A Fome no mundo e Israel

FOME  NO  MUNDO  E   O  SILÊNCIO  TUMULAR  DE  ISRAEL

Em vez de um  envolvimento internacional desgastante, inócuo, contraproducente, fadado ao redondo fracasso contra o reconhecimento do Estado  árabe palestino, Israel deveria estar envolvido com problemas mais sérios que afetam  a humanidade,  como a grave epidemia de fome que já atinge a 1 bilhão de seres humanos pobres e miseráveis do planeta. 

 

Um Estado que está a exigir o reconhecimento de que é o país representativo do povo judeu no conserto das nações,  antes de tudo, deveria mostrar a todos o que  é  um dos mais relevantes preceitos do judaísmo de justiça social,  a tzedaká, oferecendo, por meio da FAO, aos paises famintos ajuda técnica para a melhoria da produtividade de alimentos no sentido de conquistar sua auto-suficiência.

 

Mas, infelizmente,  em vez de ir ao encontro dos olhares esperançosos do mundo por uma ajuda de Israel, sabidamente a vanguarda cientifica na produtividade agrícola em solos áridos e maltrados, Israel  se alienou por completo da calamidade, ignorando totalmente a sua existência. Na mídia israelense difundida pela Internet- nenhuma palavra, nenhuma linha, nenhuma coluna, nenhum discurso no knesset ,  nenhum pronunciamento do gabinete sobre a calamidade da fome e subnutrição.  Quanto desdém  em face a este drama humanitário. Poderia algum judeu consciente no planeta assim agir?  Fica a  desconcertante indagação no ar....

Shalom,

Marx  

 

FAO  UMA  ESTRATÉGIA  CONTRA  A  FOME

 


Havana (Prensa Latina) Em 2010, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), advertiu sobre a ameaça que representam os altos custos das matérias primas. Hoje busca com medidas emergentes paliar uma crise alimentar global.

  Quando muitos governos analisam alternativas para moderar o impacto dos elevados preços de gêneros comestíveis e insumos, mediante restrições às exportações e redução de tarifas de importação, o diretor geral da FAO, Jacques Diuf, alertou nesta semana que estas políticas não são suficientes.

O titular solicitou uma ação internacional concertada por um incentivo para oferecer ajuda técnica às nações marcadas pela fome e pelo subdesenvolvimento (o grifo é nosso)

Atualmente, a FAO desenvolve seu programa de ajuda na maioria dos 157 países mais prejudicados com a escassez de alimentos e recursos para produzi-los, bem como com os elevados custos destes gêneros e de energia, também imprescindíveis para seu desenvolvimento.

Nesta estratégia participam, junto com a filial das Nações Unidas, instituições como o Programa Mundial de Alimento e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.

Dentro da política está, como meta priorizada, a ajuda aos milhares de famintos no Chifre da África, onde diariamente morrem dezenas de crianças, mulheres e idosos.

Igualmente a FAO trabalha numa colaboração direta com o Haiti, a nação mais pobre do continente americano. Segundo cifras oficiais, uma de cada cinco crianças dessa região sofre de desnutrição e mais da metade da população subsiste com menos de um dólar ao dia, o que no nível atual de preços equivale a meia refeição diária.

Para contrabalançar a alta dos preços, a FAO anunciou nesta semana a distribuição de cerca de 600 mil toneladas de sementes, o que inicialmente beneficiará por volta de 70 mil famílias de camponeses nas zonas mais pobres com um custo de quatro milhões de dólares.

NECESSIDADE DE MAIS FUNDOS

No entanto, se forem obtidos fundos adicionais de 64 milhões de dólares, haverá mais partilhas durante as duas próximas temporadas, ou serão beneficiadas outras 400 mil famílias, advertiu um relatório do organismo, onde se subscreve este plano de auxílio.

A Comissão de emergência da FAO para América Latina e Caribe, destacou que o Haiti já sofria uma profunda crise como resultado das inundações que em 2007 o açoitaram, com grandes implicações aos camponeses. Mas os aumentos de preços internacionais pioraram a situação.

Por sua vez, Henri Josserand, do sistema Mundial de Informação e Alerta da FAO, assinalou que a inflação atinge com maior impulso os pobres, já que a percentagem das despesas que dedicam aos alimentos é imensa.

Estes representam no mundo industrializado entre 10 e 20 por cento da despesa de um consumidor, enquanto nos países subdesenvolvidos o número flutua entre 60 e 80 por cento, e muitas destas nações são, ademais, importadoras desses produtos de subsistência.

Segundo as últimas previsões da FAO, as reservas mundiais de cereais tocarão fundo em 2011, depois de 27 anos, com 405 milhões de toneladas, cinco por cento abaixo do nível do período anterior, cuja diminuição já foi considerável.

Por isso os possíveis doadores -países ricos e instituições financeiras internacionais- são instados a incrementar suas ajudas ou reprogramar as existentes, de maneira que se dirijam a quem dependem deles para não morrer.

Segundo as estimativas provisórias, serão necessários entre 1,2 e 1,7 bilhões de dólares em fundos adicionais para paliar a situação e evitar uma débâcle de dimensões catastróficas.

Em seus últimos relatórios, a FAO indicou que para 2030 os preços dos alimentos básicos serão duplicados.

Neste sentido, o organismo especializado da ONU, pede que governos e entidades privadas trabalhem no sentido de criar provisões que permitam paliar a fome no mundo.

A ONG britânica Oxfam, que trabalha neste setor, coincidiu com a FAO em que o custo médio dos produtos agrícolas básicos passará a ser em 2012 entre 120 e 130 por cento mais que o atual.

Solicitam às autoridades do mundo a regular melhor os mercados alimentários e a investir num fundo global que permita estar mais bem preparados economicamente para as próximas duas décadas.

"É preciso reformar o sistema alimentário se queremos superar os cada vez mais presentes desafios da mudança climática, da má distribuição dos produtos, do combate à variação dos preços e da escassez da terra, água e energia", expressou a diretora executiva de Oxfam, Barbara Stock.

As últimas avaliações feitas pela FAO, por economistas e especialistas sobre a matéria, coincidem com o diagnóstico feito pela Oxfam.

O aumento dos preços dos alimentos e a escassez de produtos agrícolas, seguem sendo um problema preocupante na metade de 2011 para os milhões de famintos do mundo.

A FAO destacou que não importa se falamos da crise de alimentos ou a crise econômica global, há uma realidade, disse, e são os mais de 1,02 bilhões de famintos.

Neste ano, estima-se que a fome terá atingido um novo recorde histórico em quantidade de pessoas que padecem este flagelo no mundo, pois, sublinhou que um de cada seis habitantes do planeta a padece.

Na América Latina e no Caribe, a população que tem fome atinge 53 milhões de pessoas, o que significa o regresso aos níveis de subnutrição existentes a princípios da década de 1990.

A FAO recordou que a América latina tinha sido a única região a nível mundial que tinha tido avanços na luta contra a fome nos últimos anos.

Pontuou que os fatores que num primeiro momento causaram a crise alimentária seguem presentes: produtividade agrícola baixa; queda na disponibilidade de água e diminuição na obtenção da terra.

O organismo colocou que também influem mundialmente no aumento da fome as freqüentes inundações em algumas regiões e as secas em outras, e a diminuição dos investimentos em investigação e desenvolvimento agrários.

* Chefe da Redação Econômica da Prensa Latina

 

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