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Herança judaica em Portugal 2025

Estamos organizando um novo passeio de Herança judaica em Portugal
Que começa no dia 28.2.25 e termina no dia 9.3.35
Os interessados favor entrar em contato com Jayme Fucs Bar
por Whatsaap 00972507677948 para receber maiores detalhes sobre o programa
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Diário de Guerra 46 – Bem-vindos ao Irã! – Jayme Fucs Bar
Sempre me pergunto de onde vem esse ódio do Irã a Israel. Um país que nem sequer tem fronteira com o nosso país, não há disputas territoriais e mesmo assim é o mais hostil de todos, a nível de ameaçar Israel em sua própria existência física.
Com certeza, existem explicações para isso e as raízes são muitíssimo profundas. Podemos determinar que a corrente xiita, dominante no Irã, sempre foi mais intolerante com os judeus do que a corrente sunita. Pode-se afirmar que, até o século XX, as relações entre judeus e sunitas foram muito melhores. Neste período os sunitas evitaram impor o islã aos judeus e aos cristãos, com exceção da dinastia Muwahedoon, no Marrocos do século XII.
De fato, desde que o Irã se tornou um país xiita, no início do século XVI, a comunidade judaica foi severamente perseguida e muitos membros foram forçados a se converter ao islã. Sofreram verdadeiros pogroms. Temos um curioso testemunho, de um grupo de judeus de Mashhad que, mesmo convertidos a força ao Islamismo mantiveram o seu Judaísmo em segredo durante mais de um século.
Outra curiosidade que fortalece essa hostilidade do Irã aos judeus seria esse conceito extremo de pureza e impureza, dentro da doutrina islâmica xiita. São conceitos que, segundo sua crença, todos aqueles que não defendem a religião correta são impuros, principalmente os judeus que rejeitaram os ensinamentos do profeta Muhammad.
Interessante que, na história judaica antiga, a Pérsia tem um lugar muito positivo na memória do povo judeu. Foi o período do grande rei persa Ciro, que incentivou os judeus a regressarem do exílio para a Terra de Sion, depois de terem sido cativos na Babilonia.
O islamismo xiita sempre teve uma posição de inferioridade frente a grande maioria sunita. Eles sempre se viram como um grupo inferior, mas a trajetória do Irã nos últimos 50 anos tem sido outra. Ganharam autoconfiança e se tornaram uma potência militar, desafiando o mundo islâmico sunita, criando tentáculos profundos em países e organizações políticas no mundo inteiro.
O mais interessante, que talvez seja um fenômeno sociológico ainda a ser estudado dentro do mundo acadêmico, são os grupos e organizações políticas que no passado eram definidos como revolucionários marxistas leninistas. Eles criaram pactos estratégicos de apoio incondicional à república islâmica xiita do Irã.
A grande pergunta é como isso foi possível? Revolucionários marxistas mantendo pacto com fundamentalismo islâmico?
A resposta que eu pessoalmente tenho é que muitos desses grupos, que no passado se definiram como marxistas, perderam sua finalidade como movimento revolucionário. Os laços que existiam com regimes socialistas fracassaram e deixaram de existir, como com a ex-União Soviética, com a China, com Cuba, Albânia, Nicarágua e a antiga Iugoslávia etc. Esses grupos, para sobreviverem, precisam de um inimigo externo para fortalecer o seu sentido interno da perda de sua identidade ideológica, a fim de preservar o fervor revolucionário que tende a desaparecer com o passar do tempo. Israel, os judeus e o sionismo servem bem a todos estes propósitos. O Irã é o elo que garante a sobrevivência da existência desses grupos.
A prova disso é ver um fenômeno surpreendente, jamais visto na história dos movimentos sociais, que é a presença de bandeiras vermelhas ao lado de bandeiras do fundamentalismo islâmico, nas manifestações de rua. Acredito que Karl Marx deva estar dando cambalhotas no seu túmulo.
Na verdade, o antissionismo, e sobretudo a guerra em Gaza, vem proporcionando muitos frutos e ganhos políticos ao Irã. E, sem dúvida, é o que mantém vivo e coeso esse regime e seus grupos satélites, entre eles os grupos e organizações marxistas.
Num país como Irã, controlado através da força e da violência, com uma teocracia repressiva e ditatorial, que se sente constantemente ameaçada de sua sobrevivência, é uma necessidade vital a hostilidade sem trégua contra Israel. Esse sim é o único meio que se pode unir a população e manter o regime fundamentalista islâmico no poder.
Muitos não sabem, mas o sionismo não é somente acusado de ter tomado as terras dos palestinos. Na verdade, o mundo árabe, tanto xiita como sunita, pouco ligam para o problema palestino. A verdadeira ameaça de Israel ao mundo islâmico não é a questão palestina e sim o que o país representa como modelo da cultura ocidental, liberal e democrática no coração do Oriente Médio.
Israel, nos seus 76 anos de existência, criou no coração do Oriente Médio uma estrutura de sociedade aberta e democrática, que ameaça a estabilidade desses regimes teocráticos ditatoriais, dentro do mundo islâmico, entre eles o Irã.
Israel é visto pelo regime xiita do Irã como a raiz da crise espiritual, moral, política e econômica que os muçulmanos sofrem na Era Moderna. Este sentimento é intensificado pela sensação de que os muçulmanos falharam em lidar com os desafios da Era Moderna, enquanto Israel e os judeus aproveitaram ao máximo e se tornaram uma pequena potência, não somente militar e econômica, mas um modelo de modernidade e desenvolvimento cultural e tecnológico.
Eu venho acompanhando com curiosidade esse estranho pacto entre grupos radicais de esquerda com o fundamentalismo islâmico. Vi uma postagem curiosa, de um grupo que se define como "revolucionários marxistas", saudando e glorificando o Irã pelo ataque a Israel. Mas curioso que, na mesma plataforma, tinha também uma campanha para liberar a maconha no Brasil.
Como podem ser tão ridículos?
Pois fiquem sabendo aqueles que defendem a liberação da maconha no Brasil e paralelamente defendem o regime do Irã: “Se você for pego fumando maconha no Irã vai ser preso, condenado e executado, arrastado por carro pelos pés, em praça pública. Isso sem falar dos direitos das mulheres, dos movimentos LGTBQIA+ e muito menos ser ateu. Ainda mais ser marxista leninista!
Me desculpem, mas a maconha que essa gente está fumando deve ser muito boa, pois é muita doideira mesmo. Chego até chorar de ver tanta bestialidade.
Já em Israel, nesse "terrível estado sionista”, você pode fumar maconha, mulher tem total liberdade, você poder ser gay, lésbica e o que mais desejar. Você tem todo direito e liberdade de ser ateu, de ser marxista leninista. Em Israel ninguém vai para o paredão por isso.
Mas lá no Irã, terra dos aliados dos "marxistas revolucionários", se você for fazer campanha para liberar a maconha no mínimo será fuzilado num paredão ou garrotado e pendurado em praça pública.
Então, cuidado. É sempre importante saber o que você defende e principalmente com quem você anda para poder ser bem-vindo ao Irã!
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Diário de Guerra 45 - Bem Perto do Apocalipse – Jayme Fucs Bar
Semana passada voltei a Israel para ficar com meus netos e dar suporte à minha nora. Seu marido, meu filho, já está há mais de 6 meses na guerra no Norte de Israel.
Fora estar com os netos e minha família, não tenho muito o que fazer aqui. Todos nós que trabalhamos no setor de turismo, de fato, estamos todo este período sem nenhum trabalho. E parece que essa situação vai durar ainda por muito tempo.
O jeito é me concentrar nas minhas atividades profissionais em Portugal, pois lá tenho algum sustento garantido e sobrevivo financeiramente. Já aqui em Israel está impossível!
Venho para Israel com um só intuito: me dedicar totalmente aos meus netos. Na verdade, ser avô é uma dádiva que recebemos em vida e aproveito cada momento disso.
No Kibutz Nachshon, local onde vivo, minha rotina é praticamente a mesma todos os dias, ficar com os netos e netas na parte da tarde do meu dia. Ontem, 13.4.24, deveria ter sido mais um desses dias em que, depois das atividades recreativas do Kibutz, os meus netos viriam para minha casa. Por acaso, combinei com a minha nora que eles iriam dormir essa noite comigo.
É logico que meus netos adoram, pois na casa do vovô a bagunça é liberada e podem fazer tudo o que é proibido na casa dos pais.
A tarde passou rapidamente e às 20h as crianças já tinham jantado e tomado banho. Coloquei minhas 3 netas e meu neto para dormir. Eles adormeceram imediatamente, pois nesse horário já estão realmente cansados.
Eu estava completamente desconectado dos noticiários e, logo que as crianças dormiram, entrei no computador para organizar uma aula de judaísmo. É uma aula que dou semanalmente a um grupo de judeus e judias emergentes, que criaram uma comunidade do Judaísmo Humanista, em Manaus.
A aula estava agendada para meia noite (17h no horário de Manaus). Eu estava concentrado na preparação da aula, que seria sobre os 10 mandamentos. Às 22h30 minha nora me liga. Senti uma grande aflição, pois meu filho está na guerra, atuando na fronteira do Norte. A primeira coisa que perguntei foi: " Hila, tudo bem com Oren?”
De imediato ela me respondeu: "Sim, tudo bem!” Mas logo me disse: "Foi acionado um alerta geral em todo Estado de Israel de um ataque de foguetes do Irã. Todos têm que entrar e dormir no bunker e, como sua casa não tem bunker, temos que levar as crianças para minha casa".
É realmente surreal esta situação. De imediato tirei cada criança ainda dormindo de sua caminha e fui colocando uma a uma no meu colo. Descia a escada e pensava que estava num filme de terror. Minha nora esperava lá embaixo, pegava cada criança, corria para casa e as colocava no bunker. E assim fizemos todo esse processo muito rápido.
Fui para casa dela ajudar a organizar toda essa situação e voltei às 23h30. Deixei tudo preparado pois, em caso de alarme, teria que correr para debaixo da escada, o lugar mais protegido aqui na minha casa.
Faltavam 30 minutos para começar a aula. Liguei a TV e comecei a entender a realidade. Só se falava sobre as dezenas de foguetes de longo alcance que chegariam nos próximos minutos em Israel. Se não havia ainda uma declaração de guerra oficial entre Israel e Irã, ontem foi declarada.
Na TV podia-se ver estampado no rosto dos jornalistas e entrevistados a tensão e as preocupações. Um grande medo de um pequeno país, a espera do impacto e suas consequências. Parecia que eu estava vendo aqueles filmes de ficção científica, com a chegada do fim do mundo. Ou uma invasão de extraterrestres, mas não! Tudo era realidade. Eu acredito que todos, sem exceção aqui em Israel, estavam fazendo suas preces para que a tecnologia antimísseis, criada pelos israelenses nos últimos anos, realmente pudesse funcionar e nos proteger.
Num determinado momento pensei em cancelar a minha aula, mas algo me chamou atenção. Quando eu estava preparando a aula, me deparei com o primeiro mandamento: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te libertou da terra do Egito, da casa da servidão." (Todo ser humano tem o direito garantido à sua liberdade e a viver com dignidade)
Esse era o momento de mostrar que ninguém pode tirar o nosso direito de liberdade e o nosso direito de viver com dignidade, mesmo estando sob ameaça de um ataque de dezenas de foguetes.
Às 17h de Manaus (24h de Israel) eu estava dando minha aula sobre os10 Mandamentos, para um grupo de oito pessoas. Antes de começar, alertei os alunos sobre essa delicada situação e avisei que poderia ter que sair correndo para debaixo da escada a qualquer momento. Mas a aula transcorreu muito bem. Falávamos de não matarás, falávamos em não usar o nome de Deus em vão e, naquele momento, nos céus de Israel, começou uma chuva de drones e mísseis, com poder mortífero de exterminar milhares de pessoas.
Pensei no Irã e em outros milhões de pessoas pelo mundo, simpatizantes desses radicais. Imaginei pessoas festejando aos gritos de alegria de AlaHukaba (Deus é Grande). Não aprenderam nada com os 10 Mandamentos, escrito em pedra vazada há três mil anos, a primeira constituição da Humanidade.
Eu estava concentrado na tela do computador dando minha aula de judaísmo, mas na minha frente a janela de vidro de minha casa mostrava o céu e o forte impacto dos antimísseis, com destroços lançados por todos os lados. Uma visão apocalíptica de chuva de pequenos meteoritos, que caíam do céu. Uma beleza macabra, que nunca tinha visto algo assim em minha vida.
Segurei minha tensão e minhas emoções frente aos alunos, numa realidade que jamais pensei em presenciar em minha vida, nesses meus 42 anos em Israel. Pensei na segurança dos meus 6 netos e netas, e pensei qual será o futuro desse pequeno país.
A aula terminou. Me senti orgulhoso de não ter adiado, mesmo estando dentro dessa difícil situação. Essa é a verdadeira mensagem a todos que nos odeiam.
Mesmo com uma chuva de poderosos foguetes balísticos, ninguém jamais vai poder nos tirar a nossa liberdade e o nosso direito de viver como judeus e seres humanos livres na terra de Israel. Na verdade, vivi ontem como muitos em todo Israel - uma sensação terrível.
Lá fora inúmeros foguetes atacando Israel e eu me reunindo com um grupo de alunos na Amazônia, estudando, refletindo e aprendendo sobre os Dez Mandamentos. Talvez essa seja a nossa verdadeira essência como judeus e judias. Essa é a resposta da nossa sobrevivência.
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LIVRO MEMÓRIAS DE UM RABINO SECULAR HUMANISTA

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LIVRO MEMÓRIAS DE UM RABINO SECULAR HUMANISTA

 

Em Memórias de um rabino secular humanista, o autor Jayme Fucs Bar nos apresenta passagens de sua vida marcada pela identidade judaica. Essas memórias misturam-se aos relatos de pensadores e movimentos sociais e judaicos que influenciaram sua visão da história e seu modo de ser e viver: um judeu humanista. Numa narrativa envolvente, o livro traz, ainda, estudos e argumentos que convidam à reflexão sobre povo tão singular. Jayme Fucs Bar, com lirismo e erudição, coloca em segundo plano o fervor religioso e conduz o leitor interessado a compreender melhor como vive um rabino secular humanista.

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Emuná [fé e crença] no judaísmo - Jayme Fucs Bar

Emuná [fé e crença] no judaísmo - Jayme Fucs Bar
Muitas vezes judeus e não judeus me questionam e se manifestam
muito contrários à forma como pratico e creio no judaísmo e de como manifesto a minha própria emuná.
Às vezes parece até ridículo alguém achar que somente o que ele
acredita é a “verdade absoluta” e a sua emuná e as outras existentes no mundo são enquadradas como pecaminosas ou hereges. Por isso, resolvi escrever este pequeno texto sobre emuná, para que esclareça a certas pessoas sobre esse direito legítimo de ter emunot diferentes!
Uma vez, um amigo me disse: “Eu não acredito em Deus”.
Fiquei curioso e perguntei: “O que você quer dizer, na sua emuná,
em não acreditar em Deus? Ou melhor: fale sobre esse Deus em que você não acredita!”.
Ele, meio inibido, me respondeu: “Eu não acredito em um Deus
sobrenatural, um pai que vive no céu, que criou o mundo em sete dias, que o universo tem somente 5 mil anos e que tudo que acontece neste mundo é responsabilidade divina”.
Dei uma grande risada e disse: “Nesse Deus que você descreveu
para mim, eu também não acredito! Mas isso não quer dizer que eu não acredito em Deus! Respeito também todos aqueles que têm uma emuná em Deus diferente da forma que eu acredito!”.
A emuná é um direito de cada um. Jamais devemos julgar a emuná do outro, pois ninguém tem a verdade absoluta. Cada um possui o direito de manifestar sua emuná da forma que desejar, mesmo que seja de forma diferente do que você pessoalmente acredita.
O judaísmo sempre foi muito rico nas suas diversas manifestações da emuná! O pluralismo é o que faz o judaísmo ser um tesouro de diversidade e sabedoria! Se você é agnóstico, panteísta, transcendental ou acredita no Deus Sobrenatural, ou mesmo se tem emuná no ateísmo, tudo bem!
Tudo isso é legítimo!
Se você é ortodoxo, tradicionalista, caraíta, reformista, conservador,
humanista, reconstrucionista, cabalista, Bnei Moshe, secular etc., todas essas correntes são legítimas no judaísmo e devem ser igualmente respeitadas.
Na minha emuná, o judaísmo não é somente uma religião: é algo
muito mais amplo que uma simples crença religiosa. Talvez a melhor forma de definir o judaísmo na minha concepção é aquela ensinada por Mordecai Kaplan, que definiu o judaísmo como civilização!
Não importa o tipo de emuná que você tenha, o mais importante no judaísmo é o que você vai fazer em sua vida para si e para o outro. Não tem nenhum sentido somente em possuir uma emuná em Deus se você não tem emuná também nos seres humanos.
Acredito que uma regra básica deve existir para a sobrevivência do
judaísmo, que é saber respeitar o direito do “outro” de manifestar sua emuná, mas isso exige uma só condição básica: que essa emuná não se torne nunca uma arma de opressão e de exclusão do direito do “outro” existir e ser diferente.
Eu pessoalmente me defino como judeu panteísta. Eu acredito no
Único e tenho a consciência de que, como bem definiu Maimônides, “nós, seres humanos, estamos além da possibilidade humana de definir o que seja Deus e tudo que possamos definir sobre Deus não passa de simples especulações humanas”.
Eu acredito que tudo que existe neste universo é parte da criação do Único, somos todos parte dessa unicidade e, se desejamos sentir o que vem a ser esse esplendor, devemos observar que Deus se manifesta na Natureza e em nossas próprias paixões!
Deus é a perfeição e o equilíbrio. A única coisa desequilibrada na
criação do Único somos nós, seres humanos, que ganhamos o livre-arbítrio e o usamos, muitas vezes, de forma incorreta e destruidora para nossa própria espécie.
Vocês não precisam concordar ou discordar de mim, essa é a minha
emuná e a beleza disso é que teríamos milhares de formas e expressões diversas e extremamente ricas, se fosse possível analisar o que cada um de vocês tem como sua emuná particular.
Na minha emuná, Deus não é responsável pelos problemas da humanidade e do planeta Terra. Deus não é responsável pela fome, pela miséria e pela violência degenerada no mundo, nem mesmo pela destruição ecológica do planeta. Nós, seres humanos, temos a função de ser responsáveis por humanizar nossas vidas e saber valorizá-la. Precisamos saber fazer da vida o “Kodesh Hakodashim”, o Santo dos Santos! Tudo isso está em nossas mãos, e não nas mãos de Deus.
Existe um conto judaico que nos ajuda a entender esse conceito
de emuná. Conta-se que existia uma família judia muito pobre que fugiu dos pogroms na Polônia para a América. Como imigrantes recém-chegados, quase não tinham o que comer e rezavam muito pedindo um milagre.
De repente, ouviram uma batida na porta e, ao abrir, encontraram dezenas de pessoas.“Quem são vocês?”, perguntou o pai.
Cada um dos visitantes se apresentou: “Eu sou a fé. Eu sou a felicidade. Eu sou a saúde. Eu sou o sucesso. Eu sou o poder”.
A família, sem entender nada, foi esclarecida num coro único: “Nós
somos os seus desejos! Mas, vocês só podem escolher um de nós para entrar em sua casa”.
Os membros da família debatiam o que seria melhor: sucesso ou
saúde? Felicidade ou poder? Alegria ou riqueza?
No final, tomaram sua decisão. Eles saíram de casa e falaram aos desejos: “Nós escolhemos a emuná”.
E assim a emuná entrou na casa. Então, todos ficaram surpresos, pois os outros desejos entraram junto com ela! “O que está acontecendo aqui?”. O pai ficou espantado. “Vocês
disseram que nós poderíamos escolher apenas um desejo”.
“É verdade que vocês só poderiam escolher um só desejo”, explicou
a alegria. “Mas aonde a fé vai, nós vamos atrás”.
O judaísmo é composto por emunot diferentes! Você tem o direito
de seguir sua emuná e ninguém tem o direito de te atrapalhar. Se você seguir sua emuná, com certeza terá uma grande chance de ter seus desejos e sonhos realizados.
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Do Tejo ao Douro – Jayme Fus Bar

Do Tejo ao Douro – Jayme Fus Bar
Dia desses encontrei dois jovens estudantes portugueses. Quando me apresentei, disse que vivia há 42 anos em Israel. A reação foi imediata - me indagaram como eu poderia viver num estado genocida, colonialista, imperialista etc.
Na mesma hora perguntei a eles se acreditavam que Israel tinha o direito de existir ao lado de um estado palestino, assim como muitos judeus de Israel e do Mundo desejam esta situação, como forma de solucionar esse longo conflito.
A resposta desses jovens universitários, de classe média alta, foi um sonoro não! Palestina do rio ao mar, disseram. Perguntei a eles se sabiam a que rio e a que mar eles estavam se referindo e o que fariam com os 7 milhões de judeus que vivem hoje em Israel.
Não obtive resposta. Com certeza não tinham ideia da geografia de Israel e muito menos como fazer desaparecer 7 milhões de judeus e judias.
Já num tom de ironia, disse a eles que, como jovens universitários “inteligentes”, seria importante procurar saber qual a verdadeira luta deles e estudar, de uma forma mais profunda, a complexidade desse conflito.
Para provocar, disse uma das coisas que muitos portugueses e espanhóis não sabem, mas deveriam saber: que o Estado Islâmico, esse grupo que o Hamas faz parte e que esses estudantes defendem como “resistência”, tem em sua agenda não só a aniquilação do Estado de Israel, mas também reivindicam o direito histórico islâmico a todo o território da Iberia, território que foi domínio muçulmano de 711 a 1492. Nada mais do que 781 anos.
Em outras palavras, esses estudantes sem saber defendem o direito islâmico das terras portuguesas. Me despedi deles com a frase “do Tejo ao Douro”.
Escrevo isso porque sinto que estamos vivendo num mundo perigoso, não somente por suas guerras e conflitos, mas pelas pessoas não entenderem que existe, por todos os lados, fortes e poderosas estruturas, com muito dinheiro, que tem um só objetivo: modelar a opinião pública dentro de suas agendas.
Essas poderosas estruturas estão espalhadas por todos os cantos do planeta, principalmente nas universidades, onde a juventude está mais exposta. Realizam uma imensa lavagem cerebral, onde as fakenews são mais elaborados e sofisticadas. Na verdade, já não sabemos o que é real ou o que é a reconstrução da realidade, dentro da qual nos desejam modelar.
Sem dúvidas, estamos numa guerra sem precedentes para formar a opinião pública, dentro dos padrões que cada lado deseja. No caso do conflito entre Israel e palestinos isso é muito presente nos dois lados.
No mundo árabe, liderado pela república Islâmica do Irã e pelo Qatar, se investe bilhões em mídia, sem precedentes em todo mundo. Do outro lado temos o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Nathaniel, que realmente é um grande mestre, um gênio de como manipular a opinião pública. No seu caso, a sua luta nos meios de comunicação tem uma agenda muito pessoal, que é, a todo custo, se manter no poder.
Por isso, continua a justificar a continuidade de uma guerra total em Gaza. Bibi está numa situação difícil na opinião pública israelense e sabe que a única chance de aumentar a sua popularidade é “ele” libertar os reféns e destruir a Hamas, algo praticamente inviável dentro da atual conjuntura.
Se aceitar o fim do conflito em troca dos reféns, sabe que terá que responder não somente a três processos de corrupção, mas também será o acusado direto pela responsabilidade do massacre do Hamas, em 7 de outubro de 2023.
De fato, independentemente da posição que cada um tenha, existe uma regra muito clara que é ter muitíssimo cuidado de não ser manipulado. Deve-se sempre procurar fontes seguras e nunca aceitar tudo que vemos e lemos como verdades absolutas.
Esse mundo virtual se tornou muito nocivo e perigoso, pois não faltam “espertos” a procura de fazer nossas cabeças, como é o caso desses dois estudantes portugueses e, com certeza, de outros milhões nesse mundo.
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O sentido da festa de Purim – Jayme Fucs Bar

O sentido da festa de Purim – Jayme Fucs Bar
 
Significado do nome
Purim vem da palavra persa “pur”, que quer dizer “sorteio”, como consta na Meguilá: “Hamán fez sorteios para escolher o ‘melhor’ dia para exterminar os Judeus”. Essa " Sorte " na ironia se inverteu, em algo que poderia se tornar mais uma das grandes tragédia ao povo judeu se trasformou num dos mais alegres dias do calendário Judaico.
Nome De Deus
A Historia de Purim é sempre um grande mistério em procurar entender o Porque em nenhum momento o Nome de Deus é mencionado. Talvez uma forma nova de entender Deus não somente como uma divindade sobre - natural mais sim uma divindade que tem sua partícula e essência Divina presente em cada um de Nós.
Significado de Achashverosh,
Em hebraico quer dizer “dor de cabeça”. Realmente ele era um rei " Dor de Cabeça" que mudava costantemente de opinião, vaidoso , bêbado, que matou sua própia rainha Vashti que era neta do rei Nabucodonosor aquele que destrui o primeiro templo de Jerusalém
Beber ate perder os sentidos
Essa é uma Mitzva unica que você tem direito somente uma vez por ano de beber para celebrar que o decreto do Rei para a destruição da nação judaica por sorte ( Purim) não aconteceu! Significado de Beber até que não saibamos a diferença entre “abençoado Mordechai” e “amaldiçoado Haman” é um meio para liberar todas as nossas tensões.
Jejum de Ester
Os Jejuns no judaismo são sempre para lembrar a destruição do primeiro e segundo templo e o ódio gratuito que ocorreu entre os judeus que levaram a consequência da destruição da nação judaica pelos Babilônicos e Romanos , muitos acreditam que de certa maneira, Purim é "maior" que Yom Kipur, pois em Yom Kipur devemos estar totalmente concentrado em nossas almas e em Purim o Jejum é uma integração do físico e do espiritual. Onde jejuamos para lembrar que jamais com todas as diferenças e divergências devemos romper a unidade do povo. Exemplo dessa unidade foi que no momento de perigo Esther para salvar seu povo, teve que enfrentar o rei e Mordechai vai reúnir todos os judeus como um corpo único e pede que jejuem para que mude a sua sorte.
Mitzvot de Purim
O ato de praticar o amor ao próximo é uma regra dentro das Mitzvot de Purim é uma forma de aprendizado com o nosso compromisso com o Outro, principalmente os mais necessitados, por isso que é de costume doarmos uma quantia em dinheiro para as instituições de caridades , enviamos alimentos prontos para consumo para os mais necessitados e presentear uma ao outro algo simbólico demostrando nossa alegria por esse dia. È de costume Realizar uma refeição festiva durante o dia de Purim com toda a família e amigos, no banquete devemos comparecer fantasiados, muita musica e alegria na verdade um carnaval judaico onde tomamos muito vinho, e a comida se possível vegetariana , pois Esther era vegetariana.
Curiosidade
A Meguilá Esther é parte da Torá em seus requisitos e rituais ela deve ser escrita, por um escriba em um pergaminho. O curioso que devido o Nome de Deus não ser mencionado nenhuma vez na Meguilá, Isso deu a possibilidade durante séculos, a existência de uma grande manifestação artistas na Meguilá onde podemos ver inúmeras ilustrações dos personagens da História de Purim.
Chag Purim Sameach!!
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Os conversos e a alma judaica – Jayme Fucs Bar

Os conversos e a alma judaica – Jayme Fucs Bar
“Tenho um forte sentimento no meu interior quanto a tudo que seja judaico. ”Essa é uma expressão que se repete entre certas pessoas que conheço, inclusive o meu próprio pai. Na trajetória de suas vidas, apesar de muitos não serem oficialmente judeus ou judias, essas pessoas sentem ter em seu interior uma alma judaica, uma sensação que muitos não conseguem explicar em palavras.
O interessante é que os nossos sábios do passado já falavam dessa misteriosa sensação. Eles diziam que uma pessoa que tem esse grande desejo de se aproximar do judaísmo, e até de se converter, é alguém que sempre possuiu no seu interior uma alma judaica.
É por isso que muitos sábios se referem ao convertido como “um regresso” em vez de “um gentio que vem se converter”. Em outras palavras, o convertido é geralmente alguém que tem uma alma judaica guardada em seu coração.
Sempre vivenciei isso muito de perto, desde criança. Meu pai, Nilo Barboza, é um exemplo vivo dessa sensação, um exemplo no interior de minha própria vida familiar. Ele se casou com minha mãe, uma judia de origem polaca, e se converteu na Associação Religiosa Israelita no Rio de Janeiro, com o sábio Rabino Henrique Lemle.
Meu pai sempre teve essa forte sensação no seu interior: o sentimento de possuir uma alma judaica. Talvez isso se relacione com o fato de meu pai ser de origem cristã-nova, descendendo de criptojudeus portugueses que viveram no interior de Portugal, na província de Trás-os--Montes, região portuguesa em que se verifica uma forte característica de sobrevivência da cultura dos bnei anussim.
Ando pensando muito sobre esse tema nesses últimos anos. Constantemente, aparecem pessoas que me procuram e contam sobre essa “alma judaica” que sentem possuir em seu interior.
Sei que muitos podem dizer que isso é nada mais do que uma mistificação da realidade, ou uma simples manifestação psicológica, mas aprendi com o tempo que, apesar de acharmos que sabemos tudo sobre os mistérios do mundo, a vida vem nos provar que sabemos muito pouco sobre a própria natureza humana.
Pensando nessas pessoas e no meu próprio pai, resolvi falar de alguns conversos. Não sobre os conversos de hoje, mas sim os conversos do período bíblico, para que suas histórias talvez nos ajudem a entender esse judaísmo que há 3.700 anos vem caminhando em sua longa jornada.
A Torá, de certa forma, não descreve explicitamente uma cerimônia de conversão, porém, podemos ver, nas mais diversas histórias, vários momentos em que um não judeu ou uma não judia se integram à Casa de Israel.
A lista desses conversos do período bíblico é enorme, tão grande que seria possível preencher várias páginas de um grosso livro com elas! Porém, pouco se fala na Torá de cerimônias, regras ou rituais de conversão, o que vemos é sim uma saga humana de pessoas que, em um determinado momento de suas vidas, aparecem como enviados dos anjos celestiais para se integrarem ao povo judeu.
Nesses casos, sua integração é sempre acompanhada de um fato marcante, de uma missão especial que o converso vem a cumprir como judeu dentro da vida judaica.
Apresento alguns exemplos de personagens conhecidos na nossa cultura e na nossa tradição, para que essas histórias talvez nos ajudem a pensar no quanto devemos sempre buscar nos conectar às fontes da Torá, para que possamos compreender o que realmente é a essência da conversão ao judaísmo.
Sem dúvida, o primeiro converso foi Abraão, Avraham, cujo nome significa “Pai do Povo”. Sim, essa é a tradução literal do nome que ele recebeu do Único depois de se tornar oficialmente o primeiro convertido da história do Povo de Israel. Será esse converso quem consagrará a crença no Deus Único: uma revolução que abrirá as portas para o surgimento da civilização judaica.
Outro momento simbólico com uma importância determinante em nossa história e que podemos interpretar como uma conversão coletiva foi quando o povo hebreu saiu do Egito. Junto da multidão de hebreus, estavam os rev rav, em outras palavras, diversos povos e de diversas culturas que se integraram aos hebreus na saída do Egito. Dentre eles, como exemplo, a figura extraordinária de Jetro (Yitro), o sogro de Moisés, que terá um papel fundamental na estruturação dos primeiros tribunais que irão aplicar e interpretar as leis judaicas.
Nossos sábios também interpretaram que o ato do recebimento da Torá (Tábuas da Lei) no Monte Sinai e o longo processo de aprendizagem no deserto, que vai durar quarenta anos e só terminará com a chegada dos hebreus à Terra de Israel, foram sem dúvida um processo de conversão coletiva que se concretizou quando os hebreus fizeram a travessia do Rio Jordão.
O interessante é que, logo na chegada à Terra Prometida, vemos um acontecimento especial que foi a conquista de Jericó, quando o Povo de Israel foi ajudado de forma corajosa por uma jovem mulher cananeia de nome Raabe [Rahav], que, mesmo sendo considerada uma meretriz, será reconhecida por sua bravura e se converterá ao Povo de Israel, tor nando-se a mulher de Yoshua Ben Nun, Josué, o sucessor de Moisés na liderança do povo judeu.
Temos até um famoso profeta converso: Obadias [Obadiah], um judeu convertido quer originalmente pertencia ao povo de Edom, segundo a tradição rabínica. Obadias não somente se tornou um profeta reconhecido e respeitado, mas também arriscou a sua vida para salvar mais de cem sábios judeus da perseguição e do ódio de Jezabel.
No entanto, sem dúvida, uma das únicas referências que nos trazem uma luz sobre como seria uma conversão na Torá está contida no livro de Ruth. Essa passagem belíssima nos ajuda a entender o sentido do que seria a conversão nos tempos bíblicos.
A história de Ruth, a moabita, servirá como um protótipo para a conversão descrita na Torá.
No primeiro estágio, Naomi vai tentar de todas as formas persuadir tanto Ruth como Orpah, falando de forma clara todas as dificuldades que cada uma deverá passar caso decidam se tornar judia, seja a fome, seja a miséria na Terra de Israel.
No segundo estágio, Orpah se convence do perigo e volta para sua terra em Moab, mas Ruth se mantém firme, mesmo sabendo das dificuldades que poderá enfrentar. Isso convence Naomi de que a decisão de Ruth é verdadeira e que vem do interior de seu coração.
Ruth, diferentemente de Orpah, abre mão da sua cultura, do seu povo e de suas tradições para ir à busca de uma nova identidade.
Na terceira etapa, Ruth terá que conviver com o Povo de Israel, para conhecer seus costumes, suas leis e suas tradições. Na etapa final, Ruth sente que, com o tempo, adquiriu uma nova identidade, fazendo uma declaração que sai do interior de sua alma e que soará em todos os cantos da Terra de Israel: “Seu povo, meu povo, seu Deus, meu Deus” (Ruth 1:16).
Porém, o que vou relatar agora é a história de uma personagem pouco conhecida, mas que desempenhou um papel muito importante na Terra de Israel durante o período bíblico. Isso aconteceu na época do Segundo Templo, quando a Rainha Helena de Adiabena e seu filho Monobaz II se converteram ao judaísmo.
Não temos nenhum documento que descreva como essa conversão aconteceu, a não ser o relato sobre o encontro da rainha e de seu filho com dois comerciantes judeus que chegaram ao seu reino. Sabemos que Helena era a rainha de um reino chamado Adiabena, que foi parte do antigo Império Assírio e que hoje se encontra na região do atual Curdistão, no Norte do Iraque.
A Rainha Helena e seu filho, o Rei Monobaz II, se converteram ao judaísmo por volta do ano 30 da Era Comum. Ela terá um papel importantíssimo no período do Segundo Templo. Nas obras de Flávio Josefo,ela é mencionada como a “Rainha da Justiça”, que, em várias ocasiões, ajudou muitíssimo o Povo de Israel. Segundo ele, a Rainha Helena, depois de convertida, decidiu fazer uma viagem a Jerusalém, para conhecer o Templo e oferecer sacrifícios no lugar mais sagrado do judaísmo.
Ela chegou a Jerusalém no ano de uma grande seca que havia espalhado a fome e a miséria por todos os lados da Judeia. Diante disso, a rainha se sensibilizou com a situação do Povo de Israel, que agora era o seu povo, e de imediato saiu ao auxílio da população faminta e miserável. Usando suas próprias finanças, para ajudar os famintos e os miseráveis, a Rainha Helena de Adiabena comprou muito trigo no Egito, que em seguida foi distribuído para todos os necessitados de Jerusalém. Dessa forma, foi possível acabar com a fome e salvar milhares de judeus e judias da morte.
A rainha, em determinado momento, decidiu largar o seu próprio reinado e passar o resto de sua vida em Jerusalém. Poderíamos dizer, na linguagem de hoje, que a rainha Helena de Adiabena fez aliyah para Israel, onde construiu um lindo palácio e fez grandes doações ao Templo.
A Rainha Helena faleceu por volta do ano 50 da Era Comum, antes da destruição do Segundo Templo, que aconteceu no ano 70. Seu corpo foi enterrado em Jerusalém no antigo cemitério judaico do Monte das Oliveiras. O seu sarcófago foi encontrado e se encontra hoje no Museu de Israel em Jerusalém.
A tradição judaica considera todos os conversos como figuras exemplares, que devem ser mencionadas sempre com respeito, carinho e louvor na história do Povo de Israel.
A conversão ao judaísmo é de fato um resgate de uma alma judaica que ficou guardada no passado, mas que se despertou no presente e que será lembrada e abençoada pelas futuras gerações.
Atualmente, certas correntes do judaísmo criam enormes barreiras para a conversão, mas, para todos aqueles que estão nesse processo de retorno, eu digo: não desistam!
Mesmo que enormes barreiras e empecilhos sejam colocados no seu caminho!
Acredite! Caminhe sempre com essa sua alma judaica e nunca deixe de enaltecer esse sentimento. Fortaleça a sua identidade judaica, ela é mais forte e verdadeira do que os dogmas de qualquer instituição.
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Diário de Guerra 44 - Uma Voz Judaica - Jayme Fucs Bar

Diário de Guerra 44 - Uma Voz Judaica - Jayme Fucs Bar

Na qualidade de judeu que se define como Humanista, sionista e socialista, sinto-me cada vez mais a necessidade do ativismo para denunciar e desmascarar essa “Esquerda fascista”.

Parte desse grupo que se reivindica como “Esquerda Mundial” – a qual, na verdade, se transformou em novo tipo de fascismo pós-moderno, luta, de um lado, pelo direito justo da autodeterminação do povo palestino, mas, de outro, nega a existência de Israel e vê o Judaísmo/Sionismo como uma rede de interesses econômicos, que atua para o domínio geopolítico da economia mundial.

O mais interessante é constatar que parte dessa esquerda faz ‘frente única’ em sua estratégia com as forças ultra religiosas do fundamentalismo islâmico mundial. ‘Frente Única’ para propagar o ódio e deslegitimar a existência do Estado de Israel, ampliando o crescimento do racismo e do antissemitismo na sociedade em geral.

Incrível é que o êxito dessa política vem contribuindo, cada vez mais, para Israel se fechar ao mundo pelo medo da ameaça à sua existência, fato que somente fortalece cada vez mais as forças ultranacionalistas e fundamentalistas israelenses.

Como ativista pela paz e pela não violência, cada vez mais sinto arrepios ao pensar nas consequências da nova estratégia desses grupos que se definem como “Esquerda”, dentre eles, o Brasil, que atuam em harmonia com as forças obscuras dos governos e das organizações fundamentalistas e antidemocráticas, como Irã, Hisbolá, Hamas, ISIS estado Islâmico e Síria.

Por sua vez, arrepia-me ver a legitimidade institucional que vem ganhando os setores radicais ultranacionalistas dentro da sociedade israelense, levando a política atual do governo de Israel a um beco sem saída e se afastando totalmente da possibilidade de se encontrar um possível acordo de paz entre Israel e o povo palestino.

Arrepio-me só de pensar como essas novas tendências fascistas, camufladas de esquerda, e seus ‘companheiros’ fundamentalistas islâmicos entendem colocar em prática a não existência do Estado de Israel. O que farão com os Sete milhões de judeus que aí vivem hoje e os outros 3 Milhões de" Hereges "Cristão, muçulmanos, Beduínos, Drusos, Bahay , que vivem e são parte do estado sionista?

Arrepios e medo maior sinto ao pensar na reação de Israel nas mãos dos ultranacionalistas, que, diante de uma ameaça como essa, poderão sem dúvida criar consequências dramáticas que colocariam em jogo toda humanidade.

Portanto, necessitamos hoje mais do que nunca da voz judaica sã, responsável e comprometida com o destino do Estado Judeu democrático.

Necessitamos da voz judaica que não tenha medo de criticar a política do governo de Israel frente à continuidade da ocupação dos territórios ocupados e exaltar a precisão de um acordo de paz imediato.

Necessitamos da voz judaica que acredite no Estado Judeu da Carta Magna de sua independência, comprometido com a visão dos profetas de um Estado Judeu democrático, baseado na garantia da liberdade e dos direitos de todos seus cidadãos,
visando à paz com seus vizinhos, que seja voltado aos valores de justiça social e da solidariedade, além de fiel aos princípios da Ata das Nações Unidas.

Necessitamos da voz judaica que faça ouvir o imperativo recíproco da autodeterminação de um Estado Palestino ao lado do Estado Judeu, como dois povos e dois países, capazes de conviver e de se respeitar sob a bandeira da paz e da não violência.

Necessitamos da voz judaica que não tenha medo de enfrentar e delatar o fascismo e o antissemitismo camuflado de antissionismo dessa ‘esquerda’ que virou massa de manobra do fundamentalismo radical Islâmico

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Carta aberta ao Sr. José Genoíno- Jayme Fucs Bar

Carta aberta ao Sr. José Genoíno- Jayme Fucs Bar
Estimado José Genoíno,
Gostaria de, se você me permite, te ajudar a entender essa sua ideia de boicotar judeus e sionistas. Talvez o que eu vá dizer possa te dar alguma luz e mostrar, de fato, como na prática irá funcionar a sua proposta. Mas antes eu gostaria de cordialmente me apresentar:
Meu nome é Jayme Fucs Bar. Vivi no Brasil no período da ditadura e fiz parte da construção do PT, no Rio de Janeiro. Fui ativista do movimento estudantil, onde era parte da organização da DS (Democracia Socialista). Mesmo sendo um socialista convicto, jamais deixei de ser um judeu sionista. Vivo em Israel, num kibutz, há 42 anos. Minha vida aqui sempre foi em prol da luta pela paz, pelo fim das guerras e da violência de ambos os lados. Sempre serei um ativista pelos direitos legítimos de autodeterminação do Estado Judeu ao lado de um Estado Palestino (dois povos e dois países). Vivo na esperança de que esses dois povos possam viver em paz, segurança e reconhecimento mútuo.
Li a sua declaração de boicote aos judeus e à Israel. Juro que fiquei pasmo com esta declaração tão infeliz, que demonstra sua total falta de compreensão e capacidade intelectual, além da insensibilidade para entender sobre esse complexo conflito. Para compreender tudo isso é necessário estudar e aprender sobre os judeus e a história de Israel.
Não quero te julgar sobre a sua posição em relação à existência de um genocídio, mortes e barbaridades nas intervenções militares de Israel, na Palestina. Eu não vejo as coisas dessa forma, mas esse é o seu direito de opinião. O que me intriga não é que você tenha uma posição equivocada sobre o conflito, mas a sua reação de como resolver o problema. Você coloca TODOS os judeus do Brasil e do mundo como culpados em tudo o que se passa nessa guerra, propondo de forma infeliz um boicote aos judeus e ao Estado Sionista.
Geralmente pessoas inteligentes, responsáveis e humildes têm o bom senso de procurar falar do que entendem. Não é seu o caso. Sua proposta de boicote aos judeus te colocou numa situação ridícula, que envergonha principalmente você mesmo. E pior, envergonha os verdadeiros valores socialistas e humanistas, que deveriam fazer parte da postura de um homem público, que se respeita.
Sr. José Genoíno, eu tenho certeza de que você deve estar muito confuso e, na verdade, não venho aqui te desmerecer. O que quero é te ajudar a refletir, junto comigo, sobre a sua terrível e infeliz proposta de boicotar os judeus e o Estado de Israel.
Então companheiro, vamos pensar juntos sobre como seria na prática o seu boicote aos judeus e aos sionistas?
Então vamos lá!
Vamos ver alguns pequenos exemplos do que boicotar judeus e o Estado de Israel acarretaria.
Primeira coisa: você deveria mudar o seu nome José (Yosef). Esse é um nome tipicamente judaico, muito usado desde os tempos bíblicos até hoje em terras sionistas.
Você teria que boicotar o uso no Brasil do Facebook. Também diversas plataformas de tecnologia existentes no mundo, pois são carregadas de elementos judaicos sionistas. Anote alguns pequenos exemplos para você divulgar: o pen drive (USB), o Check Point Software Technologies, o armazenamento na nuvem, os computadores portáteis, o sistema de segurança em veículos MobileEye, o Waze, o drone, tradutores como o Babylon ou Viber etc.
Você terá também que boicotar muitas assistências médicas que os brasileiros recebem, pois os judeus e os sionistas são alguns dos maiores inovadores do mundo, no campo da medicina. Alguns exemplos de tratamentos para o você boicotar: de câncer, diabetes, Aids, esclerose múltipla, doença de Parkinson, laser em cirurgia de garganta, creme de esferoide para o tratamento da pele, pulseira de epilepsia, monitor de pressão cardíaca e cápsula endoscópica para tratamento gastrointestinal. Tudo isso são descobertas dos judeus e sionistas.
Ainda no ramo da medicina, outro boicote ligado à qualidade de vida dos brasileiros: aqueles que necessitam de prótese de mão artificial, que permite a eles escreverem e, até mesmo, sentirem seus dedos. Boicote também aqueles que têm problemas sérios de visão, os judeus e os sionistas inventaram o OrCam, que ajuda essas pessoas com deficiência visual a melhorar sua qualidade de vida. É preciso boicotar os aeroportos do Brasil e do mundo, pois o serviço tecnológico de segurança Kairos, inventado pelos judeus e sionistas, garante a segurança dos passageiros.
Outro boicote importante é água potável, cada vez mais escassa no Brasil e no mundo. Os judeus e os sionistas desenvolveram a tecnologia de dessalinização. Hoje já é usada na Jordânia, na Palestina, nos Emirados Árabes, no Kuwait, no norte da África e na Oceania. Todos bebendo água de fonte criada pelos judeus e sionistas.
Um boicote deverá ser feito nos supermercados e nas feiras de todo o Brasil. Muitos dos legumes, verduras e frutas que consumimos foram irrigados com sistemas de tecnologia criadas pelos judeus e sionistas. Até o tomate cereja, a melancia sem caroço e pimentões doces de diferentes cores devem ser boicotados, pois também são invenções dos judeus e dos sionistas.
Mais um boicote que você não pode esquecer é o uso de aquecimento de água por energia solar, já bastante introduzido no Brasil e no mundo. Praticamente em todas as casas palestinas, dos países árabes, do norte da África e até mesmo do Irã estão usando tecnologia dos judeus sionistas.
Coloque na lista de seu boicote também a compra de eletrodomésticos. Hoje todos os novos eletrodomésticos no Brasil e no mundo usam a nova tecnologia inventada pelos judeus sionistas, que é a Nanofio. É um fio condutor de prata mil vezes mais fino que um cabelo humano e que hoje está inserido em todos os aparelhos domésticos de suas casas.
Sr. José Genoíno, na verdade a lista para boicotar as inovações e a contribuições dos judeus à humanidade é enorme. Não caberia em poucas páginas. Coloquei somente alguns exemplos para o sr. refletir e entender como foi ridícula e infeliz a sua afirmação de boicotar os judeus e os sionistas.
Já ia me esquecendo de um pequeno detalhe. Nós, judeus, sempre contribuímos para esse grande país. Uma nação que amamos até mesmo antes do Brasil ser um país independente. Nós judeus fizemos parte de seu descobrimento, pois Pedro Alvares Cabral era filho de Isabel de Gouveia, uma judia. Seus navegantes também eram judeus. Em caso de boicote esta situação no Brasil seria até muito difícil, pois se tivesse a amplitude desde a descoberta até os dias de hoje, seria impossível o sr. viver por aí. A história da nação brasileira está impregnada pela presença judaica. Isso é tão forte que, quem sabe, podes até estar carregando em suas veias o sangue judaico e não saber, como muitos outros milhares de brasileiros, entre eles o próprio Presidente Lula.
Agora, depois de toda essa reflexão, te pergunto: Não seria, no mínimo digno, você pedir desculpas em público aos judeus do Brasil e do mundo, por sua infeliz sugestão?
Veja sr. Jose (Yosef) Genuíno, desconfio que a proposta que foi feita sobre os judeus e os Estado de Israel foi para agradar, de forma populista, seus companheiros da esquerda. Essa mesma esquerda que vive numa metamorfose de valores e, por se tornar irrelevante nesta atual realidade, necessita se apegar às bandeiras do fundamentalismo religioso islâmico e ao antissionismo.
Essa guerra de fato é uma tragédia terrível para ambos os lados. Mas uma coisa boa está acontecendo nessa guerra. Ela serviu para mostrar as verdadeiras caras escondidas dessa terrível doença crônica, que existe no mundo e chegou infelizmente no Brasil que se chama Antissemitismo, hoje camuflado de antissionismo.
Abra os olhos e veja como seria o seu dia a dia e o de sua família, sem essa grande contribuição que os judeus trazem e continuarão a trazer ao Brasil e à toda humanidade!
Talvez o que mais te incomoda, em seu interior, é saber que os judeus podem viver sem você, mas você não pode viver sem os judeus e os sionistas.
Desejo saúde, paz e sucesso no seu boicote aos judeus e aos sionistas!
Atenciosamente
Jayme Fucs Bar
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Tu Bishvat: a festa da natureza - Jayme Fucs Bar

Tu Bishvat: a festa da natureza - Jayme Fucs Bar
Tu Bishvat é uma excelente oportunidade para refletir de forma mais profunda sobre a nossa vida, uma data em que devemos fazer um esforço intelectual, cognitivo e espiritual sobre tudo que nos cerca, coisas importantes com as quais, muitas vezes, já perdemos o sentido e a relação.
Esse é momento de parar para observar o esplendor da natureza e
contemplar a perfeição de sua beleza, pensando em tudo que a natureza significa para nossas vidas.
Esse é o momento de fazer algumas perguntas sem realmente termos suas respostas, pois o ato de perguntar sobre a relação entre o homem e a natureza é uma prática pedagógica importante muito típica dessa festa:
“Como cuidar desse esplendor que é a natureza?”
“Como fazer desse esplendor parte integral de nossa existência?”
Há diversas formas de comemorar este dia tão especial em nosso calendário judaico, mas talvez a mais importante seja refletir sobre essa magnífica imensidão que é a natureza. Sem ela não somos nada! Sem ela não existe a vida! Esse é um forte motivo para celebrar a data de Tu Bishvat.
A Torá nos traz a sabedoria de relacionar a vida dos seres humanos
à árvore, nos dizendo:
“A Torá é uma árvore da vida para todos que a agarrarem”.
Existe um lindo conto no Talmud que nos ensina o seguinte:
Em um belo dia, um homem muito idoso estava plantando uma árvore. Um jovem passa e pergunta para ele:
“O que você está plantando?”.
“Uma árvore de alfarroba”, responde o velho homem.
“Ora, seu tolo,” disse o jovem, “você não sabe que levam setenta
anos para uma árvore de alfarrobas dar frutos?”.
“Não há problema”, disse o velho homem, “assim como outros
plantaram para mim, eu planto para as futuras gerações”.
Essa mensagem do Talmud é realmente linda!
Então, vamos nos responsabilizar e fazer algo para as futuras gerações?
Que tal plantarmos uma árvore em Tu Bishvat?
Pode ser uma ilustração de árvore e texto que diz "PLANTE UMA ÁRVORE"
 
 
 
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Diário de Guerra 42 Cuidado: Conteúdo Sionista Perigoso! – Jayme Fucs Bar
Esses dias, antes de dormir, li um comentário de uma pequena postagem que fiz. No post estava escrito assim: “Incrível! Extrema esquerda, extrema direita, fundamentalismo religioso. Tudo virou farinha do mesmo saco, com rótulos diferentes!” Eu mesmo me surpreendi de postar uma frase que não havia nada escrito sobre Israel ou Sionismo. Apesar disso, recebi um comentário de uma pessoa que me chocou: “O Sionismo é desumano”.
CARAMBA, QUE LOUCURA!
Acredito que exista, no Brasil e no mundo, milhões de pessoas que pensam assim. Eu sei que estas pessoas estão em estado de delírio, criaram em suas cabeças um fantasma, um monstro chamado Sionismo. Eles acreditam realmente que esse fantasma é real, malvado, desumano. Definitivamente, um perigo para a humanidade.
Para essas pessoas escrevo essas linhas. Na verdade, um alerta. Pesquisei na internet uma lista de coisas muito perigosas, dos malvados e terríveis sionistas. Proponho que essas pessoas guardem, com muito cuidado, no celular esse conteúdo.
Ou mesmo tirem uma cópia e deixem em um lugar exposto em casa. Pode ser na porta principal, na geladeira ou ao lado da cama. Seria interessante também levarem sempre consigo a lista no bolso, pois a lista que apresento pode fazer muito mal a cada um de vocês, que odeiam tanto o sionismo e o Estado de Israel
Então atenção, isso é um ALERTA.
Leiam com muito cuidado a lista abaixo, pois ela está carregada de conteúdos sionistas perigosos. Evitem a todo custo usar esses pavorosos e desumanos elementos sionistas em suas vidas.
ATENÇÃO!
1. Essa é a última vez que vocês vão ler alguma postagem minha no Facebook. Após ler, desative o seu Facebook, já que sua plataforma e tecnologia estão carregadas de elementos sionistas. Descarte seu pen drive (USB). Não utilizem o Check Point Software Technologies, essa tecnologia sionista líder em segurança cibernética, que oferece soluções de segurança para redes, dispositivos móveis. Jamais armazene nada na nuvem. Você deve abandonar tudo isso, pois foram criados pelos terríveis sionistas.
2. Cuidado com seus celulares e seus computadores. Eles estão carregados de tecnologia sionista. Se você usa o Firewall, para aplicação de segurança contra invasões em redes de computadores, nem pense nisso. É invenção dos sionistas. Se você tem um computador móvel, não use jamais. Esses computadores portáteis utilizam processadores, como pioneiro 8088 e o Centrino, que foram desenvolvidos no país sionista pela Intel.
3. Se você tem um carro, jamais use o sistema de segurança MobileEye. Esse dispositivo, com câmera interligada ao sistema de direção do carro, avisa sobre a possibilidade de acidentes em mudança de faixas e proximidade com outros veículos e pedestres. Atenção, cuidado, isso é invenção dos colonialistas e imperialistas sionistas. Já ia me esquecendo: Waze, nem pensar. Invenção dos desumanos sionistas
4. Se você tem um Drone para o seu trabalho, lazer ou pesquisa, pare de usar isso de imediato! E se você descobrir que estão usando drones nas forças de segurança no Brasil, favor denuncie. São tecnologias criadas por esses perigosos sionistas.
5. Se você usa tradutor como o Babylon ou Viber, também precisa deletar, pois são criações do odiável sionista.
6. Mulheres antissionistas deixem por favor de usar aparelho depilador elétrico. É melhor ficar com os cabelos nas pernas do que usar essa invenção maldita dos sionistas dos anos 80.
7. Se você teve as suas mãos mutiladas em um acidente, atenção! Não use prótese de mão artificial, que iria permitir você escrever e até mesmo sentir os seus dedos. Essa tecnologia foi desenvolvida pelos malditos pesquisadores sionistas. Cuidado se tiver problemas sérios de visão, os carrascos sionistas inventaram o OrCam que ajuda pessoas com deficiência visual a melhorar sua qualidade de vida.
8. Se você, Deus me livre, estiver em tratamento de câncer, diabetes, Aids, esclerose múltipla ou doença de Parkinson, você está em perigo. Cuidado, parem o seu tratamento agora de imediato. O Estado de Israel é um dos países mais inovadores no campo da medicina. Atenção! Não utilize esses medicamentos inventados pelos perigosos sionistas.
9. Se você ouviu falar na tecnologia de ReWalk Robotics, que desenvolveu exoesqueletos para ajudar pessoas com lesões da medula espinhal a recuperar a capacidade de andar, saia de perto. É mais uma invenção desses sionistas.
10. Se você tem uma empresa e deseja proteger seus negócios, jamais use CyberArk. Essa inovação tecnológica sionista de segurança cibernética oferece soluções para proteger as informações mais sensíveis das empresas. E quando viajar e estiver no aeroporto peça para desligar todo o sistema de segurança, pois eles usam hoje em todos os aeroportos o Kairos, outra inovação sionista de reconhecimento facial avançada, que garante uma maior segurança aos passageiros.
11. Se você conhece alguém que esteja em situação muito grave e tem esperanças de viver, não use os hospitais sionistas. Eles têm recebido pessoas do mundo inteiro para tratar de doenças crônicas. Dá alegria trazer um filho ou filha ao mundo, onde os terríveis sionistas são os maiores especialistas em inseminação artificial. Alertem no Brasil, nos países árabes, na Palestina e no Mundo! Não podemos deixar que os sionistas, o estado da apartheid e seus hospitais salvem as vidas das pessoas.
12. Quando você for beber água, beba bastante. No futuro, quando não tiver mais água potável no mundo, os malditos sionistas vão usar seus conhecimentos pois desenvolveram a tecnologia de dessalinização. Alertem a Jordânia, Palestina, Emirados Árabes, Kuwait, Norte da África e Oceania para não beberem mais água. Estão todos bebendo água de fonte criada pelos desumanos sionistas.
13. Se você for ao supermercado ou a feira, não esqueça de verificar de forma minuciosa se os legumes, verduras e frutas, que você e suas famílias consomem, foram irrigados com sistemas de tecnologia dos malditos sionistas. Se você gosta de tomate cereja, nem pensar. Esqueça. Esta também é uma invenção sionista. Caso alguém te ofereça uma melancia, verifique bem pois as sem caroço também é uma invenção sionista. Se no mercado tiver pimentões doces, de diferentes cores, não compre de jeito nenhum, pois esta também é invenção sionista. E se um dia te oferecerem para experimentar a famosa tangerina Orri, considerada uma das melhores frutas do mundo, com seu sabor doce e aroma picante, sem semente, não faça isso. Ela também foi desenvolvida pelos malvados cientistas sionistas.
14. Aquecimento de água por energia solar, nem pensar. Faça uma grande manifestação em todo mundo e gritos de alerta, pois todas as casas palestinas, dos países árabes e do Norte da África e até do Irã estão usando tecnologia dos desumanos sionistas. Façam um grande apelo para exigir seu desligamento imediato!
15. Se você for comprar nas lojas de eletrodomésticos, compre somente os aparelhos antigos, pois os novos usam uma nova tecnologia inventada pelos sionistas - o Nanofio. É um fio condutor de prata mil vezes mais fino que um cabelo humano e que hoje está inserido em todos os aparelhos domésticos de suas casas. Se comprarem algo novo, atentem para esse fato que o Nanofio é uma invenção sionista. Usem aparelhos domésticos somente de tecnologia já ultrapassada.
16. Se vocês têm na família, ou conhecem algum paraplégico, fujam de um sistema chamado ReWalk, que ajuda deficientes a ficar em pé, andar e subir escadas. Laser em cirurgia de garganta nem pensar. Creme de esferoide para o tratamento da pele, fujam! Também evitem tecnologias como pulseira de epilepsia ou de monitoramento de pressão cardíaca. Cápsula endoscópica, aquela que basta que o paciente engula uma câmera de tamanho e formato de cápsula, para que seu médico tenha uma visão de seu trato gastrointestinal? Tudo isso é porcaria sionista.
Agora não sei se ficou claro, procure evitar todas essas inovações sionistas descritas e muito mais inovações que não entraram na lista!
Só há um detalhe nisso tudo: O Estado sionista de Israel pode viver sem vocês, mas vocês não podem mais viver sem os sionistas!
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Diário de Guerra 41 - Brasil, o país desproporcional – Jayme Fucs Bar
Seria de extrema importância levar finalmente o Brasil à Corte Internacional de Justiça por praticar, de forma desproporcional, indiscriminada e sistemática atos genocidas contra os povos originários das terras brasileiras - os índios. O Brasil precisa se preocupar em lavar as suas roupas sujas em casa, em vez de procurar fazer “justiça” no Oriente Médio, na Faixa de Gaza.
O Brasil é o país onde, nos últimos 10 anos, morrem em média 110 pessoas por dia. Só por homicídio são quase 40 mil por ano. Mas o Brasil está muito “preocupado” com a desproporcionalidade das mortes na Faixa de Gaza.
O Brasil vive uma guerra interna com mais mortos que em todas as guerras de Israel com os árabes, mas seus governantes não se sentem nada responsáveis pela segurança de seu povo. Eles estão muito preocupados com as mortes e segurança dos palestinos na Faixa de Gaza.
O Brasil é um grande país, que tem tudo para dar certo.
Mas o que o trava seu sucesso são seus governantes e políticos desproporcionalmente ridículos!
 
 
 
 
 
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Diário de Guerra 40 – Ai Meu Deus - Carta Aberta ao Frei Betto - Jayme Fucs Bar
Em resposta ao artigo de Frei Betto - Natal na Faixa de Gaza. Acesso: Natal na Faixa de Gaza. Artigo de Frei Betto - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
Estimado Frei Betto,
lendo seu texto, me senti na obrigação de fazer algumas importantes observações. Gostaria de, se assim me permitisse, apresentar uma versão um pouco diferente, pois infelizmente o senhor desconectou Jesus da sua verdadeira essência e origem.
Goste ou não, Jesus nasceu judeu, filho de mãe judia Maria (Miriam), foi circuncisado como todo judeu e viveu toda a sua vida dentro do povo de Israel. Como ele mesmo declarou: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir.... (Mt 5,17-19). Realmente Jesus foi um excelente exemplo de um bom judeu!
Não sei se você recorda, ou se procura negar, mas de fato toda a história de Jesus se passou no espaço geográfico, político e social dentro das terras de Israel, e não na Palestina ou melhor Filisteia, que só muito mais tarde deu origem ao nome Palestina.
Talvez você não tenha ciência, mas esse povo filisteu veio das ilhas do mar Egeu, hoje Ilhas Gregas. Eles não pertenciam a essa região (hoje Oriente Médio). Provavelmente abandonaram seu habitat por causa de um grande terremoto ou de causas climáticas.
Esses Filisteus, diferentes dos Judeus, não eram monoteístas e sim tinham costumes e cultura pagã. Emigraram para a costa da área litorânea, que hoje corresponde as cidades de Asdod, Asquelon e Gaza.
No velho testamento você pode ler muito sobre os Filisteus, principalmente no livro de Samuel, onde esses locais aparecem como "terra dos Plistin" (terra dos Filisteus).
Eu sei que você não sabe disso, pois nunca te contaram, mas esse nome Plistin (Filisteu) foi um apelido dado pelos próprios israelitas e é um nome pejorativo que vem da raiz da palavra hebraica POLES, que significa INVASOR.
Quase ia me esquecendo, os Filisteus deixaram de existir durante a conquista dos Babilônios em 604 aC. Eles não têm nada a ver com o povo árabe muçulmano. O termo "povo palestino", utilizado para designar os árabes da Terra de Israel, aparece pela primeira vez na Carta Palestina da OLP, em 1964.
Portanto, ao contrário de outros povos do mundo que formaram a sua identidade nacional ao longo de muitos séculos, o povo palestino nasceu de repente, dentro de uma necessidade estratégica do que foi o retalhamento das terras do antigo Império Turco pelos ingleses e franceses, que criaram países e novas identidades nacionais inexistentes até aquele momento.
Não somente a Palestina, mas novos países e novas identidades nacionais surgiram como por exemplo a Jordânia, o Líbano, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes etc.
Veja, estimado Frei Betto, a complexidade desse conflito deve ser dentro de uma realidade e de fatos históricos e não através de fantasias e deturpações, que têm apenas o objetivo de demonizar os Judeus e o Estado de Israel.
Fico admirado em ver o senhor, uma pessoa culta e digna de muito respeito, cair nesta armadilha e ser parte do grupo daqueles que reescrevem a história, transformando o termo Sionismo em um movimento racista, militarista de ocupação, destruição e extermínio do povo palestino.
Pergunto ao distinto e honrado Frei Betto, que atua nos direitos Humanos. Se todos os povos da humanidade têm o seu direito à autodeterminação nacional, como palestinos, curdos, tibetanos, chechenos, bascos etc., por que os judeus, que são um povo milenar, não teriam também esse direito de autodeterminação nacional?
Eu gostaria que o senhor soubesse que sionismo é o movimento nacional do povo judeu. Esse movimento faz parte de um processo histórico milenar, seus laços entre o povo judeu e a Terra de Israel são inseparáveis há mais de 3000 mil anos! Jesus como judeu é parte de Sion.
Veja o que está escrito em Romanos 11 25-29: “Todo Israel será salvo, como está escrito. Virá de Sion o Redentor!” Não está escrito que virá da Palestina o Redentor (até porque não havia Palestina naquela época).
Frei Betto, “Sion” de onde deriva o nome sionismo, o movimento de libertação nacional do povo judeu, não é nome feio, nem palavrão. Sion aparece nada mais, nada menos que 150 vezes na Torá, definindo o local onde se encontrava a cidade de David, em Jerusalém. Isso quer dizer “cidade de Sion”. Veja como está escrito em Marcos 10:47-48 “Jesus era filho de David, tem misericórdia de mim...”. do hebraico podemos assim traduzir Jesus era filho de Sion (filho da casa de David).
Me desculpa, estimado Frei Betto. Eu não sou cristão, mas me sinto na obrigação de te alertar, pois você transformou a identidade e a origem desse grande e amado judeu Jesus em palestino. Eu considero uma grande ofensa à imagem de Jesus e a todo o seu legado, que ele trouxe e continua a trazer para toda a humanidade.
Portanto querido Frei Betto, Jesus não viveu em Gaza e sim na Terra de Israel. Foi criado e educado em Nazaré, por um outro judeu chamado José (Yosef). Jesus, quando já adulto e com formação e convicções claras, entrou em choque com os anciões dentro da sinagoga de Nazaré. Por isso, como bem se sabe, foi expulso de Nazaré e partiu para a Galileia (e não para Gaza).
Foi na Galileia que ele passou a ser amado e reconhecido pelos seus grandes poderes de ensinamentos, curas e milagres, e se tornou um grande líder espiritual, criando a sua própria sinagoga. Isso tudo em Cafarnaum (Kfar Nahum), na Galileia (e não em Gaza, em Rafia ou Jubalia).
Recordo ao estimado Frei que todos os discípulos de Jesus (Yoshua) eram Judeus e não Filisteus (Palestinos). Todos! Sem exceção! Seus nomes verdadeiros eram nomes judaicos em hebraico ou aramaico, e não nomes filisteus ou palestinos.
É claro que você sabe, mas refresco a sua memória: Pedro era Shimon, Tiago era Yakov, João era Yohanan, Maria Madalena era Miriam Magdala etc. Ninguém tinha nome de Armed, Muhamamd ou Mahmud.
Não sei se sabe, mas os muçulmanos invadiram esse território chamado Israel, vindos da Península Arábica em 632 d.C,, dominando-o por mais de 1300 anos, até a conquista dos Ingleses e Franceses, em 1917.
Frei Betto se me permite, eu tenho uma versão diferente de onde Jesus nasceu nesse Natal de 2023.
Neste Natal, Jesus nasceu nos Kibutzim Nir Oz e Beri, localizados na fronteira com Gaza (Faixa de Gaza). Jesus nasceu, nesse Natal, nesses dois Kibutzim, que vivem no sistema de vida que Jesus sempre pregou com Paz, Amor ao Próximo, Igualdade e Justiça Social.
Jesus, quando abandonou Nazaré e foi viver sua vida junto de seus discípulos na Galileia, teve uma vida totalmente comunitária. A prática desse estilo de vida existe em Israel há mais de 2 mil anos, antes mesmo do surgimento das ideias chamadas socialistas.
Hoje, na modernidade, é o que conhecemos em Israel como kibutz, um estilo de vida que viveu Jesus. Eu, pessoalmente, tenho o orgulho de viver e criar meus filhos e 6 netos nesse especial sistema de vida.
Essas estruturas comunais em que Jesus viveu foram as primeiras sociedades comunais organizadas conhecidas na humanidade.
Cada comunidade seguia o princípio básico de que cada um contribuía em função da sua possibilidade e ganhava em função da sua necessidade.
“Deem gratuitamente, tal como gratuitamente receberão!” (Mateus 10:8).
Jesus com certeza nasceu nesse Natal de 2023, nesses Kibutzim. Sofreu e chorou junto com cada uma dessas famílias.
Jesus nasceu nesse Natal entre escombros das casas onde famílias inteiras foram queimadas vivas. Jesus nasceu entre as mulheres e crianças que foram estupradas e seus seios arrancados. Jesus nasceu ao lado da pobre jovem mulher grávida, que teve seu bebê arrancado de seu ventre. Jesus nasceu ao lado das cabeças que foram decapitadas brutalmente.
Jesus nasceu neste Natal aos gritos de Allahu Akbar (Deus é Grande). Chorou e se envergonhou ao ver usarem o nome de Deus para tanta maldade, ódio, violência e selvageria.
Jesus nesse Natal não nasceu cercado de animais em Belém e sim cercado por 3000 terroristas sanguinários fundamentalistas Islâmicos, que invadiram Israel e massacram civis, crianças, homens, mulheres e idosos, pelo simples “crime” de, assim como Jesus, terem nascidos judeus e judias.
No Natal de 2023, Jesus nasceu nos Kibutzim Nir Oz e Beri. Os magos não estiveram presentes, pois tiveram medo de serem raptados para dentro da Faixa de Gaza, entre inocentes crianças e bebês.
Jesus nasceu nesse Natal em Nir Oz e Beri. Jesus chorou e chorou muito em ver o tanto de ódio que se tem nesse mundo, pelo seu amado povo de Israel. Jesus chorou e continua a chorar até hoje, por ver um mundo que não aprendeu nem mesmo com o Holocausto. Jesus chorou ao ver esse desejo satânico de querer exterminar o seu povo e o seu livre direito de existir!
Estimado Frei Betto, com todo o respeito, o seu artigo tem erros históricos gravíssimos, que vale a pena você procurar estudar e entender essa complexidade que é o conflito no Oriente Médio. Te peço para procurar fontes seguras, para não usar o nome de Jesus em vão.
SAIBA: A faixa de Gaza foi liberada por Israel em 2005, quando foi passado o seu controle para a Autoridade Palestina, com intuito de transformar esse território num exemplo de paz e prosperidade. Rapidamente se travou uma guerra civil entre os grupos rivais palestinos Fatah e Hamas e, em 2007, o Hamas expulsou a Autoridade Palestina, assumindo total controle da faixa de Gaza.
Esse território foi transformado em um estado bélico terrorista islâmico, onde não existe nenhuma regra em suas práticas militares. Na faixa de Gaza, desde 2005, não existe exército de Israel, colonos etc. Esse é um território livre palestino já há 19 anos.
Não sei se você sabe, mas o Hamas não está lutando por um estado Palestino livre e soberano, na qual eu e muitos judeus defendemos. Um estado judeu ao lado de um estado palestino - DOIS POVOS DUAS NAÇÕES.
Vale a pena você procurar ler o que está escrito na plataforma da Hamas. Eles desejam transformar o mundo num estado Islâmico, como forma de conseguir a “Paz Mundial”. Para isso devem exterminar Israel e os judeus no mundo e, depois, os “hereges “cristãos, budistas, indus, ateus, LGBTQ etc. Por isso o genocídio que fizeram em Israel em 7 de outubro de 2023, onde assassinaram mais de 1400 pessoas em 6 horas, foi uma pequena amostra da forma prática que eles “justificam seus meios", para alcançar os seus objetivos.
Para terminar te faço uma confissão!
Eu sou Judeu e amo Jesus, eu acredito no Jesus, o judeu! Ele foi um grande profeta que veio, assim como os outros grandes profetas de Israel, cumprir as leis da Torá. Jesus, sempre em suas mensagens, procurou trazer a compreensão e a prática da essência judaica, que é a fé no Único e o amor ao próximo. E é nisso, como judeu, que eu acredito! É foi nisso que Jesus, o Judeu, sempre acreditou.
Frei Betto, por favor, entenda uma coisa: nós, como cristãos e judeus, podemos ter diferenças teológicas na forma que entendemos Jesus. Isso não é o problema, pois cada ser humano tem o direito de ter a sua fé. Mas com uma condição: jamais usar nossas crenças para destruição do outro, por ser e pensar diferente.
Te peço um momento de meditação e reflexão. Faça uma prece ao amado Jesus. Nem você e nem ninguém jamais poderão tirar de Jesus a sua identidade Judaica. Jesus, na minha crença, não é o Messias. Mas isso não importa! O que importa é que Jesus é inseparável do povo Judeu, pois sem o Jesus - o Judeu jamais existiria o Cristianismo.
Goste ou não, é um fato nesse Natal de 2023. Jesus nasceu no Kibutz Nir Oz e Beri, e não em Gaza.
Pode ser uma imagem de texto que diz "AI MEU DEUS!"
 
 
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Você sabia? Jayme Fucs Bar

Você sabia? Jayme Fucs Bar
Algumas informações importantes sobre a História dos Judeus de Portugal que vale você conhecer!
• Os Judeus chegaram à Península Ibérica levados como escravos pelos Romanos, após a destruição do segundo templo, em 70 d.C. Como organização social cultural e religiosa, já viviam na Ibérica muito antes da chegada dos visigodos, árabes e cristãos portugueses.
• Dom Afonso Henriques, o rei que proclamou a independência
de Portugal, na metade do século XII, tinha como braço direito um
judeu chamado Ibn Yahya Ben Rabi.
• Muitos acreditam que cerca de um terço da população de Portugal era de judeus, até o ano de 1496, quando Dom Manuel I decretou sua expulsão.
• A Sinagoga de Tomar, em Portugal, foi construída em meados
do século XV e é uma das mais antigas sinagogas da Europa.
• O poeta Fernando Pessoa, nascido em Lisboa, era descendente
de cristãos-novos.
• O capitão Artur Barros Basto fundou a Sinagoga do Porto e a
Sinagoga de Covilhã, tendo criado um importante movimento para
o resgate dos bnei anussim, em Portugal.
• Em Belmonte existe uma comunidade judaica que sobreviveu
em segredo por 300 anos.
• Dona Gracia Nasi Mendes, cristã-nova e uma das mais ricas mulheres do seu tempo, fugiu de Portugal, boicotou o papa e foi a
patrona da cidade de Tiberíades.
• Existe uma relação próxima entre o fado, um gênero musical
típico de Portugal, e a música ladina dos judeus ibéricos.
• Os termos “bater três vezes na madeira”, “ficar a ver navios”,
“não apontar para a estrela porque nasce verruga”, “pensar na morte da bezerra”, “lá onde Judas perdeu as botas”, entre outros, muito provavelmente se relacionam com os judeus de Portugal.
• Os judeus de Portugal foram proibidos de morar fora das judiarias, onde, após o tocar dos sinos às 17 h, ninguém entrava e ninguém saía, sob vigilância dos guardas da Coroa.
• Os judeus em Portugal eram obrigados a usar distintivos especiais
nas ruas, como chapéus ou uma estrela de David no casaco, como
forma de serem reconhecidos como judeus. O costume do uso do quipá, que não está escrito na Torá, foi criado pelos rabinos em função dessa obrigação.
• Os judeus em Portugal eram impedidos de entrar na casa de um
cristão em que houvesse uma mulher sozinha e proibidos por lei de
manter qualquer tipo de relação matrimonial ou sexual com uma
pessoa cristã.
• Os judeus em Portugal eram proibidos de empregar um trabalhador cristão na agricultura ou de ter um criado ou uma criada cristã.
• Os judeus em Portugal eram proibidos de frequentar uma adega
cristã ou mesmo de tomar vinho junto a um cristão. O conceito
rabínico do vinho kasher, que também não está escrito na Torá, veio da necessidade de proteger os judeus diante dessa lei. O vinho dos judeus tinha um nome especial na época, conhecido como judeaga, o “vinho judaico”.
• Os judeus em Portugal eram obrigados a pagar um imposto
anual, o “judengo”, equivalente a trinta dinheiros e em memória da
“traição” dos “judeus” a Jesus.
• Os judeus em Portugal eram obrigados a receber o rei ou a rainha dançando nas ruas com seus Sifrei Torá “enfeitados”, como um
vergonhoso “desfile judaico”, sempre que alguém da família real
chegava a uma cidade ou aldeia.
*Todas essas informações estão no magnífico livro História dos judeus em Portugal, escrito pelo Rabino Meyer Kayserling. Essa é uma das maiores fontes de pesquisa sobre os judeus de Portugal, que foi completamente traduzida ao português. É, sem dúvida, uma leitura obrigatória para quem deseja se aprofundar sobre o tema, pois a obra também contém muitas referências bibliográficas e outras importantes fontes de pesquisa muito úteis.
Shabat Shalom!
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Diário de Guerra 38 - Emuná [fé e crença] no judaísmo - Jayme Fucs Bar
Muitas vezes judeus e não judeus me questionam e se manifestam muito contrários à forma como prático e creio no judaísmo e de como manifesto a minha própria emuná. Às vezes parece até ridículo alguém achar que somente o que ele acredita é a “verdade absoluta” e a sua emuná e as outras existentes no mundo são enquadradas como pecaminosas ou hereges.
Por isso, resolvi escrever este pequeno texto sobre emuná, para que esclareça a certas pessoas sobre esse direito legítimo de ter emunot diferentes!
Uma vez, um amigo me disse: “Eu não acredito em Deus”. Fiquei curioso e perguntei: “O que você quer dizer, na sua emuná, em não acreditar em Deus? Ou melhor: fale sobre esse Deus em que você não acredita!”.
Ele, meio inibido, me respondeu: “Eu não acredito em um Deus sobrenatural, um pai que vive no céu, que criou o mundo em sete dias, que o universo tem somente 5 mil anos e que tudo que acontece neste mundo é responsabilidade divina”.
Dei uma grande risada e disse: “Nesse Deus que você descreveu para mim, eu também não acredito! Mas isso não quer dizer que eu não acredito em Deus!
Respeito também todos aqueles que têm uma emuná em Deus diferente da forma que eu acredito!”. A emuná é um direito de cada um. Jamais devemos julgar a emuná do outro, pois ninguém tem a verdade absoluta. Cada um possui o direito de manifestar sua emuná da forma que desejar, mesmo que seja de forma diferente do que você pessoalmente acredita.
O judaísmo sempre foi muito rico nas suas diversas manifestações da emuná! O pluralismo é o que faz o judaísmo ser um tesouro de diversidade e sabedoria! Se você é agnóstico, panteísta, transcendental ou acredita no Deus Sobrenatural, ou mesmo se tem emuná no ateísmo, tudo bem! Tudo isso é legítimo!
Se você é ortodoxo, tradicionalista, caraíta, reformista, conservador, humanista, reconstrucionista, cabalista, Bnei Moshe, secular etc., todas essas correntes são legítimas no judaísmo e devem ser igualmente respeitadas.
Na minha emuná, o judaísmo não é somente uma religião: é algo muito mais amplo que uma simples crença religiosa. Talvez a melhor forma de definir o judaísmo na minha concepção é aquela ensinada por Mordecai Kaplan, que definiu o judaísmo como civilização!
Não importa o tipo de emuná que você tenha, o mais importante no judaísmo é o que você vai fazer em sua vida para si e para o outro. Não tem nenhum sentido somente em possuir uma emuná em Deus se você não tem emuná também nos seres humanos.
Acredito que uma regra básica deve existir para a sobrevivência do judaísmo, que é saber respeitar o direito do “outro” de manifestar sua emuná, mas isso exige uma só condição básica: que essa emuná não se torne nunca uma arma de opressão e de exclusão do direito do “outro” existir e ser diferente.
Eu pessoalmente me defino como judeu panteísta. Eu acredito no Único e tenho a consciência de que, como bem definiu Maimônides, “nós, seres humanos, estamos além da possibilidade humana de definir o que seja Deus e tudo que possamos definir sobre Deus não passa de simples especulações humanas”.
Eu acredito que tudo que existe neste universo é parte da criação do Único, somos todos parte dessa unicidade e, se desejamos sentir o que vem a ser esse esplendor, devemos observar que Deus se manifesta na Natureza e em nossas próprias paixões! Deus é a perfeição e o equilíbrio.
A única coisa desequilibrada na criação do Único somos nós, seres humanos, que ganhamos o livre-arbítrio e o usamos, muitas vezes, de forma incorreta e destruidora para nossa própria espécie.
Vocês não precisam concordar ou discordar de mim, essa é a minha emuná e a beleza disso é que teríamos milhares de formas e expressões diversas e extremamente ricas, se fosse possível analisar o que cada um de vocês tem como sua emuná particular.
Na minha emuná, Deus não é responsável pelos problemas da humanidade e do planeta Terra. Deus não é responsável pela guerra, fome, pela miséria e pela violência degenerada no mundo, nem mesmo pela destruição ecológica do planeta. Nós, seres humanos, temos a função de ser responsáveis por humanizar nossas vidas e saber valorizá-la.
Precisamos saber fazer da vida o “Kodesh Hakodashim”, o Santo dos Santos! Tudo isso está em nossas mãos, e não nas mãos de Deus.
Existe um conto judaico que nos ajuda a entender esse conceito de emuná. Conta-se que existia uma família judia muito pobre que fugiu dos pogroms na Polônia para a América. Como imigrantes recém-chegados, quase não tinham o que comer e rezavam muito pedindo um milagre.
De repente, ouviram uma batida na porta e, ao abrir, encontraram dezenas de pessoas. “Quem são vocês?”, perguntou o pai. Cada um dos visitantes se apresentou: “Eu sou a fé. Eu sou a felicidade. Eu sou a saúde. Eu sou o sucesso. Eu sou o poder”. A família, sem entender nada, foi esclarecida num coro único: “Nós somos os seus desejos! Mas, vocês só podem escolher um de nós para entrar em sua casa”.
Os membros da família debatiam o que seria melhor: sucesso ou saúde? Felicidade ou poder? Alegria ou riqueza? No final, tomaram sua decisão. Eles saíram de casa e falaram aos desejos: “Nós escolhemos a emuná”.
E assim a emuná entrou na casa. Então, todos ficaram surpresos, pois os outros desejos entraram junto com ela! “O que está acontecendo aqui?”. O pai ficou espantado. “Vocês disseram que nós poderíamos escolher apenas um desejo”. “É verdade que vocês só poderiam escolher um só desejo”, explicou a alegria. “Mas aonde a fé ( emuna) vai, nós vamos atrás”.
O judaísmo é composto por emunot diferentes! Você tem o direito de seguir sua emuná e ninguém tem o direito de te atrapalhar.
Se você seguir sua emuná, com certeza terá uma grande chance de ter seus desejos e sonhos realizados.
Os Meus desejos são, que essa guerra acabe, e que todos os soldados e reféns, possam voltar para suas casas, junto as suas famílias e que seja possível voltar a viver numa nova realidade sem guerra e sem violência.
Pode ser uma imagem de texto
 
 
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Diário de Guerra 37 - Os Guardiões da Paz – Jayme Fucs Bar
Muitas pessoas me perguntam de onde vem o meu judaísmo Humanista. Posso dizer que tive a sorte de, desde adolescente, ter frequentado o movimento juvenil judaico sionista e socialista - o Hashomer Hatzair. Esse movimento teve um impacto muito forte na minha vida, na formação da minha identidade judaica e como ser humano.
O Hashomer me ensinou a amar o Israel não dos reis, mas sim o Israel dos profetas. Vejam como ficou definido, na carta de sua independência em 14 de maio de 1948: "Um estado judeu em base dos princípios de liberdade, justiça e paz, ensinados pelos profetas de Israel”. Nosso compromisso com esses princípios é a essência do nosso sionismo e a forma que nos faz entender como ser judeus e judias.
Ser parte desse movimento te exige uma certa profundeza e complexidade de ver e entender o judaísmo e o mundo em sua volta. Somos um movimento que, mesmo antes da criação do estado de Israel e logicamente atualmente, sempre que foi necessário, saímos em todas as frentes de guerra para proteger e garantir a existência do estado de Israel. Mas a diferença é que nunca renunciamos à luta, sem trégua, pela necessidade de chegar a uma Paz entre judeus, árabes e palestinos.
Eu sei que para muitos pode parecer uma ideia utópica, e até contraditória, saber lutar nas guerras sem abrir mão na crença da Paz. Principalmente dentro dessa complexa realidade que é o Oriente Médio. Mas é preciso saber que essa é a nossa postura, apesar de muita gente achar que a palavra Paz nessa região perdeu totalmente o seu sentido. Nós não sabemos viver sem acreditar que a Paz um dia será possível, pois esse conceito na crença na Paz no judaísmo é milenar. Suas raízes estão totalmente inseparáveis do que está escrito na Torá.
O Hashomer Hatzair não é um movimento judaico religioso. Ele é secular humanista e vê o Judaísmo como civilização. Mas você não precisa ser religioso para usar as fontes da Torá. A Torá não é monopólio de ninguém. É uma saga humana que pertence a todos e é uma grande fonte de ensinamento e sabedoria. Nela se expressa, de forma muito clara, essa necessidade de chegar a paz, que nós tanto almejamos.
Falar e sonhar pela Paz é um valor judaico antigo. Não é uma ideia pós-moderna, de um grupo que muitos rotulam como "esquerdistas". A palavra Paz aparece em 121 versículos da Torá e está escrita de várias formas, como se fosse um grito. E um desses gritos ordena que o povo de Israel abençoe a paz. Veja que sempre que abençoamos alguém usamos a palavra Shalom (Paz).
Nos tempos antigos, as pessoas caminhavam muito a pé ou às vezes de burro. Sempre que observavam um grupo vindo em sua direção, cumprimentavam como forma de benção: "Shalom Alechem" (que a Paz esteja com vocês). E o outro lado retribuía com a mesma frase. Hoje a palavra Shalom (Paz), que usamos no nosso dia a dia, vem dessa benção.
SHALOM (Paz) é a palavra que mais aparece nas várias bênçãos que os sacerdotes faziam ao povo de Israel. Os sacerdotes entendiam que, se chegássemos a Paz, chegaríamos a um nível muito alto de perfeição. Muitos não sabem, mas nos diversos nomes de Deus um deles é SHALOM (Paz). A raiz da Palavra SHALOM (Paz) vem de SHALEM, que quer dizer perfeito, completo. Talvez os sábios quisessem nos dizer que a forma de você chegar mais perto do Criador é você conseguir, através da Paz, o equilíbrio que tanto necessitamos em nossas vidas.
Uma passagem interessante na Torá é sobre o sacerdote Aarão, irmão de Moises. Está escrito que ele era “um amante e um perseguidor da paz”. Isso significa que Aarão, apesar do povo de Israel ter que travar guerras sem fim por sua sobrevivência, enfrentando poderosos inimigos entre eles as forças egípcias, ele amava a paz e buscava obter a paz mesmo quando ela estava longe de poder ser alcançada.
Estamos vivendo aqui em Israel uma guerra terrível, com muitos mortos, dores e destruições, mas jamais devemos esquecer de procurar fazer tudo para alcançar a Paz, mesmo sabendo que talvez seja preciso nascer uma nova geração.
A Paz (Shalom) no Judaísmo é uma Mitzvah (ato de boa ação) a ser alcançado, vejam mais alguns exemplos:
1. E darei paz à terra e não haverá terror, e expulsarei uma fera maligna da terra, e uma espada não passará pela sua terra” (Levítico 206);
2. “A paz esteja no seu exército, a paz nos seus palácios” (Salmos Kekab 7).
3. “Afaste-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a” (Salmos 44:15),
4. “Que Adonai levante para ti o seu rosto e te dê a paz” (Bamadbar 6:26)
5. Que aquele que cria a PAZ nas alturas traga PAZ para nós, para Israel e para todo o mundo. E digamos Amém (Livro de Jó Yoav)
Me lembrei de uma frase que ouvi de um madrich (educador) do Hashomer, o Sergio Goldenstein Z"L (infelizmente já falecido). Eu era um jovem, ainda adolescente e fazíamos uma discussão sobre a crença em Deus e alguém perguntou ao Sergio se ele acreditava em Deus. Ele respondeu assim:
"Não sei se acredito em Deus, mas se Deus existe, com certeza ele acredita no Hashomer".
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Diário de Guerra 36 – O Amalek e a Guerra na Torá – Jayme Fucs Bar
A Torá não é, como muitos pensam, um livro somente religioso. É uma saga humana e, independente se a sua formação seja religiosa, secular, liberal, tradicionalista ou se você se define como direita ou esquerda, a Torá pertence a todos e é inseparável da civilização judaica. Eu sou um judeu secular humanista, não religioso, mas sempre que tenho uma curiosidade sobre qualquer tema vou a procura do que está escrito na Torá. O surpreendente é que você vai encontrar tudo o que você pode imaginar na Torá. Por isso quero apresentar a vocês como a Torá entende a temática das Guerras.
As Guerras - no mundo antigo os homens tinham como objetivo o extermínio físico da população inimiga e quem sobrevivesse seria escravizado e deveria assimilar a cultura, a religião e a tradição dos vencedores.
Os israelitas, como um povo antigo, foram parte dessa realidade brutal e tiveram que enfrentar muitas guerras contra outras nações que faziam fronteira com a terra de Israel. Eles tiveram que aprender a sobreviver às forças dos grandes impérios e conquistadores, que por muitas vezes invadiram essa região. A maioria absoluta dessas nações e impérios deixaram de existir no curso da História.
Mas fica uma grande pergunta, ainda a ser desvendada. Por que o povo israelita conseguiu sobreviver, apesar de tudo isso?
Vocês podem até rir do que eu vou dizer, mas o judaísmo acredita que é possível que no futuro as guerras desapareçam completamente do mundo. Muitos acreditam que o judaísmo sobrevive porque acredita em profecias e uma delas é: "Nação não levantará a espada contra outra nação e não aprenderão mais a guerra”.
Não é preciso que a profecia seja realizada. O que vale é você crer na sua intensão. No judaísmo existe uma regra: o mundo pode estar um caos e na verdade estamos num caos. Mas você não pode perder a fé (emuna) e deixar de crer que um dia essas profecias possam se concretizar.
Os profetas de Israel recebiam suas profecias através de sonhos, que muitos transformaram em utopias. Mas quem não acredita em sonhos e utopias não consegue sobreviver num mundo onde reina a cultura da violência.
Mas como a Torá vê as Guerras?
A Torá nos apresenta alguns elementos importantes sobre as guerras de Israel. Ela as divide em duas categorias, que tem significados bastante diferentes: A primeira é a guerra de Preceito (mitzvah Israel). É uma guerra que expressa o conceito de uma guerra total da luta da justiça contra um mal que pode levar ao extermínio do povo de Israel. Esse tipo de guerra não está relacionado a outras nações. Ela é uma guerra exclusiva, que almeja a destruição da nação Amalequitas (Amalek).
O segundo conceito de Guerra é de Reshut (autoridade) que é uma guerra que visa expandir o domínio do Estado para além das fronteiras da Terra de Israel, por razões políticas ou econômicas. Nesse tipo de guerra a Torá ordena poupar a vida de qualquer pessoa que esteja disposta a render-se e viver sob a ocupação israelita.
A guerra de autoridade somente poderá ocorrer com permissão dos líderes do Sinédrio. Um bom exemplo são as guerras do Rei David que são citadas no Talmud como um protótipo para guerras de Reshut (autoridade). Em contraste com uma guerra de preceito (mitzvah Israel), que não existe a necessidade de autorização do Sinédrio.
Uma das diferenças entre esses dois tipos de guerra, descrito na Torá, é que antes de qualquer cerco e do início de uma guerra de Reshut (autoridade), está escrito sobre a necessidade de clamar pela paz e negociar. Antes de sair para uma guerra essa estratégia foi usada pelo reino de Judá. Graças a isso ele sobreviveu na História, diferente do reino de Israel que, apesar de ser muito maior e mais forte, saiu para uma aventura contra o império assírio e foi totalmente exterminado.
Outra curiosidade é que numa guerra de Reshut (autoridade), o cerco deve ser iniciado pelo menos três dias antes do Shabat, enquanto em uma guerra de Preceito (mitzvah Israel) não existe isso. Não se pediu paz para a nação Amalequitas (Amalek), pois o objetivo deles era nos destruir. Esse conceito é tão forte na Torá que numa guerra contra eles foi até permitido iniciar um cerco no Shabat.
Na Torá está escrito que antes de ir para a guerra, o sacerdote tinha a função de se apresentar frente aos guerreiros. Sua fala era dividida em duas partes, a primeira antes de saírem e a segunda quando estavam perto para entrar em combate.
As palavras do sacerdote era para lembrar o que está escrito na Torá: “Você não terá medo deles” e, de acordo com alguns sábios, o mandamento "não ter medo durante a guerra" explica que a proibição do medo ocorre somente durante a própria guerra. Já nos dias de paz o homem pode ter um coração fraco e temeroso.
O que chamamos hoje de estrela de David, em hebraico esse nome é escudo de David. Ele não era usado como conhecemos hoje como um símbolo judaico. Ninguém usava a estrela de David com um colar no peito. A função do escudo de David era simplesmente militar, de encorajar os guerreiros na luta contra os Inimigos. A estrela de David era um tipo de mandala que representava, em cada escudo, que esses guerreiros estavam lutando e dispostos a morrer em nome do Deus de Israel.
Nas fontes da Torá está explícito que o serviço no exército era feito apenas por homens. Mas não existe nenhuma proibição na Torá para que uma mulher se aliste no exército. De forma geral essa era a realidade aceita nessa época, que apenas os homens se alistavam e não as mulheres.
Mas é interessante que na Torá mostra, em certas ocasiões, que mulheres participaram de guerras. Neste caso elas tinham que raspar os cabelos, cortar as unhas e se vestirem como homens. Os sábios acreditam que essa era a forma de tirar a beleza da mulher guerreira e igualá-la aos homens.
Temos também provas concretas de mulheres que se tornam guerreiras e heroínas nas guerras de Israel na Antiguidade. Entre elas temos Débora, a profetisa, que salva o povo de Israel das garras dos seus inimigos, Yael, esposa de Héber, que matou o líder cananeu Sisera e a famosa Judith Bat Marari, que conseguiu chegar diante do general Holfornes e o matou.
Hoje estamos vivendo mais uma das guerras de Israel. Uma das piores desde sua reconstrução em 1948. Para quem desejar, podemos usar a linguagem bíblica de que essa guerra contra a Hamas é uma Guerra de Preceito (Mitzvah Israel), pois apesar de estarmos num período pós-moderno, ouvimos em Israel muita gente chamar o Hamas, Irã e Hezbolah de os novos Amalequitas (Amalek).
Sempre na história judaica, quando estamos em emergências podemos ver que acontecem certas reações do povo de Israel que nos surpreendem. Uma delas é a quantidade enorme de participação de mulheres em todos as funções militares, lutando corpo a corpo nas frentes de guerra, com muitas histórias de heroísmo, sacrifícios e de bravura.
Outra é a grande mobilização dos reservistas, mesmo aqueles que já deram baixa devido a idade, que comparecem como voluntários nos campos de batalhas. Também impressiona a mobilização da sociedade civil em geral que apoia, com todos os meios possíveis, todos aqueles que estão se sacrificando por suas vidas, em defesa de Israel.
E com certeza o mais curioso, e talvez muitos de vocês devam estar se perguntando: o que está acontecendo com a comunidade ultraortodoxa? E se tudo isso está escrito na Torá, por que a maioria dos ultraortodoxos se negam a servir no Exército de Israel?
A resposta é simples. Eles não aceitam a criação do Estado de Israel moderna, realizada pelos homens. Eles ainda estão a espera do Messias para essa realização.
Mas eles, que como todos que presenciaram de perto essa terrível, trágica e a sanguinária matança realizada pelo Hamas em 7.10.23, onde mais de 1300 pessoas foram assassinadas e outras centenas raptadas, pararam para pensar. E isso os levou a uma nova reflexão.
Certos setores da ultra ortodoxia começaram a ver a realidade dentro do conceito Bíblico: Hamas = Amalequitas (Amalek) e entenderam que estamos numa guerra de Preceitos (Mitzvah Israel). Independente da chegada do Messias para fazer a Geula (A Redenção), é uma mitzvah agora nesse momento se alistar no Exército de israel.
O judaísmo é amplo e muito sábio. A Cabala interpreta a palavra hebraica AMLEK (Plural Amalekim) de uma forma muito interessante. A palavra Amalek têm o valor numérico da palavra Safek, que significa “dúvida” ou “incerteza”.
O que podemos entender com isso?
Matar o Amalek não é matar somente a nação de Amalek e sim matar também as incertezas que temos dentro de cada um de nós.
Fico aqui numa grande curiosidade sobre o percurso dessa guerra.
Me pergunto se o nosso primeiro-Ministro Benjamin Nathaniel conseguirá matar as dúvidas e as incertezas que leva dentro de si.
Será que ele terá coragem de assumir todas as responsabilidades desse caos que estamos vivendo e no final saberá se demitir?
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