Me interesso por assuntos da ordem de justiça e fraternidade desde os 8 anos, e agindo - na ótica de uma criança - desejei me interessar por judaísmo aos 16 e deduzi que não fosse algo do meu mundo. Agora aos 36 faz 10 anos que abracei o judaísmo enquanto amor, identificação, lealdade e entrega á cultura hebraica. Como brasileiro nascido em país cristão e realmente educado á esta maneira, houve um porquê e bem expressivo. De tanto estudar a bíblia (incluindo o novo testamento) me foquei na estrutura máxima da mensagem de amor incondicional e em seguida na sua raiz estrutural. Em alguns meses minha atenção era para este enfoque na Tanach, logo nela e nas personalidades que a refletiram através da nossa história. De repente mergulhei na Torah com minhas limitações tendo por foco o amor incondicional na pessoa de Iehouah Elohim e sua expressão tanto no judaísmo como na humanidade. Um tanto isolado por 3 anos não notei o desenvolvimento do judaísmo humanista enquanto movimento, até que ontem (17/10/11) minha esposa indagou se não haveria alguma opção judaica para mim em Campinas - cidade próxima de Indaiatuba -. Ela sabe que há membros do judaísmo anoussita - causa que também apoio respeitando os limites culturais de nossa época -, mas não me vê ainda envolvido. Tenho percebido todas as formas de judaísmo como essenciais - acredito que tal qual a filosofia expressa no grupo - e a ação das mesmas como vitais para o florescer da consciência humana individual e coletiva.
Até pouco me parecia, á parte das personalidades judaicas envolvidas, que 'humanismo' sempre fosse antítese a qualquer noção de judaísmo - mesmo reconstrucionista - e usado de forma egocêntrica bem como imatura por muitos dos envolvidos declinando mais para um radicalista humanocentrismo do que uma consciência global, frutífera e sadia.
Pelo que pude perceber o movimento do Judaísmo Humanista resgata com perfeição - minha perfeição inclui variação(erro) - o humanismo sempre presente nas relações e manifestações históricas do judaísmo desde a noção de pai e mãe da humanidade até o filho (a) mais recente nascido de pai e mãe. Sou muito grato aos responsáveis, primeiro pelo esforço inicial e então pela continuidade do mesmo. Todá Rabá.
Comentários