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O "bolo" Judeu

Uma das metáforas mais usadas quando se fala de renda, recursos e distribuição, é o "bolo".

 

O capitalismo, por exemplo, propõe-se aumentar o tamanho do "bolo" económico comum através da aceleração do crescimento económico, de modo que, no final, mesmo o menor pedaço do "bolo" é grande o suficiente para alimentar e sustentar até pessoas mais pobres na sociedade

 

A teoria econômica de Marx é baseada na partilha equitativa do "bolo."

 

A literatura fundamental do Judaísmo, o TaNaKh, não está tão preocupado com a falta de recursos materiais, mas sim pelo comportamento humano. Portanto, a Torá, os Profetas e os Escritos- os livros que compõem o TaNaKh- sustentam que a preocupação não é com o "bolo" que não pertence aos seres humanos, mas a Deus.

 

A preocupação da teoria econômica judaica não é tanto sobre o "bolo", como ela é sobre os convidados: é uma teoria da moralidade humana.

 

O povo judeu deu ao mundo uma economia que comanda "para anular um canto de um campo, o canto da colheita para os pobres." Ele deu ao mundo o conceito do dízimo, uma teoria que fala de dignidade, empatia e justiça económica.

 

O que a literatura fundamental de Israel diz é que quando os problemas econômicos são considerados do ponto de vista moral, não há necessidade, e certamente nenhuma pressão para acumular riqueza ou acelerar o crescimento económico.

 

Isto é claramente descrito no capítulo 25 do livro de Levítico, que detalha o "ano sabático" e de "Jubileu".

 

O que essas leis dizem é que a terra é  de Deus e que nós vivemos neste mundo como estrangeiros e viajantes, e todos nós temos é simplesmente um empréstimo que nós foi dado por um tempo limitado. A ideia é que o que possuímos, nós devemos.

 

Na teoria econômica judaica, os seres humanos são apenas mordomos ou depositários dos bens de Deus. A responsabilidade humana é a de gerir adequadamente a riqueza que Deus confiou aos seus cuidados.

 

No judaísmo considerações de caridade, moralidade e bondade são parte da estrutura do mercado.

 

Parafraseando Meir Tamari, ex-economista-chefe do gabinete do governador do Banco de Israel, essas considerações não são deixadas à " escolhas agonizantes " do indivíduo ou a seu nível pessoal de religiosidade.

 

Em vez disso, elas são parte da política e do código de regulamentação de conduta na esfera econômica. Assim, além de atos pessoais e voluntários de eventos de caridade e filantropia, há também atos de caridade financiada pelo dinheiro "santo", a obrigação de indivíduos e corporações para cumprir as suas obrigações para financiar as necessidades da sociedade.

 

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LAG B'ÔMER

Hoje dia 33º dia de Omer – Lag B’Omer - uma grande energia positiva é transmitida por todo o universo. Rabbi Shimon bar Yochai, o autor do Zohar, optou por deixar este mundo exatamente neste dia por sê-lo capaz de revelar enorme quantidade de Luz, removendo, assim, toda a escuridão que existe no mundo.

Rabbi Shimon, portanto, formou uma ponte para os mundos espirituais, dando-nos acesso a esta poderosa Luz. Nesta data, podemos nos conectar com a sua alma, elevando nossa consciência a um ponto em que todos podemos reparar qualquer separação que tenhamos em relação a esta energia. Através desta conexão, podemos regressar a nossas ações negativas, corrigindo-as de forma profunda.

Em Lag B’Omer, podemos seguir o exemplo de Rabbi Shimon: utilizando a sua ajuda para nos transformarmos, removermos nossa negatividade e desenhar bênçãos infinitas.

Na comemoração da hiluláh de um Tsadik, acendemos uma vela, e pronunciamos a bênção abaixo:

“Shimon Bar Iouchai Kohen Gadol zechuto yagen aleinu amen”.11419596696?profile=original

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Os negros e os judeus Jane Bichmacher de Glasman

Você sabia que há judeus negros? Na África há dois povos muito antigos que só recentemente foram reconhecidos como judeus: os Falashas e os Lembas. Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul e arredores têm ascendência judaica. Os Lembas fazem circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia da semana para orações e não comem carne de porco ou de hipopótamo, considerado parente do porco. Segundo sua tradição oral, eles viviam num lugar chamado Sena. Há no Iêmen uma vila com esse nome que até o século X ficava num vale fértil, abastecido por um açude. Quando este secou, a maioria das pessoas partiu. Geneticamente, os lembas são parentes dos Cohanim que junto com os Levi e os Israel formam um dos três grupos em que se divide o povo judeu. Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3.100 anos atrás. Pela tradição judaica o período coincide com a vida de Aarão, irmão de Moisés, de quem os Cohanim descendem. Provavelmente o grande pai também dos negros lemba. Os falashas (nome pejorativo que significa estrangeiro) ou Beta-Israel são totalmente negros como os demais abissínios. Na Etiópia formavam uma comunidade atrasada e fechada que preservava, intactos, usos e costumes que remontam a mais de dois milênios, dizendo-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha etíope de Sabá. Foram localizados em meados do século XIX e só em 1947 os rabinos-chefes de Israel admitiram formalmente serem eles judeus. Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas. Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis rituais da forma como eram descritas na Torá. Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seu vilarejo. Viviam na Etiópia até a grande seca de 1985 quando, para salvar-lhes a vida, Israel montou a “Operação Moisés” para tirá-los secretamente, via aérea, da África e levá-los ao Estado de Israel. No dia 21 de novembro de 1984 começou esta operação. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. Um dos jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no livro de recordes Guinness. Ao longo dos anos, a comunidade de judeus negros da Etiópia já chegou às 80.000 pessoas em Israel, mas o governo africano ainda retém entre 18 e 26.000 judeus em seu território. “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Ao chegarem em Israel, os médicos diagnosticaram nos falashas casos fisiológicos e de nutrição semelhantes aos encontrados nos sobreviventes dos campos de concentração. Chegaram magros, famintos, sem propriedades. Hoje eles são parte integrante da sociedade israelense. Nunca é demais lembrar que Israel foi o único país que retirou negros da África para lhes dar vida, conforto, estudo, trabalho e dignidade. Além da África, na Índia há duas comunidades de judeus negros. Os mais conhecidos são os Bene Israel, de Bombaim. Sua cor é escura e a língua cotidiana é o marata. Sua vida diária pouco difere da população indiana, exceto quanto à religião. No Sul da Índia, em Cochin, há os judeus totalmente negros como os demais indianos do sul, cuja língua é o malaiala, idioma falado antes das invasões indo-européias. Remontam suas origens a uma da 10 tribos de Israel desaparecidas no exílio assírio, embora não seja historicamente comprovado. Nos EUA há grupos de negros que praticam o judaísmo e se chamam de "judeus etíopes". Sua posição é um tanto radical em relação aos judeus brancos. No Brasil, além de negros, os quilombos reuniam 'bruxas', hereges, ciganos e judeus. Há registros da presença permanente nas aldeias de mulatos, índios e brancos. A perseguição da época a minorias étnicas, como judeus, mouros e outros, além do combate às bruxas, heréticos, ladrões e criminosos, explica brancos terem ido viver no quilombo de Palmares. Zumbi foi o maior líder quilombola e sem dúvida o mais enigmático e místico. Sob seu reinado viveu e lutou o maior quilombo da história; grande também pela sua face multiétnica, pois em suas fortificações se refugiaram os escravos foragidos, os judeus perseguidos, os hereges e os índios entre outros, segundo as últimas descobertas de arqueólogos e etnólogos. Por volta de 1590, os primeiros fugitivos africanos rompiam suas correntes e fugiam para se agrupar na floresta, nas matas e sertões do Nordeste do Brasil. Pouco numerosos, eles se organizavam em bandos de fugitivos. O número foi aumentando, eles se reagruparam em uma primeira comunidade, que ao longo de sua existência chegou a contar com uma população de mais de trinta mil rebeldes, homens e mulheres de todas as origens. Eles constituíram o primeiro governo de um Estado livre no novo mundo. Inicialmente a população era de negros e poucos índios. "Zumbi dos Palmares abriu o quilombo não apenas aos negros foragidos da escravidão, mas também aos judeus que estavam fugindo da inquisição". Com a chegada de numerosos judeus fugidos da inquisição, a população abriu-se aos brancos e estes últimos muito inspiraram a sua organização econômica e política a partir de então. O quilombo era organizado como um pequeno Estado. Havia leis e normas que regulamentavam a vida dos seus habitantes, algumas até muito duras; roubo, deserção ou homicídio eram punidos com a morte. As decisões eram tomadas em assembléias, da qual participam todos os adultos, sendo aceitas, pois resultava da vontade coletiva. Zumbi tornou-se dirigente de Palmares ao questionar, em 1678, a liderança de Ganga Zumba, que, seduzido por um “acordo de paz”, aceitou transferir os quilombolas para uma espécie de “reserva”, onde eles teriam que viver sob vigilância. A resistência de Zumbi a esse engodo é exemplar. Desde muito cedo, negros perceberam que, para se livrar da escravidão, não seria preciso apenas se libertar das correntes; era necessário, também, construir um novo tipo de sociedade. Palmares significava esse desafio não só por organizar-se como uma República dentro de uma sociedade colonial, mas também por questionar as próprias bases do sistema. É o que fica evidente no relato do português Manuel Inojosa, em 1677: “Entre eles tudo é de todos e nada é de ninguém, pois os frutos do que plantam e colhem ou fabricam nas suas tendas são obrigados a depositar às mãos de um conselho, que reparte a cada um quando requer seu sustento”. Foi isso que motivou as dezenas de investidas militares contra o quilombo – que também abrigava judeus, índios, brancos pobres e gente perseguida pelos colonizadores – até sua completa destruição, pelo sanguinário bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694. Palmares, contudo, em vez de representar a história de uma derrota, é, até hoje, um exemplo da importância da luta. Zumbi dos Palmares abriu o quilombo para os judeus. Ele não abriu apenas aos negros foragidos da escravidão, mas também aos judeus que estavam fugindo da inquisição. Quando homenageamos no dia 20 de novembro a “Consciência Negra”, é preciso relembrar os horrores e a suprema vergonha do passado escravagista, da mesma forma que devemos relembrar os horrores do Holocausto dos judeus e outras minorias da II Guerra Mundial.

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Kidush Ha-Shem

Como os seres humanos gerem as suas vidas e, portanto, a maneira como eles se comportam é ditada pela forma como eles compreendem as circunstâncias que os cercam e as coisas que lhes acontecem.

 

Judaísmo, como todas as culturas, religiões, filosofias, fornece os conceitos e ideias com as quais os seres humanos dão sentido ao mundo em que vivem.

 

O que caracteriza o judaísmo é que todos os seus conceitos e ideias são baseadas em entendimentos fundados nos 24 livros de sua literatura fundamental: o TaNaKh. Se um conceito não se baseia no TaNaKh então este não é um conceito judaico.

 

Aqui há muito margem de manobra. Diferentes interpretações geram diferentes tipos de judaísmo. Embora as diferenças, às vezes podem parecer grandes e dar a impressão de ser intransponíveles, o que elas têm em comum é mais significativo do aquilo que as separam.

 

Um exemplo disso é a evolução do versículo 32 no capítulo 22 do livro de Levítico:

 

Não profanareis o meu santo nome, mas serei santificado entre os filhos de Israel. Eu sou o Senhor que vos santifica,

 

Como pode um ser humano santificar Deus?

 

O profeta Isaías dá a resposta:

 

"Deus, o Santo, é santificado pela justiça."

 

Pode muito bem ter sido que em Levítico "santificação" pode ter significado: "profanar o nome de Deus fazendo sacrifício errado." Seja como for, Isaías transformou o que poderia, em algum momento ter sido um mandamento ritual em uno moral.

 

Posteriormente, a tradição rabínica, seguindo Isaías formulo um dos conceitos mais distintos do Judaísmo: Kidush Ha-Shem.

 

Tragicamente popularizado como o conceito que orientou a escolha da morte sobre a conversão forçada, particularmente durante as Cruzadas e a Inquisição espanhola o conceito de Kiddush Ha-Shem é comummente entendido como sinónimo de "martírio".

 

A intenção do conceito de Kiddush Ha-Shem, no entanto, não é uma ordem para os judeus para se tornar mártires. É mais precisamente um imperativo para os judeus a se comportar além de seus interesses individuais de modo que o comportamento individual se torne e um exemplo para todos os seres humanos.

 

Kiddush Ha-Shem é a implementação dos conceitos bíblicos muitas vezes incompreendido: "um reino de sacerdotes e uma nação santa", "povo escolhido" e "uma luz para as nações".

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Já estamos usando óleo de cozinha para substituir combustível para seu automóvel.Já estamos usando óleo de cozinha para substituir combustível para seu automóvel.

Não jogue fora óleo de cozinha usado!!! Você pode convertê-lo em biodiesel no seu micro-ondas para usar no seu carro. Uma equipe de cientistas da Universidade Bar-Ilan em Israel desenvolveu uma técnica de processamento inédita que transforma óleo de cozinha usado em combustível para automóvel de uma maneira econômica.

Biodiesel que vem de óleos naturais e gorduras podem em principio, afastar carros e caminhões da gasolina e do diesel fabricados a partir de combustíveis fósseis. É um combustível biodegradável, renovável e não tóxico. Ele também emite menos hidrocarbonetos e dióxido de carbono do que os combustíveis convencionais de transporte e poderia ser uma solução para o problema da poluição ambiental enfrentado por cidades como Nova Delhi.

Uma variedade de matérias-primas que contenham ácidos graxos, tais como óleos vegetais ou gorduras animais, foi testada para a produção de biodiesel. Mas o alto preço do óleo vegetal descartou seu uso para fabricação de biodiesel. O óleo descartado de cozimento é, portanto, a fonte preferida porque é um resíduo ambiental gerado em toneladas em todo o mundo.

Agora, Aharon Gedanken e seus colegas do Depto. de Quimica da Universidade de Bar-Ilan reivindicam ter desenvolvido um método mais simples e acessível. Usando um forno de micro-ondas e esferas revestidas com catalisador, eles criaram uma nova maneira de converter óleo de cozinha usado em biodiesel, segundo o relatório publicado por eles na última edição da Revista American Chemical Society / Energy & Fuels.

Os pesquisadores desenvolveram esferas de sílica (dióxido de silício) revestidas com um catalisador, nanopartículas de óxido de estrôncio, e adicionou a elas o óleo desprezado por um restaurante próximo à Universidade. Depois disso, eles “eletrocutaram” a mistura num forno de microondas modicado para estimular a reação química chamada “transestericação”.

De acordo com o relatório, quase 100 por cento do óleo de resíduos foi convertido em biodiesel em apenas 10 segundos. Os pesquisadores também conseguiram recuperar as esferas e reutilizá-las, pelo menos, 10 vezes com resultados semelhantes. O biodiesel obtido a partir de resíduos de óleo pode ser usado “sem a necessidade de grandes modicações na estrutura física do motor em veículos de transporte”, disse o relatório.

“Assim, a produção de biodiesel rápido e eciente com base no catalisador sólido, juntamente com radiação contínua de microondas, pode ser um processo importante para a transformação de óleo de cozinha usado”, disseram os cientistas, acrescentando que o seu relatório é o primeiro passo para a construção de uma planta piloto semi- industrial para fazer biodiesel a partir de resíduos de óleo.

fonte: Universidad Bar-Ilan

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