As vezes, as nossas preocupações, os nossos medos e as nossas incertezas tomam conta do nosso interior e isso faz nos afogar em pensamentos e em muitas vezes até em depressões.
Eu descobri um bom remédio! Que me ajuda muito! Que é no final da tarde aqui no Kibbutz Nachshon observar o por do sol, e contemplar as montanhas de Jerusalém e as grandes árvores que existe em minha volta e no final agradeço ao criador pela vida!
Procuro fazer esse ritual quase que diário, e isso me ajuda muito a recompor as energias e olhar para a nossa realidade por um prisma diferente e entender que tudo isso que estamos vivendo é nada mais que uma passagem, que nos oferece um grande aprendizado.
Isso me fez lembrar de um conto judaico que uma vez ouvi e esqueci, mas talvez por essa razão ele veio de volta as minhas lembranças e quero compartilhar com vocês!
Um dia um sábio Judeu estava com seus alunos no lago da Galileia,era final da tarde, onde pequenos raios de sol caiam sob as águas como se fosse petulas douradas, o seu brilho iluminava as grandes colinas do Golan, e as gaivotas voavam sobre as águas anunciando a chegada de um cardume, o vento trazia um suave cheiro das flores silvestre.
Tudo era lindo e perfeito !
O coração do sábio Judeu se encheu de Amor, que o levou a se desconectar por alguns minutos do tempo, e quando regressou no seu rosto escorria uma lágrima de tanta felicidade! E ele agradeceu ao Criador por tanto esplendor!
O Sabio Judeu olhou em sua volta e percebeu que seus alunos estavam dispersos sem ter a possibilidade de se conectar com aquele momento mágico e chamou a todos para sentar ao seu lado e perguntou!
“ O que seria para voces às sete maravilhas do mundo? “
Cada um pensava e dizia em voz alta uma das Maravilhas!
Jerusalém! O Muro das Lamentações! , As sinagogas de Sfat!, As Piramides do Egito!, As muralhas da China!, A Tumba dos Patriarcas!, Taj Mahal!, Tumba de David!, A Torre Eifel!, Estátua da Liberdade! etc…
O Sabio Judeu ficou em silêncio e disse:
– " Olhem em sua volta e observem em total silêncio às sete Maravilhas do Mundo".
1. VEJAM essa maravilha que o Criador nos deu!
2. OUÇAM essas lindas gaivotas!
3. TOQUEM sua mão nessa terra que vocês estão sentados!
4. SINTAM o gosto doce dessas águas!
5. CHEIREM o perfume das flores silvestres!
6. SORRIAM de Felicidade, pois a Vida é Bela!
7. E AMEM o próximo como a si mesmo!
O silêncio prevaleceu!
A Grande sabedoria é que devemos apenas respirar, sorrir e observar essas Maravilhas que estão presente em nossas vidas e que em muitas vezes esquecemos de valoriza-las.
Shabat Shalom!
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Nesses últimos tempos tenho observando o triste processo politico que estamos vivendo em Israel e com certeza em vários lugares do mundo entre eles no Brasil, me fez pensar muito numa das personalidades que muito admiro que é Prof. Yeshayahu Leibowitz, que nunca soube como realmente defini-lo um cientista, um rabino, um sábio ou um profeta , talvez ele foi em vida um pouco de tudo isso.
Na verdade, fico até meio inibido e com muita humildade escrever esse artigo, pois estou muito longe de ser um grande entendido sobre esse grande homem que somente com o tempo e a idade comecei a aprender a compreender Leibowitz quando descobri que a muitos anos eu o compreendia dentro do meu olhar como um judeu humanista e descobri que o pensamento dele era, mas complexo do meu entendimento, na verdade não tinha compreendido nada!
Leibowitz. sempre esteve totalmente conectado com uma visão puramente judaica religiosa à crença na totalidade absoluta do monoteísmo maximalista, visão judaica pouco conhecida por muitos, que entrava constantemente em choque e contradição com muitos valores das correntes judaicas religiosas tradicionais e com a própria sociedade israelense, Leibovitz não foi somente um crítico da direita nacionalista mas também foi um desespero para as correntes religiosas e um, tapa na cara dos socialistas trabalhistas. Ninguém e nada escapava das críticas e dos seus discursos diretos e profundos.
Ele alertou de forma muito clara sobre o perigo e as consequências da ocupação de Israel aos territórios de Judeia, Samaria e Faixa de Gaza em 1967 e isso aconteceu no período do governo trabalhista, e veja o seu pronunciamento que talvez ajude a esclarecer as ideias profundas de Leibowitz que muitas vezes vai além da nossa compreensão.
“Quando uma pessoa ou um grupo de pessoas acreditam que o Estado, nação, pátria, segurança, etc. são valores supremos, e a lealdade deve ser incondicional e onde esses valores sãos uma necessidade absoluta e se tornando uma santidade — ele torna essa gente capaz de realizar todos os atos de abominação aos interesses destes sagrados ideais, sem remorso! Isso é válido não só para o povo alemão, mas para todos os povos do mundo e a qualquer pessoa, até mesmo para grupos de judeus que em seus atos se vem como a apoteose do país" …
Para Leiboviwtz no Judaísmo a vida é coisa mais sagrada e não à terra, a pátria ou a nação. Essa visão esta totalmente ligada ao Conceito do Monoteísmo maximalista onde ele nos dizia que existe seres humanos que se comportam como Deuses em nome de ideias “ santificadas” e independente de suas origens podem transformar suas ideias e seus líderes em religiões. Leibowitz sempre nos alertava sobre o perigo desses pensamentos que pode levar a qualquer povo inclusive aos judeus a se comportarem como fascistas.
Um dos grandes Legados de Leibowitz foi a sua coragem de alertar a nossa consciência judaica e humana desse perigo e essa é a sua grandeza que considero esse homem um profeta dos tempos modernos.
Leibowitz tinha a capacidade de ver o mundo na ótica do olhar judaico maximalista , que apesar de negar ser um grande humanista, foi, e sempre será um exemplo de um grande ser humano.
Para muitos, ultra nacionalistas, religiosos, liberais, socialistas, etc… As palavras de Leibowitz sempre feriu como se fosse uma faca pontuda, ele não perdoava ninguém de uma severa crítica,mas se você não tivesse medo e desejava ouvir e aprender algo novo em sua vida, ou melhor encontrar uma luz na nossa escuridão e se libertar,essa era uma boa oportunidade!
Leibowitz diferente de muitos observa o mundo judaico com um olhar totalmente diferente do comum, por isso que suas palavras sempre nos machucava, pois ele tinha a capacidade de nos fazer espelhar em nossos próprios rostos, e nos ver em nossa total nudez , a nudez do medo e das incertezas! Que para ele é era, na verdade,o espectro do fascismo existente em cada um de nos.
Isso me faz lembrar uma magnífica frase que escutei de um outro mestre que venho aprendendo muito o Psicanalista Paulo Blank que diz que “ O Fascismo é a condição natural do homem, e compete a cada um de nos combate - lo "
Leibowitz em sua crença ao monoteísmo judaico maximalista mostrou essa sua fidelidade, em uma de suas conferências que enchiam as salas por todos os lados ele falava de forma apaixonante e com muita clareza sobre o mundo da ciência e as grandes pesquisas que estavam descobrindo muitos dos segredos do universo e da vida. Mas, de forma surpreendente como sempre foi Leibowitz quando estava prestes a finalizar a conferência, ele pegou o apagador e apagou tudo que tinha escrito no quadro, as pessoas ficaram sem entender nada, e ele declarou que tudo isso era sem sentido e que seres humanos jamais seriam capazes de aprender todos os segredos da Criação. Tudo que existe nesse mundo é trabalho de Deus, e disse, compreender os caminhos de Deus, está além da nossa capacidade humana e assim terminou a conferência.
Ele criticava qualquer tipo de idolatria, onde criou uma grande polêmica principalmente no mundo religioso quando chamou de Idolatria todos aqueles que iam " rezar" no muro das lamentações – Kotel em Jerusalém e colocavam seus papelzinhos. Ele dizia " Discoteca do Muro!" " Idolatria!"
Imaginem quantos milhões ou talvez bilhões de pessoas ele ofendeu! Mas esse é o Homem! Assim ele falava sem " Papa na Língua" as coisas para ele eram claras e profundamente Judaica . E quem não gostava ele não estava nem ai, para as críticas e as duras palavras que se referiam a ele!
Quem não foi ao Muro – Kotel fazer um pedido ou colocar seu papelzinho! Eu fui, e vou e todos vamos! Mais se queremos aprender a entender o conceito de Leibowitz do que ele se refere a um monoteísmo Maximalista ele tem razão. Isso é idolatria, pois para ele o Muro o Kotel é tão sagrado como a sua casa ou qualquer lugar no mundo, pois tudo que existe nesse mundo é criação de Deus e não existe um lugar mais sagrado que o outro, é lógico que ele entendia a importância histórica, cultural e religioso do Muro — Kotel e as suas pedras que restou do segundo templo, mas para Leibowitz era inaceitável ver esse lugar como o mais sagrado .
Eu chequei em Israel em 1982 e depois de um ano em Israel o Celso Garbatz que era amigo e educador de um grupo da escola secundária dos Kibutzim da região me convidou para ser Madrich (Monitor) de um grupo de adolescentes de 15 -16 anos e nesse trabalho aconteceu uma tragédia no grupo escolar uma menina se suicidou em casa e isso foi um abalo muito grande na escola , não sei exactamente como, mas o Celso conseguiu marcar um encontro na casa de Leibowitz em Jerusalém, eu não tinha ideia quem era essa figura, na verdade um Figurão!
E não tinha suficiente conhecimento de hebraico para entender tudo o que foi dito lá , somente me lembro que o encontro com o grupo escolar foi para falar com ele sobre o suicídio trágico que aconteceu ,e me lembro o que, mas me impressionou foi entrar na sua casa e ver a simplicidade e a forma espontânea que nos recebeu, onde sua casa estava sempre aberta ao publico em geral.
Lembro dele sentamos na sua sala que era uma grande biblioteca com livros espalhados por todos os lados, e ai estávamos todos sentados e depois de uma pequena apresentação, acho que o Celso perguntou o que ele tinha a dizer sobre a morte da menina do grupo que de forma trágica se suicidou ele a princípio disse que lamentava muito sobre isso, mas de repente do seu estilo especial de ser e da sua forma exótica de se expressar deu um Grito onde ele disse algo assim “ Vieram até aqui falar de Morte! Eu somente falo de vida, pois a morte é a única coisa certa", mas acrescentou “ Só o corpo de uma pessoa morre, mas a pessoa se assim vocês desejarem continuará a existir para sempre"
Yeshayahu Leibowitz morreu em 1994, mas ele continua a existir em nossos corações para sempre!
Numa pequena cidade ucraniana, por volta de 1876, Salomão Rabinowitz foi entrevistado por um rico proprietário de terras judeu para a posição de professor particular. O potencial empregador queria sobretudo saber se Rabinowitz tinha estudado a passagem bíblico sobre as filhas de Zelofeade: "Sim, senhor", respondeu o licenciado de 17 anos.
O que o magnata estava tentando descobrir era se o jovem Salomão seria o professor certo para a sua filha e netas: Rabinowitz conseguiu o emprego.
Dezanove anos depois e pelos 21 anos seguintes, escrevendo sob o pseudónimo "Sr. Como você está?", o outrora tutor deixou sua marca como um dos escritores judeus modernos mais reconhecidos. Ao compor o que viria a ser a sua composição principal, o "Mark Twain judeu" aplicou as lições aprendidas sobre as filhas de Zelofeade.
Quando suas histórias de "Tevye o leiteiro” se tornaram o primeiro teatro musical da história a superar 3.000 apresentações sob o nome de “Violinsta no Telhado, como Shalom Aleichem – ("Sr. Como você faz ”)- é amplamente conhecido- transmitiu a lição das filhas de Zelofeade.
O " Violinista no Telhado ", em efeito, abre com Tevye exclamando:
"Tenho cinco filhas", e, assim, sugerindo desde o início uma associação com Maala, Noé, Hogla, Milca e Tirsa, as cinco filhas de Zelofeade.
O facto de conhecermos os nomes de cada uma destas cinco mulheres bíblicas é, por si só, notável. De fato, o quarto livro da Torá faz questão de repetir seus nomes individuais duas vezes, enfatizando que essas não são apenas as filhas de seu pai, Zelofeade, mas também suas próprias pessoas.
Elas conquistaram esse respeito planejando uma ação oportuna e corajosa para aparecer diante do que seria o equivalente ao Supremo Tribunal de Justiça de hoje. Cada filha argumentou uma razão diferente que desafiava a injustiça de permitir que apenas os filhos, e não as filhas, herdassem dos seus pais.
Apesar do seu alarmante desafio à tradição, centenas de anos mais tarde os sábios judeus ainda elogiariam a sua motivação para estabelecer a justiça, a sua sabedoria na apresentação do caso, e a sua capacidade de compreender o propósito das leis.
A sua lição é que não é apenas a justiça de uma causa, mas o espírito de solidariedade, a compreensão da lei e a forma como é apresentada que explica a mudança bem-sucedida de situações jurídicas que são injustas.
O mundo do Sholem Aleijem, como o das filhas de Zelofeade e de muitos outros entre eles e depois deles, enfrentavam condições imorais, se não mesmo completamente odiosas. As filhas de Zelofeade, como as de Tevye, enfrentaram estas circunstâncias com sabedoria e a convicção de que a sua causa era justa.
As filhas de Tevye reagiram às leis que encorajavam a pobreza, a discriminação, a desigualdade, a divisão, e a complacência com coragem e articulação clara dos problemas que enfrentavam.
No início do " Violinista no Telhado ", durante o que é chamado o Prólogo Musical, todos cantam "Tradição". Mas é aí que começa o " Violinista no Telhado," e não onde termina.
As filhas de Tevye, como as filhas de Zelofeade, como os judeus do século XXI, não estabelecem a sua ligação ao judaísmo por causa da sua antiguidade, mas sim na medida em que o judaísmo contém ideias valiosas. O tipo de ideias que podem subscrever e com as quais podem enfrentar as injustiças, muitas das quais são o resultado de mudanças nos tempos em que cada geração vive.
Da mesma forma que o " Violinista no Telhado " canta " Tradição ", ele também canta "Para a vida", "Lekhayim".
O valor da tradição reside apenas na sua capacidade de fomentar a vida. A tradição não é uma desculpa para a preservação de um passado que impede o futuro.
O Lugar que tenho maiores saudades de estar nesses tempos de Corona em Israel é Sfat, não sou religioso e nem místico, mas não sei explicar sempre que estou em Sfat algo acontece, o que comecei a perceber com minha intuição que certas pessoas que vivem nesse lugar chamado Mekubalim (cabalistas) sempre estão conectados com outro pronto a intervir em várias situações que você não pode imaginar e nunca sabe de onde vem!
Situações que nos parece algo do cotidiano se transformam em dádivas de Luz, elas vem sempre desses Mekubalim que poderíamos chamar de Magid ( Magos) eles estão sempre prontos para intervir como forma de ajudar o outro , a se conectar com a sua neshama (alma) que é esse nosso interior meio perdido com o tempo e desconectado com a criação.
Para essas pessoas se conectar com o outro o diferente para dar uma luz, é como se fosse uma troca, pois no ato que voce recebe essa luz ele recebe (Cabala) tambem uma outra luz.
Essa luz que ele dá ao outro o ajuda evoluir o seu interior é como se estivesse galopando numa carruagem de luz (merkava) que sobe nas escalas mais elevada para encontrar mais luz. Essa Luz eles chamam de sod (Segredo) ,e cada vez que um segredo é revelado, se abre uma nova porta para se descobrir um novo segredo quando mais segredos são revelados maior é a luz que se tem no seu interior.
Tenho dezenas de exemplos e situações para contar que vivenciei em Sfat com esses Mekubalim, que dá para escrever um livro, conto para vocês uma situação curiosa que me fez ri muito e também pensar.
Estava a alguns anos atras passeando com 3 mulheres divorciadas, que resolveram se ajuntar para passear em Israel, chegando Sfat estávamos sentados em frente a loja das velas perto da sinagoga do Yzaak Luria, estava contando para as mulheres sobre a Historia de Sfat e de repente passa ao meu lado um desses Mekubalim, (Cabalistas) com uma barba bem longa, e fica olhando para as 3 mulheres como se estivesse radiografando cada uma delas, essa situação me incomodou muito, pois no meio da explicação alquiem para em silêncio ao meu lado e fica olhando para as mulheres, parei no meio das minhas explicações e perguntei em hebraico
- “o Sr.sabe português?”
Ele ainda compenetrado nas mulheres me disse - “ Não! Eu estou observando que essas mulheres vieram aqui para Israel não para passear”!
Eu ri e perguntei “ Mas então o que elas vieram fazer aqui em Israel”?
Ele me respondeu “ Vieram procurar um bom marido”!
Eu não aquentei dá forma que ele respondeu e dei um rizada contagiante!
Nessa situação as mulheres já com muita curiosidade me perguntaram o que esta acontecendo? Do que você esta rindo dessa maneira?
E eu respondi "vocês me perdoem a intromissão na vida pessoal de vocês, mas ele disse que vocês vieram para Israel não para passear e sim procurar um bom marido"!
As Mulheres cairão na gargalhada de felicidade de certa forma confirmando o que disse esse homem vidente.
Ele, mas uma vez me interrompeu e me disse: “ Fala para elas que quero dar uma bracha ( Benção) para cada uma delas que vai ajuda-las encontrar um bom marido, ou aqui em Israel, ou la’na terra delas”.
De imediato as mulheres concordaram e ele pediu para as mulheres colocarem um lenço na cabeça e ele sem a toca las fez uma bracha (Benção) para cada uma e disse que agora ele podia ir embora, uma delas tomou a iniciativa de querer dá um dinheiro de gratificação a ele que se recusou e disse
" Dá uma Bracha ( Benção) para ajudar uma pessoa é a minha obrigação! Não tem nada a ver com dinheiro” e continuou o seu caminho.
Eu sei que vocês estão perguntando! Se Elas conseguiram um bom marido?
Eu não sei, mas acredito que somente a intenção, a intuição e o jeito especial de se conectar com elas de forma de trazer o bem as fez levar para suas casas uma luz que elas receberam e pode com certeza ajuda las a encontrar um bom marido!
Eu não entendo nada de Cabala, mas aprendi com a vivência com esses Mekubalim que não adianta você somente estudar a Cabala se você não tem uma prática desses ensinamentos Isso quer dizer se você não sabe se conectar para desvendar o ( sod) o segredo” significa que você, não esta, preparado para praticar a Cabala!
Os Mekubalim conseguem colocar em foco o próximo em suas vidas e estão constantemente conectados com o outro para poder aprender através de uma boa ação o desvendar de um novo segredo que no pensamento da Cabala, vai proporcionar o aparecer de um novo segredo e esse processo é sem fim.
Já houveram Mekubalim no passado que usaram a Cabala da Magia para tentar descobrir sobre todos os segredos da vida simplesmente enlouqueceram ou até se suicidaram!
Jamais será possível descobrir todos os segredos da Vida, mais cada segredo descoberto abre uma nova porta elevando a alma e o espírito . A Cabala não é como muitos pensam um ensinamento sagrado. É sim o ensinamento de descobrir o segredo.
Espinosa em seu tempo entendeu que a forma de você se conectar com o ÚNICO é possível através da existência de tudo que seja a sua criação,observar e contemplar com atenção tudo que está em sua volta é isso que nos ajuda a se conectar, e revelar o segredo (sod) .
Em nossos tempos os nossos olhos e os nossos corações deixaram de observar e valorizar as coisas elementares da criação, seja uma flor, um pássaro, uma criança , uma montanha, um idoso,uma lua cheia ou um por do sol. Estamos vivendo um momento de transição em nossas vidas e a Corona parece que vem nos ajudar a quem desejar a compreender a observar e se conectar com a Criação.
Esses Mekubalim que encontro em Sfat não somente são grandes estudiosos mas o importante para eles é chegar a um alto nível de consciência e evolução espiritual humana , onde tem a hochma (sabedoria) de saber estar sempre conectado com o outro e tudo que está em sua volta.
Eu não tenho como explicar em palavras esses acontecimentos que tenho a dadiva de observar e sentir em minhas caminhadas em Sfat e como sabiamente está escrito no Zohar “Sim! Eu sabia essa verdade o tempo todo! Meu coração sabia, mas minha boca era incapaz de expressá-la!”
Para finalizar conto mais uma dessas Historia curiosas que acontecem comigo em Sfat
Um dia estava com uma familia e tinha um menino de 12 anos e estávamos na sinagoga de Yzaak Luria na saida já caminhando o menino me comentou –" Jayme essa sinagoga não tem uma Mezuzá na Porta?
Eu que já entrei nessa sinagoga centenas de vezes respondi com toda a segurança!
“ Claro que tem"!
O Menino insistiu, o que me levou a curiosidade de voltar com ele de novo até lá! Olhei para a porta dessa importante sinagoga e de verdade não tem uma Mezuzá, algo que nunca tinha observado!
Minha curiosidade aumentou e fui até um dos Mekubalim e perguntei
" Desculpa mas, porque Não tem Mezuzá na entrada da Sinagoga?
O Mekubal de forma direta me disse "Não precisa"!
Eu exclamei, "Mas Por quê"?
E ele me respondeu " È, porque você esta dentro da Mezuzá"!
• Mezuzá ("umbral") é um mandamento da Torá que ordena que seja afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém as duas passagens da Torá, "Shemá" e "Vehaiá"