidos” e a inadiável conscientização dos paradoxos da grande pobreza em meio à riqueza potencial que particularizam a América Latina e o mundo.
A mensagem deste conjunto ético foi dita pelo sábio do Século I, Hillel: “Se eu não for por mim, quem o será?” significa dizer que todos devemos defender nossa saúde, nossa vida, nossa família; somos insubstituíveis nisto. Mas, acrescentou: “E se eu for somente para mim?”, significando que a vida sem solidariedade, responsabilidade pelo destino de outrem, amor ao próximo, transcedência, não faz sentido. Finalizou:
“Se não agora, quando?” O que espera a ética judaica de cada um de nós é que entremos em ação, agora!"
שבת שלום! Shabbat Shalom!
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Massada em terras portuguesas - Noite de Chanuka de 1496
Jayme Fucs Bar
Um dos livros que mais aprecio sobre a história dos judeus de Portugal é do rabino e historiador Alemão Meyer Kayserling, que nos meados do século XIX ainda, quando os arquivos do Santo Ofício da Inquisição em Portugal permaneciam
secretos, ele decidiu pesquisar e divulgar uma temática esquecida:
" A História dos judeus de Portugal”.
Eu pessoalmente considero o trabalho realizado por Meier Kayserling um dos mais fiéis retratos da triste trajetória do judaísmo Português.
Não sei quantas vezes já li e consultei esse livro, e aqui estou em Portugal - Belmonte, festa de Chanucá , e mais uma vez com esse livro aberto em minhas mãos, aproveitando esses tempos da pandemia para pesquisar sobre essa rica fonte de informações que Meier Kayserling nos oferece. Por acaso abro uma página e me dou de frente com um episódio no período de Dom Manuel e, cada vez que avanço na leitura, lágrimas caem dos meus olhos!
É inacreditavel como o povo judeu tem que sofrer tantas perseguições e incalculáveis tentativas de extermínio.
E tudo isso aconteceu num belo dia de 24 de dezembro. Por acaso essa era uma noite de Natal e também o acender da primeira vela de Chanuka. Foi nesse triste dia que se decretou o destino dos judeus de Portugal, onde o rei Dom Manuel ordenou que os judeus teriam um prazo de 10 meses para se converter ao cristianismo e, se não, teriam que abandonar Portugal.
Uma grande maioria começou a providenciar a partida e começaram a abandonar Portugal, principalmente para o império Otomano e Holanda, mas essa situação desagradou muito ao rei que tinha esperanças de uma conversão sem o uso da força. Somente uma minoria, principalmente os judeus mais ricos, optaram por essa opção.
Dom Manuel, frustado com seus planos e incentivado pelo clero fanático, não esperou terminar o prazo que ele próprio determinou! E vai publicar a pavorosa ordem na noite de Páscoa de 1497, em que todas as crianças judias menores de 14 anos fossem arrancadas de suas casas e levadas para serem criadas e educadas na fé cristã.
Incrível como existem vários relatos sobre esse diabólico episódio em nome da fé cristã e muito pouca coisa foi escrita até hoje.
Fico imaginando os gritos de despero de cada pai e mãe judia, agarrados com unhas e dentes para salvar seus filhos!
Entre muitos relatos está um de um cristão velho de nome Coutinho.
“ Vi com meus próprios olhos como muitos foram arrastados pelos cabelos à pia batismal!
Vi como um pai de cabeça coberta sob dores e lamentação acompanhou seu filho e, de joelho, clamou que o todo-poderoso fosse testemunha que jamais abandoriam a fé mosaica e desejariam a morte do que a fé cristã”
Outro episódio conta sobre um judeu de nome Isaac Ibn Zachin homem erudito que matou seus filhos e se suicidou, pois queria morrer como judeu.
Há também relatos de mães que se suicidaram agarradas aos braços com seus filhos, se atirando nos poços e rios.
Mas também não faltaram verdadeiros e bons cristãos que, vendo toda essa barbaridade, não refutaram em ajudar a esconder certas crianças e, quando foram descobertos, pagaram com suas vidas.
Um soberano trasfigurado num monstro vendeu os judeus pelo amor ao poder e estava definitivamente convencido em obrigar todos os judeus a adotarem o Cristianismo.
O Mês de Outubro chegou àqueles que ainda tinham a esperança em acreditar nas palavras do rei e foram, por sua ordem, se concentrar no Porto de Lisboa como a última oportunidade de abandonar Portugal. Cerca de 20 mil judeus e judias se apresentaram nesse Macabro encontro e "ficaram a ver Navios”, termo até hoje popularmente usado que muitos não sabem a sua verdadeira e triste origem.
Chegando ao seu destino o “Porto da desgraça”, foram presos e encaminhados como gado para o matadoro, onde foi anunciado que o prazo havia expirado e, à força, foram batizados em pé com baldes de água “Benta”. Quem tentou fugir ou reagir foi imediatamente morto!
Mesmo que, oficialmente, a Inquisição Portuguesa tenha sido decretada em 1536, durante o reinado de D. João III, pelo Papa Paulo III.
Aqui fica registrado que em Chanuka (29 de Kislev) de 24 de Dezembro de 1496 foi oficialmente a data do fim do judaísmo em Portugal.
Eu sei que estamos na véspera de Chanuka (Chag Orim) Festa das Luzes e esse texto que escrevo não é fácil de ler, mas me sinto na obrigação de acender uma pequena vela de Chanuka para iluminar e homenagear as vítimas desse triste episódio, que ficou esquecido na nossa história!
Quem não conhece a história do último baluarte de resistência dos judeus em Massada contra a opressão romana e o seu tráfico fim do suicídio coletivo !?
Em Portugal isso também aconteceu!
Eu chamaria essa data de Massada em terras portuguesas!
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