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Um novo partido laico, que conquistou a segunda maior bancada no Parlamento nas eleições de 22 de janeiro, desafia os privilégios do setor ultraortodoxo e exige que os estudantes dos seminários rabínicos prestem serviço militar como os outros cidadãos judeus de Israel. O partido Yesh Atid, liderado pelo ex-apresentador de TV Yair Lapid, tem como bandeira principal o que chama de "carga igual", exigindo que os ultraortodoxos arquem com as obrigações dos cidadãos da mesma forma que os laicos.

O Yesh Atid se opõe à isenção do serviço militar outorgada aos estudantes dos seminários rabínicos e aos amplos subsídios dados pelo governo a dezenas de milhares de ultraortodoxos que se dedicam aos estudos religiosos e não trabalham. Como condição para entrar na coalizão governamental liderada pelo primeiro ministro Binyamin Netanyahu, o novo partido, que obteve 19 (entre 120) cadeiras no Parlamento, exige a implementação do principio da "carga igual".

Já os partidos que representam quase 1 milhão de cidadãos ultraortodoxos – o Shas, com 11 cadeiras, e o Yahadut Hatorah, com 7 cadeiras – afirmam que, se tais propostas forem adotadas pelo governo, o resultado poderá ser uma "cisão do povo".

O porta-voz do partido Yahadut Hatorah, Yerach Tucker, disse ao Terra que "dezenas de milhares de estudantes dos seminários rabínicos estarão dispostos a ir para a prisão se forem obrigados a prestar o serviço militar". "Nós contribuímos para a sociedade estudando a Torá (texto sagrado do Judaismo), isso não é menos importante do que prestar o serviço militar", afirmou, "somos um Exército de estudiosos da Torá e assim contribuímos para preservar o povo de Israel".

Preceitos religiosos

"Seria inconcebível que nos obrigassem a abrir mão de nossa fé, de nossos costumes e de nossos preceitos", disse Tucker, para quem "o Exército não tem infraestrutura para absorver dezenas de milhares de jovens ultraortodoxos".

O fato de que no Exército servem homens e mulheres juntos seria um dos maiores problemas para os jovens ultraortodoxos, que foram educados em comunidades que adotam a separação entre os sexos. Outro problema seria o preceito da alimentação kasher (segundo os mandamentos da religião judaica) que os ultraortodoxos seguem. Embora a comida no Exército também seja kasher, várias correntes ultraortodoxas consideram que as regras adotadas pelas cozinhas militares não são rígidas o suficiente.

Segundo o partido Yahadut Hatorah, "ninguém tem o direito de determinar quantos estudantes irão estudar Torá".

Base jurídica

A base jurídica para a isenção dos jovens ultraortodoxos do serviço militar foi lançada em 1947, pelo fundador do Estado de Israel, David Ben Gurion. Com o objetivo de obter a legitimação de lideres ultraortodoxos para a fundação do Estado, Ben Gurion se comprometeu a liberar os estudantes dos seminários rabínicos do serviço militar.

Naquela época tratava-se de 400 estudantes. Hoje, o número de isentos ultraortodoxos chega a 60.000, causando um ressentimento entre os laicos, que aos 18 anos são obrigados a se alistar.

O ressentimento dos laicos também decorre do fato que grande parte dos homens ultraortodoxos não participam do mercado de trabalho e dedicam-se integralmente às atividades religiosas. Em muitas famílias ultraortodoxas são as mulheres que trabalham, para que seus maridos possam continuar estudando a Torá.

Subsídios

As instituições ultraortodoxas recebem subsídios do Estado, que também dá um extenso apoio através do ministério do Bem Estar Social, a famílias numerosas como no caso das famílias ultraortodoxas. "Eles (os ultraortodoxos) devem servir o Exército e trabalhar para se sustentar", disse o rabino reformista, Uri Regev, ao Terra.

Regev dirige a ONG Hiddush, que é contra a coerção religiosa e defende os princípios de igualdade e liberdade em todas as questões ligadas à religião. "Aos 18 anos todos devem se alistar e é o Exército que deverá decidir quantos irá recrutar", conta ele. "Aqueles que não prestarem serviço militar deverão prestar serviços nacionais e poderão trabalhar em hospitais, no corpo de bombeiros ou em qualquer outro serviço civil necessário".

No entanto, nem todos os laicos em Israel concordam com o lema da "carga igual". Para o colunista do jornal Ha'aretz, Gideon Levy, trata-se de um "slogan populista, para angariar votos, sem correr risco algum". Levy aponta outras questões, as quais considera mais importantes e urgentes do que a "carga igual", como o conflito com os palestinos, mas são bem mais controversas e espinhosas.

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Os Bastidores Quase Secretos e Curiosos da Medicina

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Você talvez não saiba que muitas pessoas que sofrem das doenças conhecidas como reumatismo e também o vitiligo provavelmente  tiveram um(a) ancestral que  teve contato com a sífilis.

Essas doenças como sífilis, lepra , vitiligo  eram associadas a uma provavel vida promiscua e por isso não se falava abertamente sobre elas.

A sifilis pode ser mais antiga do que muitos pensam e por muitas vezes foi muito confundida com a famosa lepra.

As origens da sífilis não são totalmente conhecidas, entretanto poderá ter sido documentada por Hipócrates na Grécia Antiga em sua forma terciária. Seria conhecida na cidade grega de Metaponto aproximadamente 600 a.C., e em Pompeia também foram encontradas evidências arqueológicas nos sulcos dos dentes de crianças de mães com sífilis.

Resumidamente a génetica tem como pôr um fim definitivamente em muitas doenças que até hoje causam dor e sofrimento a muitos.

Então por qual motivo não o fazem?

Exemplo de Formulação muito, muito, antiga usada para tratar o reumatismo sifilitico, o vitiligo etc.:

"Por questão ética nao colocarei as quantidades"

Extrato fluído de salsaparrilha

Extrato fluido de nogueira

Glicerina

Alcool a 90°

Agua destilada

Xarope simples

Tintura de baunilha

Tintura de casacas de laranja amarga

Iodeto de potássio

F.S.A

Infelizmente em minha pequena pesquisa não pude chegar a conclusão se as pessoas tratadas tiveram cura, pois isso também é censurado.

O pouco que se sabe até hoje é que não há cura e sim tratamento!

Por isso, caso sofra com alguma das doenças acima citadas busque o seu médico, pois saúde é coisa séria.

 

     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Árvore genealógica num manuscrito do século XIX é um exemplo dos longos estudos necessários para se descobrir a origem dos sobrenomes. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro
 
É comum ouvir que certos sobrenomes usados por lusodescendentes identificam origem judaica, herança de ancestrais cristãos-novos. De acordo com esta explicação popular, sobrenomes como Lobo ou Pereira identificariam a procedência. Será verdade? Para responder, é bom que se conheça um pouco do desenvolvimento da onomástica judaica.
Os judeus sempre usaram, para se identificar, um patronímico, o nome do pai. É só verificar no Velho Testamento – a Bíblia Hebraica – os nomes dos personagens como Fulano ben (filho de) Sicrano. Hoje eles são usados apenas nas cerimônias religiosas. Os sobrenomes foram incorporados primeiro na Península Ibérica e depois, por influência napoleônica, fora dela. No mundo ibérico, já no século XIV, havia judeus que se identificavam com prenome bíblico e um sobrenome de variadas origens geográficas – Abravanel, Amado, Arruda, Cavaleiro, Cohen, Crespim, Franco, Navarro, Negro, Pinto, Toledano, Valentim etc –, que, com o passar dos anos, foram incorporados aos patrimônios familiares.
A permanência dos judeus, como convertidos, a partir do século XV, tornou obrigatório o recebimento de novos nomes e sobrenomes sem que houvesse um ordenamento jurídico para sua aquisição. Somente os prenomes tradicionalmente usados, como Abraão, Isaac e Jacó foram convenientemente abandonados, mas como o objetivo era a incorporação desta minoria à população majoritária, não havia sinais que os distinguissem pela onomástica. Os convertidos que se renomeavam também nada traziam do passado. O objetivo era desaparecer na massa circundante.

Lenda tem base em discursos religiosos
Mas como encontrar os sobrenomes utilizados pelos cristãos-novos e seus descendentes se eles desapareceram na população geral? Convém consultar a documentação produzida pela Inquisição, como as listas de penitenciados e cerca de 40 mil processos movidos contra cristãos-novos entre os séculos XVI e XVIII. Lá está a maioria dos sobrenomes usados pelos portugueses. Do simples Santos ao dinástico Bragança. Em alguns casos, é possível encontrar a autoridade inquisitorial e o réu com o mesmo nome de família, sem que eles tenham vínculos de parentesco entre si.
O desconhecimento desse passado levou pesquisadores amadores a buscarem uma teoria para localizá-los. Baseados no discurso religioso, principalmente nas bênçãos aos filhos de Jacó (Gênesis, 49:1-33), chegaram à conclusão de que nomes de plantas e animais correspondem aos sobrenomes judeus, mas sem qualquer fundamentação na realidade.
É impossível descobrir a origem de um lusodescendente só pelo nome de família. É equivocado afirmar que alguém tem origem judaica só por ter um sobrenome como Barata, Bezerra, Carneiro, Carvalho, Cordeiro, Falcão, Figueira, Leão, Leitão, Lobo, Oliveira ou Pereira. A afirmação não se sustentaria na documentação produzida durante 300 anos. Não há sobrenome cristão-novo, mas um sobrenome ibérico usado por cristãos-novos, que muitas vezes foi o mesmo usado também por cristãos-velhos, ciganos, mouriscos, indígenas...
Paulo Valadares é autor de A presença oculta. Genealogia, identidade e cultura cristã-nova brasileira nos séculos XIX e XX(Fundação Ana Lima, 2007) e editor doBoletim do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro.
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CARVALHO, Flávio Mendes. Raízes judaicas no Brasil. O arquivo secreto da Inquisição. São Paulo: Nova Arcádia, 1992.
FAIGUENBOIM, G.; VALADARES, P.; CAMPAGNANO, A.R. Dicionário Sefaradi de Sobrenomes/Dictionary of Sephardic Surnames. São Paulo: Fraiha, 2003, 2004 e 2010.
NOVINSKY, Anita. Inquisição: prisioneiros do Brasil. Séculos XVI-XIX. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.
Artigo publicado na edição número 73, em outubro de 2011, na Revista de História da Biblioteca Nacional
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Os Banners e as propagandas dos partidos dos principais partidos de Israel nas eleições de 2013.

Meretz
Meretz (a esquerda de Israel): A sua voz certa contra o Bibi (o Meretz se diz o único partido sionista que certamente não fará parte do governo Netanyahu)
Shas: Só um Shas forte evitará a assimilação
Shas: Só um Shas forte evitará a assimilação
Shas
Shas: Só um Shas forte se preocupará com os fracos
Kadima - Mofaz: forte em segurança, um dos nossos.
Kadima: Mofaz – forte em segurança, um dos nossos.
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Likud-Beiteynu: Primeiro Ministro forte. Israel forte.
Avoda
Avoda: Bibi é bom para os ricos. Shelly é boa para você
Kadima: Bibi vai nos complicar
Kadima: Bibi vai nos complicar.
hadash2
Chadash: Judeus e árabes recusam-se a ser inimigos.
Ale Iarok- Sim saudavel, nao saudavel, da minha saude cuido eu!
Ale Yarok: Sim saudável, não saudável, da minha saúde cuido eu! Ale Yarok – o partido liberal
Ale Yarok - o partido liberal. A liberdade de ser quem você é.
Ale Yarok: o partido liberal. A liberdade de ser quem você é.
HaIchud HaLeumi e HaBait HaYehudi: Concorremos bem juntos. O estrondo costurado! (em referência à kipa costurada)
Yesh Atid: Viemos mudar. Porque os políticos antigos se preocupam apenas com eles mesmos
HaTnua: Bibi e Liberman: perigo. Tzipi Livni: esperança
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Da’am (Partido Socialista): Justiça única para todos.
Am Shalem: Moderação, Unidade e Justiça Social
A propaganda/banner a seguir foi proibido pela Suprema Corte Israelense após recurso impetrado pelo partido Meretz, alegando práticas racistas no conteudo do anúncio.
Utzma
Otzmá LeIsrael: Quanto IPTU se paga em Beer-Sheva? Em Rahat (cidade beduína) não se sabe o que é IPTU. E em relação a lei do Imposto de Renda? Em Jerusalém Oriental não respeitam a lei. Vocês precisam de permissão para construir uma varanda? Em Kseifa (vila árabe) constroem mansões piratas. Só Arie Eldad e Michael Ben-Ari aplicarão as leis com igualdade. SEM COBRANÇA NÃO HÁ IGUALDADE
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Grande parte da propaganda eleitoral em Israel é dedicada a orações, símbolos e discursos religiosos, já que quase um terço dos partidos que concorrem ao pleito previsto para o próximo dia 22 é formado por religiosos nacionalistas ou ultraortodoxos.

Um estrangeiro que ligar a televisão em Israel nesta fase de intensa campanha eleitoral poderá achar que está assistindo ao canal de alguma sinagoga, pela grande quantidade de rabinos rezando e várias citações dos livros sagrados do judaísmo que aparecem na tela.

Onze dos 34 partidos que pedem votos aos eleitores na próxima terça-feira são religiosos. Três deles já fazem parte da coalizão governamental atual e deverão ser parceiros do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, que, pelo que indicam as pesquisas, deverá ser reeleito para chefiar o próximo governo.

O Shas, que ocupa 11 das 120 cadeiras no Parlamento atual e cujo eleitorado é composto de ultraortodoxos de origem oriental - judeus dos países árabes -, deverá manter sua força politica.

O partido tem dedicado grande parte de sua propaganda eleitoral, tanto na TV como no rádio, a orações pela saúde de seu líder espiritual, o rabino Ovadia Yossef, que sofreu um AVC recentemente.

Já outra parte do espaço do Shas na TV é dedicada à uma campanha pela expulsão dos refugiados africanos "para preservar o caráter judaico de Israel".

Preservação do sábado

Outro partido ultraortodoxo é o Yahadut Hatorah, que representa religiosos de origem ocidental - judeus dos países europeus - e deverá ganhar 6 cadeiras no próximo Parlamento.

O lema principal desse partido, cujo nome significa Judaísmo da Torah, é a preservação do sábado como dia do descanso segundo os preceitos da religião judaica. "Nos ajude a preservar o Shabat (Sábado)", diz um dos slogans da campanha.

O partido Habait Hayehudi (Lar Judaico), liderado por Naftali Bennet, é da corrente nacionalista-religiosa e representa principalmente os colonos israelenses que moram em assentamentos nos territórios palestinos ocupados.

"Amo o povo de Israel, a terra de Israel, a Torah de Israel e os soldados de Israel", diz Bennet nos vídeos da campanha.

Segundo as pesquisas, o partido deverá obter de 14 a 18 cadeiras no próximo Parlamento.

Disputa

Vários outros partidos religiosos também concorrem às eleições, mas, segundo as pesquisas, não têm chances de obter o mínimo de 2% dos votos válidos necessário para conseguir representação no Parlamento.

Um deles é o partido de um total desconhecido chamado Ofer Lifshitz, que afirma ser um "enviado de Deus para salvar o povo de Israel".

Na propaganda eleitoral, o candidato exorta os eleitores a "votar em Deus", elegendo o seu partido.

Outro partido que segue uma linha semelhante ao Shas - e tem como público alvo os ultraortodoxos de origem oriental - é o liderado pelo rabino Amnon Itzhak.

Segundo as pesquisas, Itzhak está beirando o mínimo necessário de votos para entrar no Parlamento.

A campanha eleitoral de Amnon Itzhak, conhecido por sua personalidade egocêntrica, se baseia no culto a sua própria pessoa.

Cerca de 39 entre os 120 deputados do próximo Parlamento de Israel deverão ser religiosos, metade deles pertencentes às diversas correntes ultraortodoxas e a outra metade seguidora da linha nacionalista-religiosa.

De acordo com um estudo do jornal Haaretz, 18 dos deputados que deverão ser eleitos, são colonos que moram em assentamentos na Cisjordânia.

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Hatikvah

Nasceu de um poema de Naftali Herz Imber, poeta polonês, escrito em homenagem à fundação da colônia sionista Petach Tikvá ("A Porta da Esperança"), intitulado Tikavatenu ("Nossa Esperança").

Tikavatenu ganhou melodia em 1882, quando Samuel Cohen, um colono de Rishon le Tzion, teve acesso ao poema de Herz Imber. Desde então, com várias modificações na letra, a melodia foi adotada como hino do movimento sionista.[1]
 
A canção foi oficializada como hino nacional de Israel em 14 de maio de 1948, quando foi cantada durante a cerimônia de assinatura da declaração de independência do Estado de Israel, já com a letra atual.

É lindo!!!!!!!!

 

Transliteração para o alfabeto latino

Kol od balevav penimah
Nefesh yehudi homiyah,
Ulfaatei mizrach kadimah
Ayin letzion tzofiyah. (2x)
Od lo avdah tikvatenu
Hatikvah bat shnot alpayim,
Lihiyot am chofshi beartzeinu,
Eretz tzion vi'yerushalayim. (2x)

 

Tradução para português

Enquanto no fundo do coração

Palpitar uma alma judaica,

E em direção ao Oriente

O olhar voltar-se a Sião, (2x)

Nossa esperança ainda não está perdida,

Esperança de dois mil anos:

De ser um povo livre em nossa terra,

 A terra de Sião e Jerusalém. (2x)

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Origem e significado dos sobrenomes dos judeus
Coisas Judaicas
 
Há dezenas de milhares de sobrenomes judeus utilizando a combinação das cores, dos elementos da natureza, dos ofícios, cidades e características físicas.
 
Um pequeno exercício é perguntar: Quantos sobrenomes judaicos podemos reconhecer com a raiz das seguintes palavras?
 
Cores: Roit, Roth (vermelho); Grun, Grin (verde); Wais, Weis, Weiss (branco); Schwartz, Swarty (escuro, negro);
 
Gelb, Gel (amarelo).
 
Panoramas: Berg (montanha); Tal, Thal (vale); Wasser (água); Feld (campo);
 
Stein (pedra); Stern (estrela); Hamburguer (morador da vila).
 
Metais, pedras preciosas, mercadorias: Gold (ouro), Silver (prata), Kupfer (cobre), Eisen (ferro), Diamant, Diamante (diamante), Rubin (rubi), Perl (pérola), Glass, (vidro), Wein (vinho).
 
Vegetação: Baum, Boim (árvore); Blat (folha); Blum (flor); Rose (rosa); Holz (Madeira).
 
Características físicas: Shein, Shen (bonito); Hoch (alto); Lang (comprido); Gross, Grois (grande), Klein (pequeno), Kurtz (curto); Adam (homem).
 
Ofícios: Beker (padeiro); Schneider (alfaiate); Schreiber (escriturário); Singer (cantor).
 
Holtzkocker (cortador de madeira), Geltschimidt (ourives), Kreigsman, Krigsman, Krieger, Kriger (guerreiro, soldado), Eisener (ferreiro), Fischer (peixeiro, pescador), Gleizer (vidreiro).
 
Utilizaram-se as palavras de forma simples, combinadas e com a agregação de sílabas como son, filho; man, homem; er: que designa lugar, agregando-se preferencialmente após o final do nome da cidade.
 
Em muitos países adaptaram-se as terminações dos sobrenomes ao uso do idioma do país como o sufixo "ski", "sky" ou "ska" para o caso de mulher, "as", "iak", "shvili" , "wicz" ou "vich".
 
Então, com a mesma raiz, temos por exemplo: Gold, que deriva em Goldman, Goldrossen, Goldanski, Goldanska, Goldas, Goldiak, Goldwicz, etc.
 
A terminação indica que idioma falava-se no país de onde é o sobrenome.
 
Sobrenomes espanhóis: Entre os sobrenomes judaicos espanhóis é fácil reconhecer ofícios, designados em árabe, ou em hebraico, como: Amzalag (joalheiro); Saban (saboneiro); Nagar (carpinteiro); Haddad (ferreiro); Hakim (médico).
 
Profissões relacionadas com a sinagoga como: Hazan (cantor); Melamed (maestro); Dayan (juiz). Cohen (rabino). Levy, Levi (auxiliar do templo).
 
Títulos honoríficos: Navon (sábio); Moreno (nosso mestre) e Gabay (oficial).
 
O sobrenome popular Peres, muitas vezes escrito Perez, com a terminação idiomática espanhola, não é, no entanto, sobrenome de origem espanhola, mas uma palavra hebraica que designa os capítulos nos quais a Torá (os cinco livros do Pentateuco), se divide para sua leitura semanal, de forma a completar em um ano a leitura da Torá.
 
Muitos sobrenomes espanhóis adquiriram pronuncia ashkenazi na Polônia, como exemplo, Castelanksi, Luski (que vem da cidade de Huesca, na Espanha).
 
Ou tomaram como sobrenome Spanier (espanhol), Fremder (estranho) ou Auslander (estrangeiro). Na Itália a Inquisição se instalou depois que na Espanha, de modo que houve também judeus italianos que emigraram para a Polônia. Aparece o sobrenome Italiener e Welsch ou Bloch, porque a Itália é também chamada de Wloche em alemão.
 
 
 
Nomes de cidade ou país de residência: Exemplos: Berlin, Berliner, Frankfurter, Danziger, Oppenheimer, Deutsch ou Deutscher (alemão), Pollack (polonês), Breslau, Mannheim, Cracóvia, Warshaw, (Varsóvia).
 
Nomes comprados: Exemplos: Gluck (sorte), Rosen (rosas), Rosenblatt (papel ou folha de rosas), Rosenberg (montanha de rosas), Rothman (homem vermelho), Koenig (rei),Koenigsberg (a montanha do rei), Spielman (homem que joga ou toca), Lieber (amante), Berg (montanha), Wasserman (morador da água), Kershenblatt (papel de igreja), Kramer (que tenta passar como não judeu).
 
Nomes designados (normalmente indesejáveis): Exemplos: Plotz (morrer), Klutz (desajeitado), Billig (barato).
 
Sobrenomes oriundos da Bíblia: Uma boa quantidade de sobrenomes judeus deriva dos nomes bíblicos, ou de cidades européias da Ásia Menor. Isto muitas vezes fez os judeus levarem consigo as pegadas dos lugares em que se originaram. Tomemos como exemplo de "raiz de sobrenome" o nome de Abraham (Abrahão). Filho de Abraham se diz diferentemente em cada idioma. Abramson, Abraams, Abramchik em alemão, ou holandês. Abramov ou Abramoff em russo.
 
Abramovici, Abramescu em rumeno. Abramski, Abramovski nas línguas eslavas.
 
Abramino em espanhol, Abramelo em italiano. Abramian en armênio, Abrami, Ben Abram em hebraico. Bar Abram em aramaico e Abramzadek ou Abrampur em persa.
 
Abramshvili em georgiano, Barhum ou Barhuni em árabe.
 
Os judeus de países árabes também usaram o prefixo ibn. Os cristãos também passaram a usar seus sobrenomes com agregados que significam "filho de". Os espanhóis usam o sufixo "ez", os suecos o sufixo "sen" e os escoceses põem "Mac" no início do sobrenome. Os sobrenomes judaicos não tomaram a terminação sueca nem o prefixo escocês.
 
Pode-se constatar essas variações olhando em catálogos telefônicos quantos sobrenomes há derivados de Abraham, Isaac e Jacob. Há também sobrenomes judeus que seguem o nome de mulheres, mas é menos comum. As vezes isto acontecia porque as mulheres eram viúvas, ou por alguma razão eram figuras dominantes na família. Goldin vem de Golda. Hanin de Hana. Perl, ou Perles de Rivka. Um fato curioso apresenta o sobrenome Ginich. A filha do Gaon de Vilna se chamava Gine, e se casou com um rabino vindo da Espanha. Seus filhos e netos ficaram conhecidos como os descendentes de Gine e tomaram o sobrenome Ginich.
 
Também há sobrenomes derivados de iniciais hebraicas, como Katz ou Kac, que em polonês se pronuncia Katz. São duas letras em hebraico, K e Z iniciais das palavras Kohen Zedek, que significa "sacerdote justo".
 
Sobrenomes adquiridos em viagens: Nos sobrenomes que derivam de cidades a origem é clara em Romano, Toledano, Minski, Kracoviac, Warshawiak (de Varsóvia). Outras vezes o sobrenome mostra o caminho que os judeus tomaram na diáspora. Por exemplo, encontramos na Polônia sobrenomes como Pedro, que é um nome ibérico. O que indica? Foram judeus que escaparam da Inquisição espanhola no século XV.
 
Em sua origem, possivelmente eram sefaradim, mas se mesclaram e adaptaram ao meio azkenazi. Muitas avós polonesas se chamam Sprintze. De onde vem esse nome? O que significa? Lembrem-se que em hebraico não se escrevem as vogais, assim que é um nome que se escreve em letras hebraicas Sprinz, que em polonês se lê Sprintze, mas como leríamos esse nome se colocássemos as vogais? Em español, seria Esperanza, e em português Esperança, que escrito em hebraico e lido em polonês resulta Sprintze.
 
Mudança de sobrenomes: Existem muitas histórias nas mudanças dos sobrenomes. Durante as conversões forçadas na Espanha e em Portugal, muitos judeus se converteram adotando novos sobrenomes, que as paróquias escolhiam para os "cristãos novos" como Salvador ou Santa Cruz. Outros receberam o sobrenome de seus padrinhos cristãos.
 
Mais tarde, ao fugir para a Holanda, América ou ao Império turco, voltaram à religião judaica, sem perder seu novo sobrenome. Assim apareceram sobrenomes como Diaz ou Dias, Errera ou Herrera, Rocas ou Rocha, Marias ou Maria, Fernandez ou Fernandes, Silva, Gallero ou Galheiro, Mendes, Lopez ou Lopes, Fonseca, Ramalho, Pereira e toda uma série de denominações de árvores frutíferas (Macieira, Laranjeira, Amoreira, Oliveira e Pinheiro). Ou ainda de animais como Carneiro, Bezerra, Lobo, Leão, Gato, Coelho, Pinto e Pombo.
 
Outra mudança de sobrenomes foi causada pelas guerras. As pessoas perderam, ou quiseram perder seus documentos, e se "conseguia" um passaporte com sobrenome que não denunciava sua origem, para cruzar a salvo uma fronteira, ou escapar do serviço militar.
 
Nos fins do século XIX o Czar da Rússia, exigia 25 anos de serviço militar obrigatório, especialmente dos judeus. Quantos imigrantes fugiram da Rússia e da Ucrânia com passaportes mudados para evitar uma vida dedicada ao exército do Czar? Outra questão é que somos filhos de imigrantes, e muitos sobrenomes se desfiguraram com a mudança de país e de idioma. As vezes eram os funcionários da Alfândega ou da Imigração, outras o próprio imigrante que não sabia espanhol, ou escrevia mal. Por isso, muitos integrantes da mesma família têm sobrenomes similares em som, mas escritos com grafia diferente.
 
Além disso, na Polônia a mulher tinha um sobrenome diferente do masculino, terminava em "ska", no lugar de "ski", pois indicava o gênero. Esses, são só alguns dos milhares de sobrenomes judeus existentes. E assim a história continua...
Quem quiser fazer busca por sobrenomes sefaradi entre no Site: http://www.sephardim.com/
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Muitos me perguntam por que coloco no cabeçalho de meus textos as letras B”H e qual o seu significado. De forma sintética respondo que é uma transliteração das letras hebraicas bet e hê — uma abreviatura de Baruch haShem, que significa “bendito seja D-us”.

Sobre o motivo, concordo com Kolatch , que acrescenta bet-áyin (abreviatura de beezrat haShem =,com a ajuda de D-us), ao dizer que: “ambas as formas são empregadas por pessoas que estão constantemente conscientes da função de D-us no mundo”. Ou ainda, simplesmente, como diz o Salmo 92: “Bom é agradecer a D-us, louvar ao Altíssimo”.

Já fui questionada se esta prática não seria contra o 3º mandamento: não usar o nome de D-us em vão. E aí temos, a meu ver, três questões distintas:

A pronúncia do nome de D-us.

O que diz o terceiro mandamento.

A escrita do B”H.

Quanto à primeira, pode-se dizer que há um consenso geral. O Nome de D-us, o tetragrama, é proibido na fala pela Torá Oral: ele era pronun­ciado apenas uma vez por ano, pelo Sumo Sacerdote, no Yom Kipur, no Templo em Jerusalém. Quanto a escrevê-lo, Asheri escreve que “teme­mos que o papel em que está escrito receba um uso indigno, e dessa maneira profane o Nome. Por essa razão, todos os livros e documentos velhos e não mais utilizáveis em que o Nome aparece em hebraico devem ser enterrados num local especialmente consagrado, chamado de geniza”.

Seguindo esta linha, escrever B“H em um e-mail, por exemplo, pode ser visto de duas formas: 1) com o risco da banalização ou profanação involuntária por uso indevido por terceiros ou 2) não profanação, já que não é colocado o Nome, propriamente dito, mas uma alusão a D-us.

O cerne da questão está no 3º mandamento, sua tradução e interpretação. Diz-se a partir de um jogo de palavras em italiano – tradutori, traditori – que tradução é (ou pode conduzir a) traição (do texto original). O próprio termo Mandamento não traduz corretamente a palavra nem seu espírito (que usei devido ao uso popular, para facilitar a referência): em hebraico dibrá significa palavra, fala.

As pessoas traduzem das mais diversas formas o texto hebraico de Êxodo, 20:6 principalmente a primeira parte: Lo tissá et shem haShem la-shav. Há os que traduzem por “Não invocarás o nome de D-us em vão”. Browne diz: “Não invocar o nome do Senhor, teu D-us, com maus desígnios”.

Tissá (do verbo hebraico nassá) pode significar : “alçar, elevar, levantar, içar; perdoar, eximir, dispensar; transladar, levar, carregar; casar, desposar”. Shav é “falsidade, mentira, nulidade”; la-shav é “em vão” - significados também dados por Even Shoshan que inclusive cita o versículo bíblico no dicionário etimológico como exemplo do sentido de shav.

Indo aos comentaristas, Kassuto distingue, conceituando, lo tissá como lo tevate (não pronuncie, expresse) e la-shav como: para promessas em vão ou para outras palavras que sejam vãs. Os povos antigos utilizavam-se dos nomes de seus deuses para abjurações, feitiçarias e adivinhações. Rashi comenta exemplificando: la-shav = em vão, inutilmente. E qual seria uma jura em vão? A feita para mudar algo sabido, conhecido, como que uma coluna de pedra é de ouro.

Logo, o uso do Baruch HaShem depende do que é colocado, expresso ou escrito — após. Ou do uso que é feito com tal.

Quanto a ser superstição, tem uma “atenuante” que seria a questão do min’hag, costume.

Para Unterman “Em alguns aspectos o costume é mais poderoso que a Halachá, já que ele atua na comunidade como uma força de preservação”. Adiante ele escreve: “A Bíblia proíbe práticas supersticiosas, com base no versículo: “Estarás inteiro com o Senhor teu D-us” (Deut. 18:13), que proíbe a introdução de crenças paralelas no monoteísmo de Israel. Contudo, apesar da proscrição de certos tipos de comportamento “`a maneira dos amorreus”, toda uma série de práticas supersticiosas penetraram na tradição popular judaica. (...) Crenças populares, como a do mau-olhado, que se fixaram firmemente na Halachá, mantiveram sua influência sobre a imaginação do povo. Outras sustentavam-se em bases mais religiosas do que supersticiosas... Os rabinos tentaram muitas vezes erradicar práticas supersticiosas que eles sentiam serem alheias ao judaísmo... só tiveram êxito limitado, seja porque outros rabinos aprovavam tais práticas, seja porque esta­vam tão profundamente entranhadas na consciên­cia do judeu comum que toda oposição a elas lhes parecia herética”.

Dov Noy questiona, por exemplo, se “a relação entre prática religiosa e o folclore não se aplica também à mezuzá, que seria uma espécie de amuleto com uma função de proteção?”

Há alguns anos provoquei uma polêmica ao publicar um artigo : “Portal judaico deve ter mezuzá?”

Ambos os temas envolvem aspectos que vão de preceitos judaicos e sua interpretação ao questionamento de preceitos e da própria interpretação. E que dependem da atitude interna e da percepção das pessoas. A mezuzá, uma mitzvá positiva explícita pode ser percebida e/ou utilizada até por judeus como um amuleto, uma prática supersticiosa. Vendo minha mezuzá no carro, quando eu dirigia, muitos me perguntavam se era um “santinho”. Respondia como respondo sobre o B”H: buscando explicar o que é, o que proporciona uma oportunidade de Hasbará do judaísmo, aliando minha Kavaná, meu amor pela beleza do judaísmo como uma forma de combater pacificamente, através do esclarecimento, o anti-semitismo por ignorância.

Outro ponto em comum é o fato de serem “identificadores” judaicos.

Procuro manter, interna e externamente, tudo o que me identifica como judia, dentro e fora de casa e, ao ser questionada, poder ser capaz de esclarecer.

Finalmente, gostaria de informar que não sou judia... sou levita!

*Jane Bichmacher de Glasman é Doutora em Língua Hebraica, Literaturas e Cultura Judaica, Professora Adjunta, Fundadora e ex-Diretora do Programa de Estudos Judaicos – UERJ e escritora.

Kolatch, Alfredo J. Livro Judaico dos Porquês. SP, Ed. Sêfer, 1996, p.317.

Asheri, Michael. O Judaísmo Vivo. RJ, Imago, 1987.

Browne, Lewis. A Sabedoria de Israel. V.I. RJ. Biblos, 1963. (V. I, p. 6)

Berezin, Rifka. Dicionário Hebraico-Português. SP, Edusp, 1995. (Berezin, 1997, p.464) (p.622)

Even-Shoshan, Avraham. Há-mylon He-Hadash. Jerusalém, Israel, Kiryat Sefer, 1988. (p.1333)

Kassuto, Prof. M. D. Sifrey HaMikrá. Tel Aviv, Yavne, 1969. (Shmot, p.71)

Sefer Shemot im miv’har perush Rashi. Org. Biyliyk e Even-Shoshan. Jerusalém, Kiryat Sefer, 1969.

Unterman, Alen. Dicionário Judaico de Lendas e tradições. RJ, Zahar, 1992. (p.176)

Unterman, Alen. Dicionário Judaico de Lendas e tradições. RJ, Zahar, 1992. (p.256) no verbete sobre superstições

Noy, Dov. Folclore e Cultura Popular Judaicos (curso dado em 1986). SP, Associação Universitária de Cultura Judaica.

http://www.visaojudaica.com.br/Principal/Artigos_e_reportagens/artigosereportagens1.htm

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