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Jerusalém: ame-a ou…Escrito por David Gruberger

Jerusalém é a cidade mais emblemática de Israel, enquanto sua capital eterna não reconhecida pela comunidade internacional. Berço do judaísmo, local de onde o profeta Muhammad subiu aos céus. Em suas ruelas se passaram os últimos capítulos da história de Jesus Cristo. A cidade, onde os sionistas construíram seu parlamento, não é exatamente retrato da […]

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Depois de se graduar em um colégio da Ortodoxia Moderna, em Nova York, o autor de 30 anos – Yoseph Needelman – se mudou para Jerusalém a fim de explorar o uso da maconha na tradição judaica. Durante oito anos ele visitou instituições religiosas, entrevistando lideranças religiosas para descobrir se, de fato, houve espaço para as drogas no mundo Judaico em algum momento da história.

O resultado das suas pesquisas está compilado no seu livro “Cannabis Chassidis”, o qual explora o uso Judaico de maconha. Os escritos foram publicados em 2009 sob o pseudônimo de Needelman: Yoseph Ibn Mordechay.

Depois que os Estados de Washington e Colorado recentemente votaram pela legalização do uso recreativo da maconha, diversas opiniões sobre a droga surgiram no cenário americano. Talvez o livro de Needelman encontre leitores entre aqueles que procuram conselhos práticos e religiosos sobre o uso da maconha.

O portal de notícias Jewish Telegraphic Agency entrevistou Needelman durante a primeira turnê de lançamento do seu livro.

JTA: Me fale um pouco sobre você e como escreveu este livro

Eu cresci no Brooklin, NY, e frequentei uma escola ortodoxa moderna. Fui para Israel após o colégio para encontrar, no Judaísmo, algumas questões que senti que poderiam ter feito parte das antigas tradições sobre como viver bem e plenamente. Eu conheci o álcool em um contexto religioso, mas a maconha (religiosamente) sempre foi uma grande questão para mim. Se a Torá é um guia religioso que nos conduz a desfrutar de tudo o que é bom, ela deve se relacionar com outras coisas, como a maconha ou a yoga, por exemplo.

Eu escrevi este livro porque pensei que os jovens talvez precisem de conselhos e orientações sobre produtos que, uma hora ou outra, de uma maneira ou outra, eles vão acabar conhecendo e desfrutando. Se os jovens estão fumando maconha e usando outras drogas, eles precisam saber como se entorpecerem de forma eficaz. Meu livro discute como usar essas drogas de maneira eficaz e responsável, incluindo a percepção do ponto exato em que o leitor não precisará mais de nenhuma droga.

JTA: Porque você acha que as instituições religiosas possuem um olhar negativo a respeito das drogas, como a maconha, por exemplo?

O Judaísmo é definido por certas proibições. Essas proibições são projetadas a fim de nos proteger dos maus hábitos estrangeiros. Eu penso que aqui na América alguns valores ocidentais se tornaram leis e tabus, e eles possuem inúmeras razões para rejeitar o fumo e uso de ervas. O Judaísmo emergiu das cinzas dos sobreviventes de Jerusalém, pessoas que eram capazes de se fazerem parecer que não eram ameaças ao Estado e que exigiam que seus líderes não ameaçassem ninguém, principalmente o Estado, por isso se tornou um tabu.

A maconha não é identificada como sendo um produto especificamente Judaico, mesmo que diversos Rebes tenham se associado a ela.

JTA: Onde está escrito que Hassídicos usaram drogas e quais foram os hassidim mais notórios a fazerem o uso dela?

O Gaón de Vilna [Rabino do século XVIII e oponente (Mitnagdim) ao Hassidismo)] escreveu em seu mandado de excomunhão que os Hassidim não são confiáveis porque eles dançam, cantam e fumam. Um dos rabinos que, através dos escritos a seu respeito, transparecem que talvez tenham feito uso de drogas, foi Yisrael ben Eliezer – Baal Shem Tov – fundador do movimento hassídico. Um Baal Shem/curandeiro é alguém que desenvolve medicamentos a partir de elementos naturais, os quais ele vende juntamente com conselhos sobre como usá-los de maneira devida. Ele costumava fumar a partir de um cachimbo aquático (Talvez uma versão hassídica de um Bong?) para obter uma Alyiat Neshamá – ascensão da alma.

Seu biógrafo, Rav Yakov Yosef de Polonoye, disse que daria sua inteira porção neste mundo e no mundo vindouro apenas para degustar do que o Baal Shem tragava de seu cachimbo.

Rav Israel Friedman de Ruzhyn costumava também fumar cachimbo e defumar toda a sala antes do início do Shabat. Ele abria as janelas e dizia: “Estas são as nuvens da semana indo embora e as nuvens do Shabat entrando”. Rav Levi Yitzchak de Berditchev costumava fumar cachimbo antes de rezar.

Rav Shlomo Carlebach, muito posterior ao fundador do Hassidismo, era contra o uso de drogas, mas fumava ocasionalmente a fim de adquirir confiança das pessoas que já estavam em um nível elevado de espiritualidade e curiosidade. Carlebach, entretanto, sempre se frustrou pelo senso de dependência.

JTA: A maconha já foi parte das práticas judaicas?

Em Êxodo 30:23, está escrito sobre o recolhimento de especiarias e, dentre elas, uma chamada Knei Bosem. O exegeta do século XI: Rashi disse se tratar de uma “importante especiaria”, enquanto Nachmânides explica em detalhes que esta especiaria é universalmente valorizada em todo país e império. Rav Aryeh Kaplan, muito posteriormente, deu outra opinião, segundo a qual, esta especiaria se tratava de maconha, porque era mundialmente popular, especialmente nas tradições de terras como o Yemen e o Marrocos.

JTA: Existe alguma referência bíblica ao uso psicodélico da maconha?

Existe uma teoria que ultimamente tem circulado entre alguns teóricos e acadêmicos de que o povo Judeu no deserto teria alucinações a partir da ingestão do pão ázimo (matzá). O pão ázimo se tratava de uma massa crua de centeio que era levada ao Sol para ser lentamente cozida. Ela passa por um processo chamado Fogo de Santelmo, através do qual a comida libera substâncias psicoativas, causando alucinações em toda a nação. O texto alude a estas alucinações quando fala a respeito da abertura do Mar Vermelho, ou quando a nação vê os céus desabando por sobre os egípcios. O texto também fala a respeito dessas alucinações quando os hebreus recebem a Torah, quando eles ouviam as vozes e viam os relâmpagos. Eventualmente as alucinações se tornavam fortes a ponto de necessitar da intervenção dos sacerdotes.

JTA: Em seu livro, você comenta a respeito do uso de drogas a fim de experiências espirituais?

Não. Eu não gosto de quando as pessoas dizem isso. As drogas não criam uma experiência espiritual. Talvez as intenções do usuário sejam espirituais. Mas fumar aliena o indivíduo das suas responsabilidades e necessidades. Mas, novamente, ressalto que a maconha é a mais inofensiva das drogas – seu pior efeito é fazer o indivíduo perder a noção de suas prioridades.

JTA: Quais são os benefícios da maconha?

Eu sugiro uma série de conselhos: o melhor momento para fumar maconha é quando o indivíduo está sozinho e precisa focar em uma atividade. Isso não significa que o uso conjunto seja ruim. Pelo contrário, é igualmente satisfatório estar em um pequeno grupo de pessoas que possuem um grau elevado de afinidade entre si. É importante também ter certeza de que a maconha não se tornará um problema para o indivíduo e de que não o atrapalhará na ciência e noção do que é realmente importante.

Alguns dos bons efeitos: a maconha pode dar ao indivíduo um senso de paz e serenidade a respeito do que está acontecendo à sua volta; pode ajudá-lo a se desvencilhar de questões e problemas sérios e a lidar com estes problemas de maneira tranquila; Maconha é excelente também para rezar, especialmente se não há pressa alguma. E claro, a melhor maneira de fazer o uso “espiritual” da maconha é compartilhando-a com alguém.

JTA: Você acha que a visão das pessoas vai mudar agora que os esforços para garantir a legalização do uso de maconha estão ganhando impulsos?

Honestamente, eu não sei. Historicamente, os hassídicos nunca se importaram muito com o que era legal ou não. Eu não tenho certeza se as pessoas vão mudar sua visão sobre o assunto. Eu adoraria ver isso acontecer. Entretanto, as pessoas que estão interessadas no uso recreativo e saudável da maconha já estão fazendo isso. Elas já estão cientes dos poderes e limitações dessas coisas. Então eu não sei o quanto as coisas vão mudar e nem como, mas sei que vão mudar, e quanto mais as pessoas souberem como fazer o uso responsável a fim de tirar proveito de uma completa e excelente experiência, mais nós não teremos o que ajudar, a não ser melhorar ainda mais a completude dessas experiências. L’chayim!

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¿Sagrado?

"Kadosh", a palavra hebraica para "santo", "sagrado", é um dos conceitos centrais do pensamento bíblico. No entanto, a Torá não define o que ele queria dizer com "santidade".

 

" Consagrar "," santificar ", no Judaísmo, significa mudar o momento natural em, o que o rabino Jacob Neusner Neusner define como "aquele algo mais que isso."

 

A razão pela qual esta é ainda uma vaga explicação do que se entende por "Kadosh" é devido à tendência para confundir "santo" como adjetivo e "santo" como nome.

 

No TaNaKh, por exemplo, existem duas interpretações deste conceito.

 

Uma vê a santidade como algo tangível, presente no objeto sagrado.

 

A outra vê a santidade como o mais alto dos valores que podem ser atribuídos a objetos e comportamentos.

 

A primeira característica é comum entre os sacerdotes, enquanto a segunda, menos ritualística e ética, é encontrada principalmente entre os profetas.

 

O teólogo e filósofo judeu, o rabino ortodoxo, Eliezer Berokovits disse: 'sagrado' é o que tem sido santificados, seja ritual ou espiritualmente Por exemplo, um "povo santo", um "campo santo", um "homem santo"

 

Dadas estas tendências, o rabino Mordechai Kaplan, que deu forma à ideia de que é preciso 'reconstruir' o judaísmo, formulou um conceito do sagrado que ressoa com o pensamento do século 21:

 

O "sagrado" e viver além da sobrevivência física na esfera na qual os seres humanos arriscam seu destino, muitas vezes suas vidas, a área em que suas motivações mais profundas, aquelas que fazem que a vida vala a pena ser vivida,  estão enraizados.

 

O gênio do judaísmo tem sido, de acordo com o professor de Direito da Universidade de Cornell, o falecido Milton Konvitz, elevar o profano ao sagrado, o material para o espiritual ".

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A interpretação da Torá por religiosos no mundo ocidental tende a criar um vínculo do sentido profético dos seus textos, com os dogmas do predomínio religioso do Ocidente. Embora cada ser humano tenha o direito do livre arbítrio, para a escolha do seu caminho espiritual, não pode submeter-se no caso de Isaias 53:7, a uma exegese e a uma hermenêutica, fora dos padrões Judaicos.
 
Como que explica o Zohar o sentido verdadeiro do texto?
"Venha, considere a congregação de Israel, como ele é chamado de cordeiro, pois está escrito: 'Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro para o matadouro foi levado, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca' (Is. 53:7) Por que ficou calado? Porque enquanto outras nações governavam sobre ele, ele foi privado de falar e se fez calado." (Zohar Bereshit, Parashá Vaiera).
 
Quando nos tornamos conhecedores da investigação profética nos moldes do Judaismo, nossa mente se liberta dos dogmas, e vivenciamos melhor a espiritualidade. Todo sentimento de culpa, faltas e arrependimento, devem ser encaminhados ao Criador, porque além DELE, não há outro.
by Moré Altamiro Paiva
 
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Purim-Carnaval-Inverno-Verão Escrito por Nelson Burd

Porto Alegre, onde estive por 20 anos, tem inverno rigoroso. Mesmo assim, o calor do verão lhe deu o apelido de “Forno Alegre”. Suando muito, certa vez, encarei o desafio de ser Papai Noel, na minha terra natal. Sabia que a vestimenta estaria muito mais apropriada para a neve, com lareira na sala. Mas, 24 […]

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Pertencemos a algum seguimento religioso, cumprimos com as nossas obrigações, nos dizemos religiosos, contudo vivemos em sofrimento e constantes provações. Seria isso perfeitamente normal? Bem, os caminhos espirituais quando vividos de maneira a utilizar-se a tolerância, o amor, a compaixão e a misericórdia, suscita dentro da chamada lei de causa e efeito, certamente bênçãos.

Quando vivenciamos o caminho espiritual nos utilizando de dogmas institucionais, com conceitos de certo e errado, falso e verdadeiro, criamos em torno de nós uma auréola de negatividades, que nos afastam das pessoas, e nos trazem enfermidades. O conceito de isolar-se do mundo, trás consequências físicas e mentais, daí o grande numero de pessoas acometidas da chamada depressão, que claro, tem seus aspectos orgânicos, mas por outro lado, social, porque raras são as pessoas que dela se aproximam.

Todos nós estamos sujeitos as dificuldades neste mundo, no qual viemos para uma aprendizagem. Segundo a Sabedoria da Kabbalah, para gozarmos das bênçãos do Criador necessitamos estar conectados a Ele. Como assim? Em sintonia com o que a Ele nos transmite através da Oração. Outras ferramentas nos são oferecidas para vivermos uma vida plena em harmonia com a sua Palavra, a Toráh, adoçando os julgamentos do Eterno, e sendo alcançados por sua Refuáh Shleimar (Cura completa). Tomara que haja tempo!
Moré Altamiro Paiva

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A DIVISÃO DO KOTEL EM 4 SEÇÕES por Raul Cesar Gottlieb

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 A divisão do Kotel Ha’Maaravi em quatro seções – uma dedicada para as orações de todos, outra dedicada exclusivamente para as orações masculinas, uma terceira dedicada exclusivamente para as orações femininas e a última, mas não menos importante, reservada para as cerimónias nacionais – corrige uma decisão equivocada de 1967.

Naquele ano, logo após a guerra dos seis dias, os judeus voltaram a poder rezar no local mais próximo de seu local mais sagrado (que é a esplanada do Templo e não o seu muro de sustentação), do qual estavam afastados desde quando a Jordânia estabeleceu uma região “livre” de judeus nos territórios que conquistou em 1948.

Em 1967 o governo de Israel equiparou a área do Kotel a uma sinagoga ortodoxa e abriu o seu acesso a todas as pessoas do mundo (não apenas aos judeus) que se conformassem com a separação de gêneros que a ortodoxia ainda pratica. Contudo, esta foi uma decisão equivocada, pois o Kotel é um local público que é querido a todo o povo judeu e não apenas a uma de suas vertentes religiosas.

Por maior o respeito que temos pela ortodoxia, por suas práticas sinceras, por seu inquebrantável amor pelo judaísmo, não consideramos de forma alguma que exista apenas uma forma de ser judeu e, mais, que exista apenas apenas uma forma de louvar a Deus, de amar o judaísmo, de estudá-lo e de praticá-lo.

Assim que, proibir tefilot (rezas) igualitárias, proibir as mulheres de conduzir tefilot em voz alta e de lerem a Torá no Kotel, com o argumento que isto é proibido nas sinagogas ortodoxas era uma agressão à sensibilidade religiosa de uma parte de nosso povo.

Também era uma agressão à sensibilidade dos judeus laicos, tendo em vista que as cerimónias nacionais conduzidas no kotel não podiam contar com mulheres cantando e deveriam segregar as mulheres dos homens. A decisão deste 31 de janeiro institui uma esplanada para as cerimônias nacionais (principalmente do exército) onde os costumes das sinagogas ortodoxas não são aplicáveis.

O governo de Israel finalmente retifica a questão sobre a “propriedade do Kotel” e isto é motivo de muita alegria para todos.

Tiveram um papel preponderante na decisão de abertura do Kotel às orações de todos os judeus e judias, tanto o movimento Reformista, através de sua participação na organização “Mulheres do Muro”, lideradas por nossa corajosa ativista Anat Hoffman como o crescimento exponencial que os movimentos religiosos liberais – Reformista e Conservador – vem alcançando em Israel nas últimas décadas.

Me disse na semana passada (antes da decisão) Yaron Shavit, ex-presidente do Movimento Reformista em Israel: “hoje em dia é impossível ignorar a Reforma e os Conservadores em Israel, pois uma parcela expressiva da população se identifica conosco”.

Raul Cesar Gottlieb é Presidente do Movimento Reformista na América Latina

Nota: o fato inegável da esplanada do Templo ser o local mais sagrado do judaísmo não justifica que devamos de alguma forma mudar, ou até mesmo tentar mudar, o status quo do local, que o coloca sob controle muçulmano. Não há sacralidade sem concórdia e entendimento.

fonte: WUPJ

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Comunicação e História do Pensamento

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Gregos 1 | Aula 01 - 18/09/2002

Palavras-chave: contextualização da proposta do curso; filosofia e sistema de pensamento; história da cultura ocidental; momento pós-moderno; diagnóstico da atualidade; fim da verdade, real, fundamento, história e filosofia; “outra” história da filosofia a partir de duas fontes: grega e judaica

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