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Lituania homenajea en un parque a Emmanuel Lévinas
Kaunas, la segunda ciudad más grande de Lituania ha nombrado un parque "Emmanuel Lévinas", en homenaje al filósofo judío nacido allí antes de trasladarse a Francia.
Lévinas, cuyos escritos fueron influyentes en la filosofía francesa y contemporánea, fue homenajeado por el Ayuntamiento de Kaunas (conocido en el mundo judío como Kovno, en ídish), según informó el sitio de noticias Jewish.ru.
Nacido en 1905, Lévinas fue a Francia a la edad de 18. Sus familiares que se
quedaron en Kaunas fueron todos asesinados por los nazis durante el Holocausto.
Kaunas ya tiene una calle con el nombre Lévinas y una placa conmemorativa en el lugar de su nacimiento.
En febrero, los lituanos judíos y el Centro Simon Wiesenthal criticaron al municipio por permitir manifestaciones de ultranacionalistas, exhibiendo algunos cruces gamadas y otros símbolos fascistas, que marcharib por la ciudad, en la que los nazis y los nativos cómplices de los alemanes mataron a más de 10.000 judíos en un día
Em geral quando se aproxima ou entramos no mês de dezembro, como Yisraelitas vivenciamos a festa do chanuká, ou das Luzes, que nos remonta a vitória dos Macabeus sobre os selêucidas, que profanaram o templo Sagrado. Certamente coincide tais festividades judaicas em um período em que outras tradições também fazem suas festas, e aí alguns judeus sentem um grande desconforto.
O nosso povo desde a diáspora passou por situações constrangedoras no tempo e no espaço, desde os países europeus até chegar-se aos degradados de Sefarad, nós B’nei Anoussim, os filhos dos forçados, que nos foram impostos uma forma religiosa que não eram aos dos nossos antepassados. Mesmo assim com muito jogo de cintura, e mártires, sobrevivemos e existimos, e continuamos leais a Toráh.
Vivemos hoje em tempos modernos. Há alguns anos atrás o Catolicismo através do seu papa, nos pediu perdão pelos males causado e nos inocentou de termos matado o seu líder maior, a quem adoram como deus. Na contemporaneidade o Papa Francisco, argui ao Cristianismo católico a deixar de lado o proselitismo junto aos judeus, enquanto que cristãos protestantes se irritam e trocam farpas.
Na diáspora precisamos muito jogo de cintura. Será que vale apena discutir com pessoas de outras tradições, dizendo que elas estão adorando ídolos, enquanto esquecemos de estudar a Toráh? Será que vale apena criar inimizades com amigos, gastando energias desnecessárias? Vamos deixar cada pessoa viver as suas escolhas e viver as suas experiência religiosas, mas o que não devemos é em nome de uma idolatria, utilizarmo-nos da intolerância, dando o troco do que fizeram conosco, e isso não é JUDAISMO.
By Moré Altamiro Paiva
O capítulo quarenta e nove, o penúltimo capítulo do Livro do Gênesis, descreve a convocação dos filhos de Jacó ao lado da cama de seu pai para ouvir suas palavras de despedida.
Usando um discurso cheio de metáforas por vezes obscuras- às vezes falsamente consideradas como bênçãos - o patriarca transmite o que ele aprendeu da vida.
Um exemplo desta observação é o versículo 18
"Eu espero na tua salvação, ó Senhor"
Jacob Neusner, um dos rabinos acadêmicos mais eruditos e prolífico dos nossos tempos, fez o comentário incisivo que esta é a mensagem que imprime ao judaísmo sua definição final e distintiva. A tarefa de Israel é a esperança. Para um judeu, o desespero é um pecado.
"A tarefa atribuída aos judeus na humanidade", disse o rabino Neusner," tem sido, apesar de tudo, perseverar e manter a completa fé e confiança: a esperança. Essa esperança é o que está destinado a ser Israel. "
A profundidade da maldade humana não escapa o patriarca. Ele reconhece a fragilidade da bondade de seus filhos e sua grande capacidade para o mal. No entanto, ele não é pessimista, nem renuncia.
"De onde vem a incrível habilidade dos judeus de ficar acima de todos os seus problemas, nunca desistir, nunca perder a esperança? Perguntou o Rabino Elyahu Eliezer Dessler, o mashgiach ruchani ("conselheiro espiritual") da yeshiva Ponevezh em Israel. Sua resposta: "Este é o legado dos nossos antepassados santos que concordaram em viver tudo o que lhes foi enviada pelo Todo-Poderoso."
Os rabinos Emil Hirsch Joseph Jacobs explica: "Apesar de seu realismo, o judaísmo nunca aconselhou resignação passiva, remoção ou abandono do mundo e rejeita a teoria de que a raiz da vida é o mal, ou que o homem e a vida no do mundo são corruptos, como resultado do pecado original. Seu otimismo é evidente em sua fé no crescimento lento, mas certo da humanidade, no triunfo final da justiça sobre a injustiça, e na certa vinda de uma era messiânica. "
Todo ser humano que, após as tristezas e atribulações de uma longa vida pode transmitir este mensagem para os seus filhos, está imbuído do espírito judaico.
Com este parasha (seção) o estudo anual do livro de Bereshit (Géneses) é concluída, para começar na próxima semana a estudar o livro na de Shemot
Foto de capa: esquina das ruas Dizengoff com Ben-Yehuda em Tel-Aviv. Em Israel, por vezes ruas paralelas se encontram. Ao pisar pela primeira vez em Israel, com 18 anos, certa vez me dei conta de estar caminhando pela Rua A. D. Gordon, não me lembro em qual cidade. Aharon David Gordon foi um expoente do […]
Um tempo se passou quando os Reis de Espanha e Portugal, pela inquisição fizeram os nossos antepassados migrarem numa corrida louca de sobrevivência, sacrificando seus ideais e suas crenças, Dentre vários países, quis o Criador que o Brasil fosse a terra do seu aconchego e o Nordeste, o berço da sobrevivência da fé.
Por que os nossos irmãos judeus não se lembram dessa forma de perseguição? Porque nascemos de Cherem!
Por que não somos reconhecidos nós Bnei anussim pela maioria do Judeus? Porque nascemos de cherem?
Por que nos forçam a um processo de retorno, quando dele já os nossos antepassados foram ou passaram? Porque nascemos de Cherem!
Por que surge o despertar dos Bnei anussim? Porque nascemos de cherem!
Por que o poder político de alguma parte do Brasil, proibi Rabinos a nos ensinarem a Retornar? Porque nascemos de cherem!
Por que não podem nos aplicar como dizem o julgamento da Halachá, com a punição de CHEREM? Porque nós já nascemos de Cherem.
Agora saibam todos os poderosos que não nos aceitam, os Anoussim, que pela tradição, o Maschiach só se fará presente, quando os DEGRADADOS DE SEFARD VOLTAREM. Adonái sefatái tifitách ufi yaguid tehilatécha:
Eterno, abre meus lábios e minha boca dirá o Teu louvor.
EU JÁ NASCI DE CHEREM
By Moré Altamiro Paiva
Um tempo se passou quando os Reis de Espanha e Portugal, pela inquisição fizeram os nossos antepassados migrarem numa corrida louca de sobrevivência, sacrificando seus ideais e suas crenças, Dentre vários países, quis o Criador que o Brasil fosse a terra do seu aconchego e o Nordeste, o berço da sobrevivência da fé.
Por que os nossos irmãos judeus não se lembram dessa forma de perseguição? Porque nascemos de Cherem!
Por que não somos reconhecidos nós Bnei anussim pela maioria do Judeus? Porque nascemos de cherem?
Por que nos forçam a um processo de retorno, quando dele já os nossos antepassados foram ou passaram? Porque nascemos de Cherem!
Por que surge o despertar dos Bnei anussim? Porque nascemos de cherem!
Por que o poder político de alguma parte do Brasil, proibi Rabinos a nos ensinarem a Retornar? Porque nascemos de cherem!
Por que não podem nos aplicar como dizem o julgamento da Halachá, com a punição de CHEREM? Porque nós já nascemos de Cherem.
Agora saibam todos os poderosos que não nos aceitam, os Anoussim, que pela tradição, o Maschiach só retornará, quando os DEGRADADOS DE SEFARD VOLTAREM. Adonái sefatái tifitách ufi yaguid tehilatécha:
Eterno, abre meus lábios e minha boca dirá o Teu louvor.
EU JÁ NASCI DE CHEREM
By Moré Altamiro Paiva
SCHALOM voce que compartilha do mesmo desejo de mora em JERUSALEM a sim podemos comversa e dividir os mesmos objetivos SCHALOM
"Nunca antes na história judaica", escreveu sobre Hanukkah o eminente filósofo judeu Emil Fackenheim, teve um feriado sido instituído por mãos humanas. Quando o próprio Judas Macabeu instituiu a festa de Hanukkah, seu ato foi uma "inovação sem precedentes."
Na verdade, acrescenta o professor da Universidade de Columbia Yosef Hayim Yerushalmi, podemos refletir sobre a audácia com que os rabinos fixaram a bênção de Hanukkah. "Bendito és Tu, Senhor, nosso Deus, ... que nos mandou para acender as luzes de Hanukkah. "
Desde que a instituição do Hanukkah não é encontrada na Tora o Talmude foi forçado a perguntar: "Onde é que Ele ordenou"
Mas não foi só a instituição de um feriado não comandado pela Torá que foi inovador. Em vez de Deus, Hanukkah tem homenageado seres humanos e comemora uma vitória militar.
Hanukkah é a confirmação de que os desafios em constante mudança que confrontam a vida dos judeus pedem ao mesmo tempo mudanças no judaísmo.
Cada vez mais, Hanukkah está sendo comemorada hoje como um símbolo da vontade de manter viva a chama do judaísmo.
Em 1983, Peter Yarrow- do famoso grupo de cantores Folque americano "Peter, Paul and Mary" tinha escrito no coro de sua canção "acender uma vela"
Não deixe que a luz se apaga
Ele fez a seguinte pergunta:
O que é a memória que é tão valorizada
Que nós mantê-lo viva nessa chama?
A resposta foi:
Tudo o que acreditamos
A música, em seguida, pede para:
Acender uma vela para a força que precisamos,
para nunca sermos o nosso próprio inimigo
Acender uma vela para aqueles que sofrem
A dor que aprendemos há muito tempo
Acender uma vela para os filhos dos Macabeus
Com gratidão que sua luz não está morto
Acender uma vela para a dor que sofreram
Quando eles foram privados do seu direito de existir
Acender uma vela para o terrível sacrifício
Que a justiça ea liberdade exigem
Hanukkah não é uma celebração da independência, é uma festa que expressa a dedicação pela sobrevivência da cultura e da continuação da vida judaica.
"Nunca antes na história judaica", escreveu sobre Hanukkah o eminente filósofo judeu Emil Fackenheim, teve um feriado sido instituído por mãos humanas. Quando o próprio Judas Macabeu instituiu a festa de Hanukkah, seu ato foi uma "inovação sem precedentes."
Na verdade, acrescenta o professor da Universidade de Columbia Yosef Hayim Yerushalmi, podemos refletir sobre a audácia com que os rabinos fixaram a bênção de Hanukkah. "Bendito és Tu, Senhor, nosso Deus, ... que nos mandou para acender as luzes de Hanukkah. "
Desde que a instituição do Hanukkah não é encontrada na Tora o Talmude foi forçado a perguntar: "Onde é que Ele ordenou"
Mas não foi só a instituição de um feriado não comandado pela Torá que foi inovador. Em vez de Deus, Hanukkah tem homenageado seres humanos e comemora uma vitória militar.
Hanukkah é a confirmação de que os desafios em constante mudança que confrontam a vida dos judeus pedem ao mesmo tempo mudanças no judaísmo.
Cada vez mais, Hanukkah está sendo comemorada hoje como um símbolo da vontade de manter viva a chama do judaísmo.
Em 1983, Peter Yarrow- do famoso grupo de cantores Folque americano "Peter, Paul and Mary" tinha escrito no coro de sua canção "acender uma vela"
Não deixe que a luz se apaga
Ele fez a seguinte pergunta:
O que é a memória que é tão valorizada
Que nós mantê-lo viva nessa chama?
A resposta foi:
Tudo o que acreditamos
A música, em seguida, pede para:
Acender uma vela para a força que precisamos,
para nunca sermos o nosso próprio inimigo
Acender uma vela para aqueles que sofrem
A dor que aprendemos há muito tempo
Acender uma vela para os filhos dos Macabeus
Com gratidão que sua luz não está morto
Acender uma vela para a dor que sofreram
Quando eles foram privados do seu direito de existir
Acender uma vela para o terrível sacrifício
Que a justiça ea liberdade exigem
Hanukah não é uma celebração da independência, é uma festa que expressa a dedicação pela sobrevivência da cultura e da continuação da vida judaica.
Há muitos séculos atrás o Criador fez a escolha de um homem justo, chamado Avraham, para ser a gênese do monoteísmo sobre a terra. Daquele tronco surgiu no tempo e no espaço os Bnei Yisrael, que em 12 tribos escreveram a nossa história, sobrevivendo a massacres, perseguições progons, inquisição Romana e Holocausto, guerra dos seis dias, mas em todos estes eventos a sobrevivência deste povo, Yisrael, aconteceu como algo inexplicável.
Após os remotos tempos quando 10 tribos se dispersaram e florescia Judá alargando as fronteiras e defendendo os princípios basilares do Judaísmo histórico, agora no período contemporâneo no estudo e lapidação do sobrevivente Judaísmo, surgem Asquenazim e Sefarditas, que retomam a trilha de Abraham. Começa portanto uma nova faze do Judaísmo dentro de uma diversidade e pluralismo.
Ah, e onde estão as dispersas e remotas 12 tribos? Teses e teses, se perdem no tempo e no espaço. No entanto, como uma olheiro surgindo milagrosamente da terra, os Anoussim, cujos antepassados foram forçados a abdicar da sua fé para adesão a fé católica, num ato desvairado dos reis de Espanha e Portugal, forçando-os a fé Cristã, tendo muitos sucumbidos ao martírio, mas suas raízes no tempo certo da chuva serôdia, brotaram em muitos países e principalmente no Nordeste Brasileiro.
Aí surgem os donos da verdade, os que se dizem judaísmo verdadeiro, uma terminologia discricionária e preconceituosa daqueles cujos antepassados tombaram pela fé judaica. O que? Vocês tem que se converter? Ao que home>? Nós somos o que os nossos antepassados eram JUDEUS. Por favor deixem de amarguras, e ironias, nós voltaremos porque somos Israelitas, e ninguém, impedirá o nosso retorno. “FAZE-NOS VOLTAR CRIADOR E VOLTAREMOS, RENOVA OS NOSSOS DIAS COMO NOS TEMPOS ANTIGOS”.
By Moréh Altamiro Paiva
Porque os sonhos são apenas uma forma diferente de consciência do tipo que se tem quando se está dormindo ou sonhando acordado há uma sensação de que os sonhos são comunicações que se originam fora de nós.
É indiscutível que no Tanakh os sonhos são muitas vezes considerados uma ferramenta de comunicação divina. No entanto, o Tanakh também reconhece que há sonhos que são motivados pelo subconsciente do sonhador.
O Talmude, de fato, diz que um ser humano mostra no sonho apenas o que seus próprios pensamentos sugerem a ele.
O sonhos, observou o biólogo e naturalista E. O. Wilson, são "uma onda de visões, em grande parte desconectados da realidade, emocionalmente carregados e ricos em simbolismo."
Não poderia haver melhor descrição dos sonhos de José, o décimo primeiro filho de Jacó
Lemos no livro de Gênesis, capítulo 37 versículos 5-7:
Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho.
"Que tipo de pastor" - o bioeticista Leon Kass pergunto- " sonha com molhos de trigo?
Os sonhos de Joseph diz o filósofo israelense Yoram Hazoni- refletem o que os irmãos de outra forma teriam adivinhado: Joseph vê-los não como pastores, como nômades, agentes independentes e, portanto, essencialmente como iguais ; mas como agricultores.
A questão por trás dos sonhos de José, explica Claus Westermann, o falecido estudioso bíblico da Universidade Heidelberg- é "como é possível e justificável que em uma nação um irmão se assenhore sobre os outros?
De todos os filhos de Jacob, Joseph passou de ser o filho de um pastor hebreu que foi maltratado por seus irmãos, para a posição do poderoso ministro da vasta e rica terra do Egito. Ele se tornou a primeira autoridade civil no livro de Gênesis, um executor autoritário das leis do Egito.
José é muito seguro de si. Os elementos milagrosos ou sobrenaturais estão ausentes. Deus nunca intervém abertamente e diretamente no curso de seus ações.
Como Andre Lacoque pondera: "Para José, Deus " é mais ou menos presente, mais ou menos ausente "É difícil não concluir que José consegue atingir a sua posição de poder impulsionado por seus próprios sonhos e as suas capacidades administrativas.
Através de suas realizações, nas palavras de Harold Bloom, José "torna-se um fornecedor, mas não é um salvador."
Joseph é aquele que inicia a cadeia de eventos que levaram à descida para o Egito. Sua história no TaNaKh é o prelúdio para o drama da opressão e da redenção que gravará a história do judaísmo para sempre.
Porque, como afirma Yoram Hazony:
Um jovem israelita pode salvar seu povo e desenvolver o poder do maior império de todos. Joseph representa a crença de que o aparelho do império pode ser aproveitada. E, embora quando por um momento parece que ele poderia estar certo, sabemos que, no final, seus esforços trouxeram a seu povo séculos de opressão amarga.
A narração enfatiza que Joseph estava ciente de que Israel teve de abandonar o Egito, mas seu medo era tal que o impediu de tomar as medidas necessárias. É esse medo em si, ao invés de qualquer ação de Faraó e seus ministros, que deve ser visto como a causa da escravidão de Israel e incontáveis mortes inocentes.
A narrativa de José, assim, confirma e esclarece o ponto de vista moral tão corajosamente afirmado na história de Abraão, o que sugere que qualquer um que parece ser o caso em um dado momento, o alojamento com a iniquidade e idolatria do Estado Imperial é em última análise, impossível. Fazemos todos os esforços para atingir este alojamento, à custa dos nossos filhos e dos seus filhos, que provavelmente iram pagar o preço.
A história de José é a história do efeito que a ambição pessoal tem para o futuro da família à qual pertencem os indivíduos
Estou deixando a autoestrada que liga Tel Aviv ao Aeroporto Ben Gurion, na região de Lod. O taxista dirige a uma velocidade de 130 km/h. São 2h30 da madrugada e faz frio. Lembro-me muito bem da noite gelada de minha chegada ao país, na qualidade de voluntário, junto com 60 jovens brasileiros, para substituir jovens israelenses kibutzianos no trabalho do campo, já que eles se encontravam engajados no Exército das Forças de Defesa de Israel, por ocasião da Guerra dos Seis Dias. O país tinha 19 anos e corria o ano de 1967. Era a minha segunda chegada ao Estado judeu, que, a partir de então, já me recebeu em dezenas de ocasiões, nas quais cumpri diversas missões e tarefas ao longo destes nossos 67 anos de existência. Somos gêmeos! Nascemos os dois, Israel e eu, em 1948.
Naquela noite, fui um dos que subiu na capota dos ônibus para organizar as malas de nossos companheiros em seus bagageiros. Fizemos, desde a esteira do único terminal que havia, uma fila indiana, pela qual os pertences chegados do Brasil iam sendo passados de mão em mão até serem organizados sobre o tosco veículo que nos levaria até o nosso destino no norte do país, a poucos minutos de Kiryat Shmona, na época uma cidade quase de fronteira com a Síria.
Enfim, chegamos ao kibutz Lehavot Habashan já quase ao amanhecer.
O país era incipiente. Custava a acreditar que a guerra no campo de batalha estava sendo ganha e as posições de Israel consolidadas, com a conquista e a unificação de Jerusalém.
As estradas eram muito estreitas, a nação estava mobilizada e sua economia sofria com o esforço de defesa. As cidades israelenses tinham um quê de subúrbio do Rio de Janeiro, como se fossem Madureiras ou Vilares dos Teles do Oriente Médio. Em sua maioria, os prédios eram antigos, do meio do século XIX, com raras exceções. Todas as instalações públicas do novo velho país eram precárias e os nossos abrigos no kibutz eram de construção primitiva. Havia um sentimento de pioneirismo ímpar pairando no ar, com uma densidade que parecia poder ser tocado, um orgulho coletivo e uma certeza de que o judeu que morria na véspera tinha ficado para trás.
Meio século se passou. Ao deixar Israel, mais uma vez, as imagens da minha juventude me voltam à mente e a comparação com os dias atuais se torna inevitável. O falafel, a shawarma na pita, a soda Schweppes ou Kinley, o schnitzel (peito de frango à milanesa), as saladas, os queijos e os ovos cozidos continuam absolutamente iguais. A alma altiva do israelense médio também não mudou. Se naquele tempo o país enfrentou cinco exércitos inimigos e os abateu com categoria, ganhando mais uma guerra, hoje o enfrentamento se dá nas ruas contra adolescentes e jovens árabes, que deixam suas casas com facões e se abatem sobre pessoas em pontos de ônibus, em locais de passagem, pedindo carona ou ainda, sempre que for possível, contando com o efeito surpresa e a distração natural das vítimas, que não esperam ser atacadas. É o terror presente.
O Israel atual se modernizou. Seu aeroporto principal é um dos mais bem equipados do mundo, com serviços de qualidade acontecendo pelas 24h do dia. Suas estradas são muitas e nada devem às melhores da Europa, cortando o país de ponta a ponta e permitindo viagens tranquilas e rápidas a seus usuários. Seus prédios deixaram a arquitetura Bauhaus no passado e se modernizaram, utilizando projetos contemporâneos que dão às cidades maiores aspectos grandiosos, como se poderia observar em Nova York ou no Rio de Janeiro. Seus hotéis abandonaram os quatro andares ingleses e se transformaram em cinco e até seis estrelas, arranhando os céus da terra prometida. Suas universidades possuem instalações de última geração, com conforto e condições oferecidas a seus frequentadores, para que possam estudar e se desenvolver. Suas indústrias high-tech deixam na poeira as mais desenvolvidas do planeta. A economia do país, que não possui mais do que oito milhões de habitantes e que cabe dentro de Sergipe, o menor estado brasileiro, vai muito bem, obrigado. E a renda média per capita de seus habitantes é uma das maiores do mundo.
Ainda assim, as questões no país são enormes. O que fazer com as áreas obtidas na guerra de 1967 com seus milhões de árabes? Como liderar o país em direção a um futuro livre, democrático e em paz? Como encontrar equilíbrio nas relações internacionais, especialmente com países europeus hostis à política externa israelense? Como lidar com o maior aliado, que não se sente confortável em tratar de qualquer assunto com o atual primeiro-ministro? Como agir em relação aos árabes residentes nas regiões de Gaza, Judeia e Samaria? O que pensar sobre os árabes israelenses? Alistá-los no IDF ou não? Esquerda ou direita?
Além desses e de outros conflitos maiores e menores, existe algo que vai muito bem no país, apesar da constante falta de recursos para que se desenvolva ainda mais. Trata-se da arqueologia, que, a cada dia que passa, desnuda o passado, trazendo provas irrefutáveis da presença hebreia na região, ao menos nos últimos 4 mil anos.
Este foi o escopo desta minha viagem, que foi toda filmada e vai ser transformada num sensacional seriado. O programa será exibido já a partir dos próximos 15 dias em MENORAH NA TV, que estará no ar pelos canais BAND RIO e TV MAX(NET, canal 25).
Entrevistas em português e imagens de escavações, achados e áreas citadas na Bíblia, em locais emolduradas por explicações que vão dar luzes atuais a vários assuntos. Entre os nossos temas, por exemplo, estão: o local em que Josué pela primeira vez atravessou o Rio Jordão, liderando os filhos de Israel em direção à Terra Prometida; as cavernas utilizadas por Bar Kochba, o “Filho da Estrela”, e seu exército de guerrilheiros, em sua luta vitoriosa contra os romanos; a luta de Sansão contra os filisteus e sua história com Dalila; a disputa entre David e Golias; a subida aos céus do profeta Elias, em sua carruagem de fogo; os pergaminhos dos essênios e as cavernas onde foram descobertos no Mar Morto; os palácios construídos por Herodes, o Grande; as sinagogas de 500 anos, tanto de Yosef Karo, o criador da cerimônia de Bar Mitzvá e do Shulchan Aruch, quanto do rabino Ari Luria com a sua Kabalá; a revolta de Massada e a história de seu líder Eleazar Ben Yair… Tudo isso e mais três dezenas de narrativas variadas que dão à humanidade a certeza de que a volta dos judeus à Terra Prometida, depois de 2 mil anos, foi uma ação de reparação absolutamente justa e necessária, em função da penca de evidências históricas que vêm sendo literalmente arrancadas das entranhas da terra pela Autoridade Arqueológica de Israel, ainda que com muito carinho, cuidado e profissionalismo.
Vale a pena acompanhar o resultado deste trabalho, que será um banho de história inesquecível, oferecido a quem está ligado em nossos veículos de comunicação. Enfim, tudo o que aprendi e que pude reviver nestes últimos 15 dias será dividido com quem acompanha o nosso trabalho, para o bem da boa informação.
Mais uma vez, obrigado pela audiência fiel a todos os nossos seguidores e o nosso melhor e mais carinhoso abraço a todos os nossos patrocinadores e aos guias Tomer, Oren e Jayme Fucs Bar, que possibilitaram mais essa bem-sucedida aventura de MENORAH, em terras de Ben-Gurion, Golda Meir, Moshe Dayan e Ariel Sharon.
Não saia daí!
Já já voltamos!