O sol já começa a declinar, as primeiras estrelas estão quase a brilhar, e um Portal Cósmico está quase a abrir-se. O Shabat chega trazendo um manto de Paz e harmonia para os que o esperam ansiosamente. Paro tudo, abro a Torá, e com a minha família, sinto os primeiros sinais do aconchego do dia sagrado. Oh Criador entra em minha casa e faz nela morada. SHABAT SHALOM!
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Centenas de bombeiros e voluntários, atuam com o apoio do exército e da polícia para tentar controlar os
Até o momento foram evacuadas 75 mil pessoas de suas casas. Helicópteros da polícia continuam a patrulhar toda região que através de suas cameras térmicas relatam aos bombeiros os focos principais de incêndio.
Países como Grécia, Turquia, Russia e EUA e também a autonomia Palestina se mobilizaram para ajudar a controlar esse grande desatre.
Sempre em situações como essas vemos a grande solidariedade que existe em Israel . Bons exemplos: A Aldeia Muçulmana de Abu Gosh abriu suas casas para receber a comunidade de Staf, Os Kibutzim de toda região abriram suas portas para alojar os desabrigados.
Soldado israelense em um campo de ranúnculos, perto do kibutz Nir Yitzhak, ao sul de Israel. (Foto Amir Cohen/Reuters)
Explosão de cores em Israel
Seja no verão, no inverno, na primavera ou no outono, é sempre tempo de se admirar as flores em Israel. Aliando tecnologias avançadas às condições naturais do país, os produtores israelenses estão conquistando o mercado europeu com a singularidade das várias espécies cultivadas no país, assim como aquelas que crescem como dádivas da natureza.
Em 1948, o então primeiro-ministro David Ben-Gurion prometeu que o recém-criado Estado de Israel faria o deserto florescer. Quem viaja pelo país atualmente percebe rapidamente que a promessa foi cumprida. De norte a sul do território israelense crescem as mais variadas espécies de flores colorindo a paisagem. Em campos abertos ou em estufas equipadas com avançadas tecnologias são produzidas toneladas de flores que transformaram o Estado Judeu no segundo maior exportador para a União Europeia, ficando atrás apenas da Holanda, há décadas o maior produtor mundial e sede dos maiores e mais importantes leilões do setor. No final da década de 1970, Israel foi o primeiro país estrangeiro a participar dos leilões e feiras da Holanda, dos quais, até então, tomavam parte apenas produtores holandeses.
A média anual de 300 dias ensolarados e temperaturas relativamente quentes no inverno, principalmente no Deserto do Neguev, são condições ideais para o cultivo de flores no verão e, também, para o seu crescimento natural ao longo do ano. Este quadro favorável aliado à tecnologia de ponta tem garantido o crescimento da indústria de flores cortadas de Israel. Pesquisas recentes indicam que 90% das peônias, anêmonas, íris e ciclamens, entre outras espécies, chegam anualmente ao mercado internacional.
Atualmente, a exportação israelense de flores – in natura ou em sementes e bulbos, plantas e materiais de propagação – soma cerca de US$ 200 milhões anuais; em 2000, este número chegava a US$ 50 milhões. Israel é considerado líder mundial na produção de plantas e flores cultivadas em clima quente e seco e um dos principais exportadores de produtos e equipamentos agrícolas de alta tecnologia para a União Europeia. As vendas externas israelenses em agricultura respondem por mais de 2% do Produto Interno Bruto e, deste total, 30% são principalmente de produtos in natura.
Nem a queda do índice anual de chuva, a aridez do solo ou as constantes reduções no volume de água destinado à agricultura têm sido capazes de enfraquecer a cada vez mais forte indústria das flores de Israel. Aliás, a maior parte da produção de flores está concentrada no sul do país, ou seja, na região mais árida, que registra apenas 25 mm de chuva por ano.
Em sua jornada para se consolidar como um dos grandes produtores de flores para a Europa, o país tem investido continuamente na pesquisa para o desenvolvimento de novas espécies capazes de se adaptar às condições ambientais da região, ou seja, plantas que necessitem cada vez menos água para sobreviver e aptas a crescer em meio às pedras, ao asfalto (consequência da urbanização crescente) e aos espinhos. O Centro Volcani para Pesquisa Agrícola e o Centro para Floricultura em Regiões Áridas, órgãos do Ministério da Agricultura, são os dois principais institutos que atuam nessa área, com diferentes departamentos. Paralelamente a esse trabalho, as universidades israelenses também mantêm unidades de pesquisa.
A botânica Sima Kagan, do Centro Volcani, tem dedicado seus últimos 20 anos de carreira a encontrar soluções para esse desafio. Ela viaja o mundo em busca de plantas ornamentais que consigam se aclimatar às duras condições do meio ambiente israelense, sobrevivendo ao verão e à seca. Um dos resultados do esforço concentrado dos cientistas é a variedade das plantas ornamentais hoje distribuídas no país e enviadas ao exterior com o selo “Made in Israel”.
Anêmonas (em hebraico, kalanit), ciclamens (rakefet), narcisos (narkis), tremoço (tourmus) e outras flores silvestres nativas, como a íris, enfeitam jardins e parques da maioria das cidades israelenses. Mas nem sempre foi assim e muitas espécies estiveram ameaçadas de extinção. No entanto, a legislação clara e programas educacionais implantados nos últimos 50 anos garantem que a primavera se transforme em uma explosão de cores mesmo nas regiões mais áridas do território nacional.
Amir Cohen faz parte da terceira geração de produtores de flores do país. Suas gérberas coloridas são vendidas por toda a Europa, tendo conquistado fama por seu padrão de alta qualidade e beleza. Em suas estufas, na cidade de Kfar Yedidia, crescem dezenas de milhares de flores por ano destinadas tanto ao mercado interno quanto ao externo. Segundo Amir, as cores das flores variam muito de acordo com a época do ano. Enquanto que nos feriados cristãos a procura maior é por plantas brancas e vermelhas, no inverno a demanda é por flores de cor laranja. No verão, rosa e amarelo estão na liderança.
A apenas 15 minutos de Beit Shemesh, no pequeno moshav Sdot Micha, milhares de rosas púrpura e amarelo e anêmonas vermelhas são cultivadas em fileiras mantidas constantemente limpas e úmidas pelo proprietário do campo, Beni Sharoni. Diariamente, centenas de embalagens cartonadas são transportadas do local refrigerado de empacotamento para o aeroporto, rumo à Europa. Uma das vantagens do cultivo das anêmonas é o fato de não precisarem de controle de temperatura no inverno, permitindo a colheita diária. O sistema de produção, colheita, embalagem e distribuição é tão eficiente e exato que os pedidos chegam em dois dias ao seu destino no exterior.
Um arco-íris de flores
Seja no verão, no inverno, na primavera ou no outono, é sempre tempo de se admirar as flores em Israel, seja em estufas ou em campos abertos. A melhor época, no entanto, é entre meados de fevereiro e final de março, quando as flores silvestres surgem em todo o seu esplendor. Nesta época costuma ser realizado o Scarlet South Festival, na região nordeste do Deserto do Neguev, quando são organizados passeios gratuitos em meio a tapetes vermelhos de anêmonas na Área de Recreação Reím e na Floresta Ruhama. Em março, também, é possível se apreciar o auge da florada das anêmonas e dos botões de ouro no chamado Campo das Anêmonas em Kfar Yarok. Estas também florescem ao norte e ao sul da estrada que leva a Beit Shmesh, mas estão concentradas principalmente na região de Givat Haturmasim, ao lado de tremoços vermelhos.
Amendoeiras e ciclamens também são abundantes de fevereiro a março na reserva de Sataf, uma área preservada a leste do Monte Eitan, nas proximidades da área ocidental de Jerusalém. Os ciclamens, cujas cores variam do branco ao rosa escuro, são também chamados de Fogo de Salomão, pois parecem chamas que saltam das pedras e das sombras. Ao norte de Tel Aviv está o Vale dos Narcisos, ou Emek HaNarkisim, no cruzamento de Glilot. Ali, também, há muitos campos de margaridas silvestres.
Na Reserva Natural Carmel, nas proximidades da Universidade de Haifa, os tremoços e as íris formam verdadeiros tapetes que se estendem por toda a região. Ali, também, pode-se presenciar mais um pequeno milagre da natureza: o crescimento de uma variedade singular de grandes tulipas cujas pétalas lembram as listras amarelas e marrons dos tigres. No Vale de Beit Shean, no alto do Monte Gilboa, está o habitat natural da espécie de íris que leva o nome da montanha. É, ainda, a flor escolhida para ser o símbolo da Sociedade de Proteção da Natureza de Israel.
A melhor época para vê-las em todo o seu apogeu são os meses de março e abril. Há mais de 260 espécies de íris em todo o mundo sendo que muitas crescem naturalmente em território israelense e algumas apenas ali. A íris é considerada uma das flores silvestres mais bonitas de Israel e cresce nas montanhas da Judeia e também nas Colinas do Golã. A exótica íris marrom escura do Neguev floresce em uma área do KKL próxima a Beersheva.
Os produtores israelenses enfrentam atualmente um duplo desafio: encontrar novas variedades e produtos que atendam à demanda do mercado, estando sempre um passo à frente de seus concorrentes, e, ao mesmo tempo, usar cada vez menos recursos hídricos sem diminuir o padrão de seus produtos. Ainda assim, apesar das dificuldades, as flores ainda representam um dos maiores itens na pauta de exportação de Israel e um ótimo negócio para o setor agrícola.
Fortes conexões
Diversas plantas nativas encontradas no moderno Estado de Israel estão mencionadas em vários textos bíblicos, comprovando a estreita ligação entre o Povo Judeu e a terra de seus ancestrais, há milênios de anos. Há aproximadamente cem plantas mencionadas na Torá e cerca de 400 na Mishná e no Talmud, citadas em diferentes contextos. Algumas fazem parte de narrativas referentes aos rituais realizados no Templo; outras em situações do cotidiano e outras, ainda, pelo seu uso medicinal.
As chamadas sete espécies bíblicas - trigo, cevada, uva, figo, olivas, romãs e tâmaras - são mencionadas em Deuteronômio 8:8 e ainda crescem em amplas áreas da paisagem israelense e desempenham um papel especial na tradição judaica. “Uma terra de trigo e cevada, e vinhas, e figueiras e romã; uma terra de azeite de oliva, e mel ”, assim é definida a Terra Prometida aos judeus. Na Antiguidade, estes alimentos eram elementos básicos da dieta da população e apenas as primícias das sete espécies podiam ser utilizadas como oferenda ao Templo.
O trigo hoje semeado em todo o mundo tem origem no trigo silvestre da Terra de Israel ou dos países próximos. Atualmente, no moderno Estado Judeu, é plantado principalmente na região norte do Deserto do Neguev e colhido em Shavuot. No passado, a farinha de trigo era consumida principalmente pelos ricos.
Nos tempos bíblicos, segundo o Livro de Reis 2, 7:1, a cevada era usada como forragem e custava a metade do preço do trigo. Os mais pobres a consumiam como mingau e para fazer bolos. Menos popular que o trigo, não crescia com facilidade nos campos, era áspera e mais difícil de mastigar e digerir. Em Ruth 1, conta-se que a forragem teria chegado a Belém (Bethlehem) no início da colheita da cevada.
“O vinho alegra o coração do homem”, diz o Salmo 104: 14. As videiras são a primeira planta mencionada na Torá na história de Noah (Gênese 9:20). Já o texto em Números 13: 23 descreve como os espiões enviados por Moshé retornaram com um cacho de uvas tão grande que foram necessários dois homens para carregá-lo. O vinho é um elemento importante dos rituais judaicos no Shabat e nas festas.
O figo aparece pela primeira vez na Torá nos primeiros capítulos do Gênese, quando Adão e Eva cobrem sua nudez com folhas de figueira. Na Antiguidade, eram plantadas em jardins ao longo do país e seus frutos eram considerados nutrientes baratos. O queijo poderia ser talhado acrescentando-se suco de figo. Segundo citação em Isaías 38:21, o figo possui qualidades medicinais sendo, no passado, usado como cataplasma.
A romã também foi trazida pelos espiões para mostrar a fertilidade da Terra de Israel. A romã possui 613 grãos, número que corresponde às 613 mitzvot mencionadas na Torá. As romãs são, também, um elemento muito presente nas obras de artistas judeus e seu suco é usado na produção de corantes vermelhos.
A oliveira é uma das mais antigas e mais valiosas árvores do Oriente Médio, tanto pela sua fruta quanto pelo óleo e madeira. O azeite de oliva era utilizado para o acendimento da Menorá no Templo, além de ser um componente importante da dieta alimentar dos antigos israelitas, que já conheciam suas qualidades cosméticas. O ramo de oliveira é, até os dias de hoje, símbolo da paz inspirado no episódio do dilúvio, quando a pomba levou a Noah uma folha de oliveira para mostrar que havia terra nas proximidades da arca (Gênese 8:11). Alguns estudiosos acreditam que as oliveiras podem viver por mais de mil anos e, ainda, produzir frutos. Em Israel, é proibido cortá-las.
As tâmaras, mais especificamente o mel feito a partir delas, são mencionadas em fontes antigas. Nos tempos bíblicos e ainda hoje, Jericó é conhecida como Cidade das Palmeiras, pelas grandes tamareiras que ali crescem.
Bibliografia
http://www.wildflowers.co.il
Keeping the desert blooming, artigo publicado no site www.new-ag.info
Revista Eretz
Na véspera do Shabat uma tenda de paz se estende sobre o mundo, e a luz que vem de Keter, desce até a fisicalidade Malcult, numa união cósmica entre o divino e nós mortais em evolução em nossa vida. É o instante em que os Tsadikim que já foram, descem como manifestação de Ibur, tornando o terreno elevado, com duas almas, ou uma alma acessória.
Enquanto ocorre o Shabat o espírito impuro não se manifesta, a glória do Criador reina, e as almas celebram. Não é uma manifestação apenas para um grupo, o Shabat, é uma energia celestial que alcança a todos, mesmo que não se detecte, mas os filhos de Eloim fazem iluminar a todos, convocando-os a adoração do D-us único.
Conta-se que Abraão mantinha sua tenda aberta para os quatro lados, a fim de poder receber todos que a ela chegassem oferecendo hospitalidade e alimentando-os para a jornada. Pelo desapego de Abraão, recebeu uma letra Hei em seu nome, e tornou-se a carruagem da sefirá Chêssed-Misericórdia, ligada ao Amor Incondicional. Shabat Shalom!
Moréh Altamiro Paiva (Avraham Bar Zohar).
Nosso estudo se fundamenta na Sidrá contida no Livro de Bereshit 12, na Torá, SAI PARA TÍ. Utilizamos como ajuda a compreensão SOD, do Zôhar com Trechos da semana:
1- Avraham saiu de Ur dos Caudeus e desviou-se da Rota que seria Canaã. Passou por problemas;
2- Desceu ao Egito por circunstancias, caiu de nível espiritual e passou por situações desconfortáveis;
3- Subiu do Egito, ou seja deixou a negatividade de Mitsaraim, e elevou-se perante o Criador, no entanto deixou consequências que se cumpririam mais tarde no cativeiro dos 400 anos.
É BOM PENSAR NISSO!
Mulheres judias conseguem rezar como os homens no Muro das Lamentações
Grupos de ultraortodoxas batem nas fiéis e as ameaçam por rezarem com os rolos da Torá
A guerra religiosa entre judeus explodiu de novo em Jerusalém. Uma centena de mulheres acompanhadas por rabinos reformistas e conservadores conseguiram nesta quarta-feira introduzir no Kotel — nome em hebraico do Muro das Lamentações — 12 rolos da Torá, um para cada tribo de Israel, e rezar com eles no lugar sagrado. Trata-se de um fato sem precedentes, que viola as leis do rabinato que administra o Kotel, e que só permite o uso para a reza dos pergaminhos depositados no Muro das Lamentações. Somente os homens podem utilizar os rolos com os textos sagrados, já que as mulheres, segundo a interpretação ortodoxa do judaísmo, nem sequer os podem tocar.
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Pela primeira vez não só elas introduziram os rolos da Torá, como tanto os homens como mulheres puderam rezar com eles. Primeiro, em separado, cada grupo reza em sua zona de oração. Depois, todos juntos, mas não no Azarat Yisrael — o espaço à margem designado pelo Governo israelense para um futuro lugar misto de oração — , mas na própria área do Kotel, perto dos espaços tradicionais segregados.
A chegada das rabinas com os rolos da Torá até o Muro das Lamentações não foi tarefa fácil. A procissão que atravessou a muralha da Cidade Velha de Jerusalém pela Porta dos Detritos — o acesso mais direto à praça do Kotel pelo bairro judaico da Cidade Velha de Jerusalém — ultrapassou, cantando, o posto de controle rotineiro de segurança e entoou o Aleluia hebraico ao pisar no espaço sagrado. Homens e mulheres portavam os rolos. Elas, abraçando-os firmemente contra o peito, como se fossem bebês. Entre vaias e gritos de “nazis” lançados por grupos de judeus ultraortodoxos, conseguiram seu objetivo. “Não é a primeira vez que entramos no Kotel com os rolos e nos detêm por isso, mas é de fato a primeira vez que não o fazemos às escondidas”, reconhecia a rabina Sandra Kochmann, do movimento conservador Masorti.
Foi um marco histórico para o qual contribuíram, e muito, os homens do movimento reformista judaico. Eles foram rodeando as mulheres, e se posicionaram como uma barreira que levou a maior parte dos empurrões e socos dados pelos judeus ultraortodoxos, que tentavam lhes tirar os rolos da Torá para impedir que as mulheres os introduzissem em seu espaço de reza no Muro das Lamentações.
Reforço policial
Finalmente, com muito esforço e alguma ou outra queda, a improvisada procissão conseguiu ultrapassar o cordão de segurança que fazia a guarda na entrada da zona feminina do Muro. Os funcionários do Kotel, identificados com vistosos coletes amarelos brilhantes, não tinham como missão impedir o acesso das mulheres ao lugar, mas evitar que judeus radicais penetrassem na área reservada para elas, para agredi-las ou lhes arrancar das mãos os rolos da Torá. Poucos metros adiante, dezenas de policiais israelenses enviados para o local para o caso de a disputa ter maiores consequências tiveram que interferir. Agiram tão somente para separar alguns homens de ambos os grupos — ultraortodoxos e reformistas — que chegaram às vias de fato na disputa religiosa.
Os fatos foram qualificados de “incidente infeliz” pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que também advertiu por meio de um comunicado que “a violação unilateral do status quo no Muro das Lamentações mina os atuais esforços para alcançar um acordo”.
Sua mensagem teve imediata resposta dos que defendem os direitos das mulheres de rezarem no Kotel em igualdade de condições com os homens. “Não só lutamos por um lugar de reza igualitário, lutamos pela igualdade entre homens e mulheres. O Governo aprovou uma zona mista de oração, mas tal como está agora não serve. É um espaço discriminado, e as obras para equipará-lo aos lugares tradicionais de reza não parecem avançar. Por isso, continuamos e continuaremos vindo todo mês rezar na zona das mulheres”, explica Sandra Kochmann.
O rabino-chefe do Kotel, Shmuel Rabinowitz, considera que essa atitude das mulheres e dos judeus reformistas “atiça a chama, convertendo o fogo da disputa em uma eterna fogueira”. Rabinowitz pediu aos fiéis que não entrem em provocações, e aos reformistas e conservadores que permitam a Netanyahu “atuar com sensibilidade e discernimento para pôr fim a esta guerra civil”.
Segundo a ortodoxia judaica, não só é proibido que as mulheres toquem a sagrada escritura como tampouco vestir o talit ou colocarem o tefilin (trajes de reza reservados aos homens), nem rezar em grupo ou em voz alta. São privilégios masculinos que reformistas e conservadores querem eliminar. “Todo dia deveria ser permitido às mulheres lerem a Torá... logo chegará o dia em que poderemos celebrar também aqui cerimônias como o Bar Mitzva”, dizia a rabina reformista Anat Hoffman, líder do movimento Nasot Ha Kotel (Mulheres do Muro das Lamentações). Hoffman, detida várias vezes porque está há mais de 30 anos infringindo normas e rezando no Muro com a cabeça coberta pelo quipá e usando o talit, pôde finalmente nesta quarta-feira levar livremente um rolo da Torá e recitá-lo em voz alta.
Vivemos numa realidade fenomenológica e procuramos nos adaptar as circunstancias que nos rodeia. Temos o poder de mudar situações, embora haja limitações quando se tratar de transformar o Outro, no modelo do nosso EU, assim devemos ver o Outro como ele é e não como nós somos.
“Indique o melhor caminho a andar, no entanto deixe as pessoas seguirem o que elas acharem melhor. O verdadeiro amor é imparcial! Deixe as pessoas segurem seus próprios caminhos e aprenderem com eles, isso não está ao seu alcance”. (Psicologia Holística Condicionativa Há Ari. José Ricardo Pereira tavares, pg 33).
Moréh Altamiro Paiva – Avraham Bar Zohar