Um comitê de oito ministros seniores decidiu formular uma nova política, e por unanimidade concordaram em dar duras respostas em caso de futuro seqüestro de soldado ou civil israelense por terroristas. O grupo, que incluiu o primeiro-ministro e o ministro da Defesa, por unanimidade concordou com esta política. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou durante a discussão a portas fechadas que "a realidade está nos forçando a mudar as regras do jogo".
Soldados israelenses em patrulha na fronteira
A decisão foi tomada várias semanas depois que o soldado israelense Gilad Shalit foi libertado em outubro, após cinco anos que foi mantido em cativeiro pelo Hamas, em troca da soltura de mais de 1.000 prisioneiros palestinos. A questão do sequestro de Shalit e o longo cativeiro era um ponto permanente no discurso israelense, até 18 de outubro, o dia em que ele foi libertado.
O ministro da Defesa Ehud Barak receberá um relatório definindo protocolos claros, no caso de um seqüestro. Um alto oficial militar clarificou recentemente que procedimentos serão instituídos para orientarem os israelenses para seguirem o que chamou de ‘código moral nacional’ e assim como transmitir uma clara mensagem para o inimigo que o seqüestro de israelenses não valeria a pena.
"A era do autocontrole terminou" declarou um alto funcionário do governo. "Qualquer pessoa que seqüestrar um israelense terá que pagar, possivelmente com o fim do seu governo".
O relatório Sangar, compilado por uma comissão liderada pelo ex-chefe da Justiça Meir Sangar, visa estabelecer diretrizes sobre negociações relativas a prisioneiros de guerra e sequestrados. Barak nomeou a comissão em 2008, dois anos depois que Shalit foi seqüestrado, mas para que as conclusões somente fossem apresentadas depois da sua libertação. A comissão também incluiu o ex-Diretor Geral do Ministério da Defesa major-general (res.) Amos Yaron e o renomado professor Asa Kasher, que formulou o código de ética das FDI. Após a libertação de Shalit um painel de três membros entrevistou David Meidan, o negociador nomeado pelo governo que participou na finalização do acordo sobre Shalit, e somente após o comitê concluiu o seu relatório.
O acordo somente foi finalizado depois que os dirigentes do Hamas suavizaram a sua posição e concordaram com a deportação de mais de 1.000 prisioneiros palestinos libertados para Gaza e para o exterior, em vez de insistirem para que eles retornassem para a Judéia e Samaria.
Netanyahu disse que por causa da longa história de Israel de trocas de prisioneiros, agora é o momento para que diretrizes específicas sejam definidas.
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