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A celebração alusiva ao Dia Nacional da Luta Contra a Intolerância Religiosa realizou-se na Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos/ Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial.
O Secretário da Pasta e presidente do Fórum Inter-Religioso por uma Cultura de Paz e Cultura de Paz e Liberdade de Crença, Márcio Fernando Elias Rosa, fez a abertura do evento e disse:
“É na conduta que se mede a capacidade ou não do ser humano viver em harmonia. A intolerância religiosa talvez seja um dos mais duros ataques à humanidade porque viola o direito que todos têm de professar a sua crença, a sua fé, ou a ausência dela”, ponderou.
Márcio Elias Rosa salientou a importância da ação da sociedade, do Estado e das representações religiosas para que a cultura de paz se propague com maior intensidade.
“Eu gosto de dizer que quem se dá bem com gente, se dá bem na vida. E eu aprendi com o nosso fórum inter-religioso que um mundo de paz é a gente quem faz”, concluiu.
A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloísa de Sousa Arruda, que representou o prefeito de São Paulo, João Doria, ressaltou a importância da reunião.
“Essa é uma oportunidade de comunhão e de reflexão sobre o respeito. Que possamos nos alimentar dessa energia para conduzir as nossas ações no ano de 2018”, desejou.
Lia Bergmann falou pelo judaísmo, destacando a ação da B’nai B’rith no diálogo inter-religioso desde seu início no Brasil, com a criação do Conselho de Fraternidade Cristão-Judaica, nos anos 60.
Ao ressaltar o empenho dos avos do rabino Michel Schlesinger na fundação do Conselho e de Edda e Hans Bergmann seus pais, também membros fundadores do Conselho, mostrou como o valor da convivência entre as religiões pode ser transmitido de geração em geração. E que este deve ser levado aos núcleos dos religiosos e defensores da cultura de paz ali presentes.
Relatou o trabalho da B’nai B’rith nas áreas de diálogo, educação, ação social, aspectos estes fundamentais aos direitos humanos.
“Para o judaísmos todos foram criados à imagem e semelhança de D’us e tem uma centelha divina”. “Portanto, são iguais em direitos e deveres. Mas, a individualidade de cada um deve ser respeitada. É são estes conceitos que embasam a atuação da B’nai B’rith – Filhos da Aliança” complementou.
O evento contou com a presença de budistas, hinduístas, religiosos afro-brasileiros, muçulmanos, judeus, evangélicos, além de diversas autoridades civis e religiosas. Foi encerrado com a apresentação da banda Soul da Paz.
Na Toráh, no livro de Bereshit, Gênesis, consta que o homem foi criado a imagem e semelhança do Criador. Significa que a verdadeira imagem do ser humano antes da queda, era de perfeição. Ao terminar o seu projeto o Eterno considerou todas as coisas criadas como boas, legando ao homem o domínio de todas as coisas.
A interferência externa dos chamados filhos de Elohim aqui na terra e logo após, com a transferência de DNA não terreno, e surgimento de seres híbridos tornou a face da terra, a convivência humana, quase insuportável. Os padrões de comportamentos concebidos na ordem da criação começaram a sucumbir.
Surge o processo de purificação, através de àguas diluvianas, para que ocorresse, a imersão do planeta e sobrevivência de uma sociedade humana nos moldes da original. Novamente o homem sobrevive ao desequilíbrio cósmico da grande inundação, e procura recomeçar, no entanto mesmo em terra firme, conflitos chegaram, e parece que ainda estamos procurando uma terra prometida. Será?
By Moréh Altamiro Paiva (Avraham Bar-Zohar).