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Diário de Guerra 46 – Bem-vindos ao Irã! – Jayme Fucs Bar
Sempre me pergunto de onde vem esse ódio do Irã a Israel. Um país que nem sequer tem fronteira com o nosso país, não há disputas territoriais e mesmo assim é o mais hostil de todos, a nível de ameaçar Israel em sua própria existência física.
Com certeza, existem explicações para isso e as raízes são muitíssimo profundas. Podemos determinar que a corrente xiita, dominante no Irã, sempre foi mais intolerante com os judeus do que a corrente sunita. Pode-se afirmar que, até o século XX, as relações entre judeus e sunitas foram muito melhores. Neste período os sunitas evitaram impor o islã aos judeus e aos cristãos, com exceção da dinastia Muwahedoon, no Marrocos do século XII.
De fato, desde que o Irã se tornou um país xiita, no início do século XVI, a comunidade judaica foi severamente perseguida e muitos membros foram forçados a se converter ao islã. Sofreram verdadeiros pogroms. Temos um curioso testemunho, de um grupo de judeus de Mashhad que, mesmo convertidos a força ao Islamismo mantiveram o seu Judaísmo em segredo durante mais de um século.
Outra curiosidade que fortalece essa hostilidade do Irã aos judeus seria esse conceito extremo de pureza e impureza, dentro da doutrina islâmica xiita. São conceitos que, segundo sua crença, todos aqueles que não defendem a religião correta são impuros, principalmente os judeus que rejeitaram os ensinamentos do profeta Muhammad.
Interessante que, na história judaica antiga, a Pérsia tem um lugar muito positivo na memória do povo judeu. Foi o período do grande rei persa Ciro, que incentivou os judeus a regressarem do exílio para a Terra de Sion, depois de terem sido cativos na Babilonia.
O islamismo xiita sempre teve uma posição de inferioridade frente a grande maioria sunita. Eles sempre se viram como um grupo inferior, mas a trajetória do Irã nos últimos 50 anos tem sido outra. Ganharam autoconfiança e se tornaram uma potência militar, desafiando o mundo islâmico sunita, criando tentáculos profundos em países e organizações políticas no mundo inteiro.
O mais interessante, que talvez seja um fenômeno sociológico ainda a ser estudado dentro do mundo acadêmico, são os grupos e organizações políticas que no passado eram definidos como revolucionários marxistas leninistas. Eles criaram pactos estratégicos de apoio incondicional à república islâmica xiita do Irã.
A grande pergunta é como isso foi possível? Revolucionários marxistas mantendo pacto com fundamentalismo islâmico?
A resposta que eu pessoalmente tenho é que muitos desses grupos, que no passado se definiram como marxistas, perderam sua finalidade como movimento revolucionário. Os laços que existiam com regimes socialistas fracassaram e deixaram de existir, como com a ex-União Soviética, com a China, com Cuba, Albânia, Nicarágua e a antiga Iugoslávia etc. Esses grupos, para sobreviverem, precisam de um inimigo externo para fortalecer o seu sentido interno da perda de sua identidade ideológica, a fim de preservar o fervor revolucionário que tende a desaparecer com o passar do tempo. Israel, os judeus e o sionismo servem bem a todos estes propósitos. O Irã é o elo que garante a sobrevivência da existência desses grupos.
A prova disso é ver um fenômeno surpreendente, jamais visto na história dos movimentos sociais, que é a presença de bandeiras vermelhas ao lado de bandeiras do fundamentalismo islâmico, nas manifestações de rua. Acredito que Karl Marx deva estar dando cambalhotas no seu túmulo.
Na verdade, o antissionismo, e sobretudo a guerra em Gaza, vem proporcionando muitos frutos e ganhos políticos ao Irã. E, sem dúvida, é o que mantém vivo e coeso esse regime e seus grupos satélites, entre eles os grupos e organizações marxistas.
Num país como Irã, controlado através da força e da violência, com uma teocracia repressiva e ditatorial, que se sente constantemente ameaçada de sua sobrevivência, é uma necessidade vital a hostilidade sem trégua contra Israel. Esse sim é o único meio que se pode unir a população e manter o regime fundamentalista islâmico no poder.
Muitos não sabem, mas o sionismo não é somente acusado de ter tomado as terras dos palestinos. Na verdade, o mundo árabe, tanto xiita como sunita, pouco ligam para o problema palestino. A verdadeira ameaça de Israel ao mundo islâmico não é a questão palestina e sim o que o país representa como modelo da cultura ocidental, liberal e democrática no coração do Oriente Médio.
Israel, nos seus 76 anos de existência, criou no coração do Oriente Médio uma estrutura de sociedade aberta e democrática, que ameaça a estabilidade desses regimes teocráticos ditatoriais, dentro do mundo islâmico, entre eles o Irã.
Israel é visto pelo regime xiita do Irã como a raiz da crise espiritual, moral, política e econômica que os muçulmanos sofrem na Era Moderna. Este sentimento é intensificado pela sensação de que os muçulmanos falharam em lidar com os desafios da Era Moderna, enquanto Israel e os judeus aproveitaram ao máximo e se tornaram uma pequena potência, não somente militar e econômica, mas um modelo de modernidade e desenvolvimento cultural e tecnológico.
Eu venho acompanhando com curiosidade esse estranho pacto entre grupos radicais de esquerda com o fundamentalismo islâmico. Vi uma postagem curiosa, de um grupo que se define como "revolucionários marxistas", saudando e glorificando o Irã pelo ataque a Israel. Mas curioso que, na mesma plataforma, tinha também uma campanha para liberar a maconha no Brasil.
Como podem ser tão ridículos?
Pois fiquem sabendo aqueles que defendem a liberação da maconha no Brasil e paralelamente defendem o regime do Irã: “Se você for pego fumando maconha no Irã vai ser preso, condenado e executado, arrastado por carro pelos pés, em praça pública. Isso sem falar dos direitos das mulheres, dos movimentos LGTBQIA+ e muito menos ser ateu. Ainda mais ser marxista leninista!
Me desculpem, mas a maconha que essa gente está fumando deve ser muito boa, pois é muita doideira mesmo. Chego até chorar de ver tanta bestialidade.
Já em Israel, nesse "terrível estado sionista”, você pode fumar maconha, mulher tem total liberdade, você poder ser gay, lésbica e o que mais desejar. Você tem todo direito e liberdade de ser ateu, de ser marxista leninista. Em Israel ninguém vai para o paredão por isso.
Mas lá no Irã, terra dos aliados dos "marxistas revolucionários", se você for fazer campanha para liberar a maconha no mínimo será fuzilado num paredão ou garrotado e pendurado em praça pública.
Então, cuidado. É sempre importante saber o que você defende e principalmente com quem você anda para poder ser bem-vindo ao Irã!
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Diário de Guerra 45 - Bem Perto do Apocalipse – Jayme Fucs Bar
Semana passada voltei a Israel para ficar com meus netos e dar suporte à minha nora. Seu marido, meu filho, já está há mais de 6 meses na guerra no Norte de Israel.
Fora estar com os netos e minha família, não tenho muito o que fazer aqui. Todos nós que trabalhamos no setor de turismo, de fato, estamos todo este período sem nenhum trabalho. E parece que essa situação vai durar ainda por muito tempo.
O jeito é me concentrar nas minhas atividades profissionais em Portugal, pois lá tenho algum sustento garantido e sobrevivo financeiramente. Já aqui em Israel está impossível!
Venho para Israel com um só intuito: me dedicar totalmente aos meus netos. Na verdade, ser avô é uma dádiva que recebemos em vida e aproveito cada momento disso.
No Kibutz Nachshon, local onde vivo, minha rotina é praticamente a mesma todos os dias, ficar com os netos e netas na parte da tarde do meu dia. Ontem, 13.4.24, deveria ter sido mais um desses dias em que, depois das atividades recreativas do Kibutz, os meus netos viriam para minha casa. Por acaso, combinei com a minha nora que eles iriam dormir essa noite comigo.
É logico que meus netos adoram, pois na casa do vovô a bagunça é liberada e podem fazer tudo o que é proibido na casa dos pais.
A tarde passou rapidamente e às 20h as crianças já tinham jantado e tomado banho. Coloquei minhas 3 netas e meu neto para dormir. Eles adormeceram imediatamente, pois nesse horário já estão realmente cansados.
Eu estava completamente desconectado dos noticiários e, logo que as crianças dormiram, entrei no computador para organizar uma aula de judaísmo. É uma aula que dou semanalmente a um grupo de judeus e judias emergentes, que criaram uma comunidade do Judaísmo Humanista, em Manaus.
A aula estava agendada para meia noite (17h no horário de Manaus). Eu estava concentrado na preparação da aula, que seria sobre os 10 mandamentos. Às 22h30 minha nora me liga. Senti uma grande aflição, pois meu filho está na guerra, atuando na fronteira do Norte. A primeira coisa que perguntei foi: " Hila, tudo bem com Oren?”
De imediato ela me respondeu: "Sim, tudo bem!” Mas logo me disse: "Foi acionado um alerta geral em todo Estado de Israel de um ataque de foguetes do Irã. Todos têm que entrar e dormir no bunker e, como sua casa não tem bunker, temos que levar as crianças para minha casa".
É realmente surreal esta situação. De imediato tirei cada criança ainda dormindo de sua caminha e fui colocando uma a uma no meu colo. Descia a escada e pensava que estava num filme de terror. Minha nora esperava lá embaixo, pegava cada criança, corria para casa e as colocava no bunker. E assim fizemos todo esse processo muito rápido.
Fui para casa dela ajudar a organizar toda essa situação e voltei às 23h30. Deixei tudo preparado pois, em caso de alarme, teria que correr para debaixo da escada, o lugar mais protegido aqui na minha casa.
Faltavam 30 minutos para começar a aula. Liguei a TV e comecei a entender a realidade. Só se falava sobre as dezenas de foguetes de longo alcance que chegariam nos próximos minutos em Israel. Se não havia ainda uma declaração de guerra oficial entre Israel e Irã, ontem foi declarada.
Na TV podia-se ver estampado no rosto dos jornalistas e entrevistados a tensão e as preocupações. Um grande medo de um pequeno país, a espera do impacto e suas consequências. Parecia que eu estava vendo aqueles filmes de ficção científica, com a chegada do fim do mundo. Ou uma invasão de extraterrestres, mas não! Tudo era realidade. Eu acredito que todos, sem exceção aqui em Israel, estavam fazendo suas preces para que a tecnologia antimísseis, criada pelos israelenses nos últimos anos, realmente pudesse funcionar e nos proteger.
Num determinado momento pensei em cancelar a minha aula, mas algo me chamou atenção. Quando eu estava preparando a aula, me deparei com o primeiro mandamento: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te libertou da terra do Egito, da casa da servidão." (Todo ser humano tem o direito garantido à sua liberdade e a viver com dignidade)
Esse era o momento de mostrar que ninguém pode tirar o nosso direito de liberdade e o nosso direito de viver com dignidade, mesmo estando sob ameaça de um ataque de dezenas de foguetes.
Às 17h de Manaus (24h de Israel) eu estava dando minha aula sobre os10 Mandamentos, para um grupo de oito pessoas. Antes de começar, alertei os alunos sobre essa delicada situação e avisei que poderia ter que sair correndo para debaixo da escada a qualquer momento. Mas a aula transcorreu muito bem. Falávamos de não matarás, falávamos em não usar o nome de Deus em vão e, naquele momento, nos céus de Israel, começou uma chuva de drones e mísseis, com poder mortífero de exterminar milhares de pessoas.
Pensei no Irã e em outros milhões de pessoas pelo mundo, simpatizantes desses radicais. Imaginei pessoas festejando aos gritos de alegria de AlaHukaba (Deus é Grande). Não aprenderam nada com os 10 Mandamentos, escrito em pedra vazada há três mil anos, a primeira constituição da Humanidade.
Eu estava concentrado na tela do computador dando minha aula de judaísmo, mas na minha frente a janela de vidro de minha casa mostrava o céu e o forte impacto dos antimísseis, com destroços lançados por todos os lados. Uma visão apocalíptica de chuva de pequenos meteoritos, que caíam do céu. Uma beleza macabra, que nunca tinha visto algo assim em minha vida.
Segurei minha tensão e minhas emoções frente aos alunos, numa realidade que jamais pensei em presenciar em minha vida, nesses meus 42 anos em Israel. Pensei na segurança dos meus 6 netos e netas, e pensei qual será o futuro desse pequeno país.
A aula terminou. Me senti orgulhoso de não ter adiado, mesmo estando dentro dessa difícil situação. Essa é a verdadeira mensagem a todos que nos odeiam.
Mesmo com uma chuva de poderosos foguetes balísticos, ninguém jamais vai poder nos tirar a nossa liberdade e o nosso direito de viver como judeus e seres humanos livres na terra de Israel. Na verdade, vivi ontem como muitos em todo Israel - uma sensação terrível.
Lá fora inúmeros foguetes atacando Israel e eu me reunindo com um grupo de alunos na Amazônia, estudando, refletindo e aprendendo sobre os Dez Mandamentos. Talvez essa seja a nossa verdadeira essência como judeus e judias. Essa é a resposta da nossa sobrevivência.
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LIVRO MEMÓRIAS DE UM RABINO SECULAR HUMANISTA

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LIVRO MEMÓRIAS DE UM RABINO SECULAR HUMANISTA

 

Em Memórias de um rabino secular humanista, o autor Jayme Fucs Bar nos apresenta passagens de sua vida marcada pela identidade judaica. Essas memórias misturam-se aos relatos de pensadores e movimentos sociais e judaicos que influenciaram sua visão da história e seu modo de ser e viver: um judeu humanista. Numa narrativa envolvente, o livro traz, ainda, estudos e argumentos que convidam à reflexão sobre povo tão singular. Jayme Fucs Bar, com lirismo e erudição, coloca em segundo plano o fervor religioso e conduz o leitor interessado a compreender melhor como vive um rabino secular humanista.

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Emuná [fé e crença] no judaísmo - Jayme Fucs Bar

Emuná [fé e crença] no judaísmo - Jayme Fucs Bar
Muitas vezes judeus e não judeus me questionam e se manifestam
muito contrários à forma como pratico e creio no judaísmo e de como manifesto a minha própria emuná.
Às vezes parece até ridículo alguém achar que somente o que ele
acredita é a “verdade absoluta” e a sua emuná e as outras existentes no mundo são enquadradas como pecaminosas ou hereges. Por isso, resolvi escrever este pequeno texto sobre emuná, para que esclareça a certas pessoas sobre esse direito legítimo de ter emunot diferentes!
Uma vez, um amigo me disse: “Eu não acredito em Deus”.
Fiquei curioso e perguntei: “O que você quer dizer, na sua emuná,
em não acreditar em Deus? Ou melhor: fale sobre esse Deus em que você não acredita!”.
Ele, meio inibido, me respondeu: “Eu não acredito em um Deus
sobrenatural, um pai que vive no céu, que criou o mundo em sete dias, que o universo tem somente 5 mil anos e que tudo que acontece neste mundo é responsabilidade divina”.
Dei uma grande risada e disse: “Nesse Deus que você descreveu
para mim, eu também não acredito! Mas isso não quer dizer que eu não acredito em Deus! Respeito também todos aqueles que têm uma emuná em Deus diferente da forma que eu acredito!”.
A emuná é um direito de cada um. Jamais devemos julgar a emuná do outro, pois ninguém tem a verdade absoluta. Cada um possui o direito de manifestar sua emuná da forma que desejar, mesmo que seja de forma diferente do que você pessoalmente acredita.
O judaísmo sempre foi muito rico nas suas diversas manifestações da emuná! O pluralismo é o que faz o judaísmo ser um tesouro de diversidade e sabedoria! Se você é agnóstico, panteísta, transcendental ou acredita no Deus Sobrenatural, ou mesmo se tem emuná no ateísmo, tudo bem!
Tudo isso é legítimo!
Se você é ortodoxo, tradicionalista, caraíta, reformista, conservador,
humanista, reconstrucionista, cabalista, Bnei Moshe, secular etc., todas essas correntes são legítimas no judaísmo e devem ser igualmente respeitadas.
Na minha emuná, o judaísmo não é somente uma religião: é algo
muito mais amplo que uma simples crença religiosa. Talvez a melhor forma de definir o judaísmo na minha concepção é aquela ensinada por Mordecai Kaplan, que definiu o judaísmo como civilização!
Não importa o tipo de emuná que você tenha, o mais importante no judaísmo é o que você vai fazer em sua vida para si e para o outro. Não tem nenhum sentido somente em possuir uma emuná em Deus se você não tem emuná também nos seres humanos.
Acredito que uma regra básica deve existir para a sobrevivência do
judaísmo, que é saber respeitar o direito do “outro” de manifestar sua emuná, mas isso exige uma só condição básica: que essa emuná não se torne nunca uma arma de opressão e de exclusão do direito do “outro” existir e ser diferente.
Eu pessoalmente me defino como judeu panteísta. Eu acredito no
Único e tenho a consciência de que, como bem definiu Maimônides, “nós, seres humanos, estamos além da possibilidade humana de definir o que seja Deus e tudo que possamos definir sobre Deus não passa de simples especulações humanas”.
Eu acredito que tudo que existe neste universo é parte da criação do Único, somos todos parte dessa unicidade e, se desejamos sentir o que vem a ser esse esplendor, devemos observar que Deus se manifesta na Natureza e em nossas próprias paixões!
Deus é a perfeição e o equilíbrio. A única coisa desequilibrada na
criação do Único somos nós, seres humanos, que ganhamos o livre-arbítrio e o usamos, muitas vezes, de forma incorreta e destruidora para nossa própria espécie.
Vocês não precisam concordar ou discordar de mim, essa é a minha
emuná e a beleza disso é que teríamos milhares de formas e expressões diversas e extremamente ricas, se fosse possível analisar o que cada um de vocês tem como sua emuná particular.
Na minha emuná, Deus não é responsável pelos problemas da humanidade e do planeta Terra. Deus não é responsável pela fome, pela miséria e pela violência degenerada no mundo, nem mesmo pela destruição ecológica do planeta. Nós, seres humanos, temos a função de ser responsáveis por humanizar nossas vidas e saber valorizá-la. Precisamos saber fazer da vida o “Kodesh Hakodashim”, o Santo dos Santos! Tudo isso está em nossas mãos, e não nas mãos de Deus.
Existe um conto judaico que nos ajuda a entender esse conceito
de emuná. Conta-se que existia uma família judia muito pobre que fugiu dos pogroms na Polônia para a América. Como imigrantes recém-chegados, quase não tinham o que comer e rezavam muito pedindo um milagre.
De repente, ouviram uma batida na porta e, ao abrir, encontraram dezenas de pessoas.“Quem são vocês?”, perguntou o pai.
Cada um dos visitantes se apresentou: “Eu sou a fé. Eu sou a felicidade. Eu sou a saúde. Eu sou o sucesso. Eu sou o poder”.
A família, sem entender nada, foi esclarecida num coro único: “Nós
somos os seus desejos! Mas, vocês só podem escolher um de nós para entrar em sua casa”.
Os membros da família debatiam o que seria melhor: sucesso ou
saúde? Felicidade ou poder? Alegria ou riqueza?
No final, tomaram sua decisão. Eles saíram de casa e falaram aos desejos: “Nós escolhemos a emuná”.
E assim a emuná entrou na casa. Então, todos ficaram surpresos, pois os outros desejos entraram junto com ela! “O que está acontecendo aqui?”. O pai ficou espantado. “Vocês
disseram que nós poderíamos escolher apenas um desejo”.
“É verdade que vocês só poderiam escolher um só desejo”, explicou
a alegria. “Mas aonde a fé vai, nós vamos atrás”.
O judaísmo é composto por emunot diferentes! Você tem o direito
de seguir sua emuná e ninguém tem o direito de te atrapalhar. Se você seguir sua emuná, com certeza terá uma grande chance de ter seus desejos e sonhos realizados.
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