Tel Aviv, 22 de novembro de 2012, 19h. Uma chuvinha fria afugenta as pessoas da rua. Um dia antes, um atentado a bomba em um ônibus no centro da cidade deixou um saldo de 28 feridos. O país vivia o último dia do último conflito na Faixa de Gaza -o cessar-fogo foi declarado naquele mesmo dia.
Em Tel Aviv, os moradores seguem suas vidas sem aparente tensão apesar do atentado, o primeiro do gênero desde 2006. Não há policiamento ostensivo.
Com o fim do chuvisco e a chegada da noite, bares e casas noturnas começam a encher -é a famosa cena noturna de Tel Aviv. No dia seguinte, o movimento de Jerusalém tampouco transparecia qualquer anormalidade.
Já o turismo acaba perturbado pelos momentos de conflito. Segundo o diário israelense "Jerusalém Post", o setor caiu 43% no país durante a operação Pilar de Defesa, em novembro.
Em termos gerais, no entanto, o turismo segue forte no país -o mês de outubro registrou um recorde de visitantes, 391 mil, 13% mais que no mesmo período de 2011. De janeiro a outubro, o país recebeu mais de 3 milhões de visitantes, aumento de 8% em relação a 2011. Diminuto -área total de 20.770 km², menor que El Salvador (21.041 km²) e Sergipe (21.910,348 km²), o menor Estado brasileiro-, concentra uma herança histórica e religiosa única, que atrai fiéis e céticos igualmente, e belezas naturais como a costa do mar Vermelho e a região desértica do Mar Morto.
Editoria de Arte/Folhapress |
JERUSALÉM Capital de Israel, embora não reconhecida como tal pela ONU e pela maioria dos outros países, Jerusalém pede ao menos cinco dias para ser bem explorada. E uma boa maneira de começar é com uma visita ao Monte das Oliveiras. Do alto, Jerusalém -sagrada para as três principais religiões abraâmicas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo- se revela em sua profusão de abóbadas e torres. São tantos lugares santos que o turista fica com receio de tropeçar e pisar em algo sagrado nos corredores estreitos da Cidade Velha. Na paisagem, se sobressai o dourado da Cúpula da Rocha, local onde, segundo a tradição islâmica, o profeta Maomé subiu aos céus para receber instruções de Deus. A igreja do Santo Sepulcro, onde Jesus teria sido crucificado, enterrado e ressuscitado, pede uma lida atenta de um bom guia antes da visita, dada a complexidade de marcos religiosos dentro do local. Outra visita obrigatória é ao Muro das Lamentações, única estrutura restante do Grande Templo, sagrado para os judeus, que dividem o espaço com turistas de outras religiões para rezas. Para ver a diversidade cultural de Jerusalém, vá ao Machane Yehuda, mercado coberto no qual se vê de tudo e todo tipo de gente em um só burburinho. E perca-se.
Marina Della Valle/Folhapress | ||
Judeus e turistas dividem espaço no Muro das Lamentações, em Jerusalém |
As beleza do Mar Morto:
Comentários