Será que temos regalado a Torá?

Quando tem chegado o momento em que cada judeu deve definir o conteúdo de seu judaísmo, a referência é geralmente feita em relação a observância.

 

Enquanto uma minoria desproporcionalmente visível se define ideologicamente, e no seu comportamento,  como ortodoxos, e outra minoria totalment no observante, a vasta maioria dos judeus (de acordo com algumas estimativas, dois terços deles) dizem se encontrar em um ponto intermediário.

 

Este ponto “intermediário” é realmente o que a maioria dos judeus querem dizer quando eles se rotulam de "tradicionalistas".

 

Suas práticas judaicas são o resultado do que eles observaram em suas casas, ou faz parte da prática da sociedade a que eles pertencem.

 

O que nunca parece ser parte das tradições observadas,  e aquelo sem o qual argumentar que um e judeu, e extremamente difícil.

 

No momento em que o calendário litúrgico judaico evoca através da festividade de Simchat Torá o princípio de que "o estudo da Torá supera todos” os outros mandamentos, práticas e tradições, a pergunta a ser feita é por que é que o TaNaKh é em grande parte uma literatura desconhecido entre os judeus ou o seu conteúdo é muitas vezes distorcido?

 

Simon Uriel, o lendário professor de Estudos Bíblicos na Universidade Bar Ilan disse que "a nossa ligação com a Bíblia diminuí constantemente; já não é uma fonte de inspiração e orientação, ela perdeu a magia.” Outros como o falecido Abraham Joshua Heschel perguntam: "dizemos que hemos dado a Bíblia ao mundo, será que temos regalado ela? "

 

As pesquisas sugerem que o estudo do TaNaKh não e interessante pela maioria dos estudantes, por o sentido religioso atribuído a ele. Mesmo os judeus ortodoxos que consideram a Torá escrita como primária em santidade, não consideram ela primária em autoridade. Esse privilégio e reservado para a lei oral, que, como foi observado pelo professor Uriel, também determina quais são os conteúdos do TaNaKh que são relevantes hoje.

 

Seja o que for, porque o judaísmo tem seus fundamentos no TaNaKh, seu estudo não pode ser reduzido a uma obrigação religiosa, uma forma de culto, ou mesmo uma experiência espiritual. O estudo do Tanakh, mesmo quando realizado por razões não teológicas ou até céticas, pertence à essência de ser judeu.

 

Nas palavras do recentemente falecido estudioso bíblico George E. Mendehall: a Bíblia "pode ​​ser ignorada no pressuposto de que a experiência humana do passado não tem nenhum valor para o presente."

 

Todos os judeus, portanto, deveriam se apressar este mês para se inscrever no seus cursos anuais de TaNaKh para que no próximo ano eles podem tomar o seu lugar na "graduação" anual que e celebração de Simchat Torá.

 

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