by Magal JERUSALÉM - A libertação de Gilad Shalit é carregada de simbolismo. Ao longo dos cinco anos em que ficou em cativeiro nas mãos do Hamas, uma verdadeira campanha midiática foi feita em torno do nome do soldado, transformado em ícone por adesivos, cartazes e comerciais de televisão. Publicitários e outros especialistas contratados pela família de Shalit conduziram uma campanha sofisticada, com a participação de celebridades, músicos e um batalhão de voluntários. Tudo para pressionar Israel - durante os cinco anos foram dois primeiros-ministros - a negociar a libertação do soldado, capturado na fronteira com Gaza em 2006. O acordo para a libertação do soldado é fruto, em parte, dessa pressão propagandística - além da flexibilidade das autoridades envolvidas. Quando foi capturado, Shalit tinha 19 anos e servia na unidade de tanques na fronteira com Gaza. O grande mérito da campanha, dizem especialistas, foi transformar o soldado em um rosto comum, que, num país onde o serviço militar é obrigatório, poderia ser de qualquer jovem israelense. - O que nós fizemos foi estrategicamente identificar a mensagem principal da campanha, a de que Gilad era o filho de todo mundo - disse Benny Cohen, um dos chefes da agência de publicidade contratada em 2007 pela família de Shalit. Essa imagem de Shalit é facilmente vista nas ruas de Israel em outdoors, bandeiras e adesivos. Do lado de fora da residência do primeiro-ministro, um contador marca os dias que o soldado ficou cativo - ponto de convergência de ativistas e curiosos. Benny Cohen diz que uma das razões que impulsionaram a campanha pró-Shalit em relação a reféns de outras décadas foi a nova era dos meios de comunicação. Segundo ele, novidades dos últimos anos, como as redes sociais, foram fundamentais para mobilizações. A campanha parece ter dado certo. Apesar de o acordo contemplar a libertação de centenas de presos palestinos, uma pesquisa divulgada pelo jornal "Yedioth Ahronoth" na segunda-feira mostrou que 79% dos israelenses apoiam a a troca. O apoio é ainda maior entre as mulheres (84%).
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