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O ENSINO SURGIU CONTRA A APRENDIZAGEM por Augusto de Franco

O ENSINO SURGIU CONTRA A APRENDIZAGEM por Augusto de Franco em 28 outubro 2009 .Investigações heterodoxas sobre o começo do ensino e a origem do professor Draft 1 Suprime a instrução e terminarão os males. Tao Te King Tudo que não invento é falso. Manoel de Barros (1996) no Livro sobre Nada Fomos levados a acreditar que o ensino era o antecedente da aprendizagem. Em termos lógicos: || ensino => aprendizagem; donde, formalmente: || não-aprendizagem => não-ensino. Nada disso. O ensino surgiu - como instituição - contra a aprendizagem. E não-ensino, dependendo das circunstâncias, pode até aumentar as possibilidades de aprendizagem. O que é sempre um perigo para alguma estrutura de poder. Onde começou o ensino? Qual é a origem do professor? Neste breve resumo de uma exploração mais longa, procuro mostrar que ensino é ensinamento. E que ensinamento é, originalmente, (reprodução de) estamento (ou da configuração recorrente de um cluster enquistado na rede social). Alguém tem alguma coisa que precisa transmitir a outros. Precisa mesmo? Por quê? Alguém conduz (um conteúdo determinado, funcional para a reprodução de uma estrutura e suas funcionalidades). E alguém recebe tal conteúdo (tornando-se apto a reproduzir tal estrutura e tais funcionalidades). Eis a tradição. Os primeiros professores foram os sacerdotes. A primeira escola já era uma burocracia sacerdotal do conhecimento (uma estrutura hierárquica voltada ao ensinamento). Isso significa que só há ensinamento se houver hierarquia (uma burocracia do conhecimento). O que se ensina é um ensinamento. Quando você ensina, há sempre um ensinamento. Mas quando você aprende há apenas um aprendizado, não há um “aprendizamento”, quer dizer, um conteúdo pré-determinado do aprendizado. O que se aprende é o quê? Ah! Não se sabe. Pode ser qualquer coisa. Não está predeterminado. Eis a diferença! Eis o ponto! A aprendizagem é sempre uma invenção. A ensinagem é uma reprodução. Como tudo isso pode ter começado? É surpreendente constatar, como fizeram Joseph Campbell, Samuel Noah Kramer e outros renomados sumeriologistas, que os elementos centrais da nossa cultura, dita civilizada, compareciam em uma espécie de modelo ou protótipo ensaiado em complexos do tipo cidade-templo-Estado como Eridu, Nippur, Uruk, Kish, Acad, Lagash, Ur, Larsa e Babilônia. Esse modelo já estava em pleno funcionamento, segundo interpretações de relatos que não puderam ser contestadas, a partir do quarto milênio. Em particular a obra de Kramer (1956): “A história começa na Suméria”, revela as raízes sumerianas do atual padrão civilizatório (1). Há doze anos tomei o seguinte trecho de Campbell (1959), em “As Máscaras de Deus”, como uma espécie de epígrafe da minha investigação: “Um importante desenvolvimento, repleto de significado e promessas para a história da humanidade nas civilizações por vir, ocorreu... [por volta] (de 4.000 a. C.), quando algumas aldeias camponesas começaram a assumir o tamanho e a função de cidades mercantis e houve uma expansão da área cultural... pelas planícies lodosas da Mesopotâmia ribeirinha. Esse é o período em que a misteriosa raça dos sumérios apareceu pela primeira vez em cena, para estabelecer-se nos terrenos das planícies tórridas do delta do Tigre e do Eufrates, que se tornariam em breve as cidades reais de Ur, Kish, Lagash, Eridu, Sipar, Shuruppak, Nipur e Erech... E então, de súbito... surge naquela pequena região lodosa suméria – como se as flores de suas minúsculas cidades subitamente vicejassem – toda a síndrome cultural que a partir de então constituiu a unidade germinal de todas as civilizações avançadas do mundo. E não podemos atribuir esse evento a qualquer conquista da mentalidade de simples camponeses. Tampouco foi a conseqüência mecânica de um mero acúmulo de artefatos materiais, economicamente determinados. Foi a criação factual e claramente consciente (isto pode ser afirmado com total certeza) da mente e ciência de uma nova ordem de humanidade que jamais havia surgido na história da espécie humana: o profissional de tempo integral, iniciado e estritamente arregimentado, sacerdote de templo” (2). Respeitados estudiosos confessam até hoje sua perplexidade diante da constelação desse ‘precedente sumeriano’ – para usar a feliz expressão do matemático Ralph Abraham (3). É o caso, por exemplo, da antropóloga e assirióloga Gwendolyn Leick, que leciona em Richmond (Londres). No seu “Mesopotâmia: a invenção da cidade” (2001), ela declara que “muito se tem escrito sobre o “súbito” aparecimento dos sumérios na Mesopotâmia e suas possíveis origens... [mas] a questão da origem dos sumérios continua aguardando solução, e tudo o que podemos dizer é que, no início do Primeiro Dinástico, sua língua foi escolhida para ser vertida em escrita. Talvez os sumérios se tivessem tornado politicamente dominantes e exercido o controle dos centros de formação de escribas nas primeiras cidades (4). Essa casta ou estamento – composta pela burocracia sacerdotal que administrava as nascentes cidades-templo-Estado sumerianas – configurou o primeiro padrão de transmissão de ensinamento. Ensinavam como um imperativo para reproduzir seu próprio ensinamento; quer dizer, ensinavam para reproduzir (ou multiplicar os agentes capazes de manter) seu próprio estamento. Por que? Ora, porque o livre aprendizado na rede social de então não seria capaz de cumprir tal função, que nada tinha a ver com sua sobrevivência ou com sua convivência. Não se tem notícia de escola, ensino ou professores em sociedades de parceria (5). Quando a rede social foi subitamente centralizada pela configuração particular que se constelou com o surgimento do complexo cidade-templo-Estado, os programas verticalizadores que começaram a rodar nessa rede eram replicados em outras regiões do espaço e do tempo pela transmissão-recepção de seus códigos – e já havia programas elaborados, como os que os sumérios denominavam “ME” (6) – aos membros do mesmo grupo social. Ou seja: já havia um ensinamento (secreto, por certo, acessível somente aos membros do estamento). Já havia ensinantes (os primeiros professores, membros da casta sacerdotal) e ensinados (os futuros administradores em formação). Essa hipótese é fortalecida pela investigação das origens da Kabbalah. O símbolo central desse sistema de sabedoria – a chamada “Árvore da Vida” – foi, sem dúvida, herdado do simbolismo templário do complexo Templo-Estado sumeriano, o qual deve ter passado ao judaísmo posterior por intermédio da Golah – a organização dos cativos (seqüestrados nas elites de Jerusalém) na Babilônia sob o reinado de Nabucodonozor e seu sucessor. Não se sabe a origem da 'árvore da vida', mas ela aparece nas imagens da tamareira gravadas nas mais antigas tabuinhas sumerianas encontradas pelos escavadores. E aparece também – com o mesmo esquema, que depois foi transmitido pela tradição (cabalística) – na forma de uma nave, ladeada por dois seres alados (com cabeças de águia) (7). Uma nave – talvez como as naves dos templos, até hoje – que não sai do lugar, mas por meio da qual se pode “viajar” para os céus caso se tenha acesso ao “combustível” adequado: ao “fruto da vida” e à “água da vida”... O mesmo schema básico da árvore da vida, representada em vários mundos que se interceptam (os da emanação, da criação, da formação e do produzir) compõe o que foi chamado de “Escada de Jacó”, uma escada pela qual os mensageiros – ou as mensagens – podem subir e descer estabelecendo os fluxos entre o céu e a terra. O céu, é claro, fica em cima. A transmissão, é claro, é top down. Essa ideologia de raiz babilônica (suméria) que, quase dois milênios depois, foi se chamar de Kabbalah (cabala), na Idade Média européia, fez uma operação tremenda de “engenharia memética” no símbolo original, ressignificando a árvore da vida como uma “árvore do conhecimento”, quer dizer, tomando a vida pelo conhecimento da vida e do que com ela foi feito... Isso significa obstruir o acesso à vida, facultando-o somente aos que possuem o conhecimento (aquilo que a cabala chamou de “ensinamento” e que é transmitido então numa cadeia, tida por ininterrupta, que começa com o arquimensageiro Raziel, passa para Enoc – o escriba, não por acaso – e daí para os patriarcas e para os sacerdotes). Kabbalah vai designar, então, essa tradição sacerdotal: condução (transmissão-recepção) do ensinamento original por parte daqueles que são capazes de reproduzir esse mesmo padrão de ordem sagrada, isto é, separada do vulgo, do profano, daquele que não foi ordenado. Isso tudo não somente fez, mas faz ainda, parte de uma experiência fundante de verticalização do mundo, que prossegue enquanto a tradição permanece ou se refunda toda vez que o meme é replicado. Do ponto de vista da memegonia, aqui pode estar a origem da relação mestre-discípulo ou professor-aluno. Não foi a toa que uma mente arguta como a de Harold Bloom (1975) – ecoando, aliás, o erudito Gershom Scholem – percebeu que Kabbalah era uma ideologia de professores. Na origem de tudo está... uma Instrução: “o Ein-Sof instrui a Si mesmo através da concentração... Deus ensina a Si mesmo o Seu próprio Nome, e, dessa forma, começa a criação” (8). (Ein-Sof é uma formidável abstração dos cabalistas do século 13: o nada primordial do qual emana a “seiva” que percorre a “árvore” numérica que constitui a estrutura do universo, criando, formando e produzindo a existência). Nessa memegonia, Deus é o primeiro professor e o ato de ensinar está na raiz do ato de criar o mundo. O conhecimento (via ensinamento) – e não a existência e a vida – é o objetivo: a origem e o alvo. Deus cria o mundo para se conhecer. Ele ensina, não aprende. Logo, seus “delegados”, ou intermediários (os sacerdotes), também ensinam. Todo corpus sacerdotal é docente. É por isso que há uma enorme dificuldade de conciliar visões próprias de sistemas tradicionais de sabedoria com a visão das redes de aprendizagem. A tradição - dita espiritual - com raras exceções (como o Tao, mas não o taoismo; como o Zen - esse formidável sistema de desconstituição de certezas -, mas não o budismo) em geral replicou atitudes míticas, sacerdotais, hierárquicas e autocráticas. Maturana levantou a hipótese da "brecha" (na civilização patriarcal e guerreira) para mostrar como pôde ter surgido a democracia (9). Mas, na verdade, não foi só a democracia que penetrou pela "brecha": vertentes utópicas, proféticas, autônomas e democráticas floresceram ao longo da história e continuam florescendo - intermitentemente - toda vez que comunidades conseguem estabelecer uma interface para conversar com a "rede-mãe" (10). Essas duas vertentes permaneceram e ainda permanecem em permanente tensão. O professor como transmissor de ensinamento e a escola como aparato separado (sagrado na linguagem sumeriana) surgiram, inegavelmente, como instrumentos de reprodução de programas centralizadores que foram instalados para verticalizar a "rede-mãe". De certo modo, os deuses do panteão patriarcal e guerreiro foram os primeiros programas meméticos centralizadores (11). O IHVH bíblico – ensinador – encarna uma rotina desses programas (e é representado por uma das sefirot – um evento – na 'árvore da vida' ressignificada, no mundo da emanação). Como os deuses do panteão patriarcal e guerreiro da Mesopotâmia do período Uruk (c. 4000-3200) – período sucedido, logo em seguida, não por acaso, pela escrita (no Primeiro Dinástico I: c. 3000-2750) – foram criados à imagem e semelhança dos homens que começaram a se organizar segundo padrões hierárquicos, tudo isso é muito relevante para entendermos que a transmissão do ensinamento já foi fundada, de certo modo, em contraposição ao livre aprendizado humano na rede social muito menos centralizada (ou até, quem sabe, distribuída) dos períodos pré-históricos anteriores (desde, pelo menos, o Neolítico). Para essas sociedades de dominação, nada de aprender (inventar). Era preciso ensinar (para replicar). A tradição é tão forte que há até bem pouco a doutrina oficial católica romana (e ela não é a única) ainda dividia a igreja em docente (ensinante: os hierarcas) e discente (ensinada: os leigos). E as escolas, que também se estruturaram, em certo sentido, como igrejas (mesmo as laicas), consolidaram sua estrutura com base na separação de corpos entre docentes e discentes. Aprender sem ser ensinado é subversivo. É um perigo para a reprodução das formas institucionalizadas de gestão das hierarquias de todo tipo. Por isso o reconhecimento do conhecimento é, até hoje, um reconhecimento não do conhecimento-aprendido, mas do conhecimento-ensinado, dos graus alcançados por alguém no processo de ordenação a que foi submetido. Como twittou outro dia Pierre Levy (12), as universidades não têm mais o monopólio da distribuição do conhecimento, mas retêm em suas mãos o monopólio da distribuição do diploma. Referências (1) KRAMER, Samuel (1956). A história começa na Suméria. Lisboa: Europa-América, 1977. (2) CAMPBELL, Joseph (1959): op. cit. (3) ABRAHAM. Ralph, McKENNA, Terence & SHELDRAKE, Rupert (1992). Caos, criatividade e o retorno do sagrado: triálogos nas fronteiras do Ocidente. São Paulo: Cultrix, 1994. (4) LEICK, Gwendolyn (2001): Mesopotâmia: a invenção da cidade. Rio de Janeiro: Imago, 2003. (5) FRANCO, Augusto (1998-2001): Sociedades de dominação e sociedades de parceria. (6) Cf. Inana and Enki: cuneiform source translation at ETCSL (The Electronic Text Corpus of Sumerian Literature, University of Oxford, England) in ETCSL translation: t.1.3.1 http://etcsl.orinst.ox.ac.uk/cgi-bin/etcsl.cgi?text=t.1.3.1# Cf. ainda: What are ‘me’ anyway? In Sumerian Mythology FAQ (Version 2.0html): http://home.comcast.net/~chris.s/sumer-faq.html#A1.5. Another important concept in Sumerian theology, was that of me. The me were universal decrees of divine authority. They are the invocations that spread arts, crafts, and civilization. The me were assembled by Enlil in Ekur and given to Enki to guard and impart to the world, beginning with Eridu, his center of worship. From there, he guards the me and imparts them on the people. He directs the me towards Ur and Meluhha and Dilmun, organizing the world with his decrees. Later, Inanna comes to Enki and complains at having been given too little power from his decrees. In a different text, she gets Enki drunk and he grants her more powers, arts, crafts, and attributes - a total of ninety-four me. Inanna parts company with Enki to deliver the me to her cult center at Erech. Enki recovers his wits and tries to recover the me from her, but she arrives safely in Erech with them. (Kramer & Maier 1989: pp. 38-68: op. cit.) Cf. também ‘Me (mythology)’ na Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Me_(mythology) (7) Cf. Sobre Kabbalah e redes: um abstruso paralelo heurístico in Escola-de-Redes. (8) BLOOM, Harold (1975). Cabala e crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1991. (9) MATURANA, Humberto & VERDEN-ZÖLLER, Gerda (1993). Amor y Juego: fundamentos olvidados de lo humano – desde el Patriarcado a la Democracia. Santiago: Editorial Instituto de Terapia Cognitiva, 1997. (10) FRANCO, Augusto (2008). Escola de Redes: Novas visões sobre a sociedade, o desenvolvimento, a internet, a política e o mundo glocalizado. Curitiba: Escola-de-Redes, 2008. (11) FRANCO, Augusto (2008): O Olho de Hórus (12) Cf. @plevy: "Universidades não tem monopólio da distribuição do conhecimento, só do diploma" (9:54 AM Sep 30th from Seesmic).
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A palavra PAZ em varios idiomas

A palavra PAZ existe em todas as linguas, isso significa , no mínimo, que alguém já pensou nela em cada canto desse mundo, alguém já sentiu sua falta, alguém já quis nomear esse particular estado de ser, de estar. Quanto a PAZ em cada lingua chegar a cada coração teremos paz no mundo! Language Country/Region of Origin Word for Peace Abenaki Native American Okikiamgenoka Afaan Oromoo Oromia/East Africa/Horn of Africa Nagaa Afrikaans South Africa VredeAkan Ghana Asomdwoe Akkadian Mesopotamia Salmu Alabama Native American Utimokla Albanian Albania Pake Algonquin Native American Waki Qiwebis Amharic Ethiopia Selam Arabic Arabia, Middle East Salaam, Salam Aranes Spain Patz Armenian Armenia Khaghaghutyun Aymara Boliva/Native American Hacana Bambara Mali Here Basque/Euskara Spain/France bakea/pakea Bemba Zambia Mutenden Bengali Bangladesh Shanti Bislama Melanasia (Vanuatu) P�¬s Blackfoot Native American Innaaissttiiya Bosnian Bosnia Spokoj OR Mir Bulgarian Bulgraia Mir Buli Ghana Goom-jigi Burmese Burma (Myanmar) Nyeinjanyei Carolinian Micronesia Gunnammwey Catalan Spain Pau Chamono Guam Minaggen Cherokee Native American Dohiyi Chewa Malawi M’tendere Chicksaw Native American Nanna Ayya Chinese (Manadarin) China He Ping Choctaw< /td> Native American Achukma Chontal Mexico/Native American Aylobaha Gafuleya Comanche Native American Tsumukikiatu Cree Native American Wetaskiwin Creole Haiti Lapé Capeverdian Creole Cape Verde Islands Paz, Pas Croation-Serbian Croatia-Serbia Mir Czech Czech Republic Mir Danish Denmark Fred Dari Persian Sulh Duala Australia Musango Dutch Netherlands Vrede Egyptian Egypt Hetep Ekari Indonesia Muka-muka English England, USA Peace Eskimo Native American (Greenland) Erkigsnek Esperanto � Paco Estonian Estonia Rahu Fanagolo South Africa Kutula Farsi Iran Ashtee Fijian Fiji Vakaçegu Finnish Finland Rauha Fon West Africa (Benin) Fifa French France Paix Fula Nigeria, Guinea, Mali Jam Gaelic Ireland Sith German Germany Frieden Gikuyu Kenya Thayu Greek Greece Irini, Irene Guarani Paraguay Nerane’i Gujarati India Shanti Halaka � Pegdub Hausa Nigeria Lumana Hawaiian Native American Maluhia Hebrew Israel Shalom Hindi India Shantih Hopi Native American Sipala Hungarian Hungary Bekè Icelandic Iceland Friður Igbo Nigeria Udo Ila Zambia Chibanda Indonesian Indonesia Damai Inuit Native American Tutkium Irish Ireland Sïochï¿in Italian Italy Pace Japanese Japan Heiwa Javanese Java Rukun Kannada India Shanti Kekchi Guatemala (Native American) Tuktuquil usilal Khmer Cambodia, Thailand Soksang Kinyarwandu Rwanda Amahoro Klingon Space, the final frontier Rój Korean Korea Phyonghâwa Kosati Native American Ilifayka Kurdish Iraq, Turkey Hasiti Kusaiean Micronesia Mihs Lakota Native American Wolakota Lao Laos Santiphap Latin Vatican Pax Latvian Latvia Miers Lithuanian Lithuania Taika Luganda Uganda Emirembe Magindanain Philippenes Kali lintad Mahican Native American Anachemowegan Malagasy Madagascar Fandriampahalamana Malay Thailand Keamana Maltese Malta Paci Manobo Philippenes Linew Maori New Zealand Rangimaâire Mapundungun Chile (Native American) Uvchin Maranao Philippenes Diakatra Marshallese Marshall Islands Aenomman Mayan Native American Etsâ€aâ€an Olal Mentaiwan Sumatra Perdamiam Micmac Native American WôntônkÃde Miskito Mexico (Native American) Kupia Kumi Laka Mokilese Micronesia Onpek Mongolian Mongolia Enh Taiwain Mongo-Nkundu Zaire Bóoto Mossi Ghana, Burkina Faso Lâf�¬ Munsterian Ireland/Gaelic dialect Echnahcaton Navajo Natie American Kâ€tÃc Nepali Nepal Shanti Nez Perce Native American â€Eyewi Nhengatu Brazil/Native American Tecócatú Norwegian Norway Fred Ntomba Zaire Nye Nyanja Malawi Mtendere Otchipwe Native American Bisaniwewin Otomi Mexico/Native American Hmetho Pali India Nirudho Papago/Pima Native American Dodolimdag Pashto Afghanistan, Pakistan Amniat Persian Iran Sula Pilipino Philippenes Katahimikan Pintupi Autralia Yatanpa Polish Poland Pokoj Ponapean Micronesia Melelilei Portugese Portugal, Brazil Paz Pustu Afghanistan Sula Quechua Mexico/Native American Qasikay Rapanui Easter Island Kiba-kiba Romanian Romania Pace Romansch Switzerland Pasch Ruanda Rwanda Nimuhore Rundi Burundi Amahoro Russian Russia Mir Samoan Samoa Filemu Scottish Scotland Sith Sesotho Lesotho Khotso Shona Zimbabwe Runyaro Sinhala Sri Lanka Samaya Sioux Native American Woâ€keyeh Siswati South Africa (Swaziland) Kuthula Slovak Slovak Republic Mier Somali Somalia Nabad-da Spanish Spain Paz Swahili Zaire, Kenya Amani Swedish Sweden Fred Tagalog Philippenes Kapayapaan Tahitian Tahiti Hau Tamil India Amaithi Tangut China Nei Thai Thailand Santiphap Thiraro � M’bukushi Tibetan Tibet Sidi Tlingit Native American Li-k’ei Tongan Tonga Melino Truk Micronesia Kunammwey Tswana Botswana Khotso Turkish Turkey Barï Uighur China Saq Urdu Pakistan Aman Vietnamese Vietnam Su Thai Binh Welsh Wales Heddwch OR Tangnefedd Wintu Native American Mina Woleaian Micronesia Gumund Yiddish Israel Sholem Yoruba Nigeria Alaafia Yue China Sai Gaai Oh Ping Zapotec Mexico (Native America) Layeni Zulu South Africa Ukuthula
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A visita do presidente do Irã exige reflexão moral Adriana Dias Se você pudesse decidir os laços comerciais do Brasil com a Alemanha de Hitler, você teria aceitado de braços cruzados? Seis milhões de judeus foram exterminados pelo regime hitlerista. Você aceitaria laços comerciais com a Alemanha nazista, para comprar pólvora, produzida pelos judeus escravizados nos campos de concentração, ou para vender produtos brasileiros a este regime, porque seu país precisa de pólvora ou de superávit comercial? Milhares de gays foram perseguidos e mortos pelos nazistas. Cerca de 50 mil gays foram classificados como "criminosos" e "degenerados" pelo Terceiro Reich, e de 10 mil a 15 mil deles foram enviados a campos de concentração. Você aceitaria laços comerciais com a Alemanha nazista, se soubesse disto? Você acha que Hitler abriria mão do que desejava (exterminar judeus, homossexuais, Testemunhas de Jeová, ciganos, dominar o mundo) se alguém tentasse convencê-lo? Ditadores não são convencidos. É preciso que a liberdade e a democracia denuncie todas as ditaduras. Que preço moral estamos dispostos a pagar pelo laço comercial com o Irã? Podemos, como seres humanos aceitar a repressão e o fuzilamento de mulheres, gays, baha'is, como problemas internos iranianos? Seriam os campos de concentração nazista problemas internos da Alemanha? Podemos apertar a mão do presidente do Irã sem banharmos estas mesmas mãos no sangue das crianças executadas pelo regime totalitário iraniano? Receber Ahmadinejad não é uma decisão apenas de "caráter pragmático": é uma decisão que implica, sim, em reflexão moral: fornecer alimentos, máquinas, ou o que quer que seja, implica na espécie de aliança que está se construindo. O silêncio do mundo permitiu milhares de mortos nos regimes nazi-facista. Resta a pergunta: vamos nos calar novamente? Não há desculpas: Silêncio é aceitação. O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons, afirmou Martin Luther King. Adriana Dias é antropóloga e doutoranda da Unicamp.
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Parashat Vaiteze: "E Saiu Jacó de Beer Sheva e foi para Haran" GENESIS,29-31 AQUI TAMBÉM EXISTEM ANJOS. Na estrada Jacó repousa a cabeça numa pedra e sonha. Artistas buscam o extraordinario para criar.Místicos desejam o extraordinario para encontrar a revelação.Uma passagem em que a cabalá fala do sapateiro que iluminou martelando o solado. Ele se transformou em Metraton, o anjo escriba do mudo superior.No tempo do agora Anjos Subitos cantam a gloria do divino e desaparecem. Tal qual Heráclito que diz aos visitantes surpresos com a simplicidade de sua casa que ali também existem deuses, Jacó se surpreende ao descobrir que na estrada havia Deus e ele não sabia. Porque a religião ritualizada coloca a pedra de Jacó dentro do templo? Entre o comum e o incomum uma reflexão sobre a criação, a dedicacão,os tempos repentinos, a intensidade vivida no ordinário da vida . O humanismo judaico se encontra nos ensinamentos da Torah. Kabalat, Shabat do livro Dia 27 novembro 2009 de 19:00 a 22:00 Local: Auditório da Escola Eliezer-Max - Rua: Rua da Laranjeiras,405 - Laranjeiras Cidade: Rio de Janeiro -rj -Telefone: 2225-5618/9131-0253 ou 2527-5497
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VISITA INDESEJAVEL

Visita indesejávelJosé Serra, Folha de S. Paulo, 23/11/09O mesmo país que tentou oferecer segurança e consolo a vítimas do Holocausto estende honras a quem banaliza o mal absoluto?É DESCONFORTÁVEL recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes.O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições notoriamente fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados vários meses, os participantes de protestos pacíficos são brutalizados por bandos fascistas que não hesitam em assassinar manifestantes indefesos, como a jovem estudante que se tornou símbolo mundial da resistência iraniana. Presos, torturados, sexualmente violentados nas prisões, os opositores são condenados, alguns à morte, em julgamentos monstros que lembram os processos estalinistas de Moscou.Como reagiríamos se apenas um décimo disso estivesse ocorrendo no Paraguai ou, digamos, em Honduras, onde nos mostramos tão indignados ao condenar a destituição de um presidente? Enquanto em Tegucigalpa nos negamos a aceitar o mínimo contacto com o governo de fato, tem sentido receber de braços abertos o homem cujo ministro da Defesa é procurado pela Interpol devido ao atentado ao centro comunitário judaico em Buenos Aires, que causou em 1994 a morte de 85 pessoas?A acusação nesse caso não provém dos americanos ou israelenses. Foi por iniciativa do governo argentino que o nome foi incluído na lista dos terroristas buscados pela Justiça. Se Brasília tem dúvidas, por que não pergunta à nossa amiga, a presidente Cristina Kirchner?Democracia e direitos humanos são indivisíveis e devem ser defendidos em qualquer parte do mundo. É incoerente proceder como se esses valores perdessem importância na razão direta do afastamento geográfico. Tampouco é admissível honrar os que deram a vida para combater a ditadura no Brasil, na Argentina, no Chile e confratenizar-se com os que torturam e condenam à morte os opositores no Irã. Com que autoridade festejaremos em março de 2010 os 25 anos do fim da ditadura e do início da Nova República?O extremismo e o gosto de provocação em Ahmadinejad o converteram no mais tristemente célebre negador do Holocausto, o diabólico extermínio de milhões de seres humanos, crianças, mulheres, velhos, apenas por serem judeus. Outros milhares foram massacrados por serem ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. O Brasil se orgulha de ter recebido muitos dos sobreviventes desse crime abominável, que não pode ser esquecido nem perdoado, quanto menos negado. O mesmo país que tentou oferecer um pouco de segurança e consolo a vítimas como Stefan Zweig e Anatol Rosenfeld agora estende honras a alguém que usa seu cargo para banalizar o mal absoluto?As contradições não param por aí. O Brasil aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e, juntamente com a Argentina, firmou com a Agência Internacional de Energia Atômica um acordo de salvaguardas que abre nossas instalações nucleares ao escrutínio da ONU. Consolidou com isso suas credenciais de aspirante responsável ao Conselho de Segurança e expoente no mundo de uma cultura de paz ininterrupta há quase 140 anos com todos os vizinhos. Por que depreciar esse patrimônio para abraçar o chefe de um governo contra o qual o Conselho de Segurança cansou de aprovar resoluções não acatadas, exortando-o a deter suas atividades de proliferação?Enfim, trata-se da indesejável visita de um símbolo da negação de tudo o que explica a projeção do Brasil no mundo. Essa projeção provém não das ameaças de bombas ou da coação econômica, que não praticamos, mas do exemplo de pacifismo e moderação, dos valores de democracia, direitos humanos e tolerância encarnados em nossa Constituição como a mais autêntica expressão da maneira de ser do povo brasileiro.JOSÉ SERRA, 67, economista, é o governador de São Paulo. Foi senador pelo PSDB-SP (1995-2002) e ministro do Planejamento e da Saúde (governo Fernando Henrique Cardoso) e prefeito de São Paulo (2005-2006).
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CURITIBA DIZ: “AQUI NÃO!” A AHMADINEJAD

Um manifesto popular foi realizado em Curitiba-PR, neste sábado, dia 21 de novembro, contra a vinda do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil no próximo dia 23.O manifesto serviu para mostrar a insatisfação dos curitibanos com a chegada do presidente iraniano, que é conhecido internacionalmente por ferir os direitos humanos em seu país, bem como negar o Holocausto judeu, além de dizer publicamente que deseja apagar Israel do mapa. Em um ano onde a comunidade judaica no Paraná comemora 120 anos, o manifesto serviu também para mostrar solidariedade ao povo judeu que tanto tem contribuído com o Paraná nos mais diversos campos da sociedade.Uniram-se ao movimento várias pessoas ligadas às religiões de matriz africana (que comemoraram esta semana a semana da consciência negra), LGBT, cristãos, judeus, além de pessoas que passavam pelo local e vestiram a camisa em favor da justiça, da tolerância e da paz, deixando claro que o Brasil é o país da diversidade, e governantes totalitários jamais serão bem recebidos em nosso país. Foram distribuídos 2.000 panfletos explicativos sobre o porquê do manifesto, buscando assim deixar a sociedade a par dos acontecimentos, para que não venha a ser enganada pela mídia tendenciosa que busca confundir as pessoas, além de “desinformá-las”, mudando o foco do manifesto.Após a concentração na Boca Maldita, os manifestantes se dirigiram para o Largo da Ordem, onde tiveram a oportunidade de dar uma “sapatada” simbólica na foto de Ahmadinejad. Além disso, os manifestantes deixaram sua assinatura de protesto após dar a sapatada.Explicações plausíveis:- Este manifesto é contra a forma de governo de Ahmadinejad, e, de forma alguma contra o povo iraniano nem contra o islamismo como muitos têm buscado ventilar pela imprensa, tentando ofuscar ou manchar esse movimento popular que está sendo realizado a nível nacional. Se nosso presidente não se comporta corretamente e isso faz com que ele não seja tão popular, e alguma pessoa o critica por isso, essa pessoa não está criticando a todos os brasileiros, nem ao cristianismo, que é a principal religião do país; está criticando ao indivíduo e sua forma de governar.- Entendemos que um governo deve priorizar seu povo. Ele deve ser seu líder, seu guardador, seu representante, buscando sempre o bem-estar do seu povo. Não vemos isso no caso de Ahmadinejad, o qual governa o povo iraniano sob ameaças, não permitindo que o povo tenha a liberdade de se expressar, nem de decidir suas próprias vidas, mantendo-os coagidos, com medo, sem direito à voz. E quando alguns tentam falar, são mortos. O Brasil não pode ser conivente com um governo desses. Nosso receio é que essa visita encoraje mais seguidores desse tipo de governo no Brasil e no mundo, visto que Ahmadinejad está buscando o foco da mídia de forma a beneficiar à sua pessoa junto ao governo Lula.-Acima dos tratados e pactos comerciais está a vida humana. Oxalá isso não chegue a nosso país! Que os acordos comerciais não venham a ser mais importantes que a vida dos brasileiros. Que o dinheiro e a sede de poder não falem mais alto que a vida humana. Que nosso presidente não siga os passos de Ahmadinejad, porque nós não permitiremos.- Ahmadinejad é um perigo para o mundo. Suas palavras inflamam o antissemitismo, o ódio e a intolerância. Sua forma de governo é totalitária. Não se dá ao povo nenhum direito. Tudo é por imposição e ameaças de morte. Lembra muito a ditadura sofrida pelos brasileiros.-Seus discursos neonazistas estão pondo o mundo em tensão, e é preciso que estejamos em alerta enquanto é tempo. É preciso que algo seja feito. É preciso que o mundo leve a sério suas ameaças de apagar Israel de mapa. O mundo não pode cometer o mesmo erro duas vezes contra um povo que tem contribuído tanto com a humanidade.- O passado nos ensinou que a neutralidade e a omissão são ingredientes perfeitos para que o terror impere no mundo. Não é possível que um único homem (certamente tendo seus seguidores pelo mundo) fale o que bem entenda, e a comunidade internacional se cale e não aja. Ele mesmo disse que o programa nuclear no Irã é como um trem desgovernado e sem freios. Então é preciso desconectar esses trilhos. Não queremos que o Brasil seja um seguimento desse trilho por onde passa esse trem desgovernado.- Como dizia Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.” Nós brasileiros não nos calaremos diante dessa ameaça à paz mundial. Nós dizemos: AQUI NÃO! E tomara que o mundo inteiro seja inspirado por esses movimentos que estão ocorrendo no Brasil. E que seja: AQUI NÃO! No mundo inteiro.
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CURITIBA DIZ: “AQUI NÃO!” A AHMADINEJAD

Um manifesto popular foi realizado em Curitiba-PR, neste sábado, dia 21 de novembro, contra a vinda do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil no próximo dia 23.O manifesto serviu para mostrar a insatisfação dos curitibanos com a chegada do presidente iraniano, que é conhecido internacionalmente por ferir os direitos humanos em seu país, bem como negar o Holocausto judeu, além de dizer publicamente que deseja apagar Israel do mapa. Em um ano onde a comunidade judaica no Paraná comemora 120 anos, o manifesto serviu também para mostrar solidariedade ao povo judeu que tanto tem contribuído com o Paraná nos mais diversos campos da sociedade.Uniram-se ao movimento várias pessoas ligadas às religiões de matriz africana (que comemoraram esta semana a semana da consciência negra), LGBT, cristãos, judeus, além de pessoas que passavam pelo local e vestiram a camisa em favor da justiça, da tolerância e da paz, deixando claro que o Brasil é o país da diversidade, e governantes totalitários jamais serão bem recebidos em nosso país. Foram distribuídos 2.000 panfletos explicativos sobre o porquê do manifesto, buscando assim deixar a sociedade a par dos acontecimentos, para que não venha a ser enganada pela mídia tendenciosa que busca confundir as pessoas, além de “desinformá-las”, mudando o foco do manifesto.Após a concentração na Boca Maldita, os manifestantes se dirigiram para o Largo da Ordem, onde tiveram a oportunidade de dar uma “sapatada” simbólica na foto de Ahmadinejad. Além disso, os manifestantes deixaram sua assinatura de protesto após dar a sapatada.Explicações plausíveis:- Este manifesto é contra a forma de governo de Ahmadinejad, e, de forma alguma contra o povo iraniano nem contra o islamismo como muitos têm buscado ventilar pela imprensa, tentando ofuscar ou manchar esse movimento popular que está sendo realizado a nível nacional. Se nosso presidente não se comporta corretamente e isso faz com que ele não seja tão popular, e alguma pessoa o critica por isso, essa pessoa não está criticando a todos os brasileiros, nem ao cristianismo, que é a principal religião do país; está criticando ao indivíduo e sua forma de governar.- Entendemos que um governo deve priorizar seu povo. Ele deve ser seu líder, seu guardador, seu representante, buscando sempre o bem-estar do seu povo. Não vemos isso no caso de Ahmadinejad, o qual governa o povo iraniano sob ameaças, não permitindo que o povo tenha a liberdade de se expressar, nem de decidir suas próprias vidas, mantendo-os coagidos, com medo, sem direito à voz. E quando alguns tentam falar, são mortos. O Brasil não pode ser conivente com um governo desses. Nosso receio é que essa visita encoraje mais seguidores desse tipo de governo no Brasil e no mundo, visto que Ahmadinejad está buscando o foco da mídia de forma a beneficiar à sua pessoa junto ao governo Lula.-Acima dos tratados e pactos comerciais está a vida humana. Oxalá isso não chegue a nosso país! Que os acordos comerciais não venham a ser mais importantes que a vida dos brasileiros. Que o dinheiro e a sede de poder não falem mais alto que a vida humana. Que nosso presidente não siga os passos de Ahmadinejad, porque nós não permitiremos.- Ahmadinejad é um perigo para o mundo. Suas palavras inflamam o antissemitismo, o ódio e a intolerância. Sua forma de governo é totalitária. Não se dá ao povo nenhum direito. Tudo é por imposição e ameaças de morte. Lembra muito a ditadura sofrida pelos brasileiros.-Seus discursos neonazistas estão pondo o mundo em tensão, e é preciso que estejamos em alerta enquanto é tempo. É preciso que algo seja feito. É preciso que o mundo leve a sério suas ameaças de apagar Israel de mapa. O mundo não pode cometer o mesmo erro duas vezes contra um povo que tem contribuído tanto com a humanidade.- O passado nos ensinou que a neutralidade e a omissão são ingredientes perfeitos para que o terror impere no mundo. Não é possível que um único homem (certamente tendo seus seguidores pelo mundo) fale o que bem entenda, e a comunidade internacional se cale e não aja. Ele mesmo disse que o programa nuclear no Irã é como um trem desgovernado e sem freios. Então é preciso desconectar esses trilhos. Não queremos que o Brasil seja um seguimento desse trilho por onde passa esse trem desgovernado.- Como dizia Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.” Nós brasileiros não nos calaremos diante dessa ameaça à paz mundial. Nós dizemos: AQUI NÃO! E tomara que o mundo inteiro seja inspirado por esses movimentos que estão ocorrendo no Brasil. E que seja: AQUI NÃO! No mundo inteiro.
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UMA DESCOMPOSTURA FABULOSA NO FACINOROSO Reinaldo Azevedo sexta-feira, 20 de novembro de 2009 No dia 24 de setembro de 2007, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que chega ao Brasil na segunda, falou na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, num evento organizado pela Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da instituição. Aquele ano foi dedicado às questões iranianas, e a presença do facinoroso foi apenas um dos eventos. Lee Bollinger, presidente da Columbia — lá, os reitores têm esse título — optou por fazer uma fala introdutória, prévia, ao discurso de Ahmadinejad. E fez história. A descompostura é fabulosa. No vídeo abaixo, não está toda a sua fala. Antes do ponto em que vocês podem assistir, ele agradece os esforços dos coordenadores do evento e lembra: “Ouvir idéias que nós deploramos não implica endossá-las nem é sinal de fraqueza ou ingenuidade diante dos perigos reais inerentes a essas idéias”. O reitor se preparava para lançar um foguete contra Ahmadinejad. https://www.youtube.com/watch?v=vWUvHDp_R_0 “Uma das premissas cruciais da liberdade de expressão é que não tornamos honrada a desonra quando abrimos o debate para que ela se manifeste”. O reitor diz compreender o ponto de vista daqueles que acreditam que aquele evento — a presença de Ahmadinejad na Columbia — jamais deveria estar acontecendo, desculpa-se com aqueles que se sentirem pessoalmente atingido pelo fato e diz que fará o máximo para aliviar seu sofrimento. De modo enfático, afirma: “Que fique claro de uma vez por todas: este evento não tem absolutamente nada a ver com o ‘direito’ de quem fala, mas apenas com o nosso direito de ouvir e falar. Fazemos isso por nós”. Lee Bollinger exalta os valores da liberdade, fala da necessidade de entender o mundo e lembra que a universidade não ocupa escalões do poder. Não faz a paz nem faz a guerra. Mas forma cérebros. E então passa a se dirigir diretamente a Ahmadinejad. A brutal repressão de professores universitários, jornalistas e defensores dos direitos humanos O reitor cita casos de perseguição a professores — um deles formado na Columbia e convidado a dar aula na Universidade, diz que a Anistia Internacional acusa a execução de 210 pessoas, 21 delas só no dia 5 de setembro. Entre os mortos estavam crianças e defensores dos direitos humanos. Lembra que se fazem execuções públicas, violando convenções internacionais de direitos civis de que o Irã é signatário. Isso tudo antecede o trecho do vídeo que está aí. O texto que segue depois dele são trechos da fala do reitor dirigindo-se diretamente a Ahmadinejad 1s até 2min37s“Essas e outras execuções coincidiram com a selvagem repressão contra ativistas estudantis e professores, acusados de fomentar a chamada ‘revolução suave’ (…) Como disse a doutora Esfrandiari num entrevista, ele ficou presa numa solitária por 105 dias porque o governo acreditava que os EUA planejavam uma “Revolução de Veludo” no Irã. Nesta mesma sala, no ano passado, nós aprendemos alguma coisa sobre a Revolução de Veludo de Vaclav Havel. E ouviremos algo semelhante de Michelle Bachelet, presidente do Chile. Estas duas histórias extraordinárias lembram-nos de que não há prisões suficientes para impedir uma sociedade que queira ser livre de ser livre. Nós, nesta universidade, não temos receio de protestar contra o nosso governo e de contestá-lo em nome desses valores. E não temos receio de criticar o seu governo. Vamos deixar claro de saída: senhor presidente, o senhor exibe todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel. E eu lhe pergunto: por que as mulheres, os membros da religião Baha’i, homossexuais e muitos dos nossos colegas professores são alvos de perseguição em seu pais? Por que, numa carta ao secretário geral da ONU na semana passada, Akbar Gangi, um dissidente, e outras 300 personalidades, entre intelectuais, escritores e laureados com o Prêmio Nobel acusam que a sua retórica inflamada contra o Ocidente busca desviar a atenção do mundo das condições intoleráveis que o seu regime criou dentro do Irã, em especial o uso da Lei de Imprensa para banir os críticos? Por que o senhor tem tanto medo de que os cidadãos iranianos expressem suas opiniões em favor de mudanças? (…) O senhor me deixa liderar uma delegação de estudantes e professores da Columbia para falar na sua universidade sobre liberdade de expressão, com a mesma liberdade que lhe garantimos hoje? O senhor fará isso?” A negação do Holocausto 2min43s -3min59s “Em dezembro de 2005, num programa da TV estatal, o senhor se referiu ao Holocausto como uma invenção, uma lenda. Um ano depois, o senhor apoiou uma reunião de negadores do Holocausto. Para os iletrados, os ignorantes, isso é propaganda perigosa. Quando o senhor vem a um lugar como este, isto faz do senhor simplesmente um ridículo. Ou o senhor é um provocador descarado ou é espantosamente mal-educado [sem formação intelectual]. O senhor precisa saber que a Columbia é um centro mundial de estudos judaicos e, agora, em parceria com o Instituto YIVO, de estudo do Holocausto. (…) A verdade é que o Holocausto é o mais documentado evento da história humana. (…). O senhor vai parar com esse ultraje? A destruição de Israel 4min2s -4min54s Doze dias atrás o senhor disse que o estado de Israel não pode continuar a existir. Isso repete inúmeras declarações inflamadas que o senhor tem feito nos últimos dois anos, incluindo a de outubro de 2005, segundo a qual Israel tem de ser “varrido do mapa”. A Columbia tem mais de 800 ex-alunos vivendo em Israel. Como instituição, temos profundos laços com nossos colegas de lá. Eu, pessoalmente, tenho me manifestado com força contra propostas de boicotar estudantes e especialistas de Israel dizendo que isso seria boicotar a própria Columbia. Mais de 400 colegas e reitores neste país pensam o mesmo. Minha pergunta, então, é: “O senhor planeja nos varrer do mapa também?” Financiamento do terrorismo 4min58s - 5min55s De acordo com o Council on Foreign Relations, está bem documentado que o Irã é patrocinador do terror, financiando grupos violentos como o libanês Hezbollah, que o Irã ajudou a organizar em 1980, e os palestinos Hamas e Jihad Islâmica. Enquanto o governo que o precedeu colaborou com s EUA na campanha contra o Taliban, em 2001, o seu governo está atacando sorrateiramente as tropas americanas no Iraque, financiando, armando e garantindo livre trânsito para líderes insurgentes como Muqtada al-Sadr e suas forças. Há inúmeros relatos que ligam o seu governo com os esforços da Síria para desestabilizar o frágil governo do Líbano por meio da violência e do assassinato político. Minha questão é esta: por que o senhor apóia organizações terroristas que continuam a golpear a paz e a democracia no Oriente Médio, destruindo vidas e a sociedade civil na região? Guerra por procuração contra as tropas dos EUA no Iraque 5min57s-6min45s O general David Patraeus afirmou que armas fornecidas pelo Irã (…) estão contribuindo para a sofisticação de ataques, “que não seriam possíveis sem o apoio do Irã”. Muitos formados da Columbia e estudantes estão entre os bravos militares que estão servindo ou serviram no Iraque e no Afeganistão. Eles, como outros americanos com filhos, filhas, pais, maridos e mulheres que estão em combate vêem, certamente, o seu governo como inimigo. O senhor pode lhes dizer e a nós por que o Irã está lutando uma guerra que não é sua no Iraque, armando a milícia Shi’a, alvejando e matando tropas americanas? Finalmente, o programa nuclear do Irã e as sanções internacionais 6min46s-10min30s Nesta semana, o Conselho de Segurança da ONU avalia ampliar as sanções [contra o Irã] pela terceira vez porque o seu governo se recusa a suspender o programa de enriquecimento de Urânio (…) Por que o seu país se recusa a aderir ao padrão internacional de verificação de armas nucleares, em desafio a acordo que o senhor fez com a agência nuclear das Nações Unidas? E por que o senhor escolheu fazer o seu próprio povo vítima dos efeitos das sanções internacionais, ameaçando fazer o mundo mergulhar na aniquilação nuclear? Deixe-me encerrar com este comentário. Francamente, com toda sinceridade, senhor presidente, eu duvido que o senhor tenha coragem intelectual de responder essas questões. (…) Voltei Quem, no Brasil, diria estas meras verdades a Ahmadinejad?
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A BOBAGEM DE LULA SOBRE O ORIENTE MÉDIO - Reinaldo Azevedo

A BOBAGEM DE LULA SOBRE O ORIENTE MÉDIO Blog do Reinaldo Azevedo 20 de novembro de 2009 Vamos deixar claro — e não direi o famoso “de uma vez por todas” porque certamente terei de dizer isto novamente: eu, realmente, não dou a menor bola para a popularidade de Lula quando aponto as suas patacoadas. Uma bobagem não deixa de ser uma bobagem porque aquele que a anuncia ou pronuncia tem apoio popular. Dispenso-me de lembrar que regimes fascistas só prosperaram com o apoio das massas. Nem é um argumento necessário porque fica parecendo que essa circunstância é importante para demonstrar a tese. Não é. Estamos falando de uma essencialidade. A crença ou não da maioria nisso ou naquilo não torna isso ou aquilo verdades, entenderam? O que me importa que Lula esteja por cima da carne seca? Aí eu me acho mais necessário ainda — e, fiquem certos os petralhas, outros também me acham. Se Lula fosse a encarnação da justiça universal, talvez eu fosse cuidar de outros assuntos. Mas também não estou muito certo disso. Daria um jeito de testar tanta bondade, acho eu. Assim, senhores aduladores do Grande Líder, estejam certos de que não me constranjo; tampouco os “sucessos” de Lula me infelicitam. Ao contrário: eles só provam a necessidade de haver quem o conteste. E a contestação de governos e governantes é apanágio das sociedades livres. E esta ainda é. Por enquanto ao menos. Franklin Martins não deve gostar do que eu penso. Mas eu também não gosto do que pensa Franklin Martins. Por que esta longa introdução? Porque Lula resolveu falar o seguinte sobre o Oriente Médio: “Quem deveria estar à frente do processo [de paz] é a ONU, não os Estados Unidos - que são um dos responsáveis pela crise. Por isso o Brasil reivindica mudanças na ONU, para que ela seja representativa de 2010, e não de 1948, quando foi criada, porque a geopolítica do mundo mudou.” Trata-se de uma asneira pantagruélica no que concerne aos fatos e de uma confissão da delinqüência da política externa brasileira. Acusar os EUA de serem os responsáveis pelos conflitos no Oriente Médio é expressão da mais pura boçalidade, do antiamericanismo mais tacanho, da cretinice irremediável. Nem os seus adoradores conseguiriam indicar um só evento que tornasse ao menos verossímil a afirmação. Não fossem os EUA apoiarem Israel, aquele estado teria sido esmagado durante a Guerra Fria? No plano das hipóteses, pode até ser. No plano dos fatos, Israel derrotou seus inimigos com as suas próprias forças — muito especialmente em 1967, numa vitória que, nas primeiras horas, era dada como improvável. Lula evidencia, com todas as letras, por que o Brasil, dado o atual quadro, NÃO PODE SER membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Temos um bando de primitivos cuidando da nossa diplomacia. Ademais, na segunda, Lula recebe Mahmoud Ahmadinejad, o homem que promete varrer Israel do mapa e que já negou o Holocausto. Não só isso: é também o financiador do terrorismo no Líbano, nos territórios palestinos e no Iraque. E Lula acha que os EUA são culpados pela crise no Oriente Médio. Lula é popular? Lula tem 80%? Dane-se a popularidade dele. Sua opinião sobre o Oriente Médio é boçal.
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Movimento de Justiça e Direitos Humanos divulga manifesto contra visita de Ahmadinejad segunda-feira, 16 de novembro de 2009 O Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul acaba de me enviar um manifesto tornado público contra a visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Segue íntegra. MANIFESTO DE REPÚDIO DO MJDH À VISITA DE AHMADINEJAD AO BRASIL O Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grade do Sul, ao longo de sua história, vem lutando por garantir direitos e liberdades para todos os Homens. Durante a Ditadura Militar, auxiliou brasileiros e estrangeiros a fugirem dos regimes autoritários. Com o fim da Ditadura, vem atuando na denúncia das arbitrariedades que persistem e na defesa dos cidadãos que se percebem oprimidos. Dentre estas ações, se destaca a luta contra o neonazismo, que, no Rio Grande do Sul, ataca negros, judeus, punks e outras minorias que não consideram “puras”. Neste sentido, iniciou ação judicial que resultou na condenação de Siegfried Ellwanger, um de seus líderes, proprietário da Editoria Revisão, que publicava livros negando a existência do Holocausto. Assim como se opõe ao estado das (boas) relações do governo brasileiro com o regime genocida de Omar Hasan Ahmad, ditador no Sudão (que extermina a população negra do sul do país desde 2003, com o resultado de, até aqui, mais de 300 mil mortos e cerca de três milhões de refugiados na região de Darfur) e da China, cujas ações no Tibet significam a morte, nos últimos 40 anos, de 1,2 milhão de pessoas e a destruição de mais de 6 mil monastérios budistas, o MJDH vem agora repudiar a decisão de convidar Mahmoud Ahmadinejad, presidente da República Islâmica do Irã, para estar no Brasil. No Irã, os direitos humanos não existem. Os veículos de comunicação são todos controlados pelo Estado. Mulheres são açoitadas e execradas por mera suspeita de adultério; homossexuais por sua opção sexual. A liberdade religiosa tampouco existe, e minorias como os muçulmanos sunitas e bahais são perseguidas e proibidas de realizar seus cultos. Não há real oposição política. Os partidos laicos não existem, e seus integrantes (por exemplo, os do Partido Comunista Iraniano, que auxiliaram na derrubada da Ditadura do Xã Reza Pahlavi) foram exterminados ou obrigados a viver no exílio. Deve-se lembrar também que, quando no primeiro semestre, o MJDH se manifestou contra a presença de Ahmadinejad, já se denunciava que o Irã é o segundo país que mais aplica a pena de morte no mundo (atrás da China). Lá, os enforcamentos são feitos em praça pública, e este foi o destino de Delara Darabi, uma jovem de 21 anos, aprisionada desde os 17 anos. Ela foi assassinada a despeito dos apelos de entidades internacionais para que a execução fosse comutada por outra pena. Ahmadinejad também é tristemente famoso por negar o Holocausto, e suas aparições em eventos diplomáticos são boicotadas por países democráticos. Além disso, funcionários iranianos foram condenados, na Argentina (inclusive um atual ministro de estado), pelo planejamento do atentado à Associação Judaica Argentina, em Buenos Aires, em 1994. A oposição a Ahmadinejad se repete em todo mundo, inclusive no Irã. Neste ano, após sua “reeleição”, denunciada como fraudulenta, o povo iraniano foi às ruas para protestar e acabou violentamente reprimido. A morte da jovem Neda Soltani, difundida pela Internet, mostrou a dimensão dessa opressão. Assim, o senhor Lula da Silva estará recebendo Ahmadinejad, um fato que repudiamos, pois agride a todos que respeitam os direitos humanos fundamentais e escarnece de um país que enviou tropas para combater o nazismo e o totalitarismo genocida na 2ª Guerra Mundial. A visita de Ahmadinejad ao Brasil é uma mancha em nossa diplomacia; ela degrada nossos ideais de justiça e liberdade. Como brasileiros livres, denunciamos a recepção deste tirano e esperamos que o governo brasileiro, se deseja realmente ocupar a vaga que merecemos, no Conselho de Segurança, mostre que o país está engajado na luta pelas liberdades, que denuncie as tiranias e nunca receba em nosso solo assassinos. Nós, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que buscamos zelar pelo primado da decência e dos valores democráticos, declaramos, nesta data que marca a libertação de nosso povo, a oposição a tal infeliz visita e requeremos que o Estado brasileiro retome sua tradição de respeito aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Porto Alegre, 15 de novembro de 2009.
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P R O T E S T O Veteranos da FEB, Ex-Combatentes, Militares da Reserva e Reformados Contra a Visita do Presidente da República Islâmica do Irã Sr. Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil Nós, abaixo assinados, Veteranos da FEB, Ex-Combatentes, Militares da Reserva R/1, R/2, R/R, RNR e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil, Amigos e Simpatizantes, expressamos nosso repúdio e protestamos contra a visita do Presidente da República Islâmica do Irã, Sr. Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil. Entendemos que o Brasil não pode ser anfitrião de alguém em missão oficial pregando idéias que vão de encontro aos ideais de igualdade que o nosso país defende. Ao postular a destruição de uma Nação Amiga soberana e negar o Holocausto, desqualifica-se para ser acolhido oficialmente em um país que enviou tropas para combater estes mesmos inimigos da democracia e da liberdade que cometeram o inominável genocídio que passou a ser conhecido como Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. O Brasil, defensor da democracia e dos ideais de liberdade, recebeu de braços abertos milhares de sobreviventes desse terrível massacre que ele nega despudoradamente, Em honra à memória dos milhões de vítimas desprezadas pelo visitante, dos milhares de brasileiros desaparecidos nos torpedeamentos dos navios nacionais, dos combatentes das Forças Brasileiras de Terra, Mar e Ar vitimados nesta luta, dos milhões de soldados e civis desaparecidos, e dos 6 milhões de seres humanos que pereceram brutalmente assassinados no Holocausto cinicamente negado pelo indesejável visitante, protestamos veementemente contra a sua presença nesta terra onde se prega a igualdade e a luta contra a discriminação. Tenente da Marinha MELCHISEDECH AFONSO DE CARVALHO PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DA ASSOCIACAO DOS EX-COMBATENTES DO BRASIL Ten Manoel Adão Floriano, Presidente da ANVFEB – Associação Nacional dos Veteranos da FEB – Força Expedicionaria Brasileira.Na FEB foi Sargento do Regimento Sampaio. Ten Juventino da Silva, Presidente da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, Seção de Nova Iguaçú – RJ. Na FEB serviu no Regimento SAMPAIO Major Antonio André, Diretor de Patrimônio da ANVFEB – RJ. Na FEB serviu no Pelotão de Transmissões. Veterano Ten R/2 Dr Israel Rosenthal- ex-combatente da FEB, Presidente do Conselho Deliberativo da ANVFEB Cel R/1 Herbert Andrade de Seixas Duarte, Diretor Secretario da ANVFEB – RJ EUCLYDES BUENO FILHO RG 011570000-7 MIN DA DEFESA General de Brigada Engenheiro R/1 Noaldo Alves Silva, Cel. Art, Ref, EB, Idt 100238840-1 MD, Exérciro Brasileiro, CPF 032406497 72, protesto e associo-me aos abaixo assinados, contra a visita do Pres. da Rep. Islâmica do Irã ao Brasil. Sou também Pres. da AsEFEx, Associação dos Ex-alunos e dos amigos da Escola de Educação Física do Exército. Ten R/2 ART Sérgio Pinto Monteiro Turma 1961 CPOR/RJ - – 019795790-5 MD – Presidente do CONSELHO NACIONAL DOS OFICIAIS DA RESERVA DO BRASIL - CNOR Ten R/2 ART Tu 1965 Egas Moniz de Aragão Daquer- 024994447-20, Juiz de Direito Ten R/2 Marcello Capparelli Moniz de Aragão Daquer – 01846 2613-3 Ten R/2 Clavery – Presidente da Associação de Oficiais da Reserva R/2 de Petrópolis – RJ e membro da ADESG Ten R/2 ART Paulo Coimbra Sauwen – 024377837-68 – Eex-Presidente da Associação dos Ex-Alunos do CPOR/RJ Ten R/2 MAT BEL Ruyberto S. de Oliveira – 582192497/68, Diretor de Mobilização da Associação dos Oficiais da Reserva do Exercito – AORE-RJ Ten R/2 INF Pqd Paulo Sérgio Lima Araújo - Diretor AORE/RJ – Ten R/2 Israel Zukerman- 1G979120 MEX – Diretor da Guarda Bandeira – AORE/RJ Apoio este abaixo assinado. JOAO LOPES DE ARAUJO JR. POSTO: 2 TEN R/2 CPF: 487.127.014-91 Vice-Pres da Associação Paraibana de Oficiais R2 da Reserva do Exército Representante da Liga da Defesa Nacional na Paraíba ZENAIDE MARIA TAVARES DUBOC RI - O40139125-5 - EXÉRCITO BRASILEIRO CPF - 261.857.766.34 FILHA DO VETERANO DA FEB - MAJOR ÁLVARO DUBOC FILHO COLABORADORA DO SITE WWW.ANVFEB.COM.BR JOSE CARLUCIO GOMES DE SOUSA CEL INF R/1 IDT 02044182-1 Dr. Afonso Arlindo, Advogado, Medalha do Pacificador CMG Ref.Henrique Araújo de Souza, Marinha, ID.: 190.012 MM. CEL INF e EM ARNALDO DE LIMA NOVAES-RG 032098090-REFORMADO Alexandre Cherman Solicito a inclusão de meu repúdio contra a visita do presidente do Irã ao Brasil. Alexandre Cherman - Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1-Md) - identidade 319247 – Marinha do Brasil. Faço minhas as palavras de repudio a visita de Ahmadinejad ao Brasil. Dário Sion 1 Ten R/2 Inf CPOR-SP Vice Presidente ABORE –SP Associação Brasileira de Oficiais da Reserva do Exercito. Isaac Dahan 2o. TEN R/2 Infantaria - Turma de 1967 - CPOR/8 Profissão: Médico Exerce atualmente também a função de Oficiante Religioso da Sinagoga de Manaus. RG 1468 CRM-AM ANTONIO JOSE BARROS DA SILVEIRA 1° Ten R/2 Art Turma de 1965 CPOR/RJ Identidade 1G 580.210 BORIS SITNIK - 2o. Ten. R2 de Engenharia. Turma 1966 do CPOR-SP RG 1.688.459-6/PR INSTITUTO CULTURAL JUDAICO-BRASILEIRO BERNARDO SCHULMAN (Comunidade Israelita do Paraná) Luiz Alberto da Costa Fernandes – Ten R/2 Eng - CPF 245293387-20 Milton N. Reis - 2º Ten R2 Art Carlos Jayme S.Jaccoud - 2º Ten R/2- 47.735 M.Ex. Venho protestar contra a visita do Presidente da República islämica do Irá Sr. Mahnoud Ahmadinejad ao Brasil. Aderbal Martins 2º Ten R/2 inf Alessandro ANDREI DEUSCHLE da Silva – 1º Ten R2 Vice-Presidente da AORE/DF Assessor Especial da Delegacia da Escola Superior de Guerra em Brasília-DF Lúcio Fagundes Marcon RG: 113987654-2 MD/EB Filho do Ten Cel Marcon. Ten R/2 ART Tessis – Brasília – AORE-PLANALTO Ten R/2 Ubirajara Caetano Salma- 16-030 306 A (M.Def) Ten R/2 ART Sérgio Emygdio Cabral- 80.1.06.556-6 Ten R/2 Jorge Garcia- 04685-0 Ten R/2 Carlos Alberto Ferraz- 3.426.671 Ten R/2 COM Johnny Veríssimo – 376638775-3 Ten R/2 L.R. Zdanowski, CPOR/RJ INF Tu Mar RONDON 1965 – 10849027-53 Ten R/2 INT Antônio Carlos Leal – 1.781.914 IFP Ten R/2 ART Fernando Ramos Paz F°– CPOR/RJ Tu 1965 - 01580 220-2 M Ex Ten R/2 INT Eliezer de Moura Cardoso– 038310007-00 – Turma Olavo Bilac 1959 CPOR/RJ Ten R/2 Cláudio Madureira – 019098302-3 Ten R/2 Jorge Vaz Turma 1956 – 16819273 Ten R/2 Paulo C.V. Miranda- 80818189.5 IFP 1°. Ten R/2 ART Paulo Grey Ribeiro- 018192970-4 Ten R/2 Miranda – 012319151-2 Ten R/2 Roberto Oliveira-8855538 IPF Ten R/2 INF Tu 1953 Bension Akerman – 042.083.407.97 Tem R/2 Art Israel Blajberg, 3°. Vice-Presidente da AHIMTB. O apoio é de natureza individual. A citação eventual de cargo e/ou entidade não significa adesão desta, apenas mera informação
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Nações não têm amigos, têm interesses, ensina o verbete do manual do cinismo que justifica a existência de relações diplomáticas e comerciais entre países democráticos e paragens comandadas por liberticidas de nascença, assassinos patológicos e outras aberrações da espécie. Não é uma norma edificante. Pois a inversão dos predicados pode tornar as coisas ainda mais abjetas, ensina a política externa da Era Lula. Desde 2003, O Brasil têm amigos, escolhidos por um presidente cujos interesses não têm parentesco com o que interessa à nação.Com a desenvoltura arrogante que só a certeza da impunidade dá, Evo Morales expropriou bens da Petrobras na Bolívia, Rafael Correa prendeu engenheiros da Odebrecht no Equador, Hugo Chávez tranformou em estalagem o prédio da embaixada em Honduras, Fernando Lugo exige a remoção dos alicerces do Tratado de Itaipu. Lula reagiu a tais agressões à soberania que jurou defender com tapinhas nas costas e falatórios de comparsa. Amigos merecem cuidados especiais e muito carinho.Pelos padrões civilizados, o iraniano Mammoud Ahmadinejad é um fanático perigoso, acampado na chefia de um regime primitivo, que reprime opositores com ferocidade, frauda eleições, condena homossexuais à morte, nega às mulheres direitos elementares, sonha com o regresso às cavernas. Para Lula, é um amigo ─ dele e, por consequência, do Brasil. E assim será recebido nesta segunda-feira, em Brasília, pelo anfitrião que, dramaticamente ignorante em geopolítica, de novo escolheu o lado errado.“Eu disse ao Obama, ao Sarkozy e à Angela Merkel que a gente não vai trazer o Irã para boas causas se a gente ficar encurralando ele na parede”, gabou-se Lula nesta semana. “É preciso criar espaços para conversar”. O monoglota que precisa de um tradutor até para conversas em português acha que lhe bastam 15 minutos para que Ahmadinejad cancele o programa nuclear, apaixone-se por Israel, debulhe-se em lágrimas pelos 6 milhões de judeus assassinados pelo Holocausto que até agora nega ter existido e vire torcedor do Corinthians.Chegou a hora de retribuir às muitas gentilezas que lhe fez, imagina o amigo brasileiro. Multidões de manifestantes protestavam no Irá contra as evidências de fraude eleitoral, a contagem dos votos não terminara e a dos mortos mal começara quando Lula resolveu intrometer-se na crise do outro lado do mundo. ”Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã”, pontificou o cara. ”Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”.Ao reducionismo de jardim da infância, adicionou o raciocínio de colegial repetente: ”O presidente Ahmadinejad teve uma votação de 62,7%. É um número muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”. No Brasil, comparou, suspeitas de fraude geralmente ocorrem quando a diferença de votos entre os candidatos é de 1% ou 2%. Ele certamente ignora que Saddam Hussein não admitia ser reconduzido à presidência do Iraque com menos de 100% do eleitorado.A notícia de que a repressão policial já causara 69 mortes não inibiu o improvisador incontrolável. ”Há uma oposição que não se conforma”, explicou. ”O resultado desse conflito são inocentes morrendo, o que é lamentável e inaceitável por parte de qualquer democrata do mundo”. Estaria Lula incluindo o Irã no universo das democracias? “Cada país estabelece o regime democrático que convém ao seu povo”, desconversou. ”É uma decisão soberana de cada nação”. Só não vale para Honduras.A visita de Ahmadinejad é um insulto ao Brasil que presta e, sobretudo, uma afronta aos incontáveis judeus que escaparam do horror e julgaram encontrar aqui o abrigo seguro. “Não estou preocupado com judeus e árabes”, desdenha Lula. ”Estou preocupado com a relação do Estado brasileiro com o Estado iraniano”. O presidente acha que está recebendo um amigo árabe. Não sabe sequer que os nativos do Irã são persas.Persa ou árabe, o visitante jamais seria bem-vindo. Porque Mammoud Ahmadinejad é, antes de mais nada, um crápula.Escrito por: Augusto Nunes - Publicado Na Revista VejaPublicado no site em: 18/11/2009
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Carta aberta ao presidente do Irã.

Artigo perfeito, com um humor ironico e muitas verdades, o jornalista José Roitberg dá as boas vindas de nós brasileiros ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, do Irã explicando porque esta será uma viagem inesquecível para o mesmo.Ahmadinejad Seja Bem Vindo ao Brasil"Tenho a certeza de que será uma das piores viagens oficiais de sua vida.Vai encontrar aqui um país cristão, coisa que abomina. Vai ter que se encontrar com políticos e empresários que usam gravatas, acessório proibido pelo código de vestimentas (lei no Irã) porque na visão xiita a gravata simboliza uma cruz em torno do pescoço dos homens. E verá mais de 5 cores de ternos, outra coisa também proibida no Irã.Espero que passe por nossas praias e não fique olhando para o chão do carro, pois precisa se confrontar com a liberdade ocidental de expor o corpo humano vivo e não os cadáveres. Precisará se controlar para não dar uma olhadinha em nossas beldades desnudas não só nas praias, mas com vestidinhos de Geisy por todos os cantos. Imagine o que é isso para alguém que defende a burka? É o próprio Faya, o Inferno muçulmano.Mas seja bem vindo aqui Ahmadinejad. Espero que se encontre com o presidente Lula em seu gabinete, veja a Bíblia sobre a mesa, veja a mezuza na porta ao lado na sala da Clara Ant. E pense muito bem no que fazer: apertar a mão de uma judia comunista de rosto descoberto e tornozelos de fora? Que dilema teológico...Mas seja bem vindo Ahmadinejad. Depois de se esquivar da Clara Ant, que como assessora pode até ser posta de lado, mas aí resta o Marco Aurélio Garcia, que deixa a Clara no ponto mais a direita da esquerda com sua mente sovietizada e cubanizada. Ih Ahamdinejad: você acabou com os comunistas no Irã. O que vai dizer aos nossos aqui (alguns deles o defendem hein...), a maioria, muito mais neo-liberal que de esquerda, mas não tem saída: neo-liberalismo também não é sua praia. E depois de se esquivar de um, sempre virá outro: uma grande lista de judeus e esquerdistas de fato no poder. Não são brinquedinhos buchechudos como na Venezuela. Aqui a esquerda é de raiz!Mas seja bem vindo Ahmadinejad. Venha ver um país de 190 milhões de pessoas de todas as origens e religiões que não se matam e não disputam o poder para matar as outras, se é que isso faz algum sentido para você. Pergunte como se faz uma eleição sem fraude.Tem umas coisas aqui que você precisava conhecer para ampliar seus horizontes mas não vai rolar. Não vai ao Corcovado. Não vai ao Pão de Açúcar, não vai dar uma volta no Saara no Rio ou na 25 de Março em São Paulo. Não vai ter uma almoço fechado no Porcão, até porque você, como muçulmano, come kosher também. Aliás, se quiser levar um salame antes voltar, passe aqui na Bolivar 45. Dá até para parar o carro na baia de descarga e tomar um café: eu pago! Aproveite para ver o que nossos vizinhos cristãos iraquianos pensam de você. Posso até marcar com uns amigos bahais. É! Tem bahais no Brasil também, religião que os xiitas escorraçaram da Pérsia e depois do Irã, tendo que se refugiar em Haifa, ainda no domínio Otomano. Ih, esqueci: tem turco para caramba aqui no Brasil. Tem libanês cristão para todos os lados. Mais libaneses e descendentes de libaneses que no próprio Líbano.Aqui é um lugar interessante para você conhecer, pena que vai ficar acossado entre a mídia e a política e não verá nosso povo.Pessoalmente não tenho nada contra você. Não fico nem um pouco impressionado com mais um líder muçulmano dizendo que vai varrer Israel do mapa. Pode tentar. Em 1948 quando eram fortes e os judeus fracos, não conseguiram. Depois Nasser tinha o seu discurso. Depois Sadat tinha o seu discurso. Depois Shuqueiri e Arafat tinham o seu discurso. Depois Assad (pai) tinha seu discurso. Depois Saddam, seu inimigo mortal tinha o seu discurso. Você é professor. A história lhe interessa. Olhe para trás e veja onde estão e o que conseguiram. Pelo menos podia ser original em seu discurso.Nem seus arroubos de negação do Holcausto a cada vez que o petróleo está baixo me incomodam. Você é o presidente, mas não é o poder. Você não me preocupa e nem sei o quanto dos coisas que faz ou diz são realmente suas ou você é apenas o porta voz da junta teológica que domina os persas.Não é aqui no Brasil que alguém vai te lembrar que é dirigente do único país xiita entre outros 53 países sunitas e que mais ou menos 1 bilhão de muçulmanos não vão com a sua cara enquanto só uns 13 milhões de judeus tem algo contra você. Isso não vão te dizer aqui. Não vão dizer que o Irã tem relações diplomáticas com menos países islâmicos que Israel. E ninguém vai chegar até você numa entrevista e perguntar: "Presidente, para que essa bobagem de dizer que Israel tem que ser varrido do mapa? Seu obejtivo não é triunfar onde seus antepassados xiitas fracassaram e retomar Meca? Abrir Meca para os persas e varrer o domínio árabe sobre o Islã no Golfo?" Não é essa a agenda verdadeira iraniana verdadeira? Vcs também seguem Sun Tzu não seguem? Faça o inimigo achar que vc está longe quando está perto...Sei que você pode jogar a Bomba sobre Israel pois são apenas judeus, cristãos, bahais e sunitas por lá. Todos infiéis na visão. Mas você acredita que Israel tem 300 Bombas. Um monte de gente acredita. É blefe? É real? Mas a família real saudita não tem nenhuma né? Será que alguém ataca você se a Bomba cair em Ryad e não em Jerusalém? Pessoalmente, acho que não. Mas se eu fosse você ficaria com o pé atrás e mandava investigar a fundo todo mundo que está em seu programa nuclear. Você acreditaria se eu disse que algum dos cientistas paquistaneses pode ser um agente taliban da Al Qaeda, sua inimiga mortal, pronto para fazer um ataque suicida nuclear em suas instalações? Vocês são persas. São inteligentes. Sabem quem são seus reais inimigos. Sabem que sempre foram os árabes, os sunitas e agora os talibans. Depois de 10 anos de guerra com os sunitas iraquianos seus aiatolás quase atacaram o Afeganistão sob domínio taliban por 3 vezes. Só não fizeram porque foram um pouco mais espertos e deixaram os ocidentais se ferrarem por lá, como os soviéticos, sem conseguir resolver nada.Mas seja bem vindo. Venha e ouça o que precisa ouvir! Venha e ouça o que precisa ser dito. Vai ser insuportável para você. Assine um contrato para uma área do pré-sal pois seu petróleo está acabando e você sabe disso melhor que ninguém.E tenha uma certeza caro presidente: Israel não vai construir o segundo Yad Vashem, o segundo Museu do Holocausto. Mas se o Irã realmente enveredar pelo caminho da chantagem atômica, vocês poderão acabar tendo que construir o seu primeiro museu....Escrito por: Jose Roitberg - JornalistaPublicado no site em: 18/11/2009
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Sobre a visita do presidente do Irã

Apenas uma visita ?O presidente da República Islâmica do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chega ao Brasil no próximo dia 23. Cercada de polêmica, a visita, no entanto, faz parte da rotina diplomática, com ênfase em aspectos geopolíticos e comerciais. Os iranianos estão interessados, por exemplo, em comprar terras brasileiras, num esforço para reduzir a dependência de alimentos. Os brasileiros, críticos da chamada doutrina Bush (que, para a solução de impasses, privilegia coação militar, em detrimento de negociações multilaterais) e de olho nas oportunidades abertas pelo mercado de petróleo, querem se colocar como atores importantes no turbulento Oriente Médio. Para isso, constroem um diálogo direto com o Estado iraniano.No centro da polêmica, a figura do presidente Ahmadinejad. Suas reiteradas declarações negando o Holocausto e pregando a destruição do Estado de Israel horrorizam quem não se anestesiou pelo antissemitismo. São ataques tolos, que isolam politicamente o Irã e abastecem o mercado da intolerância.Outro gesto provocador do presidente iraniano foi a recente indicação de Ahmad Vahidi para o ministério da Defesa. Vahidi é procurado pela Interpol desde 2007 por suposto envolvimento no atentado contra a AMIA, em Buenos Aires, em 1994. O ato terrorista deixou 85 mortos.Sobre o que envolve a presença do presidente iraniano em solo brasileiro, temos a declarar o seguinte:1. É ingenuidade acreditar que o jogo das relações internacionais é regido por regras humanitárias e/ou por uma (inexistente) ética universal. Goste-se ou não, é business as usual. Não existem “países inocentes”. Alguns dos que hoje criticam o regime iraniano são campeões mundiais na venda de armas, flertaram com o apartheid sul-africano, deram as mãos a Saddam Hussein (quando era conveniente atacar os xiitas iranianos), assessoraram Esquadrões da Morte na América Central, providenciaram golpes de estado no atacado e/ou instruíram serviços secretos homicidas. No entanto, parodiando o Marco Antônio de Shakespeare, são países honrados ...2. O atual regime iraniano é teocrático, antipopular e antidemocrático. Subverte um dos valores básicos do islamismo xiita: a autoridade islâmica jamais poderia confundir-se com um governo secular. Os clérigos no poder perseguem as oposições e sufocam os movimentos populares.3. É bom, entretanto, não esquecer que a Revolução de 1979 foi um gigantesco movimento de massas, que não era apenas islâmico na origem. Enxotou do poder o xá Reza Pahlevi. Quem era esse soberano ? Um títere pró-ocidental, que chegou ao trono depois de um golpe de estado patrocinado pela CIA, em agosto de 1953. Entregou as reservas petrolíferas do país a consórcios norte-americanos e britânicos, recebendo em troca proteção para censurar os meios de comunicação, perseguir, torturar e matar seus opositores. Tudo em nome da “ameaça comunista”. Quantos dos que hoje se chocam, com razão, com as arengas de Ahmadinejad, levantaram suas vozes e seu poder de pressão contra Reza Pahlevi ?4. Fala-se das intenções militaristas do programa nuclear iraniano. É uma preocupação legítima. O arsenal atômico já existente em outros países é capaz de incinerar o planeta mais de uma vez. A dúvida é: por que só o Irã? Defendemos a desnuclearização completa não só do Oriente Médio, mas de todo o mundo. Que não existam mais áreas secretas, proibidas à inspeção internacional. Que se respeitem com rigor as cláusulas do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Os países não signatários devem ser pressionados a aderir.5. Manifestamos nossa solidariedade ao povo iraniano em sua luta por um Estado democrático, que respeite os direitos humanos e promova a justiça social. A conquista da liberdade virá da ação popular organizada, não de intervenções estrangeiras.Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2009ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e RecreaçãoICUF – Ídisher Cultur Farband (Argentina)ACIZ – Asociación Cultural Israelita Dr. Jaime Zhitlovsky (Uruguai)
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Este Holocausto será diferente

Este Holocausto será diferente Published by Nuno Guerreiro Josuéat 2/16/2007 in Israel, Opinião & Comentário and Geral. "English" Translation um ensaio de Benny Morris Benny Morris é professor de História do Médio Oriente na Universidade Ben-Gurion e um dos mais marcantes representantes da esquerda académica israelita. Este ensaio foi publicado em Janeiro de 2007 no Jerusalem Post.

O segundo holocausto não será como o primeiro. Os nazis industrializaram o massacre, claro. Mas, mesmo assim, eram obrigados a ter contacto com as vítimas. Antes de as matarem de forma efectiva, podem tê-las desumanizado nas suas mentes ao longo de meses e anos com recurso a humilhações terríveis, mas, mesmo assim, tinham com as suas vítimas um contacto visual e auditivo, e alguns mesmo táctil. Os alemães, e os seus ajudantes não germânicos, tiveram de tirar de suas casas homens, mulheres e crianças; tiveram de os arrastar e de lhes bater pelas ruas e de os ceifar em bosques circundantes, ou empurrá-los para vagões de gado que comboios transportariam para campos, onde “o trabalho liberta”, separando os sãos dos completamente inúteis que colocavam sob “chuveiros”, matavam com gás e depois retiravam os corpos para a carrada que se seguia. O segundo holocausto será bastante diferente. Numa radiante manhã, daqui a cinco ou dez anos, talvez durante uma crise regional, talvez sem qualquer motivo aparente, um dia ou um ano ou cinco anos após o Irão ter obtido a Bomba, os Mullahs de Qom reunirão numa sessão secreta, sob um retrato do Ayatollah Khomeini com olhar severo, e darão a luz verde ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, então no seu segundo ou terceiro mandato. As ordens serão dadas e mísseis Shihab III e IV serão lançados contra Tel Aviv, Bersheva, Haifa e Jerusalém e provavelmente contra alvos militares, incluindo meia dúzia de bases aéreas israelitas e (alegadas) bases de mísseis nucleares. Alguns dos Shihab terão ogivas nucleares. Outros serão meros engodos, carregados com agentes químicos e biológicos, ou simplesmente com jornais velhos, destinados a confundir as bateiras antimísseis israelitas. Para um país com o tamanho e a forma de Israel (20 mil quilómetros quadrados alongados), provavelmente quatro ou cinco ataques serão suficientes. Adeus Israel. Um milhão ou mais de israelitas nas áreas metropolitanas de Jerusalém, Tel Aviv e Haifa morrerá imediatamente. Milhões sofrerão os graves efeitos da radiação. Israel tem cerca de sete milhões de habitantes. Nenhum iraniano irá ver ou tocar um único israelita. Tudo será bastante impessoal. Alguns dos mortos inevitavelmente serão árabes – cerca de 1,3 milhões dos cidadãos de Israel são árabes e outros 3,5 milhões vive no território semi-ocupado da Cisjordânia [Judeia e Samaria] e na Faixa de Gaza. Jerusalém, Tel Aviv-Jaffa e Haifa possuem igualmente minorias árabes substanciais. Existem igualmente grandes concentrações de populações árabes em torno de Jerusalém (em Ramallah-Al Bireh, Bir Zeit, Bethlehem) e nos arredores de Haifa. Aqui também, muitos morrerão, imediatamente ou aos poucos. É duvidoso que um tão grande massacre de muçulmanos perturbe Ahmadinejad e os Mullahs. Os iranianos não gostam particularmente de árabes, especialmente de árabes sunitas, com quem têm guerreado intermitentemente desde há séculos. E eles têm um desprezo particular para com os (sunitas) palestinianos que, apesar de tudo, mesmo sendo inicialmente em número dez vezes mais do que os judeus, não conseguiram impedir durante o longo conflito que eles criassem o seu próprio estado ou controlassem toda a Palestina. Além de tudo isso, a liderança iraniana encara a destruição de Israel como um supremo mandamento divino, tal como um sinal da segunda vinda, e as muitas vítimas colaterais muçulmanas serão sempre encaradas como mártires na nobre causa. De qualquer forma, os palestinianos, muitos deles dispersos por todo o mundo, sobreviverão enquanto povo, tal como o fará a grande Nação Árabe da qual fazem parte. E, com toda a certeza, para se livrarem do Estado judaico, os árabes estarão dispostos a fazer alguns sacrifícios. No saldo cósmico das coisas, valerá a pena. UMA QUESTÃO pode mesmo assim levantar-se nos concílios iranianos: E Jerusalém? Afinal, a cidade alberga os terceiros mais sagrados lugares de culto do islamismo (depois de Meca e Medina): a mesquita de Al Aksa e a Mesquita de Omar. Mas Ali Khamenei, o líder espiritual supremo, e Ahmadinejad muito provavelmente responderiam da mesma forma que o fariam em relação à questão mais lata de destruir e poluir de forma radioactiva a Palestina inteira. A cidade, tal como a terra, pela graça de Deus, em 20 ou 30 anos irá recuperar. E será restaurada para o Islão (e para os árabes). E a outra poluição mais profunda terá sido erradicada. A julgar pelas referências contínuas de Ahmadinejad à Palestina e à necessidade de destruir Israel, e à sua negação do primeiro Holocausto, ele é um homem obcecado. E partilha a obsessão com os Mullahs: todos eles criados sob os ensinamentos de Khomeini, um prolífico antisemita que frequentemente proferia sentenças contra “o pequeno satã”. A julgar pelo facto de Ahmadinejad ter organizado um concurso de cartoons sobre o Holocausto e uma conferência para negar o Holocausto, os ódios do presidente iraniano são profundos (e, claro, descarados). Ele está disposto a pôr em jogo o futuro do Irão, ou mesmo o do Médio Oriente inteiro, em troca da destruição de Israel. Sem dúvida que ele acredita que Allah irá proteger o Irão, de alguma forma, de uma resposta nuclear israelita ou de uma contra-ofensiva americana. Mas, Allah à parte, ele pode muito bem acreditar que os seus mísseis pulverizarão o estado Judaico, destruindo a sua liderança e as suas bases nucleares terrestres, desmoralizando e confundindo de tal forma os comandantes dos seus submarinos nucleares que estes serão incapazes de responder. E, com o seu profundo desprezo pela indecisão frouxa do Ocidente, não levará a sério a ameaça de uma retaliação nuclear americana. Ou poderá muito bem achar, de uma forma irracional (para nós), que uma contra-ofensiva é um preço que está disposto a pagar. Tal como o seu mentor, Khomeini, disse num discurso em Qom em 1980: “Nós não adoramos o Irão, adoramos Allah… que esta terra [Irão] arda. Que esta terra desapareça em fumo desde que o Islão saia triunfante…” Para estes adoradores do culto da morte, mesmo o sacrifício literal da pátria é aceitável se dai sair o fim de Israel. O VICE-MINISTRO israelita da Defesa, Ephraim Sneh, sugeriu que o Irão nem sequer tem de utilizar a Bomba para destruir Israel. A simples nuclearização do Irão poderá intimidar e deprimir os israelitas de tal maneira que eles perderão a esperança, emigrando gradualmente; com investidores e imigrantes a evitarem o estado Judaico ameaçado de destruição. Conjugados, estes factores contribuiriam para o fim de Israel. Mas sinto que Ahmadinejad e os seus aliados não têm a paciência necessária para esperar pelo lento desenrolar desta hipótese; eles procuram a aniquilação de Israel aqui e agora, no futuro imediato, durante as suas vidas. Eles não querem deixar nada à mercê dos vagos ventos da História. Tal como durante o primeiro, o segundo holocausto será precedido por décadas de preparação de corações e mentes, tanto pelos líderes iranianos e árabes, como por intelectuais e órgãos de comunicação social ocidentais. Diferentes mensagens foram dirigidas a diferentes audiências, mas todas (de forma concreta) têm servido o mesmo objectivo – a demonização de Israel. Muçulmanos em todo o mundo têm sido ensinados que “os sionistas/judeus são a personificação do mal” e que “Israel tem de ser destruído.” De forma mais subtil, o mundo ocidental foi ensinado que “Israel é um estado opressor racista” e que “Israel, nesta época de multiculturalismo, é um anacronismo supérfluo”. Gerações de muçulmanos, e pelo menos uma geração no Ocidente, têm sido criados com estes catecismos. O CRESCENDO para o segundo Holocausto (que, curiosamente, irá provavelmente ter sensivelmente o mesmo número de vítimas que o primeiro) tem sido acompanhado por uma comunidade internacional fragmentada e conduzida pelos seus próprios apetites egoístas – a Rússia e a China obcecadas com os mercados muçulmanos; a França com o petróleo árabe; e os Estados Unidos, empurrados a um isolacionismo mais profundo pelo descalabro no Iraque. O Irão tem tido liberdade para prosseguir os seus sonhos nucleares, e Israel e o Irão foram deixados sós para se enfrentarem. Mas Israel, basicamente isolada, não estará à altura da tarefa, tal como um coelho encadeado pelos faróis de um carro que corre contra ele. No Verão passado, liderado por um primeiro-ministro incompetente e por um sindicalista a fingir de ministro da Defesa, utilizando tropas treinadas para dominar gangues de palestiniano mal armados e pior treinados e demasiado preocupados em não sofrer ou infligir baixas, Israel falhou numa mini-guerra de 34 dias contra um pequeno exército de guerrilha financiado pelos iranianos (ainda que bem treinado e bem armado). Essa mini-guerra desmoralizou totalmente as lideranças política e militar de Israel. Desde então, ministros e generais, tal como os seus homólogos ocidentais, limitam-se a observar taciturnamente à medida que os patronos do Hizbullah constróem os arsenais do Apocalipse. De forma perversa, os líderes israelitas podem até ter ficado satisfeitos com as pressões ocidentais a apelar à contenção. Muito provavelmente, eles querem acreditar de forma profunda nas garantias ocidentais de que alguém – a ONU, o G-8 – irá tirar do lume a batata quente radioactiva. Há mesmo quem tivesse acreditado na bizarra ideia de que uma mudança de regime em Teerão, conduzida por uma classe-média laica, acabaria por parar os loucos Mullahs. Mas de forma ainda mais concreta, o programa iraniano apresentava um complexo desafio para um país com um número limitado de recursos militares tradicionais. Aprendendo com a experiência do sucesso da destruição pela Força Aérea israelita do reactor nuclear iraquiano de Osirak em 1981, os iranianos duplicaram e dispersaram as suas instalações, enterrando-as em bunkers profundos. Para atacar as instalações nucleares iranianas com armas convencionais seria necessário uma força aérea do tamanho da americana, trabalhando 24 horas por dia durante mais de um mês. Na melhor das hipóteses, a força aérea israelita, os comandos e a marinha, podiam almejar a atingir apenas um dos componentes do projecto iraniano. Mas, no fim de contas, ele continuaria substancialmente intacto – e os iranianos ainda mais determinados (se tal for possível) a alcançar a Bomba o quanto antes. Ao mesmo tempo, sem qualquer dúvida, seria gerada também uma campanha mundial de terrorismo islâmico contra Israel (e possivelmente contra os seus aliados ocidentais) e, claro, uma campanha quase universal de vilipêndio. Orquestrados por Ahmadinejad, todos clamariam que o programa nuclear iraniano se destinava a propósitos pacíficos. Na melhor das hipóteses, um ataque convencional de Israel poderia apenas atrasar os iranianos em cerca de dois anos. IMEDIATAMENTE, a liderança incompetente de Jerusalém enfrentaria um cenário catastrófico, quer fosse depois do lançamento de uma ofensiva convencional ou, em vez dela, lançando um ataque nuclear preemptivo e antecipado contra o programa nuclear iraniano, que tem algumas das suas instalações em torno de grandes cidades. Teriam eles estômago para isso? Estaria a sua determinação em salvar Israel alargada à eventualidade de matar milhões de iranianos e, na verdade, destruir o Irão? Este dilema foi há muito definido de forma certeira por um sábio general: o arsenal nuclear de Israel é inutilizável. Apenas pode ser usado demasiado cedo ou demasiado tarde. Nunca haverá uma altura “certa”. Usado “cedo demais”, quer dizer antes do Irão adquirir armas nucleares similares, Israel será investida no papel de pária internacional, alvo de um ataque muçulmano universal, sem um amigo no mundo; “tarde demais” quererá dizer que os iranianos já atacaram. Que vantagem tem? Então os líderes israelitas cerrarão os dentes na esperança de que tudo corra pelo melhor. Talvez, depois de terem a Bomba, os iranianos se portem de forma “racional”? MAS OS IRANIANOS são motivados por uma lógica mais elevada. E lançarão os seus mísseis. E, tal como no primeiro Holocausto, a comunidade internacional nada fará. Tudo acabará, para Israel, em poucos minutos – não como na década de 1940, quando o mundo teve cinco longos anos para cruzar os braços e nada fazer. Depois dos Shihabs caírem, o mundo enviará navios de salvamento e ajuda médica para os levemente carbonizados. Não atacará o Irão com armas nucleares. Com que objectivo e com que custos? Uma resposta nuclear americana alienaria de forma permanente o mundo muçulmano, aprofundando e universalizando o actual choque de civilizações. E, claro, não traria Israel de volta. (Enforcar um criminoso devolve à vida as suas vítimas?) Então qual seria o propósito? Ainda assim, o segundo holocausto será diferente no sentido em que Ahmadinejad não verá nem tocará aqueles que deseja ver mortos. Na verdade não haverá cenas como a seguinte, citada no recente livro de Daniel Mendelsohn, The Lost, A Search for Six of Six Million, na qual é descrita a segunda acção nazi em Bolechow, na Polónia, em 1942: Um episódio terrível aconteceu com a senhora Grynberg. Os ucranianos e os alemães irromperam pela sua casa e encontraram-na prestes a dar à luz. As lágrimas e as súplicas dos familiares não ajudaram e ela foi levada de casa em camisa de noite e arrastada para a praça em frente da Câmara Municipal. Ali ela foi arrastada para um contentor de lixo no pátio da Câmara, onde a multidão de ucranianos presentes dizia piadas e ria das suas dores de parto, até que ela deu à luz. A criança foi imediatamente arrancada dos seus braços, ainda com o cordão umbilical, e atirada ao ar – foi espezinhada pela multidão e ela ficou de pé à medida que sangue escorria do seu corpo, com pedaços pendurados a sangrar, e permaneceu desta forma algumas horas encostada à parede da Câmara Municipal. Depois foi com todos os outros para a estação de caminho de ferro de onde foi levada de comboio para Belzec. No próximo holocausto não haverá cenas destas de cortar o coração, de criminosos e vítimas ensopados em sangue. Mas será na mesma um holocausto. Benny Morris é professor de História do Médio Oriente na Universidade Ben-Gurion e um dos mais marcantes representantes da esquerda académica israelita. Este ensaio foi publicado em Janeiro de 2007 no Jerusalem Post.
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Discurso do Presidente de Israel, Shimon Peres, para o Parlamento brasileiro tradução: Uri Lam Senhor José Sarney, Presidente do Senado Federal. Senhor Michel Temer, Presidente da Câmara de Deputados. Senhor Presidente do Senado, eu lhe agradeço do fundo do meu coração pela oportunidade de falar diante desta honrada e democrática instituição. Esta não é na primeira vez que desfrutei sua generosidade. A primeira vez foi quando eu o conheci como Presidente do Brasil. As outras vezes foram quando desfrutei seus livros espetaculares. Concordo com a sugestão de Saraminda (livro escrito por José Sarney) aos garimpeiros de ouro: “A beleza do ouro está nos homens.” Quando eu era criança, o Brasil era um sonho. Hoje, em minha velhice, desenvolveu-se em um país dos sonhos. A terra é infinita tal como descrita por Jorge Amado: “Este não é um pequeno país qualquer; esta é uma terra com uma gente excepcional.” Uma terra grande e diversificada – das águas da Amazônia à moderna arquitetura de Brasília. Suas cores diversas produzem sensação sem destruir a harmonia. Da beleza maravilhosa do Rio de Janeiro ao alvoroço econômico de São Paulo. Sua população foi construída de um esplêndido arco-íris de etnias; diferenças que não se transformaram em animosidade. Sua música variada, do samba à tranqüilidade da Bossa Nova. Tudo expressam um entusiasmo rítmico primoroso. E acima de tudo, um amor pela vida que não requer administração. Uma nação que sabe como sonhar. Como amar. Como estar feliz, como dançar e cantar bem. Desta nação vêm figuras inspiradoras na política, nas ciências e nas artes. Como também uma habilidade para se viver junto apesar das diferenças. Uma visão de mundo na qual as pessoas tratam as demais como convidados ou anfitriões, e certamente não como inimigos. Eu vim para ver e aprender como um país tão enorme avança pela pista em direção ao seu vôo nos céus. Eu vim para ver como o impressionante Presidente Lula está cumprindo o seu sonho de construir um país no qual a sociedade e a economia ainda lutam contra a pobreza, a ignorância, a doença, a discriminação e a estreiteza da mente. Eu vim para ver se posso colocar os “Cem Anos de Solidão” de García Márquez de lado, e ao invés disso escutar a nova narrativa dos “Cem Anos de Amizade” de Lula. Em minha opinião, esta é uma liderança inspiradora, no Brasil e fora dele. Esta transformou o Futuro no Presente. O Presidente Lula e eu viemos da mesma base histórica socialista, que detesta disparidades e ama a igualdade. Eu vim para ver a pobreza tombar em 40% através do programa “Bolsa Familia”. E ver a educação elevar-se e tornar-se uma prioridade nacional. Eu vejo em seus olhos o que vejo com meus próprios olhos. Porque a educação [combate] principalmente e em primeiro lugar a batalha contra a cegueira. Todos os alcances científicos e tecnológicos de nossa época também eram possíveis nos tempos do nosso patriarca Abrahão. Mas naquela época não havia microscópios nem telescópios. Era antes da invenção da internet. E também hoje não podemos enxergar a distância plena. As capacidades perceptivas do ser humano somam e modificam a História. Eu vim para não perder o primeiro relance do novo mundo, os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A população do assim chamado Ocidente recuou para 12% da população mundial. A população nos países do BRIC cresceu em 40%. O Brasil deu início ao seu novo rumo com base em uma excitante suposição: que com boa vontade alcançará um poder que não pode ser alcançado pela força. Isto causou uma sensação global. A decisão de receber as Olimpíadas no Brasil marca uma saudação global à abordagem brasileira. E Israel abençoa o Brasil por isto. Em Israel nós sonhamos empatar com qualquer time de futebol do Brasil. Honrados membros, O Brasil, que é rico em recursos naturais, produz o recurso mais importante, o recurso humano. O ser humano pode enriquecer a natureza em vez de enriquecer-se dela. Israel é um país pequeno. No fim das contas, tem 0,25% do território brasileiro. Tem pouca água. Pouca terra. Não tem petróleo. Não tem ouro. Mas aprendeu a se colocar à frente da vanguarda do conhecimento desenvolvimentista, de inteligência. Porque só um excesso qualitativo pode responder a um déficit quantitativo. Por causa de sua pequenez, Israel não pode ser um produtor global. Por isso escolheu ser um laboratório global. Hoje Israel tem o maior número de cientistas por quilômetro quadrado do mundo. Israel saiu da agricultura tradicional para a agricultura de tecnologia avançada. 95% da agricultura israelense está construída nas bases da alta tecnologia. Nós estamos aumentando a nossa colheita apesar de diminuir a nossa área medida em acres. A colheita em Israel aumentou de 20 a 30 vezes, na mesma terra, em comparação à da agrícola tradicional. Nós não olhamos para a terra com olhos cabisbaixos, mas sim com olhos erguidos pela ciência. Hoje em dia Israel faz pesquisas e esforços de desenvolvimento em seis novas áreas do desenvolvimento necessárias para o mundo futuro: 1. Energia Renovável; 2. Tecnologia da Água; 3. Biotecnologia - que produzirá reposições para partes do corpo e melhorará as células cerebrais; 4. Moderna Tecnologia Educacional - permitirá que os estudantes estudem, assistam e sonhem com a história do amanhã; 5. Espaço – construir novos espaços para moradia bem como superar a superpopulação e a deterioração ecológica que encobre o nosso planeta; 6. Defesa – contra o terrorismo, individual e global. Todas estas áreas do desenvolvimento têm inícios promissores em Israel. E ficaremos felizes em aumentar a cooperação com vocês, com o rápido desenvolvimento tecnológico no Brasil. A grandeza do Brasil e a pequenez de Israel complementam-se mutuamente. Eles nos concedem um espaço para a profunda e ampla cooperação nestas áreas do desenvolvimento. Prezados Parlamentares, Em nome de Israel eu vim agradecer aos brasileiros por abrirem suas portas aos sobreviventes do Holocausto. Eu vim para agradecer ao seu país por seu apoio no estabelecimento do Estado de Israel. Nos últimos cem anos, meu povo vivenciou dois eventos sem precedentes: o Holocausto – que matou um terço de nossa gente. E o Estado Judeu, que concedeu um justo futuro para o nosso povo. O Holocausto soltou nossas lágrimas. A esperança nos custou um preço íngreme em sangue. Eu estava junto a David ben Gurion, o fundador de nosso país, quando a decisão da ONU para estabelecer o Estado de Israel foi publicada. Ben Gurion estava triste. Ele me disse: “Hoje nós dançamos, amanhã será derramado sangue.” A decisão da ONU foi um passo histórico. Foi comandada por Oswaldo Aranha, o famoso diplomata brasileiro. O nome dele estará gravado em nosso país como uma personalidade ilustre, como um bom amigo. Israel aceitou a decisão da ONU. Os árabes a rejeitaram e lançaram um ataque militar ao país recém-criado. Nós éramos então 650 mil pessoas. Os árabes eram 40 milhões de pessoas. No início nós tínhamos um corpo militar. E nos faltavam armas de fogo. Os árabes tinham exércitos estabelecidos e armas de fogo. De lá para cá, fomos compelidos a travar mais sete guerras. Nós sabíamos que se perdêssemos uma única guerra, seríamos aniquilados. Nós não atacamos. Nós não buscamos territórios. Nós não desejamos governar sobre outros povos. A conquista, a supressão, a guerra - violam os valores fundamentais do povo judeu. Dos ataques, nos defendemos. Ao nos defendermos, vencemos. Das nossas vitórias vieram novas fronteiras. Mas até mesmo em guerra, antes delas e depois delas, jamais deixamos de buscar a paz. Nós desejamos que a paz fluísse de nossa recusa básica em controlar outra nação. Aos nossos olhos, a conquista da paz é mais importante do que a conquista da terra. Porque nós sabemos que não podemos construir um mundo melhor pelo derramamento de sangue. Honrados membros, Em nome da paz devolvemos toda a terra e a água para o Egito, a Jordânia e o Líbano. No mesmo espírito, buscamos uma solução para o conflito estagnado entre nós e os sírios e entre nós e os palestinos. Diversos primeiros-ministros israelenses já sugeriram para a Síria a troca de terra por paz. A Síria se recusa a se envolver em negociações diretas. Eu conclamo daqui o Presidente Assad: venha e entre em negociações diretas conosco imediatamente. Sem mediações, sem pré-condições, sem estágios, e sem demora. A guerra foi precoce e dolorosa. Nós não podemos permitir que a paz seja tardia e decepcionante. Com os palestinos nós iniciamos negociações. Apesar do fato de nunca ter havido um estado palestino – a Faixa Ocidental (Cisjordânia) era controlada pelos jordanianos, e Gaza pelos egípcios – Israel reconhece o direito do povo palestino a um estado independente. Eu me volto daqui ao meu colega Mahmoud Abbas, parceiro na assinatura do Tratado de Oslo, para que retome as negociações de paz imediatamente – bem como as complete. Israel, por seu lado, já anunciou que aceitará acordos difíceis e dolorosos para permitir o estabelecimento de um estado palestino. Vivermos como bons vizinhos. Como nações interessadas na paz. Meu colega, Mahmoud Abbas, eu reconheço que é duro. É duro para você e duro para nós. Você se lembra, quando Yitzchak Rabin e eu começamos as negociações com você, nem todo mundo concordou conosco. Yitzchak foi assassinado diante dos meus olhos. O assassino pretendia também me matar. Eu sobrevivi a fim de continuar o processo de paz e hoje, para minha alegria, há um grande apoio para isso. Nós dois tivemos momentos difíceis durante o processo de paz. Nós (Israel) nos retiramos de Gaza por nossa espontânea vontade. O resultado desapontou a nós dois. O Hamas tirou proveito da retirada e se rebelou contra a Autoridade Palestina. Transformou Gaza em uma zona militar. O Hamas aspirou ganhar controle sobre a Autoridade Palestina e introduzir o seu fanatismo. O rifle fanático não vencerá. O futuro é tão verde quanto o símbolo de paz do ramo de oliveira. Até agora as negociações se estreitaram no gargalo. Eu acredito que com alguns passos de ousadia podemos completar o processo e alcançar a paz. Valorosos membros do Parlamento, Não é minha intenção lutar no Brasil com o Presidente do Irã. Como vocês sabem, nós consideramos que o país dele é um perigo para a paz global. Eu só irei me referir às facetas [desta ameaça] no tocante a Israel. Historicamente, o Irã não era nosso inimigo e não há nenhuma necessidade de sermos inimigos. A fé islâmica não é nossa inimiga. Houve períodos durante os quais nós vivemos em verdadeira amizade. Mas eu não posso ignorar um governo que desenvolve armas nucleares e conclama para a destruição de Israel. O Irã é membro da ONU, contudo sua convocação para a destruição de Israel viola a carta da ONU. Viola o primeiro dos direitos humanos. Quer dizer, o direito de permanecer vivo. O governo iraniano arma e patrocina organizações terroristas como o Hezbolá e o Hamas. Com apoio iraniano, o Hezbolá dividiu o Líbano, onde muçulmanos e cristãos viviam em paz. Estabeleceu um estado que denuncia a paz dentro de um estado que deseja a paz. O Irã ajuda o Hamas a conspirar contra a Autoridade Palestina, e assim sendo, impede o estabelecimento de um Estado Palestino. É preciso uma chamada clara contra a destruição e contra o terrorismo. Uma chamada clara para coexistência pacífica. Eu sei que o Brasil rejeita conclamações para a destruição. Rejeita o terrorismo. A sua voz clara e positiva ecoa amplamente. Eu sei que o Brasil apóia o processo de paz baseado em dois estados para dois povos. Esta é a única alternativa positiva. Antes, judeus e árabes viviam em paz. Naquele tempo as diferenças religiosas não nos aborreciam, e elas não precisam nos aborrecer no futuro. Nós somos membros de uma família. Abrahão é o pai de todos nós. Irmãos não precisam combater seus irmãos. Honrados Mensageiros, De Jerusalém para o Brasil eu trago uma mensagem de amizade, honestidade, e um desejo profundo de cooperação sob todos os aspectos. Ambos os nossos países olham para o futuro. Eu reconheço que nós não temos um Carnaval como no Rio de Janeiro. Mas eu os lembro que em Israel há um Kibutz brasileiro que vive e respira. Chama-se Bror Hail, e é uma das maravilhas entre nós. É conhecido como o “Kibutz brasileiro” porque foi estabelecido por imigrantes do Brasil. Em Bror Hail a comunidade continua a tradição de um Carnaval brasileiro. É claro que não tão grande quanto em Salvador, mas eu garanto a vocês, tem o mesmo ritmo. Vocês estão convidados a vir para Israel, para a Terra Santa. Venham ver o nosso Kibutz brasileiro. Eu prometo que vocês não se decepcionarão – nem do socialismo e nem do carnaval. Brasileiros e judeus têm uma herança para se orgulhar. Que clama pela paz entre os povos - não só entre governos. Neste sentido eu iniciei e estabeleci um centro que reúne as pessoas, principalmente os jovens. O centro está envolvido com a medicina e os esportes. No campo da medicina o centro tratou mais de 6 mil crianças que sofrem de problemas neurológicos e cardiológicos. Crianças prejudicadas por natureza ou feridas em guerras entram com seus pais para o melhor hospital de Jerusalém – obviamente sem pagamento. Em minha opinião, esta é uma das iniciativas mais comoventes nas quais eu me envolvi em todo o curso de minha vida. Nos esportes os principais esforços, é claro, estão no futebol. Não é só um jogo, mas um idioma de camaradagem entre diferentes povos com diferentes históricos de vida. As crianças palestinas e as crianças israelenses jogam por times não determinados por nacionalidade, mas sim por habilidade esportiva. Eu não conheço um modo melhor para clarear um caminho em direção à paz do que a competição esportiva, na qual não há vítimas. Em um dos jogos aconteceu algo maravilhoso. Nunca antes eu havia visto os olhos das crianças palestinas e israelenses arderem tão vividamente. Eles sabem que quem perde hoje é o mesmo que vencerá amanhã, e assim, o real vencedor é paz. Caros Notáveis, Nós compartilhamos uma ambição por um futuro melhor. Assim sendo, temos uma visão semelhante. O que vocês chamam em português de “Luz Para Todos” e o que nós chamamos em hebraico de “Or Lagoim”, como visionaram os profetas. Nós podemos marchar lá juntos. O Brasil, Israel, e seus vizinhos. Esta será a marcha do futuro, Postado por Uri Lam
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Entre el sionismo y el bundismo de Marek Edelman Autor: Tzila Chelminsky Recientemente falleció Marek Edelman, el último sobreviviente entre los líderes del levantamiento del Ghetto de Varsovia en 1943. La prensa israelí describió la vida de este notable comandante judío y su participación en la lucha armada de ese levantamiento; lo que llama la atención es que aunque Moshé Arens lo llamó “el ultimo bundista” no se escribió sobre el Bund: qué tipo de partido político fue y qué importancia tuvo en la vida de los judíos en Polonia, Rusia e inclusive Lituania hasta los inicios de la Segunda Guerra Mundial. Los alemanes establecieron el Ghetto de Varsovia en noviembre de 1940, y en 1942 Edelman fue uno de los fundadores de la secreta Organización de Combate Judío. Los planes de resistencia fueron implementados en abril de 1943, cuando los nazis decidieron liquidar el Ghetto enviando a los 60.000 judíos restantes a campos de exterminio como Treblinka, Maidanek y Sobibor. Pero en ese abril las bien entrenadas tropas alemanas se encontraron con la feroz resistencia de unos cuantos cientos de jóvenes, quienes casi sin armas decidieron pelear antes que morir en las cámaras de gas. La resistencia duró tres semanas, tras las cuales los alemanes destruyeron el Ghetto hasta sus cimientos. Este levantamiento fue el primer acto de resistencia civil armada en gran escala contra los alemanes en la Polonia ocupada. Edelman fue el comandante de la unidad instalada en una fábrica de cepillos y después de la muerte de Mordejai Anilewitz, el comandante en jefe, fue uno de los tres subcomandantes y líder del levantamiento. Al fracasar la rebelión Edelman logró huir al igual que otros luchadores fuera del Ghetto, a través del sistema de desagüe. Se enlistó en las filas de la resistencia polaca y en 1944 participó en el levantamiento de Varsovia, en el cual se trató, sin éxito, de liberar a la capital polaca de la ocupación alemana. Edelman se quedó en Polonia y se recibió de médico, pero en 1968 fue despedido del hospital militar en el cual trabajaba, cuando surgieron las sombras del pasado y la pequeña comunidad judía en Polonia se encontró en medio de una “cacería de brujas” antisemita. En 1970 se enlistó en el Comité de Defensa de los Trabajadores, origen de lo que posteriormente sería el primer movimiento pro democrático tras la cortina de hierro: el sindicato “Solidaridad”. Fue encarcelado por el régimen comunista junto con otros disidentes, entre los que se encontraba Lew Walensa. A pesar de que en numerosas ocasiones las autoridades del país se manifestaron hostiles y desconfiadas hacia sus ciudadanos judíos, Edelman siempre consideró a Polonia como su patria y permaneció en ella hasta su muerte, aun cuando su esposa e hijos emigraron a Francia y la mayoría de los sobrevivientes del levantamineto del Ghetto escogieron venir a Palestina, Muchos de ellos son los que fundaron y vivieron en el kibutz “Luchadores del Ghetto” en la Galilea. Edelman fue fiel a la ideología socialista judía del Bund hasta su muerte. El movimiento bundista fue olvidado totalmente por los historiadores sionistas del levantamiento. El monumento al levantamiento erigido en Varsovia en Mila 18 (asi como en Yad Vashem en Jerusalén), destaca a Mordejai Anilewitz, Antek Zukerman, Tzivia Lubetkin y los combatientes que llegaron a Israel. Ni una sola palabra sobre el movimiento bundista. Son los ganadores los que escriben la historia, y la creación del Estado de Israel es la prueba palpable. ¿Qué fue el Bund y por qué tanto inspiró a sus seguidores? Fundado en Vilna en 1897 con el nombre de “Unión de Trabajadores Bund” (entendiéndose como Federación o Unión), su objeto era incluir a todos los trabajadores judíos en un Partido Socialista secular dentro del Gran Imperio Ruso. En esa época este imperio incluía Lituania, Letonia, Bielorusia, Ucrania y la mayor parte de Polonia y vivían en él casi 11 millones de judíos. Durante algún tiempo fue el Partido Socialista más grande en Rusia, que posteriormente se separó en las ramas menshevike y bol-shevike. Mantenían una impresionante prensa en varios idiomas y sus activistas se contaron entre los mejores organizadores de huelgas industriales y demostraciones políticas. Dentro de una Rusia socialista y democrática, esperaban que los judíos fuesen reconocidos como nación con estado de minoría legal. Pero por haber estado aliados a la rama menshevike, fueron acusados por Lenin de ser “traidores a la clase trabajadora”. Desde su fundación, el Bund se esforzó por llegar a las masas del proletariado judío surgido como consecuencia de la revolución industrial y luchó por mejorar sus horas de trabajo sobre todo en las industrias de tejido, textil, tabaco y sastrería. Eventualmente los líderes llegaron a la conclusión de que los trabajadores judíos podían y debían crear su propio movimiento socialista, puesto que tenían demandas y características que les eran peculiares sólo a ellos. Por eso había que unificar a las masas trabajadoras judías y dotarlas de una conciencia política revolucionaria. Para llegar a las masas tanto en forma oral como escrita, se decidió sustutuir el ruso por el ídish. Con ello lograron un fuerte renacimiento tanto del idioma como de la literatura. La inteligencia judía fue llamada a abandonar su “desconfianza de las masas judías” y su “pasividad nacional”, y ayudar al establecimiento de una organización de trabajadores judíos para llevar a cabo una “lucha política” con objeto de obtener la emancipación de todos los judíos. Esta organización debería asociarse con el proletariado no judío y con los movimientos laborales rusos sobre una base de igualdad, pero no de integración dentro del movimiento laboral general. Y a pesar de que el principal ideólogo, Vladimir Meden, pugnaba por una política neutral, esta dualidad fue la causa de las diversas oscilaciones ideológicas a lo largo de la existencia del Bund. A principio del siglo XX y a raíz de los diversos pogroms, el Bund fue uno de los principales promotores y organizadores del movimiento de auto-defensa para combatir a los perpetradores de los mismos. Debido a la Revolución de 1917, una considerable emigración de sus miembros redujo sus rangos. Por ello se concentraron en actividades de tipo cultural como la organización de sociedades musicales y literarias, cursos nocturnos y círculos drámaticos. Se convirtieron en los abogados totales del “idishismo”. Pero siguieron actuando políticamente y lucharon contra el boicot polaco y el despido de trabajadores judíos. Organizaron una bien lograda huelga de protesta en contra del juicio Beilis. Revivieron sus periodicos: Lebns Fraguen y Tzait (“Cuestiones de Vida” y “Tiempo”). En 1921 crearon con enorme éxito la “Organización Central de Colegios Idish”. Aunque en un principio el Bund se opuso al estudio del hebreo, modificó su actitud con respecto a las fiestas tradicionales y el estudio de la historia judía. A pesar de su oposición al sionismo y a la ortodoxia religiosa, colaboraron en numerosas ocasiones con otros partidos laboristas como el sionista Poalei Tzion, tanto en eleciones municipales como para el Parlamento polaco. El Bund polaco logró su mayor influencia entre 1936 y 1939. De un partido sectorial se convirtió en el que contó con el apoyo de la mayoría del judaísmo polaco. Su éxito logrado en las elecciones municipales se debió no tanto a su ideología socialista, como al papel que jugó en luchar contra el antisemitismo tanto del Gobierno polaco como del público en general después del ascenso de Hitler al poder. Durante la ocupación nazi de Polonia, muchos líderes bundistas abandonaron el país hacia Norteamérica para ayudar a sus camaradas. El Bund jugó un papel importantísimo en el movimiento de resistencia, uniéndose a todos lo partidos, inclusive los sionistas, a pesar de una larga historia de enfrentamientos ideológicos. Zygelbojm se unió al Consejo Nacional del Gobierno polaco en el exilio en Londres. Su suicidio en 1943 fue un símbolo heroico de identificación con los mártires judíos y una protesta contra el silencio y la apatía general ante la aniquilación judía. Activaron también entre los refugiados polacos en la Unión Soviética. Dos de sus más importantes lideres, V. Alter y H. Ehrlich, fueron ejecutados durante las purgas stalinistas acusados de espionaje. Antes de la Guerra, el Bund era el mayor partido partido político de izquierda en Polonia y mantenía relaciones con el Partido Socialista polaco, la Segunda Internacional Socialista y las Uniones de Trabajadores en los Estados Unidos. De hecho fue el “Tzukunft” (“Futuro”), la organización juvenil bundista, la encargada de la mayoría de las actividades subversivas del partido, especialmente en los campos de la cultura, educación y publicaciones. Aunque grupos sionistas como el Hashomer Hatzair, Dror Hejalutz, Gordonia y otros, realizaban un trabajo similar, se trataba de grupos juveniles sin nexos institucionales con los partidos políticos. Es más; su actividad estaba concentrada exclusivamente en preparar a sus miembros para su aliá a Palestina, por lo cual sus contactos con organizaciones no judías eran limitados. El Holocausto destruyó la posibilidad de actividad política judía del Bund en la Europa Oriental. Después de la Guerra, los sobrevivientes emigraron y mantienen organizaciones inspiradas en el Bund en Argentina, Australia, Bélgica, Canadá, Francia, Sudáfrica, los Estados Unidos e increíblemente también en Israel. Su organización “Brit Avodá” sigue trabajando y saca un periódico trimestral llamado “Lebns Fraguen” (Cuestiones de Vida). En México tuve contacto con el reducido grupo bundista. Trabajaban principalmente en los patronatos de colegios, en el seminario de maestros y en actividades culturales. Confieso que algunos de mis mejores maestros fueron bundistas. Marek Edelman recibió los más altos honores en Polonia así como doctorados honoríficos de las Universidades de Yale y la Libre de Bruselas: en el 65 aniversario del levantamiento del Ghetto de Varsovia recibió la medalla de la Legión de Honor francesa, sin obtener ningún reconocimiento israelí, quizá por su posición “anti sionista”. Recuerdo que estuvo en Israel hace algunos años con motivo de la publicación de su libro en hebreo. En el acto llevado a cabo en Beth Hatfutsot se veía distante, amargado; deliberadamente, creo, habló en polaco y no en idish. “Pero, la historia sigue adelante, implacable. Existe hoy el Estado de Israel, y sólo en él hay un proletariado judío; ya no existe una cultura idish floreciente. No es pues necesaria una actividad independiente ni luchar por derechos civiles judíos. No hay más lugar para el Bund”.
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Rabinos eran los de antes Por Rabino Daniel Goldman

Rabinos eran los de antes Rabinos eran los de antes Por Rabino Daniel Goldman Motivado por la nota que publicara el sábado pasado en este mismo diario Osvaldo Bayer, recordé que hace algunos años, el notable intelectual escribió un ensayo llamado “Simón Radowitzky, ¿mártir o asesino?”, trabajo biográfico sobre la vida de aquel joven revolucionario quien, como consecuencia de la represión del 1º de mayo de 1909, en la que se derrama sangre de 26 manifestantes obreros, al grito de “Viva el Anarquismo” decidió arrojar un artefacto explosivo en el automóvil del coronel Ramón Falcón, jefe de la Policía, acabando con la vida de este último. Sin intención de juzgar el hecho, desde la adolescencia, época en la que escuché esta historia, siempre enredé mi imaginación con la imagen de un tal Moishe (Moisés) Radowitzky, primo o tío de Simón. El detalle de la saga: Moishe era rabino. Qué curioso: Sobre Moisés Maimónides, el sabio medieval, se decía que “desde Moisés hasta Moisés no hubo ningún otro Moisés”. Pero se me ocurre extender en los siglos este dicho a cada Moishe, incluyendo a Radowitzky. No hay judío que no tenga un Moishe en su familia. A tal punto que usualmente en este país los judíos somos todos Moishes. Por otro lado, no hay judío que no haya tenido un rabino en su familia (si no pregúntele al judío que tenga a mano). Y rabinos llamados Moishe habrá habido por doquier. Sólo yo conozco no menos de una docena. Pero ¿cuál fue el acto que destaca al Radowitzky del resto de los Moishes? Después del ataque, Simón iría a ser condenado a muerte. La historia terminaría mal. Pero él tenía sólo una posibilidad. El preso más “peligroso” de la época debía probar que no cumplía con la edad suficiente como para ser ejecutado. Tenía que tener no menos de 22 años para ser pasado por las armas. Su edad era desconocida. En su pasaporte no estaba claro. A pesar de su juventud, la piel de este caucásico estaba ajada por las penurias. Como muchos judíos de Europa Oriental, los Radowitzky eran oriundos de un “shtetl”, un pequeño y pobre villorrio en el límite entre Polonia y Ucrania. Movida por la miseria, su familia se traslada a la industrial orbe rusa de Ekaterinoslav. Con 10 años y apenas algunos rudimentos de lectura y escritura, Simón debe abandonar la escuela para comenzar a trabajar como ayudante de herrero. Pasaba los días clavando herraduras a los caballos y las noches durmiendo debajo de la mesa de trabajo del establo. En la oscuridad del galpón escuchaba las conversaciones entre la hija del patrón y sus revolucionarios amigos. A la edad de 14 años consigue un trabajo en una fábrica. Y es a esa misma edad que es herido por un sablazo en el pecho durante una manifestación, a manos de un cosaco represor. Convaleciente durante seis meses, debe escapar de la Rusia zarista, llegando a estas latitudes. Volviendo al juicio, la oligarquía y las clases medias de la época clamaban por su pena de muerte (como decía el Eclesiastés, no hay nada nuevo bajo el sol). Y la prensa de ese período ya lo condenaba con unos supuestos 29 años de edad. Pero de repente todo se modifica. La historia cambia. Aparece el rabino Moishe Radowitzky con una partida de nacimiento de su sobrino Shimen Radowitzky, en la que consta que habría nacido en 1891, lo cual indicaba que tendría en ese momento 18 años de edad. La legendaria revista Caras y Caretas dice en uno de sus viejos números:”Radowitzky tiene cada vez menos años”. ¿Quien le creía esto de la edad? Bayer, con una dulce ironía, alega que ni siquiera los anarquistas. Ahora, ¿habrá mentido el rabino? ¿Un rabino engaña? Considero humildemente que algunos sí, cuando creen ser dueños de la verdad y no buscadores de certezas. Rabinos hay de todo. Ortodoxos y progresistas, fachos y zurdos, nacionalistas y universalistas, anarquistas y no tanto. En este sentido, no sé si el Rabi Moishe era un anarquista, pero sin duda era un genuino humanista, porque condena la pena de muerte y reconoce en esencia que la existencia de la vida debe superar la legalidad y sus instituciones. Roberto Espósito, el filósofo italiano, dice algo similar. Y por eso me parece que el anarquismo y el judaísmo no se perciben como tan separados. Inclusive podría pensarse que todo anarquista porta algo de judío y viceversa. En Redención y Utopía, Michael Lowy da cuenta de las relaciones entre mesianismo judío y utopía libertaria en intelectuales como Walter Benjamin, Martin Buber y Erich Fromm. Se me ocurre agregar un solo detalle más de la tradición judía. En idioma hebreo a la mentira piadosa la denominamos verdad piadosa. Porque cuando la piedad existe, nunca hay falsedad. La misericordia la trasciende. No recuerdo en qué revista nacionalista local leí textualmente que el primer subversivo tenía olor a Moishe. Y qué extraordinaria paradoja: para los judíos, desde el de la Biblia hasta Radowitzky, siempre hay un Moishe que te salva.
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MOACYR SCLIARA voz da coerência

MOACYR SCLIARA voz da coerência Anos atrás, eu estava em Jerusalém para um encontro de escritores, às vésperas de uma eleição decisiva que opunha o atual premiê, Benjamin Netanyahu, ao trabalhista Shimon Peres, cuja plataforma pacifista incluía uma confederação dos países da região. Proposta, aliás, que tinha o apoio dos israelenses: Peres era o franco favorito. Uma manhã, acordei com o ensurdecedor som de sirenes. Liguei a TV: tinha havido um atentado a bomba contra um ônibus, deixando dezenas de vítimas. Corri até lá, mas quando cheguei só restava a carcaça queimada do veículo, ao redor do qual estava uma silenciosa multidão. Nos rostos das pessoas era visível a raiva e a revolta. Na eleição, não deu outra: Peres perdeu. Os terroristas tinham conseguido seu objetivo: um governo linha-dura, precondição para perpetuar o conflito e justificar atentados. Tempos depois, voltamos a Israel e aí, uma manhã, tomamos café com Shimon Peres, àquela altura meio marginalizado na política. Perguntei-lhe a que atribuía esse fato. Ele poderia, obviamente, culpar os terroristas, os direitistas. Não o fez. Segundo ele, o trabalhismo tinha se afastado de seus ideais igualitários, representados pelo kibutz, a colônia coletiva que agora dá lugar aos assentamentos, boa parte dos quais povoados por fanáticos (“Esta é a terra que Deus nos deu, os palestinos têm de sair daqui”, disse uma dessas pessoas ao programa Sixty Minutes, da TV americana). Mas, depois, Peres tornou-se presidente de Israel, e é nesta condição que agora nos visita. Como acontece nos regimes parlamentaristas, o cargo é principalmente simbólico, mas isto não diminui a importância da liderança moral de Peres. Sua firmeza ficou evidente nas entrevistas que deu, uma das quais apareceu em O Globo de sábado. O repórter perguntou o que ele achava do Brasil como intermediário em negociações com o Irã. Resposta de Peres: “Se alguém pode oferecer ao mundo uma ponte, por que não? Os iranianos não são nossos inimigos. Tampouco os árabes ou os muçulmanos. Nossos inimigos são a guerra, as ameaças, o terror, a destruição. Estamos apenas defendendo nossas vidas. Sobre o presidente do Irã, todos sabem quem é e quais as suas posições. Não vou ditar opiniões ao governo brasileiro”. E, aí, uma resposta que me lembrou aquela conversa no café da manhã. Perguntado se culpava a mídia pela eventual má imagem de Israel, disse Peres: “A única pessoa que posso culpar é a mim próprio. Não sou um sacerdote ou o mestre do mundo. Faço o máximo para continuar leal a nossos valores e virtudes”. Grande Peres. Ele á a voz da coerência.
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"Kristallnacht" 9 de Novembro de 1938: inicia-se o pesadelo Cerca de 1.400 sinagogas incendiadas e destruídas, cerca de 100 judeus mortos, milhares feridos, centenas desabrigados, casas e lojas destruídas, quase trinta mil judeus presos e enviados para os campos de concentração de Dachau, Buchenwald e Sachsenhausen, nos quais muitos morreriam, posteriormente. Além de centenas de milhares de cacos de vidro espalhados pelo chão. Este foi o saldo da violência indiscriminada contra a população judaica da Alemanha e da Áustria, no dia 9 de novembro de 1938, e que se tornou conhecida como a Kristallnacht - Noite dos Cristais - uma referência às incontáveis vidraças, janelas e vitrinas destruídas pelas tropas de choque nazistas e pela população alemã. Era um movimento orquestrado nas altas esferas do Reich, mais especificamente por Adolf Hitler e seu ministro da Propaganda, Joseph Goebbels. O terror da Noite dos Cristais foi apenas o começo do longo período de trevas que cercou o judaísmo europeu e no qual seis milhões de judeus foram assassinados pelos nazistas. O pretexto para a violência foi o assassinato de um funcionário da embaixada alemã em Paris, no dia 7 de setembro, por um jovem judeu polonês de 17 anos, que vivia em Paris Herschel Grynszpan. Entretanto os eventos que culminaram na noite de 9 de novembro haviam começado, na verdade, em outubro de 1938, quando 20 mil judeus que viviam na Alemanha foram mandados para a fronteira da Polônia. Entre eles, encontrava-se a família Grynszpan. Em uma região considerada terra de ninguém, foram amontoados em estábulos, sem alimentos ou assistência. Foi quando Zindel Grynszpan decidiu escrever a seu filho Herschel, em Paris. Ao receber uma carta de sua família, relatando a situação na qual se encontravam, o jovem ficou desesperado. Sua família, bem como a de outros judeus poloneses que viviam na Alemanha, havia sido deportada para a região de Zbaszyn (Polônia), na fronteira com a Alemanha, e passava dificuldades. O governo polonês recusava-se a reconhecer a sua cidadania e, conseqüentemente, toda a família era agora apátrida. Grynszpan decidiu tomar uma atitude desesperadora para chamar a atenção do mundo sobre a situação de sua família e dos judeus na Alemanha. Dirigiu-se à Embaixada alemã, alegando ter uma "encomenda" para entregar ao embaixador. Foi encaminhado ao escritório do Terceiro Secretário, Ernst von Rath. Ao entrar na sala, o jovem atirou no funcionário alemão. Para o governo alemão o fato era uma "prova da conspiração judaica contra a Alemanha". No dia 9 de novembro, Ernst von Rath morreu vítima dos graves ferimentos. Ao saber dessa morte, Hitler, furioso, teria dito a Goebbels: "As tropas de choque devem ter permissão para agir". Ao que Goebbels teria respondido: "Se os distúrbios se intensificarem e se espalharem por outras regiões além de Berlim, não devem ser contidos". Além de não serem contidos, foram incentivados por membros do partido nazista. Os antecedentes da violência É impossível entender e avaliar o que aconteceu na noite de 9 de novembro de 1938 sem analisar a Alemanha nos anos que precederam aquela data fatídica. Assim que, em 1933, Hitler e seu partido assumiram o poder na Alemanha, iniciou-se um ataque sistemático e declarado aos judeus. Milhares de livros e ensaios têm sido escritos na tentativa de entender o porquê de tanto ódio, mas qualquer que seja a verdade, o resultado foi um só: para Hitler e o partido nazista o ódio contra os judeus era "fundamental", permeando toda a sua política. Nos doze anos em que Hitler ficou no poder, foi declarada uma guerra sem fronteiras contra o povo judeu. Este foi vítima de todo tipo de violência física, econômica, social, política e psicológica. Nos primeiros anos, a política anti-semita de Hitler foi refreada, segundo o historiador Paul Johnson, por razões de cunho econômico e militar: a economia alemã precisava ser sanada rapidamente e isto significava evitar a expulsão imediata da rica comunidade judaica. Além do mais, Hitler queria rearmar a Alemanha e precisava, portanto tranqüilizar a opinião pública mundial e, por isso, evitou maiores atos de crueldade. Durante esse período foram adotadas rígidas medidas "legais" contra os judeus, visando torná-los párias da sociedade. Ao mesmo tempo, eram organizados boicotes e todas as lojas de judeus sofriam constantes ameaças. Ações individuais de violência passavam, propositalmente, ao largo da vista dos governantes. Em 1935, os Decretos de Nüremberg colocaram em prática o programa original do Partido (1920), ao privar os judeus de seus direitos fundamentais e ao começar o processo de separá-los do restante da população. Já em 1935, a idéia de uma "solução final para o problema judaico" estava presente nos discursos de Hitler. Não se tratava apenas de uma "idéia" - os instrumentos para esta "solução" já estavam sendo preparados. Por volta de 1938, a economia alemã retomara ímpeto, a Alemanha havia-se rearmado e o poder econômico dos judeus fora destruído. Naquela altura, mais de 200 mil judeus haviam fugido da Alemanha. Mas, com a anexação da Áustria, um número equivalente de judeus austríacos passou a fazer parte do Terceiro Reich. A política até então adotada não dava os resultados esperados: uma Alemanha Jüdenrein – livre de judeus. Hitler estava pronto para levar adiante a segunda fase de sua “política”: destruir todos os judeus onde quer que estivessem. Só precisava de um pretexto para deslanchar seu famigerado plano. Esperou pacientemente e o pretexto surgiu no dia 9 de novembro. A Noite dos Cristais No decorrer da Noite dos Cristais a violência foi orquestrada com precisão. A SS colocou grupos nas ruas especialmente para incendiar e destruir todas as sinagogas. Estas eram o principal alvo da violência. Membros do partido nazista destruíram e pilharam casas e lojas de judeus. Depoimentos de inúmeras testemunhas dão uma idéia do pesadelo daquele 9 de novembro. "Nas primeiras horas do dia, ouvi um barulho ensurdecedor, como se fosse uma onda se aproximando. Desci as escadas e, de longe, vi a multidão. Então, alguns judeus se aproximaram de mim e disseram: ‘Corra, esconda-se, eles estão matando judeus, invadindo, depredando e queimando casas’, lembra Shimon Banai, que morava em Berlim. Ao falar sobre aquele dia, relembra que foram feitas grandes fogueiras nas ruas:"Invadiram a sinagoga, retiraram os livros sagrados, os rolos da Torá e os jogaram na fogueira, dançando ao redor delas... Desci as escadas, tentando ver melhor o que acontecia... Tudo estava destruído... Vi pessoas que haviam sido surradas sangrando pelas ruas, vi outras cercadas por gangues e apanhando incessantemente, além de corpos estendidos no chão. Móveis foram atirados pelas janelas, travesseiros destruídos e suas penas espalhadas pelo ar ou jogadas diretamente nas chamas. Todas as lojas de judeus tiveram suas vitrines quebradas e os cacos de vidros inundavam o chão". Estas cenas repetiram-se na maioria das cidades alemãs e austríacas, sempre com a participação de membros do partido nazista e das tropas de choques misturados aos civis. Os distúrbios acabaram sendo controlados horas depois por interferência de Heinrich Himmler, que, preocupado com a repercussão internacional dos fatos, determinou às SS e às forças policiais sob seu comando que impedissem a ampliação da violência e prendessem 20 mil judeus enviando-os para campos de concentração. Os nazistas responsabilizaram os judeus pelos "distúrbios" e pela destruição ocorrida, determinando que a população judaica deveria pagar uma multa de 1 bilhão de marcos (cerca de 400 milhões de dólares). A multa implicava o confisco compulsório de 20% das propriedades de todo judeu da Alemanha. Além disso, o pedido de indenização por parte de judeus nas cortes de justiça foram anulados por um decreto oficial. Foram também anuladas as acusações de terem assassinado judeus contra 23 nazistas. Outros quatro acusados de terem estuprado mulheres judias foram expulsos do partido, pois era "necessário estabelecer uma distinção" entre delitos praticados por "idealismo" dos demais. Os acontecimentos da Noite dos Cristais foram novamente usados para promulgar mais uma onda de medidas "legais" contra os judeus. A primeira aconteceu já no dia 12 de novembro, três dias após a expedição da ordem de confisco: as crianças judias foram proibidas de freqüentar as escolas alemãs. A Noite dos Cristais foi um evento de enorme significado, que marcou a mudança da política alemã em relação à população judaica. Esta deixou de ser apenas uma opressão política e econômica para se transformar em uma perseguição física brutal abertamente implantada. Os eventos da Noite dos Cristais não deixavam dúvidas sobre dois fatos: judeus não tinham lugar na Alemanha nazista e os nazistas estavam prontos para derramar o sangue judaico, sem titubear. Estava aberto o caminho que levou à destruição de comunidades inteiras na Europa e à morte de seis milhões de pessoas - pelo simples fato de serem judeus. Bibliografia: • Kristallnacht Remembered: Sixty Years Later, artigo de Gália Limor publicado na revista bimestral Jerusalém-Yad Vashem, volume 11, outono de 1998. • Goldhagen, Daniel J., Hitler’s Willing Executioners, Random House, N.Y. • Johnson, Paul, História dos Judeus, Imago • Slater, Elinor e Slater, Robert, Great Moments in Jewish History- Nazi Terror Presaged on Kristallnacht "Invadiram a sinagoga, retiraram os livros sagrados, os Rolos da Torá e os jogaram na fogueira, dançando ao redor delas... Desci as escadas, tudo estava destruído...” http://www.morasha.com.br/edicoes/ed43/kristal.asp
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