Humanistas, Deus e Moisés - Jayme Fucs Bar

Humanistas, Deus e Moisés - Jayme Fucs Bar
Em um mundo tão conturbado, com tanta violência, tantos preconceitos e tanta corrupção, penso em uma conversa que tive com uma amiga sobre a passagem de Êxodo em que Deus manteve um diálogo profundo com o Profeta Moisés, que provavelmente teve de transcender os conceitos de tempo e de espaço para poder chegar mais perto de Deus.
Deus vai anunciar um dos mais importantes eventos da humanidade, no qual todos os seres humanos serão representados, ali, pelo Profeta Moisés, que receberá as Tábuas da Lei. De fato, esse será o pacto profundo entre Deus e o ser humano, entre o ser humano e si mesmo. Esse pacto vai ser escrito em pedra lavrada, os denominados Dez Mandamentos. Em outras palavras, esse será o código moral e ético que deverá reger toda a humanidade.
Talvez o nosso Profeta Moisés, nesse diálogo tão humano, ainda
tenha tido a coragem de perguntar a Deus: “E agora, Deus? O que
vai acontecer? Para onde vamos?”.
E talvez Deus tenha respondido: “A partir de agora, vocês têm o código da moral e da ética a ser cumprido, portanto, se ‘virem!’”.
E parece que Deus nos deixou a “se virar por aqui” e foi para o seu
tempo-espaço, “o Sempre”, o mundo Celestial.
Estamos nessa jornada já há muito tempo, procurando “se virar” sem grandes resultados! Já se passaram mais de 4 mil anos e as metas de moral e da ética das Tábuas da Lei ainda estão muito longe de serem alcançadas pela humanidade. E essa, talvez, seja a grande missão que devemos assumir em nossas vidas como seres humanos aqui na Terra.
No judaísmo, temos “dois amores”, dois pilares inseparáveis um do
outro: “Amar a Deus” e “amar ao próximo, o ser humano”.
Não é suficiente somente amar a Deus se não somos capazes de amar os seres humanos!
O filósofo humanista Kenneth Phife define essa questão de forma
muito interessante:
“O humanismo nos ensina que é imoral esperar que Deus aja por
nós. Devemos agir para acabar com as guerras, os crimes e a brutalidade desta e das futuras eras. Temos poderes notáveis. Termos um alto grau de liberdade para escolher o que havemos de fazer. O humanismo nos diz que, não importa qual seja a nossa filosofia a respeito do universo, a responsabilidade pelo tipo de mundo em que vivemos, em última análise, cabe a nós mesmos.”
Shabat Shalom e Chag Pessach Sameach!
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