O Beith Midrash do Judaísmo Humanista e O CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA – CHCJ convidam. As Lições de uma lição talmúdica de Emanuel Levinas: sobre bruxarias e espiritualidades numa religião para adultos Palestrante: Prof.Dr. Paulo Blank – Professor no Beith Midrash do Judaísmo Humanista, Psicanalista, Doutor em Comunicação e Cultura/ UFRJ, autor do livro “Cabala: O Mistério dos Casais”. 22/ 09/ 09 – (3ª. Feira) –20 horas. O Centro de História e Cultura Judaica funciona em predio anexo da ARI na Rua General Severiano, 170/ 6º. andar Botafogo - RJ com amplo estacionamento gratis no local. Emanuel Levinas recolocou a ética no centro do pensamento contemporâneo ao considerá-la como filosofia primeira. O que antes era um assunto marginal da filosofia passou a ser foco de atenção em um mundo que, depois do horror da segunda guerra mundial, hoje, na era da globalização, se encontra diante de massas de imigrantes, guerras étnicas, fundamentalismos religiosos, populações deslocadas em busca de trabalho em um planeta em ritmo de degradação climática. Nesse contexto o pensador Emanuel Levinas atrai a atenção de todos por recolocar a questão do comprometimento no eixo da vida humana. Interesse facilmente perceptível nos inúmeros sites na internet e na quantidade de livros ao seu respeito, começando pelo Japão e passando pela Europa, EUA, Israel, chegando também ao Brasil onde já é bastante conhecido dentro de universidades católicas... Nascido em Vilna, a “Jerusalém da Lituânia”, sobrevivente da grande guerra, Levinas percebeu na responsabilidade e no outro o centro do pensamento judaico. Em Israel sua importância e popularidade cresce como uma referência para pensar um país multicultural, humanista e judaico fundamentado em uma cultura que traz para o mundo contemporâneo a força renovadora da tradição. A Dra Elizabeth Goldwin, em artigo publicado no jornal Haaretz em 2008, afirmava que se “existe algum sentido para o judaismo do estado de Israel, ele se encontra em Levinas”. Ao que tudo indica a razão parece estar com ela. Pensador sem pieguice ou deslumbramento, envolve-se com temas como o perdão, a política, a guerra e a paz, a discriminação, a relação com o cristianismo, a filosofia do hitlerismo, o rosto, a transcendência do próximo, a exploração, a espiritualidade, Deus, enfim, todos os assuntos deste mundo lhe dizem respeito. Destemido, rigoroso, poético e profundamente realista, criou uma obra onde é possível repensar a espiritualidade judaica. Enraizado numa leitura instigante da Torah e dos textos talmúdicos ele empreende um retorno possível ao judaísmo para além dos limites que conhecemos na religião institucionalizada. Sejam estes limites os da ortodoxia judaica, do reformismo ou, ainda, aquele embebido nas mensagens do New Age ou da cabala popularizada. Como ele mesmo afirma: se algo caracteriza o judaísmo é a sua concepção da religiosidade como uma relação ética com o outro homem. Longe dos êxtases místicos, a espiritualidade judaica se realiza sob uma difícil liberdade e uma infinita responsabilidade exercitada numa religião de adultos. Um particularismo do judaísmo que, ao invés de isolá-lo, deve dar-lhe a consciência do quanto tem a dizer ao Ocidente sempre vivendo com dificuldades de lidar com o diferente e encantado pelas tendências totalitárias. Nesta próxima aula, aproveitando os Dias Intensos que separam Rosh Hashaná de Yom Kipur, estudaremos o tema do perdão, os limites e magias da linguagem, a experiência da espiritualidade, aprofundando as diferenças que separam o Sagrado e o Santo em uma religião para adultos.
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