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O artigo do rabino chefe da Inglaterra logo abaixo, demonstra com muita clareza, a importância da continuidade judaica, e desta forma podemos superar  e até questionar as teorias racistas, quando a progresso e sucesso, do nosso povo, considerando a religião e a educação também como cultura,  dentro deste caldeirão cultural judaico....podemos encontrar mutias respostas quanto as  interrogações, quando nos referimos ao brilhantismo e sucesso da continuidade judaica.

Colegas, é um valioso artigo. boa leitura,

shalom!!

 

 

por Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks 

 

"Se as estatísticas estão corretas, os judeus constituem apenas um por cento da raça humana. Isso sugere um nebuloso grãozinho de pó de estrela perdido na imensidão na Via Láctea. Adequadamente, jamais se ouviria falar do judeu; porém se fala, e sempre se ouviu falar dele. Ele é tão proeminente no planeta quanto qualquer outro povo, e sua importância comercial é bastante fora de proporção com a pequenez de seu grupo. Suas contribuições aos grandes nomes do mundo na literatura, ciência, arte, música, finança, medicina também estão fora de proporção com seu pequeno número. Tem feito uma luta maravilhosa no mundo, em todas as épocas; e o tem feito com as mãos atadas nas costas. Os egípcios, os babilônios, os persas surgiram, encheram o planeta com som e esplendor, depois evaporaram como num sonho e sumiram; os gregos e os romanos também, fizeram muito barulho, e agora estão acabados; outros povos brotaram e levantaram sua tocha bem alto por um tempo, mas ela se queimou, e agora estão na obscuridade, ou simplesmente desapareceram. O judeu viu a todos eles, venceu a todos, sem enfraquecer suas partes, sem esmorecer suas energias, sem embotar sua mente alerta. Todas as coisas são mortais, as outras forças passam, mas ele permanece. Qual o segredo de sua imortalidade?"

Assim escreveu Mark Twain em 1898. É um belo tributo, mas termina com uma pergunta, a pergunta certa. 

Qual é o segredo da continuidade judaica? 

Nenhuma resposta comum será suficiente, porque a história judaica tem sido totalmente extraordinária. Os judeus permaneceram uma nação distinta sem país, poder, território, ou cultura partilhada. Foram dispersos e quase sempre uma minoria. Na maior parte recusaram os esforços ativos para convertê-los, e resistiram à assimilação. Nenhum outro povo tem mantido sua identidade intacta por tanto tempo sob tais circunstâncias. Ora, como eles puderam fazê-lo?

Uma religião de Continuidade

Muitas teorias têm sido oferecidas, mas somente uma é convincente. O segredo da continuidade judaica é que nenhum outro povo devotou mais suas energias à continuidade. O ponto focal da vida judaica é a transmissão de um legado através das gerações. O Judaísmo se concentra um seus filhos. As primeiras palavras de Avraham a D’us foram: "Dá-me filhos, pois sem eles é como se eu estivesse morto." 

Ser judeu é ser um elo na cadeia de gerações. É ser um filho e depois um pai, receber um legado e passá-lo adiante. Moshê "recebeu a Torá no Sinai e passou-a adiante…" e assim devemos nós..
O Judaísmo é uma religião de continuidade.

Nós que crescemos com o Judaísmo estamos tão familiarizados com esta idéia que a aceitamos como evidente em si, mas não é. É excepcional, até mesmo única. A primeira ordem na Torá não é crer, mas ter filhos. Avraham é escolhido não por ser justo (somente Nôach é descrito como tal) mas porque "ele instruirá seus filhos e sua família depois dele." Na iminência do êxodo do Egito, Moshê não despende tempo falando ao povo judeu sobre a terra de leite e mel que os aguarda do outro lado do Jordão. Em vez disso, ele os instrui como deveriam ensinar as futuras gerações. 
Três vezes ele retorna ao tema: "E quando seus filhos perguntarem…" "Nos dias que virão, quando seus filhos perguntarem…" "Naquele dia vocês dirão aos seus filhos…" Não ainda libertados, eles estão para se tornar uma nação de educadores.

Desde o início, o Judaísmo baseou sua sobrevivência na educação. Não educação no sentido estreito e formal de aquisição de conhecimento, porém algo mais vasto. Na verdade, a palavra "educação" é inadequada para descrever a cultura de estudo e debate do Judaísmo, sua absorção em textos, comentários e contra-comentários, sua devoção à instrução e ao aprendizado a longo prazo. Descartes disse: "Penso, logo existo." Um judeu teria dito: "Aprendo, portanto existo." Se há um motivo condutor, um tema dominante conectando as várias eras do povo de Israel, é a entronização do estudo como valor judaico soberano.

Em um dos versículos mais famosos da Torá, Moshê ordena: "Ensinareis estas coisas diligentemente a vossos filhos, falando delas quando estiverem em casa ou quando viajarem, quando se deitarem e quando se levantarem." O primeiro Salmo descreve o ser humano feliz como aquele que "estuda Torá dia e noite". Num surpreendente comentário, os rabinos disseram: "Mais vale um erudito ilegítimo que um sumo sacerdote ignorante." 

A paixão principal, ardente, incandescente dos judeus foi o estudo. Suas cidadelas eram escolas. Seus líderes religiosos foram sábios; a palavra rabi não significa sacerdote ou homem sagrado, mas mestre. Mesmo quando estavam assolados pela pobreza, asseguraram que seus filhos fossem educados. 

Na França do século doze um erudito cristão declarou: "Um judeu, embora pobre, se tiver dez filhos coloca a todos no estudo, não para ganhar como fazem os cristãos, mas pela compreensão da lei de D’us – e não somente os filhos mas também as filhas."

No shtetl da Europa Oriental, o estudo conferia prestígio, status, autoridade, respeito. Os eruditos ocupavam os assentos nobres na parede leste da sinagoga. Em seu delicioso estudo sobre a cultura do shtetl, A Vida é com Pessoas, Zborowski e Herzog descrevem as prioridades da família judaica: "A mãe, que controla o orçamento da família, corta os custos da comida ao limite se necessário, para pagar pelos estudos dos filhos. Se o pior acontecer, ela empenhará suas queridas pérolas para pagar a mensalidade escolar. O menino deve estudar, tornar-se um bom judeu – para ela os dois são sinônimos."

O resultado foi que os judeus sabiam. Sabiam quem eram e por quê. Conheciam sua história. Conheciam suas tradições. Sabiam de onde vieram e onde tinham deixado o coração. Tinham um senso de identidade e orgulho. Conheciam Avraham, Moshê, Yeshayáhu, Hilel, Akiva, Rashi e Maimônides, pois tinham estudado suas palavras e debatido seu significado. A Torá foi o lar portátil do judeu, e ele conhecia sua paisagem, suas montanhas e vales, até melhor que a paisagem do lado de fora de suas janelas.

Jerusalém jazia em ruínas, mas eles estavam familiarizados com suas ruas pelo Talmud e pelos Profetas, e caminhavam na cidade dourada da mente.

Em nenhum outro lugar o estudo, a erudição e a cultura eram tão largamente difundidas, tão valorizadas como entre o povo do Livro. Paul Johnson descreve a vida judaica tradicional como uma "antiga e eficiente máquina social para a produção de intelectuais." Era uma aristocracia do espírito e da mente. Nem todo mundo – disse Maimônides – pode ser um cohen - sacerdote. Mas a coroa da Torá – a mais valiosa de todas as coroas – está disponível para todos.

A formação da identidade


A identidade é uma coisa delicada. É a realidade interiorizada, como nos vemos em relação ao mundo que nos cerca. Para a maioria das pessoas na maior parte do tempo, a identidade não é um problema. É fornecida pela cultura circundante e suas instituições. Para os judeus, no entanto, ela tem sido um problema na maior parte dos tempos e dos lugares no decorrer de nossa história. O motivo é simples. A identidade judaica não era fornecida pela cultura circundante, pois os judeus eram uma minoria num ambiente não-judeu. Geralmente as minorias desistem de sua luta desigual para manter sua identidade. Embora estejam baseadas em tradição, memória e hábito, gradualmente se assimilam à medida que a tradição enfraquece, a memória se embota e os hábitos são eclipsados por um ajustamento aos modos da maioria. Leva tempo – diversas gerações – para isso acontecer. Mas quase invariavelmente acontece.

Os judeus eram diferentes, pois viam sua identidade não como um acidente da história (quem eles aconteceram de ser) mas como uma vocação religiosa (quem eles foram chamados a ser). Desde o início não se contentaram com tradição, memória e hábito, a herança do passado. Eles recriaram o passado em cada geração sucessiva. Uma criança judia, em Pêssach, saboreia o pão ázimo e as ervas amargas da escravidão egípcia. Em Sucot ela se reúne aos seus ancestrais em seus tabernáculos enquanto eles viajam precariamente através do deserto. Em Tisha be’Av ela se senta com o autor de Lamentações e pranteia a destruição do Templo. Da maneira mais vívida, os judeus transmitiram suas memórias aos seus filhos.

Não somente suas memórias, mas também seu estilo de vida. Desde os dias de Moshê, os judeus têm vivido segundo as leis estabelecidas na Torá. Se isso se apoiasse apenas no hábito, teria aos poucos desaparecido quando os judeus foram exilados e dispersos. Mas os judeus jamais se contentaram com o hábito. Acreditavam não apenas em manter a lei mas também em estudá-la. O Judaísmo Rabínico é a única civilização no mundo na qual se espera que cada cidadão não apenas obedeça à lei, como também se torne um advogado, um estudante e expoente da lei. Os judeus eram – para usar os termos de David Reisman – não voltados para a tradição, mas indivíduos voltados para seu interior. Os "faças" e "não faças" da Torá não eram um código externo, mas uma disciplina interiorizada, parte da identidade em si. Foi assim que os judeus puderam transmitir seu estilo de vida aos seus filhos.

Nem mesmo isso teria sido suficiente se não fosse por algo mais. Talvez o legado mais precioso que os judeus deixaram aos filhos seja a esperança. Desde o início, Israel tem sido um povo notavelmente orientado para o futuro. A história de Avraham começa com a promessa de um país, mas ao final do Livro de Bereshit ela ainda não tinha sido cumprida. O Livro de Shemot começa com os judeus deixando o Egito e viajando rumo à terra de leite e mel, mas pelo final de Devarim eles ainda não tinham chegado. Em contraste com quase qualquer outra fé, a idade de ouro do Judaísmo não está no passado, mas no futuro, logo acima do horizonte. 

Como resultado, em todo momento de crise – o exílio da Babilônia, a destruição Romana, a expulsão da Espanha – profetas, sábios e místicos puderam resgatar um povo do desespero por meio de intimações messiânicas. Os judeus recordaram seu futuro tão ativamente como se lembravam do passado. Rezavam voltados para Jerusalém e a mencionavam constantemente porque sabiam que um dia a cidade seria reconstruída, e eles ou seus filhos voltariam. Diz-se que Napoleão, ao passar por uma sinagoga em Tisha be’Av de 1806 e escutar sons de lamentos, perguntou que tragédia tinha ocorrido. Foi informado: a destruição de Jerusalém há mil e setecentos anos. Ele replicou: uma pessoa que pode prantear uma cidade por tanto tempo, um dia a terá restaurada. Ele estava certo. A memória judaica, devido ao seu caráter peculiar, manteve viva a esperança dos judeus. Isso também levou os judeus a viverem para o futuro, o que significava para e por meio de seus filhos.

A Identidade Judaica na Diáspora

Não há nada inevitável sobre a identidade judaica na diáspora, e jamais houve. Em Israel as coisas são diferentes. Ali, alguém é judeu por viver num estado judaico, cercado por cultura e instituições judaicas. O idioma é o hebraico. O calendário é judaico. Os dias de descanso e celebrações são aqueles da Torá. "O ar de Israel" – dizem os sábios – "tornam a pessoa sábia" – porque o próprio ar de Israel está saturado com o passado judaico. Aqui estão as cidades nas quais Avraham, Yitschac e Yaacov armaram suas tendas. Há Jerusalém, a cidade de David. E ali adiante está a paisagem dos Salmos. Somente em Israel ser judeu significa estar imbuído na própria cultura do povo. Somente em Israel o Judaísmo é uma questão do que você pode ver, tocar e respirar.

Na diáspora, ser judeu sempre significou ir contra a corrente, ser contra-cultural. A forma mais natural de identidade é dizer: eu pertenço ao aqui-e-agora, ao povo que me cerca e à paisagem que posso ver toda manhã. Os judeus escolheram uma identidade mais complexa, e se não tivessem feito isso teriam desaparecido. Desde os dias de Yirmiyáhu, eles sabiam que sua responsabilidade como cidadãos era "buscar a paz da cidade à qual Eu os exilei, e rezar ao Eterno por ela, porque se ela prosperar, vocês também prosperarão." Assim, sempre que permitido, eles entraram na vida de Cairo e Córdoba, Vilna e Vitebsk e a enriqueceram. Mas isso era onde eles estavam, não quem eles eram. Quem eles eram foi o próprio oposto do aqui-e-agora.
Foi uma identidade de tirar o fôlego, abrangendo tempo e espaço, séculos e continentes. Os judeus foram definidos por uma rede de relacionamentos remontando ao passado bíblico e viajando até o futuro messiânico, unidos por um destino comum com judeus de todo o mundo.

A identidade judaica na diáspora foi e é uma questão da mente, não dos sentidos. É para nutrir. Vivemos através daquilo que aprendemos. Se não aprendermos o que é ser judeu, nada em nosso ambiente, exceto o anti-semitismo, nos dirá. E o anti-semitismo, embora possa nos lembrar que somos judeus, não fornece um motivo para querermos que nossos filhos o sejam. Os judeus sobreviveram, simplesmente, porque devotaram suas melhores energias à educação, seu dinheiro a escolas, sua admiração aos eruditos, suas horas livres ao estudo, e sua primeira preocupação com a matrícula de seus filhos. Sua identidade foi constantemente aprendida e reaprendida, encenada e reforçada, e passada adiante como um presente valioso para a próxima geração.
O segredo da continuidade judaica é que os judeus se importam com isso. Criaram a continuidade ao tornar a transmissão da tradição seu primeiro dever e maior alegria.

Testando a hipótese

A hipótese, portanto, é esta: que a continuidade judaica na diáspora depende da educação judaica. Isso, para nossos ancestrais, era um item da fé. A questão é: podemos submetê-la à avaliação crítica? O que constituiria testar a conjectura? Deixe-me sugerir dois critérios: o teste da história, e o teste da pesquisa mais recente disponível. Primeiro, a história.

O povo judeu sobreviveu. Porém em momentos importantes aquela sobrevivência estava em dúvida. A catástrofe se abateu e não havia uma rota óbvia para um futuro seguro. Os profetas tinham declarado que Israel seria um povo eterno. Mas houve vezes em que isso parecia desesperadamente improvável. Houve momentos em que parecia ser de outra forma. Estas conjunturas críticas merecem atenção. O que salvou o povo e a fé de Israel do que poderia ter sido o esquecimento? Considere estes três momentos.

A primeira vez foi no quinto século AEC. Vários séculos antes, o reino de Israel tinha sido destruído pelos Assírios. A população foi dispersada e rapidamente assimilou as culturas vizinhas. Dez das doze tribos desapareceram da história. Em 586 AEC, o reino de Yehudá também foi dominado, desta vez pelos Babilônios. O Templo foi destruído e a elite do povo aprisionada. Ali também eles poderiam ter se desintegrado como povo, não fosse a insistente mensagem dos profetas insistindo que a esperança não estava perdida.

Sob Ciro, Rei da Pérsia, um regime novo e mais benigno tomou forma e alguns dos exilados tiveram permissão de regressar. Por fim, sob a liderança de Nehemiah, o governador, e Ezra, o escriba sacerdotal, um renascimento judaico começou a surgir. Porém eles enfrentaram imensas dificuldades. Quando chegaram a Israel, os dois líderes encontraram um situação desoladora. 
Aqueles que tinham permanecido haviam perdido sua identidade. Tinham feito casamentos mistos. O Shabat era profanado publicamente. As leis religiosas caíram em desuso.

O Livro de Nehemiah descreve o evento que se provaria como a virada. As pessoas se reuniam em Jerusalém onde Ezra, sobre uma plataforma de madeira, lia a Torá para a multidão. Um grupo de levitas agia como instrutores para o povo, "lendo o Livro da Lei de D’us, deixando-o claro e dando um significado, para que as pessoas pudessem entender o que estava sendo lido." A População entrou num acordo para manter os termos da Torá. O pacto, que correra o perigo de ser esquecido, foi renovado. Uma nova era da História Judaica começou. A partir de então, pelos cinco séculos seguintes, embora houvesse crises nas quais significativas partes da população se tornaram aculturadas e o Judaísmo corria o perigo de se dissolver devido à helenização, sempre houve um grupo leal aos princípios judaicos que terminaram por prevalecer.

Ezra representou um novo tipo de personalidade judaica, que deveria moldar o caráter do povo judeu de lá para cá. Não um legislador ou um profeta, um rei ou juiz, nem sequer um político ou líder militar. Ezra era o protótipo do professor como herói. Sob sua influência, o antigo ideal de um Povo da Torá tornou-se institucionalizado. Leituras públicas e explicações dos textos sagrados foram mais divulgadas. Por volta do século II AEC, um sistema de escolas comunitárias tinha se desenvolvido. A educação universal, a primeira desse tipo no mundo, tinha começado.

Fica claro o que poderia ter acontecido. As duas tribos poderiam ter seguido o caminho das outras dez. Elas também foram conquistadas, exiladas e expostas ao perigo da assimilação num império maior. Mas não o fizeram. Permaneceram distintas, intactas, um povo singular. 
Como "o que poderia ter sido" foi evitado? 

A lição das dez tribos perdidas tinha sido aprendida. Se o povo judeu queria sobreviver, precisava criar um conjunto de instituições pelas quais seu caráter pudesse ser sustentado contra o atrito das outras culturas. Era procurar e encontrar as estruturas da continuidade. Os judeus descobriram uma verdade fundamental, que tem preservado sua característica única entre as civilizações religiosas. A melhor, na verdade a única, defesa de um povo religioso não é militar ou política, mas educacional.

Sobrevivendo à destruição

No primeiro século E.C. uma segunda crise ocorreu com força devastadora. Uma rebelião mal planejada contra Roma trouxe uma selvagem retaliação. As forças romanas, lideradas por Vespasiano atacaram os centros de resistência judaica. 

Em 70 EC, o filho de Vespasiano, Tito, levou a campanha ao auge com um cerco contra Jerusalém. A cidade foi capturada. O Segundo Templo foi destruído. Foi um momento fatídico, embora poucos daqueles que passaram por ele pudessem ter sabido por quanto tempo os judeus sofreriam suas conseqüências. Foi o início do mais longo exílio que Israel jamais conheceu. Somente no século vinte os judeus saberiam novamente o que era ser um povo soberano em seu próprio país.

A catástrofe, enfatizada sessenta e seis anos depois com a supressão da rebelião Bar Kochba, foi quase total. A base da vida judaica jazia em ruínas. O Templo, símbolo e centro da nação, se fora. Não haveria mais reis ou profetas, sacerdotes ou sacrifícios dentro de um futuro previsível. A perda do Primeiro Templo tinha sido seguida pela esperança. Havia profetas que prenunciaram retorno e reconstrução. Agora não havia mais estas visões, pelo menos nenhuma que encerrasse uma promessa imediata. A perda do Segundo Templo trouxe o perigo da desesperança.

A tradição judaica identificou corretamente um momento como símbolo da virada. O Talmud relata como o sábio Jonathan ben Zakkai enfrentou os judeus de sua época. Durante o cerco a Jerusalém, líderes dentro da cidade acreditavam que podiam prevalecer contra Roma. Jonathan sabia que estavam enganados e argumentou sem sucesso pela paz. Outros acreditavam que seriam salvos por intervenção Divina. O Mashiach estava para chegar. Novamente, Jonathan ensinou: "Se vocês têm uma muda de planta nas mãos, e as pessoas disserem: ‘Olhe, ali está o Mashiach!’ – continuem com o plantio e só depois saiam para recebê-lo." Jonathan era um realista religioso, numa era de perigosos sonhos militares e apocalípticos.

Jonathan, segundo o Talmud, foi contrabandeado para fora de Jerusalém e levado até Vespasiano.
Ele contou ao general que este logo atingiria a grandeza (em 69 EC, Vespasiano foi feito Imperador de Roma) e fez um pedido. "A única coisa que peço é Yavne, onde eu poderia ir e ensinar meus discípulos, estabelecendo ali uma casa de estudos e para cumprir todos os mandamentos." Jonathan baseava a sobrevivência judaica não na vitória militar ou na era messiânica, mas numa casa de estudos e num grupo de professores: Yavne e seus sábios.
Poucas decisões têm tido efeito mais duradouro. Durante 1700 anos os judeus se tornaram um povo mantido coeso por um único fio: o estudo dos textos sagrados do Judaísmo. No lugar do Templo vieram a sinagoga, a yeshivá e o beit midrash. No lugar dos sacrifícios vieram a prece, o estudo e a realização de boas ações. O manto da liderança passou dos reis, sacerdotes e profetas para o sábio, o mestre que "criou muitos discípulos". Exilada, dispersa e privada de poder, uma nação estraçalhada foi reconstruída por meio de um instrumento: a educação.

Estamos numa posição muito boa para testar a estratégia de Jonathan ben Zakkai, porque a dele não foi a única versão da vida judaica. Sabemos por Josephus e outras fontes que houve diversas tendências na vida judaica na Segunda Comunidade. Jonathan representou o grupo conhecido como os Fariseus, que deram origem a rabinos do Talmud. Houve um segundo grupo, mais poderoso, conhecido como os Saduceus, que em geral eram mais abastados e mais intimamente ligados ao Templo e ao sacerdócio. Josephus chama o terceiro grupo de os Essênios. Eles tiveram vidas quase monásticas em pequenas comunidades separatistas das quais a seita Quaram, conhecida por nós através dos Manuscritos do Mar Morto, pode ter sido uma delas.

Para os Saduceus, a dimensão central da vida judaica foi o Estado e suas instituições: o Sanhedrin e o Templo. Para os Essênios foi a Era Messiânica, pois aparentemente eles viveram numa expectativa iminente de um apocalipse que abalaria os alicerces do mundo. Para os Fariseus, como já vimos, foi a educação. A instituição chave era a escola. A figura de autoridade era o erudito. Sua base da identidade judaica era o estudo individual e a observância da Torá. Nem os Saduceus nem os Essênios sobreviveram. De sua memória, somente os traços mais fragmentados permanecem. Houve um tempo em que ambos os grupos floresceram e cada qual estava convencido de ter a chave para o futuro judaico. 

Porém a História decretou de outra forma. Mais uma vez, a educação provou ser a única rota para a continuidade.

Depois de Auschwitz

A terceira crise nos leva ao século vinte e àquilo que, em termos humanos, é a maior tragédia que já se abateu sobre o povo do Pacto: o Holocausto. No início do século 20, quatro de cada cinco judeus viviam na Europa. Ao final da Segunda Guerra, as vastas comunidades do Judaísmo europeu tinham sido destruídas. As grandes usinas do estudo rabínico – Vilna, Volozhyn, Ponevez, Mir – se foram. As cidadelas do espírito judaico tinham sido reduzidas a cinzas. Os líderes religiosos e as comunidades de onde eles vinham tinham sido assassinados. Na maioria, os sobreviventes eram "um punhado resgatado do fogo". Nunca antes a luz duradoura do Judaísmo chegara tão perto de ser extinta.

O que sobrou, espiritualmente falando? O Judaísmo russo, o maior grupo judaico sobrevivente na Europa, vivia sob repressão política e religiosa. Os Estados Unidos, embora fossem tolerantes com os judeus, tinham se provado desastrosos para o Judaísmo. Uma onda após outra de imigrantes judeus – primeiro espanhóis, depois alemães, depois Europa Oriental – tinham se aculturado, assimilado e desaparecido. O novo Estado de Israel, embora significasse tudo em termos políticos e físicos, era agressivamente secular. Ben Gurion tinha feito concessões a grupos religiosos, mas estava confiante de que em uma geração eles teriam desaparecido.

O que aconteceu em seguida um dia será contado como um dos mais notáveis atos de reconstrução na história religiosa da humanidade. Um punhado de sobreviventes do Holocausto e refugiados começaram a reconstruir em solo novo o mundo que eles tinham visto desaparecer nas chamas. 

Os rabinos Menahem Mendel Schneerson, Aaron Kotler, Jacob Kamenetzky, Shragai Mendlowitz, Joseph Soloveitchik e outros como eles recusaram-se a ceder ao desespero. Enquanto outros reagiam ao Holocausto construindo memoriais, eles insistiram para que seus seguidores se casassem e tivessem filhos. Construíram escolas e yeshivot. Disseram: nosso mundo foi abalado, mas não destruído. Disseram: Hitler trouxe morte ao mundo, portanto vamos trazer vida. Dentro de uma geração, Mir e Ponevez, Lubavitch e Belz viviam novamente, não mais na Europa mas em Israel e na América.

Nos últimos cinqüenta anos, o Judaísmo tradicional se ergueu das cinzas para se tornar a força mais influente e de mais rápido crescimento na vida judaica. Atingiu aquilo que os observadores tinham considerado impossível. Mostrou que a Torá pode florescer num Israel secular e numa América aberta. Provou que os judeus na Diáspora atual podem experimentar o crescimento demográfico. Provocou um renascimento do estudo talmúdico sem precedentes desde os grandes dias dos judeus da Babilônia. Mas tem feito ainda mais. Tem demonstrado em nosso tempo que a reação clássica dos judeus à crise permanece sendo a mais poderosa. 

Como Ezra, a yeshivá e os líderes chassídicos se concentram em ensinar. Como Jonathan ben Zakkai, eles se devotaram a criar discípulos. A reação deles – repito – não foi a única resposta ao Holocausto. Outros grupos reagiram de maneira diferente. Construíram museus e monumentos, fundaram jornais, escreveram teologia do Holocausto e patrocinaram visitas a Auschwitz. Uma geração de judeus jovens, aqueles que cresceram nos anos setenta e oitenta, tem sido fartamente exposta a filmes, literatura e palestras sobre o Holocausto, e é esta geração que está escolhendo casar-se fora do Judaísmo na proporção de um em dois. 

O motivo não é difícil de encontrar. Como disse um historiador do Holocausto, perturbado pelo interesse obsessivo no Shoá: nossos filhos aprenderão sobre os Gregos e como eles viveram; sobre os Romanos e como viveram; sobre os judeus e como eles morreram. Ao contrário da educação judaica tradicional, a educação do Holocausto em si mesma não oferece um sentido, uma esperança, um modo de vida. Sem a fé, ela recapitula o erro da mulher de Lot. O Holocausto é um buraco negro na história humana, e se olharmos para ele durante muito tempo nos transformaremos em pedra.

Os judeus jamais esqueceram a destruição do Primeiro Templo, ou do Segundo. Nós os pranteamos a 9 de Av, e em todo casamento judaico quebramos um copo em sua memória. O primeiro evento foi há 2.500 anos, o segundo há 1.900. Assim também, enquanto os judeus viverem, se lembrarão de Auschwitz e Treblinka, Bergen Belsen e Sobibor. Porém há uma maneira judaica de lembrar. Para cada tragédia há uma promessa de redenção. Todo pesadelo é sucedido pela esperança. Nunca fomos paralisados pelo nosso passado, porque vivemos de olho no futuro. Eis por que a reação judaica à catástrofe foi ter filhos, construir escolas e criar um futuro judaico. 
Os filhos da yeshivá e comunidades chassídicas são seus memoriais do Holocausto, feitos não de pedra, mas de vida nova.

Estes três momentos são básicos para se entender a história judaica. A cada um deles, o povo judeu enfrentou sua própria mortalidade. Em nenhum deles a reação óbvia foi a que se provou bem-sucedida. Quem, em sã consciência, teria sugerido que a resposta à conquista da Babilônia, o poder de Roma ou ao Holocausto está nas escolas, professores e casas de estudo? 

Porém os grandes visionários do Judaísmo, os arquitetos de sua sobrevivência, disseram exatamente isso. Alternativas foram tentadas. Falharam. As dez tribos do reino do Norte desapareceram. Assim também os saduceus e essênios. Em nosso tempo, aquelas comunidades da Diáspora que não conseguiram colocar a educação judaica no centro de suas vidas estão desaparecendo também. Em cada caso, os sobreviventes foram ostensivamente o grupo mais fraco. O reino de Yehuda, ao sul, era pequeno em comparação ao reino do norte. Os fariseus eram mais pobres e tinham menos poder que os saduceus. Depois do Shoá, as comunidades e yeshivot chassídicas foram um fragmento de sua antiga glória. Mas em cada caso a máxima profética de Zechariah se provou verdadeira. A continuidade judaica acontece "não por força, nem pelo poder, mas por Meu espírito."

Pesquisas 

Até agora vimos o teste da história. Mas e quanto à pesquisa? Podemos quantificar o impacto da educação judaica na identidade judaica? A resposta é sim, podemos.

A Pesquisa Nacional Sobre a População Judaica nos Estados Unidos, feita em 1990, é o estudo mais abrangente de uma comunidade na diáspora feito nos últimos anos. Os resultados ainda estão sendo analisados. Porém em março de 1993 emergiram as primeiras conclusões sobre o efeito da educação no engajamento judaico, usando os dados da pesquisa. O estudo, feito por Silvia Barack Fishman e Alice Goldstein, dividiram a experiência educacional em quatro categorias: [1] Nenhuma educação judaica; [2] mínima educação (menos de três anos de escola judaica ou até 5 anos de aulas somente aos domingos); [3] educação moderada (três a cinco anos de escola integral ou suplementar, ou seis anos de aulas somente aos domingos) e [4] educação substancial (seis ou mais anos de escola integral ou suplementar).

Suas descobertas foram essas. 
No grupo com 25 a 44 anos de idade, aqueles que tiveram educação judaica substancial estavam entre seis e dez vezes mais propensos a observar o ritual judaico que aqueles cuja educação judaica era mínima ou inexistente. Tinham três vezes mais chances de pertencer a uma organização judaica, três vezes mais chances de serem membros de uma sinagoga e vinte por cento mais chances de contribuir para causas judaicas. Eles têm mais amigos judeus, são mais contrários ao casamento misto, e têm muito menos chances de fazerem casamentos mistos. Daqueles sem nenhuma educação judaica, somente três em dez se casaram com judeus. Daqueles com educação judaica substancial, o número é oito em cada dez. As autoras concluem:
Os dados de 1990 mostram a forte correlação entre a educação judaica e a forte identificação judaica. O simples fato de ter recebido alguma educação na infância tem pouco impacto sobre as atitudes e comportamentos durante os anos adultos. No entanto, a maciça educação judaica está definitivamente associada a medidas mais elevadas de identificação judaica nos adultos. Seu impacto é demonstrado em quase toda área da vida pública e pessoa.

Esta é mais uma confirmação da tese de que o destino dos judeus na Diáspora foi, e previsivelmente será, determinado por sua atitude quanto à educação. Esta proposição tem sido sujeita a dois testes, um envolvendo momentos críticos na história judaica, o outro usando a pesquisa melhor e mais recente disponível. Juntas, elas mostram que os triunfos dos judeus são triunfos da educação. Nossa renovação depende da educação. Nossa força tradicional, nosso maior dom, nosso valor mais alto é a educação.

Professor Daniel Elazar, em sua pesquisa enciclopédica do mundo judaico, People and Polity, chega à esta conclusão:
A história dos judeus tem sido uma história de comunidades construídas ao redor de escolas. Elas são a chave, porque transmitem o saber. A civilização grega sobreviveu por quinhentos anos depois da conquista romana das cidades-estado gregas, porque os gregos, como os judeus, tinham desenvolvido academias e puderam viver ao redor dessas academias. Quando as academias terminaram, a civilização grega desapareceu. 

O povo judeu jamais permitiu que suas academias terminassem. 
Este é o segredo de nossa imortalidade coletiva.

 
Saiba mais…

Israel: Primera conversión laica al judaímo

Detalles

Publicado en Sábado, 13 Octubre 2012 08:00

Escrito por Ana Jerozolimski

Dr. Efraim Zadoff

 

El rabino secular, Dr. Efraim Zadoff, es israelí de origen argentino. Historiador con especialidad en historia judía en el siglo XX, Ph.D. en Historia Judía, Universidad de Tel Aviv; Investigador Asociado del Centro Liwerant de la Universidad Hebrea de Jerusalén; Rabino laico humanista, Instituto Internacional del Judaísmo Laico Humanista «Tmurá» Israel; Miembro del ejecutivo de MERJAV, Consejo de rabinos laicos humanistas de Israel; Redactor y editor de: Enciclopedia de la historia y la cultura del pueblo judío, SHOÁ - Enciclopedia del Holocausto, traductor y editor de diversos libros más.

Nuestro contacto con él, plasmado en diferentes oportunidades ha versado mayormente sobre este singular enfoque del judaísmo secular. Pero esta vez, el tema no tiene precedentes: una conversión laica al judaísmo. El Dr. Zadoff nos explica de qué se trata.

- Efraim; ya hemos estado en contacto en otras ocasiones para publicar en estas páginas testimonios y opiniones tuyas sobre lo que podríamos llamar propuestas alternativas a la vida judía en algunos de sus aspectos más básicos. O sea, ya no solamente alternativas a la corriente ortodoxa que para algunos sigue siendo la única aceptada y aceptable, sino alternativas a la opción religiosa en sí: concretamente, un judaísmo laico. Recuerdo con especial interés la entrevista que realizamos sobre tu condición de rabino secular, un término que para muchos será una contradicción en sí misma, y también lo que hemos hablado sobre casamientos que has oficiado precisamente como tal. Y ahora, una nueva dimensión, que debo confesar, suena muy extraña: conversión secular al judaísmo. ¿De qué se trata?
- Para poder comprender la definición de judaísmo laico o secular quiero utilizar un término más adecuado para determinar a qué nos referimos: judaísmo libre, que es el que se utilizaba ya en el siglo XIX, y se refiere a libre de la interpretación religiosa de la cultura judía.
El tema de conversión al judaísmo o como solemos llamarlo «adopción al pueblo judío» requiere una aclaración: esta es la puerta para un no judío que desea incorporarse al pueblo judío, adopta como suya la cultura judía y se siente parte del pueblo y se comporta como tal. La «conversión» es un proceso educativo y social por el cual se le enseñan los fundamentos relevantes de la cultura judía. Para ello se debe tomar como modelo al tipo de judío que sirve de prototipo. La situación hasta el presente en la cual hay sólo conversiones religiosas implica que un judío no-religioso es un paradigma no legítimo del judaísmo; y si un no judío quiere incorporarse al judaísmo desde una perspectiva, digamos como la mía, hasta ahora no podía.
El Movimiento de Judaísmo Secular Humanista en Estados Unidos se ocupa hace ya unos años de este tipo de conversiones. El Movimiento en Israel comenzó hace cinco años a desarrollar programas educativos y a estudiar los aspectos legales, para poder realizar este tipo de actos de conversión/adopción. Asimismo mantenemos un estrecho contacto con el Centro Reformista de Pluralismo Judío, que dirigió las acciones legales que llevaron al reconocimiento por parte de la Corte Suprema de Justicia de conversiones de conservadores y reformistas.

- Antes de entrar en los detalles de la conversión, o adopción tal cual le has llamado, que tú mismo has guiado o dirigido hace muy poco, una pregunta que surge de algo que recién has comentado. ¿Qué significado tiene el reconocimiento por parte de la Corte Suprema de Israel de las conversiones no ortodoxas? O sea, en la vida práctica, en la vida diaria. Si alguien va al ministerio del Interior en Israel y su documentación de conversión no es la ortodoxa, ¿acaso le anotarán en la cédula que es judío?
- La Corte Suprema de Justicia dictaminó que conversiones aceptadas por una comunidad reconocida deben ser aceptadas por el Estado. Esta decisión se refiere a comunidades de las corrientes conservadora, reformista y reconstruccionista. Estas organizaciones en Israel decidieron limitarse a realizar conversión a personas que tienen residencia en Israel y por lo tanto documento de identidad israelí. El ministerio del Interior debe anotarlos en su documento de identidad como judíos.
Es interesante la reacción del ministerio bajo la administración del partido ultraortodoxo Shas que decidió que se anula en estos documentos el rubro de la filiación nacional.

- Pero además, hay aún diferencias entre las conversiones no ortodoxas y la que tú has hecho, laica. ¿Cómo las ve el Estado?
- Es cierto, hay diferencias desde el momento en que nuestra interpretación del judaísmo es diferente. Su perspectiva es religiosa. La nuestra es cultural. No sabemos cómo se expedirán las instancias estatales, ya sea las administrativas como las jurídicas a nuestra posición, ya que aún no se ha presentado solicitud de reconocimiento.

- Tú ya has dirigido un proceso de este tipo y me has comentado antes de esta entrevista, que la ceremonia resultó sumamente emocionante. ¿Qué detalles me puedes comentar al respecto tanto sobre la ceremonia en sí como sobre la persona convertida aunque entiendo que por ahora no desea que se revele su identidad?
- La organización que se ocupa de este acto de conversión/adopción es MERJAV que son las siglas en hebreo del Consejo de Rabinos Laicos de Israel (ya contamos con 18 rabinos graduados en Jerusalén). Hemos formado un tribunal de tres rabinos.
El caso al que te refieres es el de la primera ceremonia de este tipo que se realiza en Israel. Una pareja de judíos israelíes que adoptó a un niño de dos años y solicitó que realicemos la ceremonia de adopción a la familia y al pueblo judío. El tribunal entrevistó a la familia, se interiorizó de los motivos de esta solicitud, del carácter judío de la familia, y decidió aceptar la petición y declarar la incorporación del niño al seno del pueblo judío. La ceremonia se realizó en el seno de la comunidad de familiares y amigos de esta familia. Además se realizaron como actos simbólicos la «tvilá», es decir la inmersión en un manantial fluyente, y la «hatafat dam», es decir se sacó una gota de sangre del niño como símbolo del pacto con el pueblo judío.

- ¿En qué consistió el proceso de conversión secular? ¿Y cuál es su diferencia principal con la conversión tradicional ortodoxa y con la que realiza por ejemplo el movimiento conservador, masortí?
- La conversión ortodoxa jaredí (son los que dominan en los tribunales rabínicos oficiales) exige que la familia cumpla una forma de vida religiosa ortodoxa y que envíe al niño o niña a una escuela religiosa.
Los conservadores y reformistas enseñan cosas desde una perspectiva religiosa naturalmente liberal, es decir sin inmiscuirse en la vida de la familia. Pero exigen circuncisión (los reformistas en Estados Unidos no la exigen). Nosotros dejamos a decisión de los padres si circuncidar o no al chico. En este caso no quisieron circuncisión pero pidieron un acto simbólico (también la circuncisión lo es) y la gota de sangre fue la respuesta adecuada.

- ¿La religión no tiene presencia alguna en este proceso? ¿O se la interpreta de otra forma?
- Para nosotros el judaísmo es una cultura en la que las expresiones religiosas son sólo una parte. Nuestra interpretación es humanista libre de toda interpretación religiosa es decir que atribuye a sus valores a una fuerza superior que la transmitió a los hombres por medio de sus emisarios. En nuestra interpretación la cultura nacional judía es el resultado de la experiencia de un grupo humano durante unos 3.000 años a lo largo de los cuales pasó muchas modificaciones e interpretaciones y aún lo sigue pasando. Nosotros pertenecemos a este pueblo, grupo humano y cultural, y estamos convencidos que su capacidad de reinterpretar su cultura de acuerdo a la realidad a lo largo de los siglos es lo que lo mantiene vívido y vibrante.

- Creo que aquí es necesario preguntarte en qué medida las tradiciones, las costumbres algunas de las cuales pueden tener sus orígenes en la interpretación de los textos bíblicos, son para tí, para ustedes, una expresión religiosa. Te lo preguntaría con algún ejemplo concreto de las fiestas más recientes. Si en Yom Kipur, el Día del Perdón, un judío desea ayunar porque siente que es una tradición clave en un día muy especial del calendario judío, o inclusive ir a la sinagoga a escuchar Kol Nidrei o Unetané Tokef, pero no es una persona religiosa. ¿En qué marco estaría a tu criterio?
- Está en el marco de su decisión personal y como tal es totalmente legítima. Nuestra posición es absolutamente respetuosa de las decisiones de personas que se identifican con otras interpretaciones del judaísmo y exigimos que también las interpretaciones no religiosas (hay varias) sean respetadas. El intento de imponer una sola interpretación sobre todos es la receta para el anquilosamiento del pueblo judío. En estos momentos se está desarrollando un debate muy duro dentro del campo religioso ortodoxo si es que se debe imponer una sola Halajá, es decir una sola ley rabínica. En realidad hay varias. Sólo como ejemplo mencionaré algunas: la que se basa en el Shulján Aruj de Iosef Caro, la que se basa en el Mishné Torá de Maimónides, las que se basan en tradiciones diferentes de los judíos yemenitas, de los del norte de África, de los oriundos de Etiopía, etc. La diversidad es la característica de nuestra cultura nacional y el respeto es la clave para seguir manteniendo unido al pueblo. El lema es: unidad pero no uniformidad.

- ¿Quién determina los parámetros para una conversión de este tipo, secular? O sea ¿en qué marco tú actúas con algo así?
- MERJAV que es parte del Movimiento Judío Humanista Israelí que está asociado a la IISHJ, Instituto Internacional del Judaísmo Secular Humanista en Estados Unidos. El programa de conversión que desarrollamos para adultos tiene un año de duración y contiene introducciones a diversos temas que consideramos esenciales para una primera aproximación: literatura clásica y moderna, calendario hebreo, ceremonias de vida, arte judío, hebreo, conocimiento sobre la realidad judía en Israel y en el mundo.

- Me hiciste acordar ahora de una apasionante entrevista que hice hace unos años al ex diputado y ministro de MAPAM Yair Tzabán, que me dijo que para él, su biblioteca de tesoros judíos incluye no sólo el Talmud sino también tesoros de la moral y la cultura occidental. No lo estoy citando palabra por palabra, pero sin duda ese fue el espíritu de sus palabras. Comento esto porque al oir la temática que mencionas, debo admitir que me parece un poco extraño que no haya nada de religión judía, para conocerla, no para imponerla. O sea, la ortodoxia peca si omite dimensiones no religiosas de la vida judía como si no existieran. ¿Pero no te parece que sumarse al pueblo judío sin conocer su historia y preceptos en lo que a religión se refiere, es presentar el cuadro de forma sumamente incompleta?
- El conocimiento es la base de la pertenencia a la cultura judía. Todos los aspectos de lo que denominas «religión judía» están registrados en el concepto de literatura judía clásica (TANAJ, Mishná, Talmud y toda la literatura que se creó en esas épocas y que no ingresaron al canon) y moderna, en el calendario judío, en las ceremonias de vida, en el arte judío y también en la realidad presente en Israel y en la diáspora.
El elemento determinante es qué interpretación vas a adoptar y cuál es la interpretación que más se adecua a nuestra realidad. La Biblia hebrea, el TANAJ, puede ser considerada como una fuente religiosa inapelable o como una creación literaria extraordinaria en la cual se pueden encontrar elementos vigentes aún hoy, como por ejemplo el séptimo día de descanso universal. Es interesante que también los sabios de la Mishná y el Talmud, JAZAL, lo consideraron como fuente en base a la cual se pueden hacer cambios, a veces de 180 grados.
Te daré un ejemplo: la pertenencia al pueblo de Israel y luego al pueblo judío en la época bíblica se determinaba por vía paterna. En la Mishná (aproximadamente siglo II e.c.) se determinó que sería por la vía materna por razones prácticas que los rabinos en aquel momento consideraron cruciales. Al pasar de los siglos comenzaron a agregarse interpretaciones religiosas y místicas que le dan a esta decisión un status de ser al menos «un mandato divino». En una perspectiva histórica podemos ver que los judíos de Etiopía mantienen la tradición de la vía paterna, al igual que los judíos karaítas. En la realidad presente es irreal plantear que un niño nacido de vientre judío es culturalmente diferente de uno nacido de vientre no judío. En realidad la diferencia la hace la educación que recibe en su hogar. Si la interpretación que vas a adoptar es la religiosa y mística corres el riesgo de rechazar a personas que son absolutamente judías y considerar como judíos a quienes no lo son.

- ¡Qué complejo y multifacético este tema, como tantos sobre la vivencia y condición judía! Efraim; ¿qué motiva a una persona que se quiere convertir al judaísmo en conversión secular?
- Querer ser parte del pueblo judío y de su cultura sin hacer concesiones en su idiosincrasia no religiosa y humanista. Ser judío, por ejemplo, como yo.

- ¿Entra en juego la posibilidad de cansancio o desesperación de la conversión ortodoxa?
- Entra en juego el desinterés o desacuerdo en tener que mentir y realizar declaraciones de fe religiosa que todos saben que no son ciertas para poder satisfacer a la entidad que tiene el monopolio y recibir el certificado de conversión.

- Sea como sea, entiendo que vuestra visión es que así como puede haber un judío que quiere destacar su identidad como tal sin pasar por lo religioso, puede haber un no judío que se sienta atraído por la parte humana y cultural de lo judío pero no por lo religioso y quiera acercarse pues a lo primero.
- Justamente esta es la opción que nosotros ofrecemos. Deseo aclarar que no consideramos que esta es la única vía correcta para incorporarse al pueblo judío. Hay muchos caminos; este es sólo uno y la persona que desea incorporarse a nuestro pueblo puede elegir cuál es más adecuada para él.

- ¿Hay más gente en camino, en proceso, que se interesa por esta opción?
- Hay muchas personas que se interesan. Lamentablemente aún no disponemos de los suficientes recursos como para responder a la demanda, pero confío que llegaremos también a eso.

- ¿También en América Latina?
- También en América Latina hay interés en la conversión de acuerdo a esta perspectiva de la cultura judía. Recordemos que algunas décadas atrás esta visión del judaísmo constituía la columna vertebral de las vida comunitaria judía y de las importantes redes escolares. Actualmente debemos dedicar todas nuestras energías y recursos al proyecto de reestructuración: la organización en las diversas comunidades latinoamericanas de entidades que ofrezcan una opción de vida judía activa desde una perspectiva cultural libre de religión. Ya hay algunos comienzos importantes. El problema es que la dispersión y la falta de coordinación dificultan el desarrollo organizado y sistemático de entidades comunitarias que ofrezcan actividades culturales significativas también en el ámbito del calendario judío, como actividades que se realizaron por ejemplo en Yom Kipur en Montevideo y Buenos Aires, y de las ceremonias de vida como festejo de nacimientos, Bnei Mitzvá, casamientos, etc.
En estas semanas estamos tratando de coordinar un encuentro, probablemente en Montevideo, y con la centralización de organizaciones locales y de Brasil, Argentina y Chile. En definitiva la propuesta dirigida a todas las edades que surja de este encuentro planteará una alternativa para evitar el abandono de los marcos judíos por parte de considerables partes de nuestro pueblo: la asimilación, o mejor dicho desjudaización.

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O Marquês de Pombal e os Três Chapéus Amarelos

O Marquês de Pombal e os Três Chapéus Amarelos

"...O rei de Portugal D. José I tinha ordenado que todo o português que tivesse sangue judeu deveria usar um chapéu amarelo.
  Alguns dias mais tarde, o marquês de Pombal apresentou-se na corte com três desses chapéus debaixo do braço.
  O rei, surpreendido, perguntou-lhe: “O que quereis fazer com tudo isso?”

Pombal respondeu que queria obedecer às ordens do rei.
“Mas - disse o rei - por que tendes três chapéus? “
  “Tenho um para mim - respondeu o marquês - outro para o grande inquisidor e um para o caso de Vossa Majestade desejar cobrir-se.”

Cecil Roth, em seu livro " A History of The Marranos"

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AS BARATAS E UMA FABRICA MORTA

AS BARATAS E UMA FABRICA MORTA

Ontem fui visitar outra fiação, seminova e defunta nas montanhas da Carolina do Norte. O local, salvo a vegetação lembrou-me  muito das Montanhas das Minas Gerais - e por algum motivo fiquei meio jururu. A experiencia foi uma mistura de destruição industrial, saudades de Diamantina, Ouro Preto, Tiradentes, e depois do que vi, fiquei naquela de ponderar sobre a vida.

Confesso ando cansado da exaustão mental de meu trabalho: Basicamente avaliar massas falidas na area textil; ser “broker” de Maquinas, é uma Medicina Legal ou Forensica mas técnica; uma autopsia de fabricas, que mais do que uma mera avaliacao de massas falidas que já foram meios de sobrevivência de famílias.

Uma fabrica nunca para e por lá fica: Ha um imenso sofrimento humano por trás disso, mortes inclusas. Por isso, meus amigos mais próximos o sabem, quando um técnico ou líder da indústria textil perde um emprego, fico desesperado ate "encaixa-lo" num local onde ele possa reflorescer ser útil e gerar prosperidade. Mas essa instancia de “colocação” esta cada vez mais dura de ser levada a cabo. No Brasil também a nossa indústria morre.

Voltemos a fábrica essa das Montanhas Azuis (Blue Mountain) na Carolina do Norte. O Jardim e grama da fabrica esta ainda relativamente em bom estado. Os corretores imobiliários aqui cuidam bem das carcaças das fabricas, sempre espera de transformar seus edifícios em Wall Marts, Sam's, Costco ou depósitos disso ou daquilo. Dai o defunto tem que estar bonito por fora.

Também a molecada daqui tem pouca vocação para jogar pedra em vidros e o americano rouba bem comedidamente, ao ponto de ver fabricas caindo pela ação das intempéries, mas com suas portas de vidro Blindex inteiras e suas vidraças, opacas pela poeira e com sujo acumulado - mais intactas.

Essa Fabrica visitada ontem era defunta nova, de seis meses. Ao abrir a porta fui recebido com o cheiro de morte de fabrica textil: Cheiro dos escritórios abertos, cheiro de manuais decaindo e se tornando obsoletos, cheiro de cheiro de banheiros limpos mais não usados. É um cheiro característico como uma Marca Registrada, uma impressao digital.

Depois invariavelmente ha um lobby e um hall de folhas e plantas mortas, salvo as de plásticos que em seus sarcasmos de imitação, parecem rir das verdadeiras plantas e flores mortas, secas e mumificadas por falta de agua.

No hall ainda ha sempre fotos, umas alegres, outras da fábrica em dias mais alegres, em dias de produção, em dias que era integrada com o humano e com a fábrica social.

Depois desses halls de tristeza, abre-se a porta e outro odor característico de Poeira, Fibra, Óleo, e Maquinas vem aos nossos narizes. Interessante, as fiações mortas têm um cheiro diferente das Tecelagens.

A tecelagem, morta tem mais odor de poeira, tecidos e óleo.

Já as fiações tem o cheiro quase idêntico, mas menos oleoso e com mais pó.

Mas não dissecarei mais a fundo esse tema de morte de fabricas.

Em realidade, quero fazer uma analogia delas com os crápulas, os venais, os malandros que manipulam a indústria e o povo que ela alimenta. Esses que alimentam o Caixa Dois, que usam da Indústria como mera alavancagem de seus projetos e agendas politicas; desses canalhas de empurram uma indústria ao abismo e lucra com seus empréstimos inflados. Esses que fazem da morte de suas indústrias um mero trampolim para jogadas bancarias ou imobiliárias...

Terminarei em breve esse tema, pois ela não me faz bem: Decidi entrar no escritório do Ex-Diretor dessa Fiação recém-morta nas montanhas da Carolina do Norte.

Abri a porta, acedi à luz e entrei: Via tres ou quatro vasos de terra seca e dura e plantas mumificadas. Senti o cheiro dos papeis, manuais e contratos que algum dia foi coisas de importância. Na mesa havia uma xícara de café, tipo aqueles “baldes de CHAFÉ” americano, que não deixa de ser um bom diurético. Dentro só havia o resíduo negro do café evaporado. Atrás da mesa havia uma fotografia enorme da fabrica em sua inauguração, cheia de figurões dos anos sessenta e funcionários sorridentes.

Parei, olhei e olhei, e olhei tanto que decidi tocar a foto que estava meio torta e ajusta-la ao nível do chão.

Pulei para trás assustado. Inúmeras baratas se espalharam parede afora a procura de outros locais de trevas e seguros.

Dei um passo atrás e vi a parede voltando a ser parede, à medida que sumiam os insetos.

Sai da sala amargurado. Fechei a porta cuidadosamente.

Mesmo ao descer a serra para Spartanburg, as imagens das baratas ainda estavam em minha cabeça. Sim estava com nojo. Mas não tanto dos insetos. Não tenho fobia por eles.

O que sentia era uma náusea diferente e matutei sobre ela ate quase chegar ao trabalho.

Era um nojo do predador humano. Daquele que mata, mente, esconde, rouba corrompe para ganhar um dinheiro extra, na base da contravenção, da maracutaias, dos acertos, das "articulações" sem ponderar que por traz de suas ações eles estão matando gente.

Desses insetos eu tenho medo. 

São essas baratas que me causam o nojo e ânsia de vomito - e nao as que vi na falecida fabrica.

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Pensamentos Avulsos...

Judeu sem Retidão - é Filisteu.
Judeu sem Humanismo - é malformado.
Judeu Medroso – é Eunuco.
Judeu Covarde – é fertilizante de holocaustos.
Judeu Neutro, em cima do muro – é alvo de franco atirador.
Ser Humanista não significa ser apático ou cego.

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AO MINISTRO: Com Cafezinho e Morcegometro

 

AO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA: COM CAFEZINHO E MORCEGÔMETRO!

Vamos entrando Ministro Joaquim, por favor, esteja em casa: Essa e a minha esposa a Dona Silvia...

Ministro, aos sessenta e tres anos, finalmente, creio que estou me acovardando.
Acompanho minuciosamente o supremo STF de dicionário à mão, olhos de pires e ouvidos de Dumbo,  orelhões que agora “andam  em pé”.

Desculpe a bagunça aqui em casa, não falei com a Dona Silvia que o Senhor ia chegar, mas a casa é nossa e vamos falar aqui na minha cozinha de casa Mineira-Gaúcha-Americana,  sempre com uma “boca-de-pito” (cafezinho) bem passado e água quente pro mate da Dona Silvia, que vive sempre mateando a cuia.

Vamos falar em mineirês Senhor Ministro. Vou ao assunto: Olha, o objetivo de toda essa violação das leis, ética e o ataque frontal a constituição e aos fundamentos da Republica Brasileira foi feito para ARTIFICIALMENTE fortalecer um partido, o PT, não foi mesmo? Aprendi essa com o Senhor e a sua competente turma brigona. Bem, esse partido foi o corruptor. Agora o que acontecera com os Lideres desse partido? O pessoal “lá de cima” que ficou no poder com o trabalho braçal sujo dos agentes de campo?

Ministro, a Dona Matilde dos Búzios, uma vidente lá de Diamantina, disse que viu na Babilônia, a tal mão na parede do Rei Nabucodonosor escrevendo com pincel atômico e com boa caligrafia: LULA, LULA, LULA...  Por curiosidade, o que acontecera com ele? Não será nem questionado?
E com os lideres dos partidos subornados? Nada? Sei Ministro, com todo o respeito lhe pergunto se o sistema judicial anda “encagaçado” - como eu ando - em apontar nomes de Vacas Sagradas?

A dona Silvia sempre me pergunta quando acontecera à restituição de perdas ao erário publico? Ministro Joaquim: Haverá sequestro de bens? Eu já vi o senhor hoje entrando nessa vertente de recuperar algo de nosso dinheiro roubado, via ações nas Varas Cíveis, estou certo Ministro?

Tenho tantas perguntas para o senhor... E os Bancos, Ministro? Os grandes negócios, construtoras e afins privados: Iremos pesquisar as “benesses” por eles recebidas do Governo Lula?

Ministro, ainda que mal pergunte como saiu o Eike Batista das águas do Pré-Sal para as rasas águas da Bacia de Campos? Foi em retribuição a as suas contribuições políticas? Ganhou mais portos? Mais minas? Eletricidade barata do Lobão para suas Mineradoras  - especificamente para as suas metalúrgicas de ALUMINIO cujo produto mais caro é a ELETRECIDADE? Ministro esse cara é Ladino. Tem uma lábia de ouro. Ele faz o dinheiro do Mensalão parecer esmolas jogadas a pires de cego: Olhe esse cara...

Ministro, aceita mais um cafezinho? Está mais frio lá fora do que Ouro Preto ou Tiradentes no inverno.  Sente-se aqui mais perto da calefação. Dona Silvia: Por favor, duas bocas- de- pitos pra nós aqui. O Ministro não quer Matear hoje?

Tô parecendo véia fofoqueira Ministro, mas da para a gente saber como ficara a Construtor Delta? Será que ela recebeu contratos adocicados? Já estudaram quantas vezes e para quem seus jatos foram emprestados? Helicópteros? Todos sabem que o Governador do Rio, o Cabral junto com outros membros da Gang deitava e rolava em corriolas em Paris... Será que no STF alguém vai se interessar como o Lulinha recebeu a “Maradônica Mão de Deus” na telefonia celular? Sera que quem lhe deu “colher de chá” recebeu de troco (com juros gordos, dividendos e correção monetária) algo suculento de volta?  Como o Senhor, sabe o povinho diz que o nosso erário é uma parte anatômica da mãe Joana, que por respeito não vou dizer o nome...·.

Desculpe-me a alusão ao “rabo”. Ministro; eu não quero ser grosso com o senhor. Eu sei que nós temos um bom coração - mas o nosso pavio é curto. Mais falando com jeitinho, sem ofensa, para ser sincero com o Senhor, nós Brasileiros não queremos mais saber como era o Brasil de ANTES do mensalão. O que queremos ver, Ministro Joaquim, é o que faremos do Brasil depois dessa ocasião histórica, onde o Judicial se impôs com força e propriedade.

Ministro, perguntar não ofende: Os Brasileiros já viam voces do STF como uma pizzaria, e lhe explico: Dos ONZE veneráveis do Supremo,  OITO foram escolhidos pelo Lula e Dona Dilma. Mas voces nos surpreenderam. Sabe Ministro eu queria ver o Senhor desempenado, “de caveira nova”, como o meu Presidente. Juro Ministro, se eu pudesse faria ate “Boca de Urna” para o Senhor, mas agora não dá mesmo. Tenho medo ser preso. Agora no Brasil ando de “chiquito à mão”, ate respeitando limite de velocidade...  Mas não se engane Ministro: A Safadeza é generalizada. Ha uma corja de TUCANOS tão vagabunda como a desses Petistas. A turma essa anda de asa grande, Ministro, mas cá entre nós, como eu, de “cú na mão”.

Sabe Ministro, o Senhor pode ate rir de mim, mas eles agora pensam que o Senhor é um tipo de Zorro Baixinho ou um tipo de Exu-Caveira, meio cabeçudo. Gente besta; mas pelo sim ou pelo não, de uma “fumigadinha” lá também Ministro.

O senhor não quer mais falar nisso? Tá bom - mudemos então de assunto: O senhor sabe o que é um Morcegômetro?  Vou lhe mostrar o meu: Esse nome é minha invenção. Ministro eu não sei o nome certo da coisa, mas lhe mostro. É um tipo de gangorra numa estrutura perecida com um “A” maiúsculo. O senhor se deita nela na vertical com os pés firmemente presos. Agora devagarinho vou lhe deixar de ponta cabeça. Cabeça quase no chão e o Senhor preso pelos pés. Como um morcego. Olha bem como esta tirando a pressão nas vértebras e no nervo ciático. Ministro comece tres vezes com sessões de um minuto e depois aumente ate dois. Ministro, eu acho que o senhor não vai precisar operar a espinha, tente primeiro o Morcegômetro. Ministro foi a minha salvação!

Ah, me perdoe: Juro que é o meu último comentário nesse assunto defunto; mas gostaria que o Senhor me prometesse somente umazinha, antes do Senhor sair aqui de casa: Não vai ficar muito bonzinho depois da caveira curada, esta bem? Continue assim, meio enfezado que esta sendo uma bênção pro Brasil!

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AS ESTACOES NAS CAROLINAS

As Carolinas, tanto a do Norte quanto à do Sul, tem estações de ano bem contrastantes e um clima dos mais aprazíveis em que já vivi - salvo durante os poucos dias abafados e quentes de Verão. As estações nessa região são bem delineadas: chegam tímidas, em anúncios sussurrantes e quase que imperceptíveis elas discretamente partem, fechando uma cortina diáfana que mal nos permite vislumbrar o prenuncio da próxima estação; e este ciclo se repete calma e previsivelmente como estivéssemos em um universo Newtoniano, ordenado e manso, tão diferente do visto pela óptica da Física Quântica: Um universo de Física fácil, onde as “quedas das maçãs” são meramente explicadas pela ação dos Ventos do Norte e os do Golfo do México - ou simplesmente por estarem maduras.

Entre as estações há um delineamento muito grande: Por exemplo, no Verão são esperados dias quentes que podem chegar até aos trinta e oito graus Centígrados e ao sol acima dos quarenta; de contrapartida, no inverno, podemos a chegar a 4 graus negativos no meio em Fevereiro, ápice do Inverno. Como eu disse, aqui temos uma meteorologia previsível onde as mudanças atmosféricas são quase palpáveis - salvo por um furacão ou tornado perdido que chegam a cada dez anos arrancando algumas arvores e telhas das casas. Mas, de modo geral, a Dona Natureza passeia calma pelas Carolinas, displicente e morosa como se tivesse o sotaque Sulista, arrastado como melado da Geórgia.

 Eu sempre começo a contar as estações a partir da Primavera, que, para nós no Sul, tem o seu começo em Maio. Conto as estações a partir da primavera, pois assim elas me lembram de mais o ciclo da vida: Na Primavera temos os dias mais quentes e mornos, salpicados de alguns dias frescos brigando com o calor, e no final ganha a briga o calor e se fecham as cortinas nos dias mais amenos, a brisa fresca - e o ar condicionado acaba por substituir as janelas abertas. À medida que se esquentam os dias, abrem-se as piscinas: Os lagos e as praias começam, timidamente, a ser povoados. Aparecem às sinfonias de cigarras, grilos e sapos e também as bermudas, biquínis, sandálias de dedo e as camisetas; óculos escuros; loções de praia e os cortadores de grama e ronco das Harley Davidson.

Os refrescos e sucos surgem em abundancia, mas a bebida do Sul é o Chá Gelado – O Ice Tea. Os velhos se animam e reaparece em cadeiras de balanço nas varandas, o trabalho de jardinagem inicial já foi feita no inicio da estação e de agora em diante a manutenção do jardim será no calor e com bastante suor; os carros começam a trafegar de janelas fechadas com os mais obesos sendo os primeiros a usar o ar condicionado. Também as capotas dos conversíveis começam a baixar; lojas e supermercados de materiais de construção e jardinagem estão no auge de seus displays e descontos de suas mercadorias; frotas de cortadores de gramas estão a venda e pirâmides de são erguidas: Pirâmides de sacos de fertilizantes, de terra de jardinagem, sementes, de tijolos, pesticidas.

Nessa época, aqui no Sul, é tradicional ver muitas crianças vendendo copinhos de limonada a dez centavos em frente de suas casas, na grama verde que sempre é molhada, outras brincando com seus cachorros e nos quintais de muitas casas ouvem-se risadas e barulhos de atividades nas piscinas e o cheiro barbecue e, grama cortada e das piscinas cloradas permeia os subúrbios.

Na Primavera, a grama renasce e cresce rapidamente. As arvores peladas do frio invernal, se enchem de folhas.  Na primeira semana da primavera, alguns grilos arrojados já se arriscam uma cantada fraca e rápida à noite; alguns sapos começam a coaxar. As águas dos riachos e rios ainda são frias. Só mesmo ao morrer a Primavera, ao nascer o verão chegara o coral de sapos e o som uníssono das cigarras, a orquestração de grilos criando uma califonia  de sons quase gregorianos de insetos e batráquio louvando o retorno de vida abundante. As noites são mais quentes, húmidas, abafadas e no campo, à medida que a estação avança, aumenta o ronco barítono e continuo de milhares de cigarras e o coaxar estrondoso de sapos e chega a estridente orquestra de milhões de grilos. O som é intenso e ate espanta alguns visitantes de outras querências. Os patos e gansos selvagens se refrescam em lagos, pais e filhos saem à pescaria ou caça, num Ritual de Passagem, beija-flores zunem pela manhã, roubando o néctar das azaléas, rosas, flores silvestres e das arvores frutíferas afloradas, sempre retardatárias ao desabrochar.

As plantas recomeçam o ciclo da vida timidamente: Suas folhinhas vão aparecendo, o capim queimado começa a renascer primeiro com preguiça e depois com uma pressa furiosa.  À medida que o tempo esquenta, vagarosa e gradualmente vai se modificando e a nossa indumentária: de bem agasalhados capotes e sobretudos invernais, passamos a usar os suéteres leves, camisas de mangas compridas ate chegar a um casaquinho fino  e camisetas e bermudas. A primavera é uma estação boa para se economizar energia gasta em ar condicionado ou calefação: É a época das contas de eletricidade baixas. Também é a época do bom apetite e nos da predisposição a exercícios, com pouco suor e sem a prostração causada por calor intenso.

.Nos condomínios, à medida que avança a Primavera, ha um zumbir constante dos compressores de ar condicionado, crianças brincando a luz do dia ate mais tarde, as juntas artríticas dos velhos doem menos e também as velhas dores físicas e mentais diminuem ou desaparecem com o sol intenso; os dias se tornam longos, languidos e lerdos. Tudo é quente, a vida rola lerda e dourada sob os olhos morosos do Hélio – e nos adoramos reclamar do calor.

Lá para o meio da Primavera já temos alguns poucos dias calorentos, um aviso do Verão eminente, mas, volta e meia há sempre uma noite de friozinho, como as das madrugadas antigas na baixada fluminense, como as de Petrópolis, como o de Santa Teresa e de Pedra Azul: Frio só de causar um bom sono.

Também as arvores começam a vestir-se de galhos e folhinhas novas e verdes, a grama deixa totalmente a cor areia e começa a se esverdear os passarinhos começam a trinar e aparecem mais revoadas de gansos e patos selvagens, buzinantes e alegres, quase sempre em formação de tipo de “V” riscando os céus em busca de seus habitat no Norte, seguindo o líder, no angulo da letra e sempre se  revezando um com outro na liderança do floco, como corredores de equipe de ciclistas num rallie.

Quando ainda tinha uma casa no lago, de varanda da, ao redor da hora do Ângelus, ha sempre uma nuvem amarelada no horizonte das Carolinas neste tempo de Primavera, dando aos céus uma nuance dramaticamente dourada quase Van Goghiana, com dramáticos por de sol em explosão de cores vibrantes. Também os carros e moveis são coberto por um tênue pó amarelado, resultante da prevaricação da natureza em sua reprodução ávida de permutação de pólen, no escasso tempo de verão. Aí muitos têm um certo desconforto: O pólen no ar torna-se tão intenso que trás desconforto e alergias a um grande numero de pessoas nesta ocasião - eu incluso. Mas pouca importância se dá as alergias: é época de sol, de praia, lagos, pescarias, de amar preguiçoso e aproveitar a vida que parece durar para sempre...

Cheguei ao outono: O final do verão é bonito mais triste: Os dias se tornam mais frescos e algumas folhas começam a cair. As roseiras ficam ressentidas e não mais há rosas; os pés de manjericão encarquilham as suas folhas amarelam e morrem. As hortênsias começam a queimar as suas folhas com manchas pretas das geadas periódicas. Mas as arvores e a natureza ainda continua engalanada com o calor da tarde. Ainda se ouve o bate-dentes dos esquilos, o trinar dos pássaros. Os zorros, gambás e veados já começam a aparecer saindo de suas tocas; algumas vezes os encontramos mortos nas estradas, que já começam a ter placas amarelas com um saltitante veadinho pintado em negro em certos trechos, alertando os motoristas incautos do perigo causado por possíveis veados na pista, em busca ávida de procriação, cruzando descuidadamente as estradas.

Mas ate o meio do Outono ainda ha luz em abundancia; temperatura ideal, como se o “Papai do Céu” colocasse um ar condicionado na terra e os humanos tornam-se bem humorados e dispostos, com muitos churrascos nas tardes amenas e viagens familiares nos finais de semana; os Shoppings ficam abertos ate tarde da noite e as estradas cheias de carros de gente alegre que agem como se tentassem esticar o Verão indefinidamente, fingindo ignorar os dias tíbios da primavera, uns acompanhando os esportes pela TV, outros viajando, velejando e sempre as muitas reuniões familiares.

Quando menos se espera o sol começa a ficar preguiçoso, os dias se encurtam e as noites se esfriam. As tardes ainda são razoavelmente quentes, mas nota-se que já necessitamos das mangas compridas e capotes a noite.

É o começo do Outono. Confesso não gostar do fim de Outono: As folhas das arvores começam a cair e os nossos quintais se enchem com vários centímetros de folhas mortas. Elas ao se decomporem criam um fungo que causa alergias. As nossas hortas começam a morrer: Primeiro os cheiros verdes, depois os pés de pimentão, finalmente os tomateiros e depois as arvores frutíferas, que  são as primeiras a sentir e sofrer com o frio, começa a transformar seus ramos em galhadas esqueléticas. Tudo vai se pelando, se amarelando exceto por alguns pinheiros, araucárias e magnólias, arvores impérvias ao frio. As ultimas florezinhas se desabrocham nos meus manjericões e um abelhão retardatário ainda insiste em beijar os seus néctares com um zumbido mais grave. Em uma semana ele também sucumbira com os manjericões...

E chega o Vento Norte, e cai mais as temperaturas.  A casa esfria e pede calefação e a madeira acumulada no verão vai ao fogo das lareiras. É o inverno que chega.

 Mas no começo, o inverno pode ser até revigorante e com a aproximação das Hannukah, parece haver uma alegria no ar: há a tradição linda e pagã das luzes e aí começa a época das festas que parece espantarão os miasmas do frio e as trevas da noite.

 Mas passados as festas o frio aperta. Sentimos o vento gélido pelas pequenas aberturas das portas, das janelas, dos capotes e ate entre a trama do tecido de nossas roupas, e a casa esquentada por fogo e eletricidade torna-se seca. O povo congrega-se em grupos fechados, em igrejas, templos, em casas, restaurantes, supermercados e escolas - e esta aglomeração trás sempre os resfriados e ate influenza. Os mais velhos, com velhas fraturas e contusões voltando a doer, se vacinam - e os mais novos aguentam melhor o tranco dos gripados e espalham germes liberalmente, pois pensam que  todos são – como eles - eternos.

Os dias se tornam turvos, o vento geme, não se ouvem mais os pássaros e passado as festas de primeiro de ano, fica só a friagem, as noites longas, os dias cinza, o frio, e mais frio.

Uns bebem demais, outros comem demais, outros chocalateiam demais - é época de cuidar do peso e contar cuidadosamente às calorias que o corpo clama alto e em bom som para tê-las.

Vem à saudade da primavera, do canto dos pássaros, dos grilos e ate das abelhas e marimbondos. Tornamo-nos introspectivos, enfiamos o nariz entre as paginas dos livros e conversamos poucos. Sim quando neva é ate bom. Muitos pensam que a neve é fria, mas as condições atmosféricas propiciatórias a neve é entre um e zero grau centigrados. Muitas vezes quando neva é um bom sinal de temperaturas mais elevadas, mormente quando a sensação térmica esta abaixo dos dez graus centigrados...

 O inverno se estica lenta e compassadamente. E uma estação que parece não ter pressa. Parece ser ate a realidade universal: frio, escuro e sem vida. É o tempo de reflexões, de Drashes Escuros,de ponderações, do Itzak e Yacoov, das leituras, do silencio e das avaliações. É tempo de trevas, de solidão, salvo uma esporádica visão de crianças na neve, e para o restante do mundo fora das Estações de Sky, é uma época de vazios e de espera. De espera constante ate Abril ou Maio, onde cuidadosamente começamos estudar a grama a procura de uma raminha verde... Para recomeçar o ciclo das estações, novamente, com promessas de vidas em nossos corações. 

 20 de Agosto de 2012

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A VACA E A AGUA DA VIDA

A NACAO É A CARA DE SEU POVO. Obama anda batendo na mesmo tecla: Para a América continuar sendo um país de liderança no mundo, EDUCAR é preciso. E eu concordo com ele. Sem educação não há cidadania. Sem cidadania não há conceito de uma comunidade; sem esse conceito, esse amalgama não há uma nação. Sem educação não vemos a razão de apreciarmos arte, musica, ou literatura. Sem educação nem mesmo entendemos a Bíblia, ou o Tora e nem o Corão. Nem filosofia, nem um livro de geometria ou mesmo de historia. Sem educação achamos que lançar um pneu velho no Tiete, é nos livrar de um problema. Jogarmos garrafas de cerveja na Baia da Guanabara e plantar arqueologia. Óleo do carro trocada em casa e lançado do bueiro da rua sumiu. Arvore é lenha que fica atrapalhando o boi. Um pouquinho mais de pesticida não vai matar ninguém. No matadouro, um câncer no fígado de uma vaca deve ser retirado, sim, mas se aproveita o resto. Esqueceu-se de pregar o troco? Que dance.  Ética: O que é ética, o meu? Sem educação falamos alto e insensatamente. Sem educação e com um pouquinho de dinheiro temos uma moto. A moto nos da o poder de dirigimos como quisermos: Somos Ágeis! Sem educação destruímos o patrimônio publico: Greve é greve: Vamos ao quebra-quebra. Politico sem educação escuta muito o povo - e eleito e não o ouve. E eles empregam-se todos os seus, pois isso e o costume da terra. Desmembram-se municípios para fabricar mais vereanças. Fazemos da Câmara e do Senado um exemplo de ócio e ineficiência para que a Nação se paute nele. Sem educação se mija na rua. Sem educação nos cachorros lá cagam também. Sem educação respeitamos só o dinheiro, vindo de onde veio - obtido como for. Sem educação nós nos aferramos a Siglas: Se ganhar algo sairá para mim. Sem educação criamos leis incríveis: Recuperar os danos psicológico  aos anões espezinhados por uma sociedade  “altista”, tratamento psicológico aos feios,  bolsa família aos mau dotados de pênis, e proibição do adjetivo “despeitada” pois denigre as mulheres de seios modestos. Sem educação não temos um sentido de vida, pátria e cidadania. Sem educação vivemos atrás do arame farpado, de muros altos e eletrificados de nossos pequenos Sobibors, Auschwitzs e Belsens - que são nossas casas. Sem educação não produzimos. Sem educação não trabalhamos. Sem educação viveremos, ainda que num pais rico, pobres.  Tampouco se é permitido usar a giria “desbundar”, pois eh expressão  ofensiva a Brasileiras de origem Caucasiana de bundas pequenas...  Sem educação podemos abusar de a expressão JUDIAR, pois somos sem noção. As inundações do Pantanal, sem educação, resolvemos com um decreto que dita “Reses pantaneiras tem que ser aladas”.  Nas secas no Sertão, temos procissão, reza forte e caminhão pipa como solução. Já vi ate chuva de neve (de isopor) no cerrado, na gestão de um Prefeito local.  Sem educação, nos geramos e temos que cuidar dos sem tetos, sem terra, sem etnia; de Índios, bugres, quilombolas, cafuzos e de quengas feias; mas sem a luz da educação não cuidamos dos sem vergonha, dos sem pudor e caráter. Somos nós assim por problemas de uma possível herança de cor ou de raça? Não! Vejam o Obama. Vejam os Mulatos Ruy Barbosa, e Machado de Assis. Vejam o Brasileiro Joaquim Barbosa...  Não foram o que foram e não são o que são por serem de raça africana. São o que são porque se educaram. E junto com a educação adquiram CARATER. A educação é o grande nivelador social. E o Magnum .45 que nunca falha. Educação não eh ler “O rato roeu o queijo”. Educação é algo que se busca diariamente como um alimento, como a agua, como uma necessidade de sobrevivência coletiva. Educação nos eleva acima do tribalismo. Nos leva a apreciar as flores. E os pássaros. E os rios. Educação nos faz ser mais tolerantes e aprender a louvar o nosso Deus sem jogar merda na crença alheia.  Um presidente educado não se mijaria nas calças em publico. Nem fecharia os olhos ao mal. Mas sem a educação não existe discernimento e paramentos de medidas morais. Voce ate pode levar uma vaca ao rio. Mas se ela não for treinada, recusar-se- á a beber da agua. E certas "vacas" nunca provaram da agua da educação, a agua Dadiva de Deus - enfim, da Agua da Vida.

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Disputa se encerrou após veredito ser divulgado neste domingo (14).Arquivos do escritor Max Brod contém textos de Franz Kafka.
Um tribunal israelense ordenou que os arquivos do escritor Max Brod, que contêm textos de Franz Kafka, sejam transferidos à Biblioteca Nacional de Israel, encerrando assim uma disputa de quatro décadas. Em um veredicto divulgado neste domingo (14) em Tel Aviv, a juíza da vara de família Talia Kopelman Pardo afirma que a coleção de Brod dever ser legada à Biblioteca Nacional de Jerusalém, cumprindo assim com sua vontade.

Franz Kafka havia pedido ao amigo Max Brod que queimasse todos os escritos após sua morte, o que aconteceu em 1924, quando o escritor judeu nascido em Praga tinha apenas 40 anos, um pedido que não foi respeitado. Após a invasão da Tchecoslováquia pela Alemanha em 1939, Max Brod emigrou para a Palestina, levando os manuscritos de Kafka, um verdadeiro tesouro que ele deixou para sua fiel secretária, Esther Hoffe, após sua morte em 1968.

No testamento, Brod pediu a Hoffe que doasse os arquivos, avaliados em milhões de dólares, para a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Biblioteca Municipal de Tel Aviv ou outra instituição em Israel ou no exterior.

Mas a ex-secretária de Brod, que morreu em 2007, dividiu a decisão entre as duas filhas, o que criou uma disputa entre centros universitários, arquivos nacionais alemães e israelenses, assim como as herdeiras de Hoffe. Finalmente, o tribunal decidiu que "os escritos de Kafka, assim como toda a coleção de Brod, não podem ser considerados um presente de Hoffe a suas filhas".

O diretor da Biblioteca Nacional, Oren Weinberg, recebeu com satisfação o veredicto, que segundo ele "cumprirá com o desejo de Max Brod de divulgar a obra de Kafka entre os amantes da literatura em Israel e no mundo".

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– Trinta e nove anos atrás, no dia 6 de outubro de 1973, teve inicio a terceira maior guerra entre árabes e israelenses.A guerra durou apenas 20 dias. Os dois lados já haviam se envolvido em duas outras grandes guerras, em 1948 e em 1967.

A guerra de 1967 durou apenas seis dias. Mas, estas três guerras não foram os únicos confrontos árabe-israelense. De 1948 até hoje, muitos confrontos aconteceram. Alguns deles foram pequenos conflitos e muitos foram batalhas generalizadas, mas não aconteceram grandes guerras afora as acima mencionadas. O conflito árabe-israelense é o conflito mais complicado que o mundo já viu. No aniversário da guerra de 1973 entre árabes e israelenses, muita gente no mundo árabe está começando a levantar muitas questões relativas ao passado, o presente e o futuro do conflito árabe-israelense.

As questões agora são: Qual o custo real destas guerras para o mundo árabe e para o seu povo. E a questão mais difícil que nenhum cidadão árabe quer perguntar é: Qual o custo real pelo não reconhecimento de Israel em 1948 e por que os países árabes não gastaram seus recursos na educação, saúde e infraestrutura em vez de gastá-los com guerras? Mas, a questão mais dura que nenhum cidadão árabe quer ouvir é se Israel é o verdadeiro inimigo do mundo árabe e deu povo.

Eu decidi escrever este artigo após ver fotos e matéria sobre uma criança faminta no Iêmen, ver um antigo mercado árabe de Alepo, na Síria, ser queimado, ver o sub desenvolvido Sinai no Egito, ver carros bomba no Iraque e os prédios destruídos na Líbia. As fotos e as reportagens foram mostradas na rede Al-Arabiya, que é o mais visto e respeitado canal de notícias do Oriente Médio.

A única coisa comum entre tudo o que eu vi foi que a destruição e as atrocidades não foram feitas por um inimigo externo. A fome extrema, os assassinatos e a destruição nestes países árabes são causadas pelas mesmas mãos que deveriam proteger e construir a unidade destes países, além de proteger suas populações. Então, a questão agora é quem é o verdadeiro inimigo do mundo árabe?

O mundo árabe perdeu centenas de bilhões de dólares e dezenas de milhares de vidas inocentes lutando contra Israel, que eles consideravam ser o seu inimigo declarado, um inimigo cuja existência eles nunca reconheceram. O mundo árabe tem muitos inimigos e Israel deveria estar no último lugar da lista. Os verdadeiros inimigos do mundo árabe são a corrupção, a falta de uma boa educação, a falta de uma boa assistência médica, falta de liberdade, falta de respeito pela vida humana e, finalmente, o mundo árabe teve muitos ditadores que usaram o conflito árabe-israelense para reprimir o seu próprio povo.

As atrocidades cometidas por estes ditadores contra o seu próprio povo são de longe piores do que as guerras generalizadas entre árabes e israelenses.

No passado, nós falamos sobre a razão de alguns soldados israelenses atacarem e maltratarem os palestinos. Além disso, vimos aviões e tanques israelenses atacarem vários países árabes. Mas, será que esses ataques se igualam às atuais atrocidades que estão sendo cometidas por alguns estados árabes contra o seu próprio povo?

Na Síria, as atrocidades vão além da imaginação de qualquer pessoa. E, não são os Iraquianos os únicos que estão destruindo seu próprio país? Não foi o ditador da Tunísia quem foi capaz de roubar 13 bilhões de dólares dos pobres tunisianos? E como pode ter uma criança morrendo de fome no Iêmen se suas terras são as  mais férteis do mundo? Por que os cérebros iraquianos deixam o país, um país que faz 110 bilhões de dólares de exportação de petróleo? Por que os libaneses fracassaram em governar um dos menores países do mundo? E o que fez os Estados árabes começarem a afundar para dentro do caos?

No dia 14 de maio de 1948, o estado de Israel foi declarado. E apenas um dia depois, em 15 de maio de 1948, os árabes declararam guerra à Israel para conseguir a Palestina de volta. A guerra terminou no dia 10 de março de 1949. Ela durou nove meses, três semanas e dois dias. Os árabes perderam a guerra e chamaram esta guerra de Nakbah (guerra catastrófica). Os árabes não ganharam nada e milhares de palestinos se tornaram refugiados.

Em 1967, os árabes, liderados pelo Egito, governado por Gamal Abdul Nasser, declararam guerra à Israel e perderam mais terras palestinas e criaram mais refugiados palestinos que vivem da misericórdia dos países que os abrigaram. Os árabes chamaram esta guerra de Naksah (frustração). Os árabes nunca admitiram a derrota em ambas as guerras e a causa palestina ficou mais complicada. E agora, com a interminável Primavera Árabe, o mundo árabe não tem tempo para os refugiados palestinos ou para a causa palestina, porque muitos árabes são agora, eles mesmos, refugiados e estão sob constantes ataques de suas próprias forças. Os sírios estão abandonando seu próprio país, e não é porque os aviões israelenses estejam jogando bombas neles. É a Força Aérea Síria quem está jogando as bombas. E agora, os mais inteligentes cérebros árabes muçulmanos iraquianos,estão trocando o Iraque pelo Ocidente. No Iêmen, a peça mais triste da tragédia humana está sendo escrita pelos Iemenitas. No Egito, o povo do Sinai está esquecido.

Finalmente, se muitos dos estados árabes se encontram em tamanha desordem, então o que aconteceu com o inimigo declarado dos árabes (Israel)? Israel agora tem os mais avançados centros de pesquisa , universidades de ponta e uma infra-estrutura avançada. Muitos árabes não sabem que a expectativa de vida dos palestinos que vivem em Israel é muito maior do que a de muitos estados árabes e que eles gozam de muito mais liberdade política e social do que muitos de seus irmãos árabes. Mesmo os palestinos que vivem sob a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desfrutam de mais direitos políticos e sociais do que em alguns lugares do mundo árabe. Não seria um dos juízes que mandaram um ex-presidente de Israel para a cadeia um israelense-palestino?

A Primavera Árabe mostrou ao mundo que os palestinos são mais felizes e se encontram em melhor situação do que seus irmãos árabes que lutaram para os liberar dos Israelenses. Agora, é tempo de parar com o ódio e com as guerras e de começar a criar melhores condições de vida para as futuras gerações árabes.

Tradução: Ivan Kelner – Blog Pass ItOn Fonte: Liveleak

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O antissemitismo na Venezuela - Fonte : Portal Pletz

 

O Centro Simon Wiesenthal pediu ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para intervir pessoalmente a fim de parar os ataques antissemitas contra o candidato presidencial da oposição para as eleições de outubro, Henrique Capriles. Em um artigo “Inimigo é o sionismo”, assinado por Adal Hernandez e publicado no site da Radio Nacional da Venezuela, Capriles é apresentado como “descendente de uma família de judeus sefarditas de Curaçao [pelo lado paterno] e uma família russo-polonesa judaica [que fugiu dos nazistas e encontrou refúgio na Venezuela, pelo lado da mãe]. Leia aqui o artigo. Apesar dessas raízes judaicas, Capriles é católico.

O texto procura desqualificar o candidato da oposição por causa de suas origens judaicas, encobrindo os ataques como antisionismo. Hernandez descreve o sionismo como “a ideologia do terror, dos sentimentos mais podres da humanidade; impulsos supostamente patrióticos que tem como base a ganância, de acordo com a lógica de que “todo nacionalismo apátrida é, por necessidade, uma conquista.” O artigo usa teorias de conspiração e conclui que “este é o nosso inimigo, o sionismo representado hoje por Capriles, que não tem nada a ver com uma proposta nacional independente. Para outubro, há duas propostas claras para a Venezuela, a Revolução Bolivariana (…) e a internacional do sionismo, que ameaça destruir o planeta em que vivemos.”

Em uma carta a Chávez, Shimon Samuels, (Diretor de Relações Internacionais do SWC) e Sergio Widder (Diretor para a América Latina) dizem: “O uso do antissemitismo como uma ferramenta de luta política desafia a democracia e viola a Declaração da Costa do Sauípe, assinada juntamente com os colegas Cristina Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva em 2008, que condena explicitamente o antissemitismo e todas as formas de racismo, bem como a Declaração contra o antissemitismo fornecida pelo Centro e aprovado pelo Parlatino (Parlamento América) em dezembro de 2011.”

“Exortamos o presidente Chávez a parar esta campanha que certamente vai tornar-se mais ameaçadora perto da data da eleição. Chávez detém a responsabilidade final pela mídia estatal e pode parar com este discurso pessoalmente, neste caso, através da condenação pública disciplinar da Radio Nacional da Venezuela, ordenando seu diretor a emitir um pedido público de desculpas a Capriles e à comunidade judaica em relação aos comentários antissemitas”, disse Samuels. “Na verdade, Chávez é a única pessoa que pode parar esses ataques. Sua falta de resposta seria um apoio e incentivo em favor do racismo”, concluiu Widder.

Para Capriles, o ódio deve ser enterrado. Sua avó Lily Radonski viveu no gueto de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial e seus quatro avós morreram no campo de extermínio de Treblinka. Chávez chamou o líder da oposição de porco, “nazista” e “fascista”. Em sua campanha há propaganda anti-judaica. O chavista Aporrea chegou a publicar na web um guia para obter instruções sobre antissemitas e a denunciar os membros da comunidade judaica e confiscar seus bens.

Sob o governo de Chávez, a comunidade judaica de Caracas, viu sua escola ser tomada de assalto duas vezes, em 2004 e 2007, com o pretexto de procurar armas. Em 30 de janeiro de 2009, foi profanada a Sinagoga Tiferet Israel, por um grupo de homens armados, que saquearam e pintaram todas as paredes com suásticas.  Eles também roubaram dois computadores, contendo informações sobre a comunidade judaica de Caracas. Sete policiais foram presos, acusados ??de estar por trás dos fatos.

O ataque à sinagoga ocorreu três semanas depois de que Chávez expulsou o embaixador israelense na Venezuela como um gesto para condenar os ataques israelenses na Faixa de Gaza, em meio a uma campanha para boicotar produtos, lojas e organizações judaicas ou relacionados com Israel. A Venezuela é um forte aliado do Irã, que tem laços políticos e comerciais. Estima-se que durante estes 14 anos de revolução bolivariana, cerca de 6.000 judeus deixaram a Venezuela.

fonte: BBpress

http://www.pletz.com/blog/o-antissemitismo-na-venezuela/

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Nunca Esquecer - Coisas Judaicas

Orgulhosamente mostrando cicatrizes de seus pais, e dizendo na pele "Nunca Esquecer"

JERUSALÉM - Quando Eli Sagir mostrou ao seu avô, Yosef Diamant, a nova tatuagem no seu antebraço esquerdo, o avô inclinou a cabeça para beijá-la.
Uma mãe e filha discutem por que estãoimortalizando os dias mais sombrios da história da sua família nos seus próprios corpos.
O Sr. Diamant tinha a mesma tatuagem, o número 157622,??permanentemente tatuada no seu braço pelos nazistas em Auschwitz. Quase 70 anos depois, Sagir fez uma tatuagem depois de uma viagem escolar para a Polônia. Na semana seguinte, a mãe eo irmão também tinham os seis números inscritos em seus antebraços. Este mês, também o tio seguiu o exemplo.
Uriel Sinai for The New York Times
Uriel Sinai for The New York Times
Uriel Sinai for The New York Times
"A minha geração nada sabe sobre o Holocausto", disse Sagir, de 21 anos, que tatuou a sua há quatro anos. "Você fala com as pessoas e elas pensam que é como o Êxodo do Egito, ou seja, uma história arcaica. Eu decidi fazer isso para que a minha geração lembre: Quero contar a história do meu avô e da história do Holocausto". Os descentes do Sr. Diamant estão incluídos entre muitos filhos e netos dos sobreviventes de Auschwitz que tomaram a iniciativa para que sejam lembrados os dias mais negros da história através dos seus próprios corpos. Como o número de sobreviventes está diminuindo dos cerca de 200.000 a 400.000 de há uma década, instituições e indivíduos querem uma forma de lembrar o Holocausto - tão essencial para fundação de Israel e sua identidade –em homenagem aos que vivenciaram esta tragédia e que já se foram.
Estas viagens de rito de passagem aos campos de extermínio, como a Srta. Sagir fez, agora é o padrão para os estudantes do ensino médio. O Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém e outros museus estão realizando exposições mais acessíveis, mostrando histórias individuais e efeitos especiais. Discussões sobre se essa abordagem banalizaria símbolos há tempos considerados como sagrados e se a mensagem principal deveria ser sobre a importância de um estado autosuficiente judeu na prevenção de um futuro genocídio ou se seria uma mensagem mais universal sobre o racismo e tolerância.
"Estamos passando da memória vivida para a memória histórica", observou Michael Berenbaum, professor da Universidade Judaica Americana em Los Angeles, que está entre os maiores estudiosos sobre a conservação da memória do Holocausto. "Estamos em uma transição"
Berenbaum, ele mesmo filho de sobreviventes, disse que "replicar um ato que destruiu o seu nome e o transformou em um número não seria a minha primeira escolha ou a segunda ou terceira", mas, acrescentou, "com certeza é melhor do que as outras tatuagens que alguns jovens estão colocando sobre suas peles".
É certamente uma decisão muito pessoal, que muitas vezes provoca feias interações com pessoas que se sentem ofendidas pela apropriação do símbolo,talvez o mais profundo da desumanização do Holocausto com suas vítimas. O fato de que tatuagens são proibidas pela lei judaica - alguns sobreviventes temiam, incorretamente, que estes números os impediria de serem enterrados em cemitérios judaicos - torna para alguns o fenômeno mais inquietante, e que pode ser parte da questão.
"É chocante quando você vê o número no braço de uma garota muito jovem", disse Sagir. "É muito chocante. E você tem que perguntar, por quê?".
As tatuagens começaram em Auschwitz, no Outono de 1941, de acordo com a Enciclopédia do Museu Memorial do Holocausto nos Estados Unidos, e no campo adjacente Birkenau em março seguinte. Estes foram os únicos campos que empregaram esta prática, e não estão registradas quantas pessoas foram marcadas, algumas no peito e mais comumente no antebraço esquerdo.
Apenas aqueles considerados aptos para o trabalho eram tatuados, e, apesar da degradação, os números eram, em alguns casos mostrados com orgulho, especialmente as numerações mais baixas, o que indicaria terem sobrevivido por vários invernos brutais no campo. "Todo mundo vai tratar com respeito os números entre 30.000 a 80.000", Primo Levi escreveu no seu livro de memórias seminal "Survival in Auschwitz (Sobrevivência em Auschwitz, em tradução livre)", descrevendo as tatuagens como parte da "demolição de um homem".

Depois da guerra, alguns sobreviventes de Auschwitz retiraram as tatuagens através de cirurgias ou as escondiam debaixo de mangas compridas. Mas depois de décadas, alguns utilizavam para palpites na loteria ou para senhas.

Dana Doron, médica de 31 anos de idade e filha de sobrevivente, entrevistou cerca de 50 sobreviventes tatuados para um novo documentário israelense com o titulo "Numbered (Numerados – em tradução livre)", que ela dirigiu com Uriel Sinai, um fotojornalista, que estreará nos Estados Unidos no próximo mês no Festival de Cinema Internacional de Chicago
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