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Einstein, Bohr e a realidade - Marcelo Gleiser

domingo, 29 de agosto de 2010

Einstein, Bohr e a realidade -



O determinismo da física clássica, a do cotidiano, é só uma aproximação da realidade mais incerta


ATÉ QUE PONTO podemos conhecer o mundo? Alguns acreditam que podemos ir até o fim, encontrando respostas para as perguntas mais profundas sobre as operações da natureza. Outros acreditam que o conhecimento que podemos adquirir sobre o mundo tem limites. Esses limites não são apenas uma consequência dos nossos cérebros ou das ferramentas que usamos para estudar a realidade física. Fazem parte da própria natureza.

Dentro da história da ciência, talvez a melhor expressão dessa dicotomia seja encontrada nos famosos debates entre Albert Einstein e Niels Bohr, que se deram até a morte de Einstein em 1955.

Esses dois gigantes da física do século 20, que tinham grande respeito intelectual um pelo outro, trocaram opiniões em diversas ocasiões, tentando interpretar as misteriosas propriedades da ciência que ambos ajudaram a desenvolver: a estranha mecânica quântica, a física das moléculas, dos átomos e das partículas subatômicas.

Em 1905, Einstein publicou o artigo que considerava o mais revolucionário de sua obra. Nele, propôs que, diferentemente da visão prevalente na época, na qual a luz era vista como uma onda, ela também podia ser imaginada como feita de corpúsculos, mais tarde chamados de fótons. A questão era como algo podia ser onda e partícula ao mesmo tempo. A situação piorou em 1924, quando Louis de Broglie sugeriu que não só fótons, mas prótons e toda a matéria, também eram ondas.

A nova mecânica quântica impôs duas restrições fundamentais ao conhecimento: só podemos saber a probabilidade de encontrar uma partícula em algum lugar do espaço; o observador interage com o observado. Consequentemente, o determinismo da física clássica, a do nosso cotidiano, é apenas uma aproximação de uma realidade na qual o conhecimento completo parece ser uma impossibilidade.

Einstein não podia aceitar isso. Em carta a Max Born, que havia proposto a interpretação probabilística, escreveu: "A mecânica quântica demanda nossa atenção... A teoria funciona bem, mas não nos aproxima dos segredos do Velho. De qualquer forma, estou convencido que Ele não joga dados".

Para Einstein, uma descrição probabilística da natureza não podia ser a palavra final. A natureza era ordenada. Acreditava que, em nível mais profundo, tudo voltaria ao determinismo que conhecemos. Para Bohr, o sucesso da mecânica quântica falava por si mesmo. Via a relação entre observador e observado como uma expressão da nossa conexão com o mundo. Tanto que, quando recebeu a Ordem do Elefante da coroa dinamarquesa em 1947, escolheu o símbolo taoísta do yin e do yang como brasão.

As coisas permanecem em aberto. Experimentos que tentaram encontrar algum vestígio de uma estrutura mais profunda do que a probabilidade quântica falharam. Por outro lado, a mecânica quântica exibe propriedades bizarras: um sistema pode afetar o comportamento de outro a distâncias enormes. Einstein chamava isso de "ação fantasmagórica à distância". Existem efeitos não locais (sem a causa e o efeito que conhecemos tão bem) que parecem desafiar o espaço e o tempo. Einstein e Bohr adorariam saber que o debate continua.
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O DIA EM QUE SUSPENDEMOS NOSSO JULGAMENTO - Bernardo Sorj

Rosh Hashana é a experiência coletiva da passagem do tempo e Yom Kippur é o dia que procuramos entender o que esta passagem significa para cada um.

Rosh Hashana é sobre o destino, pois o tempo não para, enquanto Yom Kippur é sobre a liberdade, a possibilidade de exercermos a nossa capacidade de julgar, e de não julgar.

A passagem do tempo, apesar do que ele nos traz de perdas e sofrimento, nos abre a possibilidade de aprender coisas novas e expandir nossos sentimentos, essencial para suportar nossas limitações e criar um mundo melhor para nós mesmos e para os outros.

Somos privilegiados por vivermos uma situação sem penúria materiais que nos possibilita múltiplas formas de enriquecer nossa percepção do universo: viajando, lendo, amando, comendo coisas gostosas, conhecendo pessoas, ouvindo musica ou olhando uma obra de arte. Mas todas elas são extremamente limitadas se permanecemos fechados dentro de marcos estreitos de julgamento de nós mesmos e dos outros.

Pois quem julga de forma estreita mal enxerga a si mesmo, pensa que possui a verdade e exclui a possibilidade de outras formas de percepção da realidade.

Na tradição judaica o Yom Kippur é o dia em que Deus julga as pessoas, mas para os humanos, como diz o significado da palavra Kippur, é um dia de reparação e reconciliação.

Reparação e reconciliação somente são possíveis se deixamos de julgar. Yom Kippur é, portanto, o dia em que suspendemos nosso julgamento.

Pois nada é mais opressivo do que depender do julgamento do outro.

E nada nos produz mais sofrimento que o julgamento sobre nós mesmos.

Julgar sem antes compreender é a forma mais grave de ignorância, pois, ao ignorar o outro, ficamos fechados no nosso pequeno mundo.

Julgar sem antes refletir é medo de que outro nos mostre aspectos que nos deixam inseguros em relação a nos mesmos.

Yom Kippur é o dia que lembramos que muitas vezes julgamos não em função de valores de justiça, mas porque nos desagrada que o outro seja diferente a nos.

É o dia em que jejuar significa desintoxicar-se de nossos julgamentos apressados.

É o dia em que não precisamos perdoar, pois deixamos de julgar.

É o dia em que não há expiação, pois não há culpa.

É o dia em que não nos deixamos oprimir pela obsessão de dividir entre o certo e o errado e procuramos compreender.

É o dia em que deixamos de culpar e nos culpar para termos mais compaixão conosco e com os que são diferentes a nós.

É o dia em que não nos fechamos em sistemas rígidos que são sempre narcisistas e reconhecemos que vivemos numa zona cinza, porque nossos sentimentos são complexos e o ser humano é finito.

É o dia em que aceitamos que não somos onipotentes e devemos fazer escolhas frágeis entre valores, interesses e afetos conflitantes.

É o dia em que não há atos certos ou errados, mas afirmação de melhorar nossa vida e a dos outros.

É o dia em que podemos perdoar e nos perdoar porque paramos de julgar.

Bernardo Sorj

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A REALIDADE QUE A MIDIA ESCONDE...

Resolvi postar esta mensagem porque a recebi por e-mail, de um não judeu, que tambem repassou para seu mailing... Ou seja: Esta rodando a internet... Sera ingenuidade minha por causa da esperança de que um dia o mundo desperte, ou alguma coisa esta acontecendo mesmo? Oxalá, atraves desta mesma midia, veiculo do anti-semitismo, possamos unindo esforços mostrarmos a verdade?


Você sabe onde estas fotos foram tiradas? Veja até o final e descubra.

ROLE ATÉ EMBAIXO E E DESCUBRA. É FANTÁSTICO.

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Adivinhou?

Isto é o que a mídia não mostra a você sobre...

G A Z A


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Redescobri este blog ao procurar no Google o contato de um novo amigo, o Natan Feller. Fiquei muito entusiasmado ao constatar o número de membros e a qualidade das contribuições, além de vários amigos.

Encontrei uma referência excelente ao dia da Marcha dos Direitos Civis, em 28/8/1963.no blog do diplomata Paulo Roberto Almeida, que recomendo conhecerem, especialmente nos posts que se referem à diplomacia brasileira no Oriente Médio (é fácil encontrar lá com o Google do site).
.
Considero Luther King, além do seu papel na história norte-americana, uma figura de especial importância para nós, judeus humanistas, pela relação que teve com Abraham Heschel, talvez o rabino e filósofo mais representativo dessa corrente do judaísmo no século 20, na linhagem de Martin Buber. Heschel dizia, sobre sua marcha ao lado de Luther King, que estava rezando com os pés.

Vejam aqui a evolução de Luther King em direção aos direitos humanos mais amplos, desde essa data até o dia em que foi assassinado.

Enfim, quis apenas celebrar a data, e deixá-la marcada para que a lembremos, talvez juntos, em 2011, assinalando o lugar de Luther King entre os Justos de nossa época. Usando palavras de Heschel sobre a importância de celebrar: "To celebrate is to contemplate the singularity of the moment and toenhance the singularity of the self. What was shall not be again."

Um abraço a todos, e parabéns ao Jayme Fucs Bar pela iniciativa dessa rede.

Sérgio Storch
www.sergiostorch.com
www.twitter.com/sergiostorch

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Cresce a oferta de material neonazista em alemão na internet

Relatório da Jugendschutz.net aponta que extremistas de direita usam cada vez mais a internet para divulgar conteúdo racista e antissemita. Maioria dos sites está armazenada em servidores no exterior.

Os extremistas de direita alemães estão cada vez mais presentes na internet e usam a rede para divulgar suas mensagens racistas e antissemitas, com o objetivo de conquistar novos adeptos.

Essa é a principal conclusão de um relatório anual sobre atividades neonazistas na internet alemã, apresentado nesta terça-feira (24/08) em Berlim pela Jugendschutz.net (literalmente "proteção da juventude"), uma iniciativa dos governos estaduais para a proteção de jovens usuários da internet.

Em 2009, foram registrados 1.872 sites da cena neonazista com conteúdo em alemão, 237 a mais do que no ano anterior e 839 a mais do que em 2005. Também a oferta de sites dedicados ao partido extremista NPD cresceu, passando de 190 para 242 entre 2008 e 2009.

A Jugendschutz observou, também, que os radicais de direita se comunicam cada vez mais por meio de comunidades próprias, que utilizam para combinar ações e debater suas ideias. Em um ano, o número delas quase triplicou, somando agora mais de 90.

Facebook e YouTube

Além disso, há um número muito grande de material nazista em redes sociais como o Facebook e em portais de vídeo, como o YouTube. O responsável pela área que monitora o extremismo de direita na Jugendschutz, Stefan Glaser, disse que há tanto conteúdo disponível que se pode concluir que as atividades extremistas estão cada vez mais migrando para a web 2.0.

Segundo ele, principalmente na web 2.0 os extremistas de direita têm um número elevado de usuários da rede. "A internet é o meio de propaganda por excelência para os extremistas de direita", afirmou Glaser.

A Jugendschutz.net age para eliminar da internet o material localizado. Em 80% dos casos, as ações têm sucesso. O método mais eficiente, segundo Glaser, é entrar em contato com o provedor.

Propaganda reaparece

O maior problema é que ações judiciais são possíveis apenas em uma pequena parcela dos casos, cerca de 20%. Outro problema é que frequentemente a propaganda excluída reaparece na rede, desta vez em provedores localizados no exterior.

Segundo o relatório, cerca de 70% do conteúdo extremista disponível em alemão em 2009 estava armazenado em servidores fora da Alemanha, principalmente nos Estados Unidos.

A Jugendschutz.net foi criada em 1997 para monitorar a internet alemã, em busca de conteúdo que possa apresentar riscos a crianças e adolescentes.

AS/dpa/epd/kna

Revisão: Soraia Vilela

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Peres también pide que no deporten a los 400 niños

El presidente Shimon Peres (foto) expresó su objeción jueves a la decisión del Gobierno de deportar a 400 niños, hijos de trabajadores extranjeros, nacidos en Israel.

"Con respecto a los 400 niños que nacieron en Israel, hablan hebreo, y se sienten israelíes, deportarlos está fuera de cuestión. Mi opinión es inequívoca: estos niños deben ser autorizados a permanecer en Israel", dijo Peres en una conferencia en Kfar Hamaccabiah en Ramat Gan, cerca de Tel Aviv.

El miércoles, el ministro de Defensa Ehud Barak anunció que iniciará otra discusión en el Gabinete, el domingo.

Barak, quien estuvo ausente de la discusión anterior debido a un viaje al extranjero, no pudo dejar una nota expresando su oposición a las deportaciones previstas.

"La decisión de arrestar y deportar a 400 niños es escandalosa", dijo.

"Las imágenes de policías entrando a las casas de los trabajadores extranjeros y arrastrando a la fuerza a sus hijos, las imágenes de guardias metiendo a las familias en las prisiones, y las imágenes de inspectores del Ministerio del Interior llevando a niños que hablan hebreo a los aviones, causará un daño irreparable para todos nosotros, tanto dentro y fuera de Israel", declaró Barak.

En respuesta a los comentarios del ministro de Defensa, el ministro del Interior, Eli Yishai, dijo: "Es una vergüenza, la gente están haciendo un uso cínico de los niños de los inmigrantes extranjeros con el fin de subir los ratings".

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Shabat dia 10 de setembro no Rio

Amigos

Estaremos celebrando mais um Shabat do grupo do Rio, com a leitura da Parasha da semana, seguido de um bate-papo. O nosso primeiro Shabat neste formato foi muito agradavel e combinamos que o proximo sera dia 10. Gostaria de saber se estao achando essa distancia entre os eventos boa ou se marcamos na proxima vez para um encontro mais frequente, como um Shabat sim seguido de um intervalo de duas semanas.

Lembro que a marcacao se deveu tambem ao Rosh Hashana neste interim.

Os nossos amigos Mauro Band e Marialva, ja ofereceram gentilmente a sua casa. O endereco seguira por e-mail, para quem quiser e puder estar la.

Qualquer ideia, critica ou sugestao, e sempre hora!

Shana Tova!

Shabat Shalom!

Bernardo Furrer

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Outra conversa sobre o tempo - Marcelo Gleiser

domingo, 22 de agosto de 2010

Outra conversa sobre o tempo

Marcelo Gleiser -

Extrapolando a expansão do Universo até seu início, existe um ponto em que não há como definir o tempo



AGORA QUE o livro do Zuenir Ventura e do Luís Fernando Veríssimo, "Conversa sobre o tempo", está nas livrarias, não consegui resistir. Peguei emprestado o título para termos aqui um outro tipo de conversa sobre o mesmo tópico.

O tempo significa muitas coisas diferentes. E, por falar nisso, adianto que o próximo livro da série "Conversa sobre..." será uma conversa minha com o precioso Frei Betto, mediada por Waldemar Falcão. O tema será "Conversa sobre a fé". Mas isso é coisa para o final do ano.

Enquanto esse livro não chega, gostaria hoje de retomar um tema científico, sobre a origem do tempo.

Uma das consequências mais diretas do Big Bang é que o Universo teve origem em um instante específico do passado. Isso se deu há cerca de 13,7 bilhões de anos.

Uma das indicações mais óbvias disso é a expansão do Universo: o fato de as galáxias estarem se afastando umas das outras.

Portanto, passando o filme ao contrário, chegamos em um instante em que todas elas estão comprimidas em um único ponto. Esse é o momento da criação. E, portanto, o momento em que surge o tempo.

O problema é que essa descrição não funciona. Infelizmente, ao nos aproximarmos desse momento crítico, a teoria que usamos para descrever a expansão do espaço (a teoria da relatividade geral de Einstein) deixa de fazer sentido.

Chegamos à "singularidade", onde toda a matéria estaria comprimida em uma região de proporções não tão diferentes de um átomo.

Com isso, a teoria de Einstein, que trata do espaço e do tempo como entidades contínuas e bem comportadas, precisa ser suplantada por conceitos da física quântica, que trata dos átomos e das partículas elementares da matéria. Aí a coisa fica feia.

Na teoria de Einstein, a gravidade é descrita como consequência da curvatura do espaço. A presença de uma massa, seja ela o Sol, você ou uma bola de tênis, deforma o espaço ao redor e afeta a passagem do tempo. Quanto mais matéria, maior a curvatura do espaço e mais lenta a passagem do tempo. Um relógio no Sol bate mais devagar do que na Terra. Os efeitos são bem pequenos.

Quanto tentamos "quantizar" a gravidade, temos de supor que, tal como no caso dos átomos, as mesmas estranhas regras se aplicam: no mundo do muito pequeno, tudo flutua, nada fica parado.

Se você imaginar o espaço como uma membrana, feito o topo de um tambor, isso significa que ele vibrará de várias formas e o que ocorre aqui não é o que ocorre ali.

O mesmo com o tempo. Ele não flui mais continuamente. Como a era quântica do Universo veio antes da era clássica (explicada pela teoria de Einstein), temos de supor que, nessa situação inicial onde tudo flutuava, o tempo usual não existia.

Se extrapolarmos a expansão do Universo até o seu início, chegamos a um ponto em que não podemos definir o tempo de modo familiar.

Aliás, como disse já Santo Agostinho, o tempo e o espaço surgem com a criação. Na física, o tempo e o espaço einstenianos, contínuos e bem comportados, surgem na transição da era quântica à era clássica. E como o Big Bang é precisamente o evento que marca a passagem do universo da era quântica para a era clássica, é ele também que marca o nascimento do tempo.
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Por favor, no expulsen a los niños Autor: Rajel Hendler

Por favor, no expulsen a los niños
Autor: Rajel Hendler

Cuando leí en el diario que uno de los 400 chicos le pregunta a la madre: “¿Es por mi culpa que nos quieren echar?, sentí vergüenza y dolor.
Echar niños que nacieron aquí, crecieron aquí, sueñan con el comienzo de las clases, con sus compañeros; chicos que hablan hebreo y que nacieron aquí porque sus padres fueron por nosotros contratados para trabajar en diversos oficios, que nos ayudan día a día.
Y como de niños se habla, volví a pensar y reflexionar, sobre las normas y los valores del judaísmo que siempre respetamos, principios educativos dignos de recordar también hoy.
Eran días de atentados y terrorismo, cuando fue el trágico atentado en la cafetería de la Universidad Hebrea de Jerusalén, sentí la necesidad de escribir un artículo que titulé “Que nunca deje de dolerme”, conmovida por la muerte de tantos niños, jóvenes y aún pre nacidos, en ese conflicto que en ese momento no tenía perspectiva de fin.
Escribí entre otras cosas: “Que nunca deje de conmoverme cada chico que se mata, sea blanco, negro, judío, católico, musulmán”.
Yo sé que en manos de los terroristas suicidas, de los inhumanos ataques palestinos, fueron asesinados muchos niños y bebés junto a sus padres, familias enteras en Natania, Tel Aviv, Haifa, Jerusalén; y en los asentamientos entraron las bandas asesinas dentro de las casas y mataron sin piedad. No olvido ni perdono tanta sangre derramada. Pero yo no quiero parecerme a ellos.
Que esta lucha interminable no permita que nos desesperemos y olvidemos los límites de nuestra tradición, que la ética judía siempre nos dictó.
A muchos sorprenderá lo que escribo. Pensarán que cambié de frente. No, sigo siendo la misma judía sionista nacionalista (no le tengo miedo a la palabra nacionalismo cuando de judaísmo se trata) pero también la misma humanista a quien todo lo humano le afecta.
Es cierto que en guerra no se puede ser tan meticuloso y en la batalla caen también inocentes. Pero hay que prever, en lo posible, de no exagerar y no cometer errores, que además, a largo o corto plazo, nos perjudican políticamente.
Que esta larga lucha no desmoralice a nuestros soldados y no se pasen de ciertos límites, normas, en su trato con el enemigo, sobre todo con la población civil.
En su momento, la sucesión de atentados sangrientos, hizo tambalear nuestros mejores sentimientos e intenciones.
Como abuela, como madre, como maestra, me dolió en el alma el hecho de que cinco chicos salieron de sus casas rumbo a la escuela y un explosivo los mató en el camino. Y me afectó doblemente porque el explosivo era nuestro y los niños de escuela primaria eran árabes.
Recordé con cuánta preocupación y cariño, en mi época de directora de la Escuela Herzl, en Buenos Aires, esperaba yo antes de las ocho de la mañana, la llegada de los alumnos, y para cada uno tenía un saludo, una observación si la había, una caricia; era una de mis funciones favoritas.
Y esos cinco chicos árabes no llegaron a destino; su vida fue truncada por los hechos que se estaban viviendo, en perjuicio de todos; la muerte no distingue ideas, religión o nacionalismo.
Y las madres que lloran y se desesperan son madres, cualquiera sea su color. Recordé también que en aquellos días, cuando tres chicos que vivían en los territorios perdieron conjuntamente parte de sus piernas en un atentado terrorista, le pregunté a una madre judía enrolada en un movimiento político si iría a visitarlos al hospital. Me contestó: “No, la culpa es de sus padres por vivir allí”.
Sin embargo, a mí me afectó mucho la muerte de esos chicos árabes y sentí piedad por sus madres, y así contesté a mi correligionaria: “Todas somos madres”.
En una ocasión escribimos “Cuando lo insólito se vuelve cotidiano”. Pero ahora más que cotidiano se vuelve rutina; poco después de informar se pasa a los programas habituales, musicales, aún cómicos; los atentados y sus víctimas pasan a ser estadística y al poco tiempo olvidados.
Sublevan aún más hechos incomprensibles, como la iniciativa de un nuevo grupo, movimiento que se titula “Gush Shalom” (“Bloque por la Paz”), judíos desde luego, alta elite intelectual, “tan honestos” que juntan información en contra de oficiales del Ejército israelí por lo que ellos consideran delitos de guerra, material para presentar en el Tribunal Internacional de Justicia de La Haya. Cómo puede titularse semejante actitud; no me atrevo a usar la palabra.
Pero hay otro fenómeno ideológico que yo llamaría apocalipsis ahora. Escuché a un joven periodista afirmar que muy pronto, más pronto de lo que creemos no habrá Estado Judío (Israel) por razones ideológicas y demográficas y en aras de la democracia se puede todo.
La alternativa será vivir como judíos en un Estado palestino (si nos dejan) o abandonar el país. Hay libertad de opinión.
Dónde se esfumó el sueño sionista, las estrofas del himno nacional Hatikvá: “Volver a nuestra tierra, tierra de Sión y de Jerusalén”.
Cuando abogué por todos los niños del mundo y entre ellos los palestinos, lo hice porque así sentí en su momento cuando cayeron niños inocentes y así lo sigo sintiendo hoy.
Un refuerzo a mi fe y mi creencia me llegó a través de un artículo en Iediot Ajaronot, de Emuna Elón.
Emuna Elón, periodista religiosa que vive en uno de los asentamientos, pertenece a uno de los partidos de derecha y sus palabras me fortificaron y confirmaron mi orgullo por un legítimo judaísmo de amor al prójimo como dicta la tradición judía.
Dice así: “No a nosotros nos corresponde la venganza. Buenos judíos deben oponerse a atentar contra inocentes. Por agudo que sea nuestro dolor y nuestra protesta no debemos tomar represalia y atacar inocentes”. Son los conocidos preceptos de la tradición judía.
Volviendo a los niños, insisto: me duele cada niño que cae cualquiera sea su color o credo, es triste y doloroso, familias que lloran, estirpes que se truncan, pero ¿lo entenderá el mundo?
Recordemos aquella hermosa consigna: “Si todos los niños del mundo se dieran la mano”.
Y que hoy en Israel en el año 2010 no sean echados los 400 chicos, de acuerdo con nuestra tradición judía y que se haga todo lo posible para que nuestra legislación inmigratoria sea clara y humana con respecto a la mano de obra extranjera que tanto precisamos

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ROSH HASHANÁ

Apesar do tempo, que é cruel e não descansa; da distância que é enorme e sempre aumenta; e da incomunicação, que é patente como o silêncio mais gritante, sobra intato o vínculo intangível dos laços emocionais que viajam pelo espaço como o eco, encurtando as distâncias em vôo rasante, já que uma afinidade indestrutível impede que as circunstâncias cortem e devorem o cordão umbilical eletrônico que nos mantém vivos dentro deste imenso útero cibernético.

Ainda que não sejamos muito amigos das datas históricas nem dos festejos pátrios ou comemorações religiosas, podemos constatar que esses referentes muitas vezes servem para reunir as famílias fraturadas pelo passo inexorável do tempo; para reatar laços de amizade desamarrados pelas mãos inclementes da distância; para juntar os cacos do que alguma vez fora um todo harmônico; para o reencontro de emoções perdidas; para aproximar amigos afastados, tios zangados, pais esquecidos, filhos rebeldes, irmãos incomunicados, que não por essas circunstâncias são menos queridos; ou para reviver lembranças dos que já não estão conosco, que não por pertencerem ao passado estão menos presentes.

Ainda que neste mundo cada vez mais virtualizado e globalizado e desumanizado pouco ou nada nos conheçamos, e nos faltem as palavras adequadas para dignificar e traduzir com exatidão os nossos sinceros desejos de felicidade, não devemos deixar passar esta oportunidade de reincidir, e abusando dos chips, dos megabites, de seus robustos filhos os kilobites, e de seus netinhos os pequenos bites, redigir umas poucas linhas tortas como estas, através das quais transmitir os nossos votos profundos e sinceros de que o novo ano que agora toca a campainha da porta da nossa vida traga tranqüilidade e paz interior para todos.

Rosh Hashaná, para os judeus crentes ou menos, para os judeus ateus ou mais, é uma data cuja simbologia contém uma enorme carga de significados, e é de se esperar e desejar que eles sirvam para que cada um de nós possa encontrar as respostas que nos ajudem a crescer sempre, a melhorar mais, a conviver melhor, e a colher os frutos de nossa lavoura


É hora de terminar esta mensagem...

...olhando pela janela o agonizar de muitas coisas: das horas que morrem, do dia que sucumbe, do ano que murcha, e respeitando a simetria da vida - na mesma janela e com os mesmos olhos - contemplando o desabrochar de tantas outras: das horas que nascem, do dia que emerge, do novo ano que assume o poder, e da esperança que ressuscita; sim, essa esperança insistente e persistente que não se rende, apesar de ter motivos de sobra para não desejar continuar vivendo.


Feliz ano novo! Shaná tová umetuká!

Bruno Kampel, Suécia

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AMIZADE

AMIZADE PARA OS JUDEUS

O SEU SIGNIFICADO

A essência de ser judeu é participar de uma comunidade, e segundo eles, não só para beneficio próprio, mas também para o benefício de todo mundo.

Não faça a seu próximo aquilo que não gostaria que fosse feito a vocês, esse é o centro da lei judaica.

A relação judaica com Deus pode ser vista como uma amizade, uma parceria obviamente, de parceiros desiguais.

A amizade é um aspecto da conexão humano-Divino.

A própria Bíblia diz que “quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro”.

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.

Uma amizade nasce em inúmeras ocasiões e lugares..

Para entender a verdadeira dimensão da amizade, é importante analisar -se a palavra “melech”, rei em hebraico, composta das letras “mem, lamed e caf.

Estas letras constituem a plena definição do homem: men, da palavra moah, cérebro, inteligência, “ lamed”, de lev, coração, sensibilidade, e “caf”, de caved, os sentidos.

Estes três conceitos correspondem aos três níveis da alma do homem

Neshamá, que tem como característica o pensamento, a compreensão superior, Ruach onde se alojam a emoção, Nefesh os instintos.

A verdadeira liberdade é alcançada quando estes três níveis da alma do homem atuam em equilíbrio

Por isso ele se torna um rei e tem o direito de derrubar qualquer barreira.

Por isso, o Talmud afirma que o verdadeiro amigo liberta o outro de todas as suas prisões internas, ao lhe abrir as portas de um universo de pura liberdade.

Por outro lado, o homem que vive aquém da sua plenitude, talvez por não ter um amigo que lhe exija seu desempenho máximo, é apenas um escravo, ao qual se aplicam todas as leis dos escravos.

Vive pobremente, preso a limites que não consegue superar.

Apesar de lhe parecer muitas vezes ter uma vida muito louvável, esta vida, na verdade, anula-o.

Se o ser humano vive a plenitude do seu ser, no nível da alma que D’us lhe deu, ele é um sábio, desde que um “amigo” lhe indique todos os novos atributos que deve adquirir.

Essa análise da primeira dimensão do homem, a “inteligência”, coloca a amizade no seu nível essencial, o da comunicação.

A relação de amizade implica confiança, reciprocidade perfeita, sem que se façam contas. Um poderá ser mais forte que o outro, ou um poderá contar com o outro, depender do outro, mas deverá sempre haver reciprocidade.

Os amigos devem “poder encostar-se um no outro”, contar com outro.

A Tora diz que “dois é melhor do que um, pois se fraquejar, o outro o erguerá, e a Torá ainda diz mais:sofra pelo estiver só, pois ao cair, não terá quem o reerga.

Fim

Geny Bluvol

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Cenários de guerra entre Israel e Irã em um dossiê secreto Fabio Scuto, publicada no jornal La Repubblica É uma noite fria da primavera de 2011. Em Jerusalém, o conselheiro para a segurança nacional israelense, Uzi Arad, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, estão no telefone com as suas contrapartes de Washington: o general James Jones e o chefe do Pentágono, Robert Gates. Estão lhes informando que o seu primeiro ministro Benjamin Netanyahu recém ordenou que diversos esquadrões de caças F-15 e F-16 e outros jatos da Força Aérea israelense voem rumo ao leste, para o Irã – talvez atravessando os céus da Arábia Saudita, talvez passando pelo espaço aéreo iraquiano, mesmo que cheio de aviões norte-americanos – para destruir as centrais nucleares iranianas. Esse é o cenário que o Atlantic Monthly, a revista norte-americana editada em Boston, sempre bem informada sobre o Oriente Médio, descreve na sua manchete de capa de setembro, cujas antecipações foram retomadas pela imprensa israelense. A reportagem é de Fabio Scuto, publicada no jornal La Repubblica, 14-08-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Baseado em dezenas de entrevistas com expoentes políticos israelenses e utilizando fontes militares "cobertas", a The Atlantic descreve que Israel poderia atacar dentro de um ano se o Irã não colaborasse com a Aiea [Agência Internacional de Energia Atómica] e revelasse as verdadeiras intenções do seu programa nuclear, mas principalmente se o governo Barack Obama não conseguisse convencer a atual liderança israelense de que os Estados Unidos estão prontos para parar o Irã também com a força, se necessário. As probabilidades de um ataque preventivo israelense já superaram os 50%, e Israel poderia também não pedir a famosa "luz verde" aos EUA, ou até dar alguns alarmes falsos pré-ataque, de modo a impedir que Washington busque bloquear a operação. Os ataques de caças com a estrela de Davi poderiam incluir o bombardeio das instalações nucleares de Natanz, Qom, Isfahan e talvez também do reator russo que entrará em funcionamento no próximo dia 21 de agosto em Bushehr. O que é certo é que as repercussões desses ataques são menos claras, apesar das infinitas discussões e simulações diversas. Entre os estrategistas norte-americanos e a inteligência dos EUA, não há uma visão comum. Muitos consideram que os bombardeios poderiam só retardar em alguns anos o programa nuclear dos aiatolás iranianos. Opinião manifestada ao La Repubblica também por especialistas como o professor Ely Karmon, diretor do departamento de contraterrorismo da Universidade de Herzilya e um dos maiores especialistas em Irã de Israel. Mas nos ambientes militares, as previsões são muito mais otimistas, especialmente à luz dos precedentes ocorridos nas operações contra os reatores iraquianos e sírios. Em todo o caso, os EUA não se deixariam encontrar com os flancos descobertos. Os planos de um eventual ataque norte-americano ao Irã estão prontos – como explicou o almirante Mike Mullen, chefe do Estado maior da Defesa norte-americana – justamente para dar à Casa Branca uma ampla vantagem de opções se a pressão diplomática e as sanções não conseguissem dar um resultado dentro dos tempos estabelecidos. Em abril, os EUA transferiram para a base aérea na ilha de Diego Garcia, no Pacífico, 387 bombas de alto potencial, e até o fim de junho 12 navios de guerra, liderados pelo porta-aviões Harry Truman – normalmente estacionado no Mediterrâneo –, atravessaram o canal de Suez e agora cruzam ao longo de Omã. Subiram para três esquadras navais de ataque operativas na área do Golfo Pérsico, completando assim o dispositivo para eventuais bombardeios em usinas nucleares iranianas. Mas os resultados dos ataques em centrais nucleares poderiam ser desastrosos. É provável que os caças israelenses não terão muito tempo a perder nos céus do Irã. O Hezbollah libanês – fiel aliado do Teerã – não ficarão olhando, e ocorrerão retaliações. Os F-15 serão necessários ali, no fronte norte de Israel. Se a operação fosse unilateral, poderia jogar as relações entre Jerusalém e Washington em uma crise sem precedentes, mas principalmente desencadear uma guerra regional de grande escala, com repercussões econômicas para o mundo inteiro, sem falar no custo de vidas humanas. Não há um dia sem que os aiatolás iranianos anunciem o funcionamento de novos armamentos: as baterias de mísseis antimísseis S – 300 deles roubados da Bielorrússia, a entrega à marinha de quatro minis –, submarinos que vão se unir aos 11 já ativos, a modernização dos três submarinos de classe Kilo comprados anos atrás da Rússia, a próxima entrega de lanchas – as velocíssimas Bladerunner 51 – armadas com lança-mísseis. Um modo para anunciar que o Irã, em caso de ataque, está pronto não só para retaliações graves contra países individuais, mas também em condições de bloquear por meses o estreito de Hormuz, por onde passam 40% do petróleo destinado ao Ocidente. O problema é representado pelo calendário. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse na semana passada ao New Yok Times: "O problema não é quando nem como (atacar), mas se é preciso fazê-lo. Neste momento, pensamos que o que estamos fazendo tem o melhor potencial para modificar o comportamento iraniano". Revelando assim todas as cautelas norte-americanas com relação aos desenvolvimentos dessa crise. Certamente, o tempo corre depressa, e o prazo do dia 31 de dezembro – dado por Obama ao Irã para esclarecer as suas verdadeiras intenções e colaborar sem truques com a Aiea – se aproxima rapidamente, mas o Teerã, com a sua tática procrastinadora, poderia seguir em frente por meses. Pelo contrário, para o primeiro-ministro Netanyahu, "a linha vermelha" será cruzada no dia 31 de dezembro, convencido de que a energia nuclear iraniana é uma ameaça tão grave para Israel quanto o Holocausto. Netanyahu também está convicto de que a Bomba irá reforçar o Irã em escala regional com relação aos outros países da região, irá colocar em risco a sobrevivência do seu país e tornará os outros países árabes (isto é, a Síria) relutantes a uma possível paz com Israel. Duas sérias simulações de ataques já foram testadas: a última, em abril passado, quando os caças israelenses em formação de ataque partiram das bases do deserto de Negev, chegaram até o estreito de Gibraltar e retornaram: é a mesma distância que separa Israel do Irã. Nos céus, nas águas do Golfo e em terra, tudo parece pronto para que a opção militar, se escolhida, possa ser ativada rapidamente. Em Jerusalém, as "hesitações" norte-americanas com relação ao Irã são vistas com um fio de amarga ironia. Não é por acaso que as camisetas mais vendidas neste verão em Israel apresentem um caça F-16 em voo com a escrita em inglês que diz: "America Don't Worry, Israel is behind You".
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Libertad significa elegir la vida, cualquiera sean las condiciones
Autor: Rajel Hendler

El sustantivo suicida, en la época del terrorismo, se convirtió en un nombre aterrador, sinónimo de asesino, terrorista, cuya misión es morir para matar, para exterminar cuant\as más personas de determinado grupo social, étnico; venganza y odio masivo; instrumento de corrientes políticas fanáticas, con el objeto de matar judíos e israelíes, en nuestro caso.
Encontramos musulmanes, árabes de todas las edades, hasta niños y mujeres que se prestan a ser suicidas, "shahidim", que actúan según sus instructores, con aura de santidad, fruto de una educación macabra y con la promesa de premios en el más allá.
A raíz de estos sucesos, que se habían convertido casi en rutina, ya lo insólito se había vuelto cotidiano, día a día terror y violencia.
Pensamos en el término suicida en otro sentido, y nos acordamos con reverencia de dos judíos que se suicidaron; dos personalidades de nuestra historia contemporánea, que lo hicieron en aras de la vida, no de la muerte. Por defender los derechos humanos, de la igualdad y de la justicia social en la que tanto creían, ambos contemporáneos cronológicamente.
Su suicidio fue un grito de protesta a la conciencia del mundo, del humanismo que entonces perdió su vigencia. Ambos entre las dos guerras mundiales: Artur Ziguelboim (1885-1943) y Stefan Zwaig (1881-1942).
Ziguelboim, de origen humilde, trabajó desde niño, deja el jeder, como obrero integra agrupaciones de oficios y con el tiempo se convierte en el "compañero Artur" en la Varsovia en 1920 y delegado de los sindicatos judíos a la Central Obrera. No cree que haya un problema judío, todos son iguales, luchadores por sus derechos y por la justicia social.
Después de años de actuación en Varsovia pasa a Lodz y forma parte del Consejo Directivo del Partido.
Estalla entonces la Segunda Guerra Mundial, Adolf Hitler toma el poder, ocupa Polonia, y Ziguelboim junto a sus compañeros polacos lucha contra el nazismo. Se siente orgulloso de ser el enlace del proletariado judío con el polaco.
Alguién preguntó entonces, ingenuamente diría yo: "¿Acaso los judíos no son polacos?" Pero luego los alemanes piden rehenes judíos, comienzan detenciones, persecuciones, matanzas, destierros….
Ziguelboim recorre Europa para contar al mundo lo que está pasando con los judíos; acude a la Internacional Socialista, sus confraternos, en Bélgica, en Francia, América, Londres, representantes del Bund en el Parlamento polaco. Exige, reclama: "Detengan la mano asesina". Todos, algunos lo acompañan en el sentimiento, pero no hicieron nada. No quisieron que esto se convierta en una guerra pro judía.
Ziguelboim clama: "Esto es el final; cada uno debería avergonzarse ante tamaña injusticia".
En la noche del 11 de mayo de 1943 escribe al jefe del Gobierno polaco en el exilio: "Con mi muerte quiero expresar mi más intensa protesta contra la pasividad del mundo que observa y permite el exterminio del pueblo judío. A lo mejor con mi muerte contribuiré a romper la indiferencia. Mi vida pertenece al pueblo judío de Polonia y a él se la brindo".
"Me suicido como acto de condena contra la democracia de las naciones y de los Gobiernos que no hicieron nada para detener la matanza, el fin de los judíos en Polonia; que mi muerte logre lo que no logré en vida".
Sus ideales se quebraron, el compañero Artur queda solo, abandonado, y se quita la vida, se suicida.
A lo mejor, libertad interior significa elegir la vida, luchar, cualquiera sean las condiciones. No juzgamos.
La otra personalidad que queremos citar es Stefan Zwaig; de otro ambiente, de diferente formación y educación, pero que también creía en la igualdad, en los derechos humanos, sin distinción de credos.
"El ciudadano del mundo" como él se autotitulaba; "El mundo es mi patria" afirmaba". "Mi Viena, mi Austria, no hay barreras, todos somos buenos alemanes, buenos austríacos, todos los hombres son iguales, todos tenemos los mismos derechos y obligaciones…"
No pudo comprender la visión de Herzl; lo respetaba pero no entendía su sionismo, su sueño. ¿Para qué Israel, por qué un Estado Judío? "No hay problemas de descendencia ni de religión. Libertad e igualdad, este es el futuro", sostenía.
En el prefacio de su autobiografía, "El Mundo de ayer", ya habla diferente: "Lo que referiré no será tanto en mi nombre, como de toda una generación, nuestra generación"."Cada uno de nosotros, aún el más pequeño, ha sido conmovido en su existencia por la sacudida casi volcánica, casi ininterrumpida de nuestra tierra europea". "Yo tuve el único privilegio, de haberme encontrado como austríaco, como judío, como escritor, como humanista y como pacifista, precisamente en aquella zona… …en este sismo tremendo, violento. Me apartaron de mi tierra, de mi hogar, de mi vida interior, del pasado, lanzándome en el vacío. Sin patria. Los sin patria justamente se tornan libres, sin trabazón, ni deben consideración alguna; estoy cabalmente despreciado, sin raíces".
Así habla el que se consideraba "Ciudadano del Mundo". El Mundo en este caso se torna muy abstracto….
Y cuando todo lo que creyó y soñó se vino abajo, llegó la gran desilusión, no hay en que creer y se suicidó junto a su esposa en Petrópolis, Brasil.
Al respecto escribe Claudio de Scuza en su libro "Los últimos días de Stefan Zwaig": "Qué eran aquellos dos cadáveres; eran dos vivos en su muerte, en su inmovilidad, eran dos ideas en marcha, eran dos mártires de la autocracia, del absolutismo, de la supresión de todas las libertades, en lo que el cese de la existencia física no servía para extinguir la super personalidad

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PESHARAT HA SHAVUA


PSHARAT HÁ SHAVUA : Yedid Nefesh.

par o amigo Jayme Fucs.

É só mudar as ordens das letras que PARASAHAT HASHAVUA se transforma em PSHARAT HÁSHAVUA que, em bom português significa dar um tempo na semana,um intervalo na correria onde não sobra tempo para a re-flexão, sobre a vida que levamos. O que é bem diferente das flexões que fazemos pelas academias da vida.

Então, dando uma Peshará na semana, podemos ler a Parashá, ou dar uma parada para pensar na vida e filosofar um pouco a existência. Considerando que Philo Sofia é a amizade que temos pela sabedoria,então já estamos no tema que me ocorreu lendo em um livrinho de Giorgio Agambem um belo artigo sobre a amizade. Me lembrei que hoje no shabat das sinagogas muitos cantarão Yedid Nefesh sem perceber a beleza deste termo.

Yedid nefesh - Amigo de Alma, palavra escrita em hebraico, YDYD e composta de iod-dalet iod-dalet o que nos permite ler Yad Yad. ( numa escrita sem pontinhos como dizímos na infância) O que transforma amizade em poesia embutida na língua pois teríamos a amizade como composta de duas vezes mão construindo a imagem que de mão em mão é feita a amizade.

Se quisermos ir um pouco mais longe e entrarmos na poesia infinita que é a língua hebraica relida pela cabalá, teríamos em numerologues: Yedid=28( 10 para iod e quatro para dalet) o que nos permite reescrever como כח ou seja Koach/força.

Amizade seria então um dar mão à mão que contrói a força mas que não se faz à força e sim por desejo próprio e sentimento. Yad be Yad.

Aqui volto ao Aga-ben ( o hifem é meu) que cita Aristóteles em seu artigo “O amigo”(vejam só em que passeio amigo esta Peshará que dei no meu tempo acabou me levando):

“Existir( to einai em grego) significa de fato sentir e pensar

Sentir que vivemos é por si doce, já que a vida é naturalmente um bem e é doce sentir que um tal bem nos pertence......A amizade é,de fato,uma comunidade e,como acontece em relação a si mesmo,também para o amigo: e como, em relação a si mesmos, a sensação de existir( aitheisi oti estin) é desejável,assim também será para o amigo”

Então uma Pshará amiga e doce para todos nós neste shabat que a esta hora já rola pelo mundo.

Paulo Blank

Giorgio Agabem, em "O que é o contemporâneo? ,ed Argos,ed de unachapecó,2009.

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“Ki Tetzé” Autor: Rabino Dr. Pesaj Schindler*

Interpretación y comentario
La parashá nos llega cada semana con variadas vestimentas y con diferentes estados de ánimos.
A veces llega con gran emoción y con una vestimenta que reclama “analícenme, analícenme, porque todo está dentro de mí”. Activa a sus anfitriones, se apura en llegar y se demora en salir, se preocupa porque la conozcan desde la primera vista hasta el momento de su cierre. “Porque todo está dentro de ella”.
¿Cómo recibir a nuestra visita que aparece con vestimentas de reina en la parashá “Ki Tetzé”? Ella nos trae nada menos que 46 temas de reflexión de la Torá. Nos brinda “material” para nosotros, para nuestros hijos y para nuestros nietos como regalos para disfrutarlos alrededor de la mesa de Shabat.
A pesar de todo eso, trataremos de atenernos a lo que dice el libro del Eclesiastés: “Es mejor que hayas de asirte en esto y que también de esto no dejes tu mano...” (Cap. 7:18). Eso también cuenta en el caso de la parashá que está construída por inspiración Divina, en forma parecida a las cortinas del Tabernáculo, que estaban unidas y atadas “una a una... y así quedó formado un tabernáculo único” (Éxodo 36:10-13).
Los temas de nuestra parashá se parecen a las cortinas del Tabernáculo, que de lejos se ven pesadas y que cubren. Sus múltiples detalles aparecen en sus matices y formatos especiales sólo cuando se los mira desde cerca.
¿Qué descubriremos desde cerca?
Respeto al ser humano y a las creaturas: El tratamiento a la prisionera de guerra. * Respeto al muerto en general, incluso a los muertos por un Tribunal. * Prohibición de encerrar a un esclavo que huyó de su amo y prohibición de explotarlo. * Prohibición de tomar como prendas los utensilios que necesita el pobre y las ropas de la viuda. * Prohibición de entrar en la casa del deudor y tomar cosas de ahí por la fuerza: “Afuera esperarás”. * Prohibición de agregar golpes, también a quien debe recibir azotes, para no avergonzarlo. * No repudiar al edomita “porque es tu hermano”.
Cuidar vidas del peligro de muerte: * Construir una cerca de resguardo en el techo de la casa. * Cuidar el cuerpo de daños y obstáculos. * Cuidar la santidad del campamento militar, la limpieza del cuerpo y del alma, y la pureza de las medidas. * Salvar al perseguido del perseguidor. * “Cuidarse de la lepra“ (literalmente). * “Recuerda lo que te hizo Amalek“.
Justicia, justicia social, misericordia y agradecimiento: * No desviar el juicio del extranjero y del huérfano. * Devolver objetos perdidos. * Ayudar al prójimo a cargar el objeto pesado caído. * Negociar con medidas verdaderas. * Pagar las promesas economicas a tiempo, y pagar inmediatamente las promesas de tzedaká (ayuda social. * Prohibición de pedir intereses. * Pagar la jornada de trabajo al trabajador en el día. * Permitir al trabajador del campo y del viñedo comer de los productos de la tierra fuera de su hora de trabajo. * Prohibición del trabajador de llevar los frutos del campo a su casa. * Dejar los productos del campo que se “olvidaron de recolectar“ a los pobres. * No repudiar al egipcio, “porque extranjero fuiste en su tierra”. * Responsabilidad de cada persona por sus hechos: sola, cada persona será juzgada por su pecado. (La pregunta es: ¿qué pasa con el caso del “mamzer” (hijo de una relación adúltera), también tratado en nuestra parashá?).
Cuidado en el hablar: * Cumplir “lo que saliere de tus labios habrás de cuidar y habrás de hacer“, también lo que está en tu corazón. * Prohibición de calumniar. * Reglas para atestiguar en un juicio prohibición de que sean parientes cercanos. * “Cuidarse de la lepra“, según la interpretación que da la Ley Judía.
Valores familiares: * Igualdad de derechos y respeto mutuo: no se relacionará con ella como se relaciona con una prostituta. Debe “santificarla” con todo lo que suponen las leyes matrimoniales, siguiendo la voluntad de él y la de ella. * El esposo se quedará cerca de su mujer durante el primer año de casados, para que se fortalezca el amor entre ellos. * Liberar a la mujer mediante el guet (divorcio), siguiendo la voluntad de él y la de ella (según Rabenu Guershom), tratando de evitar que la mujer quede “aguná” (“anclada”). * No volver con la mujer de la cual se divorció para evitar el libertinaje (Ley del Levirato, de las más complicadas de la Torá. ¡Hay que estudiarla!). * Supervisión del Creador sobre Sus creaturas: Precepto de enviar a la madre del nido antes de tomar a los pichones. * Retirar la carga del animal al que le cuesta cargarla. * Prohibición de unir dos tipos de animales diferentes para que trabajen juntos. * “No habrás de embozar al buey cuando trilla”.

Diferencia y particularidad: * Prohibición de mezclar híbridos. * Leyes de prohibición de mezclar lana y lino. * No vestirá el hombre ropas de mujer y viceversa. * No vendrá impuro al Monte del Templo. * Prohibición de traer paga de prostituta y trueque de perro al altar es un precepto que viene de una transgresión. * Colocar hilos trenzados (tzitziot) en las cuatro puntas de las ropas.
Para finalizar: queda una cortina más en el tabernáculo de preceptos de esta parashá, la más difícil y problemática de todas, pero no menos importante para la unión del Tabernáculo (Éxodo 26:6).
¿Cómo nos referiremos a ella? Con temor, con piedad y con inocencia.
Preceptos que no entiendo su sentido, pero que tampoco estoy exento de cumplirlos: * Que el violador se case con su violada y que nunca se divorcie de ella. * Un “mamzer” (hijo de una relación adúltera) no entrará en la congregación de Dios. * ¿Por qué “con el extranjero podrás usurear, pero con tu hermano no usurearás”?
Que seamos merecedores de recibir este Shabat con amor y temor. Miremos entre las cortinas y entremos al Tabernáculo. Allí nos esperan los ángeles celestiales que acompañan nuestra parashá.

* Jefe de la Ieshivá Conservadora de Jerusalén
Editado por el Instituto Schechter de Estudios Judaicos, la Asamblea Rabínica de Israel, el Movimiento Conservador y la Unión Mundial de Sinagogas Conservadoras.

Traducción: rabina Sandra Kochmann
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Coluna Walter Rehfeld

Por um Judaísmo Consciente
Ari Rehfeld


Consciência, atributo altamente desenvolvido no ser humano, é o processo voluntário de tomada de posição em relação ao mundo tangível e espiritual que permite níveis mais altos de integração com o mesmo.

• Judaísmo consciente é uma opção onde não existe uma compreensão correta única do texto bíblico e que respeita as múltiplas interpretações do mesmo.

• Judaísmo consciente é uma opção onde não há primazia quer da razão quer da fé, mas uma integração do âmbito espiritual e místico com um sentido existencial.

• Judaísmo consciente é uma opção que preza as tradições milenares judaicas e busca, através do estudo, encontrar as raízes de onde emanam, para vivenciá-las no seu cotidiano de maneira autêntica.

• Judaísmo consciente é uma opção que pretende fortificar o elo da corrente milenar da qual faz parte e por cujo futuro se considera co-responsável.

• Para o judaísmo consciente a Torá revela o histórico conflito entre a vontade divina e a liberdade humana sendo uma fonte de inspiração ética e jurídica para um melhor relacionamento entre os homens e de valorização da vida.

• Judaísmo consciente é uma opção que privilegia a liberdade, responsabilidade e criatividade na tradução dos princípios fundamentais de sua cultura milenar para a modernidade, dando continuidade, assim, à histórica evolução do povo judeu.

• Judaísmo consciente é uma opção que respeita e defende o respeito a todas as religiões que promovem o entendimento entre os homens.
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Amigos: Em anexo, uma carta publicada sexta feira passada pelo Instituto Winnicott de Israel, traduzida por mim. Se vocês puderem me dar a honra de lê-la, leiam por favor também o parágrafo seguinte, de minha autoria.

Dear friends: I'm annexing above the translation I made into Portuguese of a letter written by Israeli author Yehudah Atlas and sent to me by The Winnicott Centre in Israel. Since it will make no sense to most of you, I'm annexing also the Hebrew original text, hoping at least some of you will be able to read it. Please read also the last paragraph I added after the letter.
Thank you very much.
Amigos: Convido todos vocês a aderir a uma GREVE DE FOME que estou promovendo, a se iniciar no Domingo dia 29 de Agosto, para forçar o Ministro do Interior Eli Yishai a CANCELAR A EXPULSÃO DOS FILHOS DOS TRABALHADORES ESTRANGEIROS EM ISRAEL. Muito provavelmente, caso um grande número de pessoas aderir a essa greve, e a notícia sobre a mesma chegar a Israel a tempo, como uma ameaça, esse cancelamento se tornará realidade e a greve será também cancelada. Se poucas pessoas aderirem, isto não será suficiente para obrigar o Ministro a fazer seja o que for, e de nada adiantará o esforço de uns poucos indivíduos. Portanto, peço-lhes que divulguem esta mensagem para todos que estiverem ao seu alcance. Por favor confirmem sua adesão com um e-mail dirigido a mim com a palavra CONCORDO.
Davy Bogomoletz.

My good friends: I invite you to join me in a HUNGER STRIKE, which will be started at Sunday, August 29, in order to make Minister Eli Yishai to revoke his order of expulsion of the sons of foreign workers in Israel. If a large number of people join us, and the message about the strike reaches Yishai on time, the expulsion decree will be canceled and so will be the strike. If only a few will agree to join, it will not be enough to move Yishai from his ruthless decree. So please let this message reach as many people as you can, and ask them to send me a message saying just 'I agree'.
Davy Bogomoletz


Yehudah Atlas, escritor israelense:

Estas crianças somos nós.


Carta aberta ao Primeiro Ministro.


Ilmo. Senhor Primeiro Ministro:

O momento se aproxima cada vez mais. Em algumas semanas, ou menos, irão se reunir equipes de televisão e jornalismo de todo o mundo para fotografar, registrar e exibir para muitas platéias ao redor do mundo como Israel expulsa crianças aqui nascidas, com suas famílias, apenas porque lhes faltavam um ou dois anos, ou alguns meses, para preencher os ‘critérios’ decididos por seu governo. O exílio dessas crianças – e se trata com certeza de exílio – sem sombra de dúvida – será visto nos quatro cantos da Terra e ficará marcado na memória coletiva como uma crueldade, um gesto desumano e uma torpeza sem igual de um povo e de um governo que nada aprenderam com sua própria história. Pessoas de todas as cores, algumas de olhos amendoados, outras de cabelo encrespado, algumas cristãs, outras muçulmanas, mas todas elas seres humanos, abraçarão seus filhos em pranto, e serão empurradas, talvez com a ajuda dos relhos da famosa Unidade ‘Oz’, para o interior dos aviões. Algumas levarão, por falta de alternativa, os mil dólares da indenização – na verdade um ‘cala a boca’ por sua ‘concordância’ em deixar o país que seus filhos vêm como sua pátria.

Erich Kastner, num de seus livros, escreveu que as lágrimas de uma criança não são menores que as de um adulto. Lágrimas de adultos é possível esquecer. Lágrimas de crianças são inesquecíveis, e não serão perdoadas jamais. Elas chamuscam a alma, e quem as provocou será para sempre lembrado como um homem mau, cruel, como alguém que não se apieda de crianças pequenas. E você será esse homem. Como Primeiro Ministro, a responsabilidade recairá sobre você.

De fato, depois de ‘Chumbo Fundido’ e da ‘Flotilha’, e todos os outros acontecimentos e circunstâncias que nos tornaram afamados no mundo, este outro episódio será mais um reforço à excelente campanha de relações públicas ultimamente realizada para a glória do Estado de Israel.

Mas não estou, agora, interessado em relações públicas, e sim em relações humanas. Os pais dessas crianças não entraram em Israel como clandestinos, ou aqui chegaram graças a empresas de recursos humanos, para roubar nossas riquezas e aqui viver como reis. Eles vieram para cá fugindo da miséria, vieram para ganhar a vida. E ganhá-la modestamente. Pergunte a seus assistentes, com seus salários de várias dezenas de milhares de shekels mensaid, quanto ganha o lavador de pratos num restaurante, o faxineiro, ou aquele que cuida de pessoas incapacitadas. Eles de modo algum ‘chuparam o nosso tutano’. Não vieram atrás de diamantes, ou de petróleo. Eles não vieram aqui ‘passear’, como os descreveu o seu Ministro do Interior (Eli Yishái). Vieram trabalhar e nos servir com fidelidade e por uma remuneração modesta, e por esse motivo merecem de nós um agradecimento, não a expulsão. Eles limparam nossas casas e cuidaram de nossos doentes crônicos, dos quais nós não nos dispusemos a cuidar. Fizeram aqui todos os trabalhos ‘sujos’, difíceis, desagradáveis, em que nós, os mimados, não queríamos sujar nossas mãos.

Mas na verdade eles também viveram aqui. Amontoaram-se em vizinhanças pobres. Rezaram para os seus deuses. Enviaram dinheiro para suas famílias. Alguns encontraram com quem se relacionar, alguns amaram, alguns tiveram filhos. Não há lei no mundo que impeça as pessoas de amar, e de trazer ao mundo o fruto de seu amor.

Gostaria de sugerir a você que deixe seus afazeres por algumas horas e venha visitar a escola Bialik-Rogozhin em Tel Aviv. Você verá ali essas crianças, e não conseguirá acreditar no que vê. Se ainda restam neste país alguns lugares que lembram o ‘lindo Israel’ de antigamente, este é um dos mais emocionantes e maravilhosos. Nessa escola estudam uns oitocentos alunos, em sua maioria filhos e filhas desses trabalhadores imigrantes e de refugiados vindos de uns cinquenta países, e freqüentam desde a educação infantil obrigatória até a décima segunda série. Uma equipe maravilhosamente devotada de professores e outros funcionários transformou essa escola num pedaço do paraíso para essas crianças. A equipe está à sua disposição 24 horas por dias. Eles recebem ali três refeições diárias. Estudam. Cantam músicas hebraicas e as canções das nossas festas. Em Purim eles fazem um colorido desfile pelo bairro. Têm à sua disposição uma biblioteca incrível em hebraico, como não há em nenhuma outra escola. E eles lêem! Eles falam, cantam e dançam em hebraico. Escrevem poesias em hebraico. Os alunos da décima segunda série estudam para o Exame de Madureza (exame de conclusão dos estudos obrigatórios, em Israel), e seu índice de aprovação é de 70%! Eles querem prestar o serviço militar, e preferem justamente servir nas unidades de combate. E não, definitivamente não por acaso, a escola fica na esquina das ruas ‘haAliyáh’ (a imigração a Israel) e ‘Molédet’ (Nossa Pátria).

Nessa escola funciona um comitê de voluntários, presidido pela Sra. Rina Zamír. Uma estrutura de mais de cem voluntários protege como um guarda chuva essas crianças e seus pais, e os ajuda em tudo, nos estudos, em sua defesa, com recursos de todos os tipos. Os voluntários provêm de um amplo espectro de ocupações e instituições: da indústria, dos escritórios de tecnologia avançada, da Academia, da Justiça, de lugares como a Organização pelos Direitos Humanos, de instituições de ensino como o Seminário dos Kibutzím, do Centro de Auxílio a Cidadãos Estrangeiros, dos ‘Médicos pelos Direitos Humanos’, e de outros mais. Entre esses voluntários há pessoas que fizeram contribuições decisivas ao País em diversos campos.

Qualquer pessoa que visita essa escola apaixona-se por ela imediatamente. Apaixona-se pelos alunos e por seus professores, e torna-se voluntário/a na mesma hora. Esse é um amor ao Bem, à Generosidade, ao Ser Humano. O múltiplo colorido e a profusão de semblantes, de tipos de cabelo e de matizes epidérmicos criam uma sinfonia festiva universal magnífica, uma Festa da Família Humana, que demonstra a possibilidade de vivermos todos, apesar das muitas diferenças, juntos em paz e afeição. Visitei essa escola muitas vezes, e a cada vez senti novamente que qualquer um de seus alunos poderia ser – e de fato é – eu mesmo.

Devido às decisões de seu governo uns cem de seus alunos estão ameaçados de expulsão, além de cerca de outros trezentos que estudam em outros lugares. Quatrocentas famílias vivem à sombra do medo e da incerteza, da ruptura e da separação, devido à expulsão. Trata-se de pais que aqui derramaram seu suor para nos servir, e de crianças que sentem este país como o deles, e o hebraico como sua língua. Crianças que adoram as flores que aqui crescem, que são loucas por falafel e por humos e por tahine, crianças que jogam queimado (mahanáyim) e brincam de pegar (tofésset), crianças que cantam ‘Hava Naguíla’ e ‘Lo Shárti Lach Artzí’ (‘Não Cantei para Ti, minha Terra’).

Oitocentas crianças, que preencherão os ‘critérios’, ficarão. Quatrocentas, que não preencherão, serão arrancadas daqui de modo cruel. Como explicar a uma criança por que seu amigo ficou e ela teve que ir? Como você suportará as suas lágrimas? O que, afinal, perderá o Estado de Israel se ele superar o impulso de expulsar que o atacou e permitir que todas as crianças e suas famílias fiquem aqui? Está claro para todos nós que eles não representam nenhuma ameaça demográfica ao país. A verdadeira ameaça demográfica é o aumento da crueldade, o estranhamento e a maldade entre nós, e a indiferença pelo destino alheio.

Diante da enxurrada de imigrantes ao país e da dificuldade em selar nossas longas fronteiras, são realmente necessárias leis e regulamentos e critérios. Mas que sua vigência se volte para o futuro. As crianças que já estão aqui conosco, as criaturas que em nada pecaram, a essas temos que deixar aqui. A gratidão das crianças e das famílias que permanecerem só fará bem ao Estado de Israel. Assim como Ben Gurion ansiava por um Chefe do Exército yemenita (isto é, descendente de judeus vindos do Yémen), nada impede que um dia tenhamos um Primeiro Ministro que descende dessas crianças que aqui ficarem.

Os tubarões das empresas de mão de obra, e disto você bem sabe, já enriqueceram o bastante com a importação de trabalhadores. Seu único interesse agora é a reciclagem – que venham novos trabalhadores, para que eles lucrem ainda mais. Corte as quotas de novos ‘importados’ e dê um status legal aos que aqui já estão. Inclusive àqueles que, pelos ‘critérios’, são ‘residentes ilegais’. Eles não se infiltraram no país para lucrar, vieram porque estavam na miséria. Não são pessoas mal intencionadas. São apenas gente que tentou – e tenta – sobreviver num mundo difícil e cruel. Mesmo que tenham transgredido a lei, seus filhos em nada pecaram. Não é aceitável, não é humano, que justo o povo judeu, um povo de imigrantes, os expulse de dentro de si de modo tão insensível. Judeus não expulsam crianças.

As muitas vozes de pessoas com consciência, que a cada dia aumentam mais em todos os segmentos da população, pedem a você e ao seu governo que revele humanidade e compaixão e deixe que fiquem no País TODAS essas crianças. Essas pessoas todas não o perdoarão, nem a você nem ao seu governo, se as crianças forem expulsas. O mundo também não perdoará. E você tampouco vai conseguir perdoar a si próprio.

Por favor, deixe todas as crianças ficarem!

Seu,

Yehudáh Atlas.

Tel Aviv, 13/08/2010



יהודה אטלס

והילדים האלה הם אנחנו!

מכתב גלוי לראש הממשלה

אדוני ראש הממשלה.

המועד הולך וקרב. בעוד שבועות ספורים, אולי פחות, יתקבצו צוותי עיתונות וטלוויזיה מכל העולם, כדי לצלם, לתעד ולהראות לקהלים רחבים על פני הגלובוס איך מגרשת ישראל ילדים שנולדו בה, עם בני משפחותיהם, רק מפני שחסרו להם שנה, שנתיים או כמה חודשים ל"קריטריונים" שעליהם החליטה ממשלתך. הגליית הילדים הללו – וזוהי ללא ספק הגליה! – תיראה בכל העולם ותחרת בזיכרון הקולקטיבי כאכזריות, כחוסר הומאניות וכערלוּת-לב של עם ושל ממשלה שלא למדו דבר מההיסטוריה הלאומית שלהם. אנשים מכל גווני העור, חלקם מלוכסני עיניים, חלקם מקורזלי שיער, חלקם נוצרים, חלקם מוסלמים, כולם בני-אדם, יחבקו את ילדיהם הבוכים ויידחפו, אולי במגלבי יחידת 'עוז' המהוללת, אל בטן המטוסים. חלקם אולי ייקחו, בלית ברירה, את אלף הדולר שיושטו להם כפיצוי-פיתוי על "הסכמתם" לעזוב את המקום שילדיהם רואים בו מולדת.

אריך קסטנר כתב, באחד מספריו, שדמעות של ילדים אינן קטנות יותר מדמעות של מבוגרים. דמעות של מבוגרים ניתן לפעמים לשכוח. דמעות של ילדים אינן נשכחות ואינן נסלחות לעולם. הן חורכות את הנפש, ומי שגרם לדמעות האלה ייזכר כאיש רע ואכזר, כמי שאינו מרחם על ילדי הגן. ואתה תהיה האיש. כראש-ממשלה, האחריות תחול עליך.

אכן, אחרי "עופרת יצוקה", ה"משט" וכל שאר האירועים והנסיבות שהוציאו לנו 'מוניטין' בעולם, יהיו אלה יחסי ציבור לתפארת מדינת ישראל.

אבל, אני לא רוצה לדבר על יחסי ציבור אלא על יחסי אנוש. על בני-אדם. הורי הילדים הללו לא הסתננו לארץ, או הגיעו אליה דרך חברות כוח האדם, כדי לבזוז את אוצרותיה וכדי לחיות בה חיי תענוגות. הם הגיעו לכאן מחמת המציק, כדי להתפרנס. ולהתפרנס בצניעות. שאל את עוזריך, עם המשכורות של רבבות שקלים לחודש, כמה מקבל שוטף כלים במסעדה, מנקה בתים או מטפל בחולה סיעודי. הם בהחלט לא מצצו את טוב הארץ. הם לא כרו פה יהלומים ולא שאבו נפט. הם לא עשו פה "טיול", כמו שהתבטא שר-הפנים שלך. הם עבדו ושירתו אותנו בנאמנות ובזול, באפס מחיר, ועל כך מגיעה לכולם תודה מכולנו, לא גירוש. הם ניקו את בתי השימוש שלנו, פינו את האשפה, בנו בניינים, טאטאו את הרחובות, סעדו את הורינו הקשישים וטיפלו בחולים כרוניים, שאנחנו השתמטנו מלטפל בהם. הם עשו כאן את כל העבודות השחורות, המלוכלכות, הקשות, שאנחנו, המפונקים, לא רצינו לזהם בהן את ידינו.

תוך כדי כך הם גם חיו. הם הצטופפו במשכנות-עוני. הם התפללו לאלוהיהם. הם שלחו כסף למשפחותיהם. חלקם מצאו בני זוג, חלקם אהבו, חלקם הולידו ילדים. אין חוק ואין מגבלה בעולם שימנעו בעד אנשים מלאהוב ומלהביא לעולם את פרי אהבתם.

אני רוצה להציע לך לעזוב את עיסוקיך לכמה שעות ולסור לביקור בבית-ספר ביאליק-רוגוזין בתל-אביב. תראה בו את הילדים הללו ולא תאמין למראה עיניך. אם נותרו בארץ כמה פיסות של ארץ ישראל היפה, זו אחת המרגשות והנפלאות שבהן. בבית-ספר זה לומדים כשמונה-מאות ילדים, רובם בנים ובנות למהגרי-עבודה ולפליטים שבאו מכחמישים ארצות, מגן חובה ועד סוף י"ב. צוות מדהים ומסור של מורים ואנשי סגל הפך את בית הספר לפינה של גן-עדן עבורם. הצוות עומד לרשותם ולרשות הוריהם 24 שעות ביממה. הם מקבלים במקום שלוש ארוחות מדי יום. הם לומדים. הם שרים שירי מולדת ושירים של חגי ישראל. בפורים הם יוצאים למצעד עדלאידע צבעוני בסביבה. עומדת לרשותם ספריה עברית מדהימה, שכמוה לא תמצא בשום בית-ספר אחר, והם קוראים! הם מדברים ושרים ורוקדים בעברית. הם כותבים שירים בעברית. תלמידי י"ב לומדים לבגרות, ושיעור ההצלחה שלהם בבחינות הבגרות מגיע לשבעים אחוז! הם רוצים להתגייס לצה"ל, ודווקא ליחידות הקרביות. לגמרי לא במקרה, כפי שצוין בכתבה אודותיהם בטלוויזיה, ניצב בית הספר בצומת הרחובות 'העלייה' ו'מולדת'.

בבית-הספר פועל ועד-פעולה של מתנדבים, בראשות הגב' רינה זמיר. מעטפת של יותר ממאה מתנדבים סוככת על הילדים ועל הוריהם ומסייעת להם, בלימודים, באמצעים, בהגנה, בחיזוקים. המתנדבים באים מקשת רחבה של עיסוקים וגופים: מהתעשייה, מההיי-טק, מהאקדמיה, מהמשפט, מארגונים שונים כמו האגודה לזכויות האזרח, ממוסדות חינוך כמו סמינר הקיבוצים, מהמוקד לסיוע לאזרחים זרים, מ'רופאים לזכויות האדם' ואחרים. בין המתנדבים אנשים שהרימו למדינה תרומה מכרעת בתחומים שונים.

כל אדם שמבקר בבית ספר זה הופך מייד לאוהבו, לאוהב תלמידיו ומוריו, לאחד ממתנדביו. זוהי אהבת הטוב, אהבת הנתינה, אהבת האדם באשר הוא אדם. הצבעוניות ומגוון הקלסתרים, מקלעות השיער וגוני העור מצטרפים לחגיגה ססגונית אוניברסלית נפלאה, חגיגה של משפחת האדם, שמדגימה כי כולנו, בעצם, על כל השוני שבינינו, יכולים לחיות יחד בשלום ובאחווה. ביקרתי בבית-הספר כבר פעמים רבות וכל פעם הרגשתי מחדש שכל אחד מתלמידיו יכול להיות – ואכן הינו – 'והילד הזה הוא אני'.

אחרי החלטת ממשלתך מאויָמים כמאה מתלמידי בית-הספר בגירוש, בנוסף לכשלוש מאות אחרים, במקומות אחרים. ארבע מאות משפחות חיות בחרדה של אי-ודאות, של קרע, של ניתוק, של הגליה. אלה הורים ששפכו כאן את זיעתם כדי לשרת אותנו, וילדים שחשים כי הארץ הזאת היא מולדתם והשפה העברית היא שפתם. ילדים שמכירים ואוהבים את הכלניות ואת חצבי-הסתיו שלנו, ילדים שאוהבים פלאפל וחומוס וטחינה, ילדים שמשחקים במחניים ובתופסת, ילדים ששרים 'הבה נגילה' ו'לא שרתי לך ארצי'.

שמונה מאות ילדים, שיעמדו בקריטריונים, יישארו. ארבע מאות, שלא יעמדו, ייקרעו מכאן באכזריות. איך תסביר לילד קטן למה חברו נשאר כאן והוא מגורש? איך תעמוד בפני דמעותיו? מה כבר תפסיד מדינת ישראל אם תתגבר על רפלקס הגירוש העיקש שתקף אותה ותתיר לכל הילדים הללו ולמשפחותיהם להישאר כאן? הרי לכולנו ברור, ששום סכנה דמוגרפית לא נשקפת מהם למדינת ישראל. הסכנה הדמוגרפית האמיתית היא התגברות הרוע, הניכור והאכזריות בינינו והאדישות לגורל הזולת.

נוכח נהיית המהגרים לארץ והגבולות הפרוצים יש לגבש, כמובן, כללים ותקנות וחוקים. אבל, אלה יכוונו כלפי העתיד. הילדים שכבר איתנו כאן, הצאן שלא חטאו, את אלה אנחנו חייבים להשאיר בארץ! אסירוּת התודה של כל הילדים והמשפחות שיישארו איתנו רק תיטיב עם מדינת ישראל. כמו שבן-גוריון התגעגע לרמכ"ל תימני, כך יבוא יום ומקרב הילדים שיישארו כאן יקום לנו אולי ראש ממשלה.

כרישי כוח האדם, זאת ודאי ידוע גם לך, כבר התעשרו דיים מיבוא מהגרי העבודה. האינטרס היחיד שלהם הוא תחלופה, כדי שייַבאו עוד עובדים וירוויחו עוד. קצץ במכסות הבאים החדשים והענק לאלה שכבר כאן מעמד חוקי. גם לאלה, שעל-פי הקריטריונים הם 'שוהים בלתי חוקיים'. הם לא הסתננו לכאן מרוב טובה אלא ממצוקה. הם לא אנשים זדוניים. הם בסך-הכול אנשים שניסו – ומנסים – לשרוד בעולם קשה ואכזרי. גם אם עברו על החוק, הילדים שלהם לא פשעו. לא נאה, לא אנושי, לא מתקבל על הדעת, שדווקא בני העם היהודי, עם של מהגרים, יקיאו אותם מקרבם באופן כל-כך אכזרי. יהודי לא מגרש ילדים!

הקולות הגוברים והמתרבים של מאות ואלפי אנשי מצפון, מכל שדרות הציבור, קוראים לך ולממשלתך לגלות אנושיות וחמלה ולהשאיר את כל הילדים האלה כאן. כל האנשים הללו לא יסלחו לך ולממשלתך אם תגרש את הילדים. גם העולם לא יסלח. גם אתה לא תסלח לעצמך.

בבקשה, השאר את כל הילדים כאן!

שלך,

יהודה אטלס

תל-אביב, 13.8.10




Amigos: Convido todos vocês a aderir a uma GREVE DE FOME que estou promovendo, a se iniciar no Domingo dia 29 de Agosto, para forçar o Ministro do Interior Eli Yishai a CANCELAR A EXPULSÃO DOS FILHOS DOS TRABALHADORES ESTRANGEIROS EM ISRAEL. Muito provavelmente, caso um grande número de pessoas aderir a essa greve, e a notícia sobre a mesma chegar a Israel a tempo, como uma ameaça, esse cancelamento se tornará realidade e a greve será também cancelada. Se poucas pessoas aderirem, isto não será suficiente para obrigar o Ministro a fazer seja o que for, e de nada adiantará o esforço de uns poucos indivíduos. Portanto, peço-lhes que divulguem esta mensagem para todos que estiverem ao seu alcance. Por favor confirmem sua adesão com um e-mail dirigido a mim com a palavra CONCORDO.
Davy Bogomoletz.

My good friends: I invite you to join me in a HUNGER STRIKE, which will be started at Sunday, August 29, in order to make Minister Eli Yishai to revoke his order of expulsion of the sons of foreign workers in Israel. If a large number of people join us, and the message about the strike reaches Yishai on time, the expulsion decree will be canceled and so will be the strike. If only a few will agree to join, it will not be enough to move Yishai from his ruthless decree. So please let this message reach as many people as you can, and ask them to send me a message saying just 'I agree'.
Davy Bogomoletz

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ASSINE E REPASSE A CARTA ABERTA:
PELA PAZ, CONGELE OS ASSENTAMENTOS


Primeiro Ministro Netanyahu,

Como indivíduos que se preocupam profundamente com o futuro de Israel, escrevemos para expressar nossa apreensão com a idéia de que o senhor possa , em setembro, deixar de renovar o congelamento da construção de novos assentamento,

Nós acreditamos em Israel. Não hesitamos em explicitar nossa defesa do direito de Israel existir como um Estado judeu e democrático. Defendemos o legítimo exercício por Israel do seu direito à autodefesa. Estamos ao lado de Israel mesmo quando isto não é visto com simpatia.

Como apoiadores de Israel, queremos adverti-lo de que o fim do congelamento dos assentamentos iria ameaçar a nossa capacidade de sermos convincentes em nossa defesa de Israel. Fazê-lo daria mais argumentos para os seus inimigos.

A percepção de Israel como democracia que deseja a paz é crítica para vencermos aqueles que querem deslegitimar o país. Novas construções de assentamentos serão vistas como um sinal de que o seu governo prefere dominar os palestinos a forjar a paz.

Sr. primeiro-ministro, ajude-nos a ajudar Israel.

Em setembro, por favor, escolha a paz e não os assentamentos.

Atenciosamente,

» ASSINE em http://peaceisrael.org/freeze_petition.php


Israel Precisa Optar: Construir Paz ou Construir Assentamentos


No próximo mês, o Estado de Israel deverá encarar uma decisão histórica. Está chegando o momento da verdade para o governo Netanyahu.

11419589286?profile=originalEm setembro, não haverá mais desculpas e o primeiro-ministro terá que decidir se deseja negociações diretas e paz com os palestinos ou se prefere a construção de assentamentos, o isolamento internacional, e transformação de Israel num Estado binacional.


No próximo mês, o Estado de Israel deverá encarar uma decisão histórica. Está chegando o momento da verdade para o governo Netanyahu.

Em setembro, não haverá mais desculpas e o primeiro-ministro terá que decidir se deseja negociações diretas e paz com os palestinos ou se prefere a construção de assentamentos, o isolamento internacional, e transformação de Israel num Estado binacional.


Não há mais desculpas, não há espaço para mais discursos, chegou a hora de agir.

Se o governo decidir voltar a construir, o sonho de Dois Estados – Israel e Palestina – será destruído e o mundo se voltará contra o país. O caráter de Israel como Estado judeu e democrático será perdido, e os parceiros palestinos moderados serão substituídos por extremistas.
Se o governo israelense optar por continuar congelando os assentamentos e promover negociações reais com os palestinos, irá recuperar a reputação internacional de Israel. Voltaremos a ser um Estado judeu e democrático e Abu Mazen (o presidente Mahmoud Abbas), o parceiro palestino, voltará ao palco principal.

Um acordo de paz com os palestinos é possível. Não podemos perder a oportunidade.
O momento da verdade em Israel chega em setembro.
O teu momento da verdade chega em setembro.

» ASSINE AQUI AGORA ou em http://peaceisrael.org/freeze_petition.php

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Parashat "Shoftim - Dr. Ari Ackerman

Parashat "Shoftim"

Dr. Ari Ackerman*


Interpretación y comentario
Uno de los principales puntos de desacuerdo en lo referente a la autoridad en el Judaísmo moderno se refiere a la falibilidad de las decisiones de los líderes rabínicos.
Una escuela argumenta que, a pesar de su autoridad incuestionable, los rabinos son seres humanos y, por lo tanto, pueden cometer errores. En consecuencia, ningún rabino tiene una autoridad inviolable.
En contraposición, otra escuela asociada con ciertos teólogos ultraortodoxos, argumenta que las decisiones de las principales autoridades rabínicas de cada generación ("gdolei hador"), no pueden ser cuestionadas. Dichos rabinos comprenden de manera intuitiva la verdad de la Torá ("dat Torá") y, por lo tanto, sus opiniones son infalibles.
La raíz de este debate se encuentra, de hecho, en las diferentes interpretaciones del versículo de "Shoftim" que ordena a los judíos a obedecer los decretos de los rabinos: "...No te apartes de la sentencia que te habrán de aclarar, ni a derecha ni a izquierda" (Deuteronomio 17:11).
En su comentario a este versículo, Najmánides sostiene: "Las Escrituras establecieron la ley de que debemos obedecer al Gran Sanhedrín que se sienta delante de Dios en el lugar que Él elegirá, sea lo que fuera que ellos ordenen en su interpretación de la Torá. Porque el Espíritu de Dios reposa en los ministros de Su Santuario. Él nunca cesará Su bondad y siempre los preservará de los errores y tropiezos". Es decir, Najmánides afirma que Dios asegura la veracidad de sus enseñanzas. Él se refiere a los sabios del Gran Sanhedrín, pero ciertos estudiosos modernos de la Torá argumentan que el principio de infalibilidad debe ser extendido para incluir también a los sabios que lideran cada generación.
Rashi da una interpretación opuesta a este versículo. Basado en Sifrei, Rashi comenta: "Ni a derecha ni a izquierda: Ni si te dicen que la derecha es la izquierda y que la izquierda es la derecha". Es decir, Sifrei y Rashi sostienen que la obligación de seguir a los rabinos se aplica incluso cuando los rabinos están equivocados. Ellos afirman que debemos seguir las decisiones rabínicas constantemente, pero que también podemos reconocer que los rabinos pueden equivocarse. Según esta postura, el principio de infalibilidad no pertenece al Judaísmo, que rechaza idolatrar a su liderazgo rabínico y mantiene una marcada diferencia entre la Ley de Dios y cualquier liderazgo humano.
Un profundo análisis debe ser hecho para comprender los fundamentos teóricos de cada una de estas posturas. Me gustaría destacar brevemente uno de los aspectos de este debate. Según la opinión de Najmánides, la autoridad de los rabinos líderes de cada generación está basada en la Revelación y dichos rabinos deben ser vistos como mensajeros de la Palabra de Dios con un poco de autonomía e independencia. En contraposición, la postura de Rashi dice que todos los rabinos tienen independencia para interpretar la Palabra de Dios. Sus herramientas no son las proféticas, que les permiten recibir la Palabra de Dios, sino intelectuales, que los llevan a una comprensión de manera autónoma de la Voluntad de Dios. En conclusión, debe ser tenido en cuenta que, por lejos, la postura dominante en el Judaísmo es aquélla de Rashi, que permite la coexistencia entre la razón y la Revelación como dos fuentes de verdad para establecer la ley.

Estudio y análisis
Rabino Dr. Alexander Even-Jen*
"Y si te dijeres a ti mismo: ¿cómo habremos de saber la palabra que no ha hablado Adonai?" (Deuteronomio 18:21).
1- ¿Cuál es la intención de esta pregunta? ¿Será que la misma refleja la confusión del pueblo? ¿Será que el pueblo duda porque diferentes personas le hablaron en nombre de Dios? ¿Podemos suponer que las personas se dirigieron a Moshé con esa pregunta? Si fueras Moshé, ¿cómo reaccionarías? ¿ Será que no estaba claro quién hablaba en nombre de Dios? ¿Será que esto significa que la diferencia entre la profecía de Moshé y de "los otros profetas" no estaba clara? Si decimos que Moshé es consciente de que su final está cerca y que con sus palabras debe guiar al pueblo para que puedan poner a prueba a aquéllos que quieran substituirlo, cabe lugar a la pregunta: ¿por qué su preocupación? ¿Acaso este temor surge por el desafío constante a su liderazgo?
La respuesta a esta pregunta es: "Lo que hablare el profeta en el Nombre de Adonai y no ocurriere la cosa y no viniere, esa es la palabra que no ha hablado Adonai; con alevosía lo ha hablado el profeta, no habrás de temer de él" (Deuteronomio 18:22).
1- La "prueba" propuesta aquí es simple: si lo que el profeta dijo no se cumple, entonces de trata de un "falso profeta". Sin embargo, ¿cómo analizar una prueba de este tipo? ¿Acaso todo lo que los verdaderos profetas dijeron se cumplió? ¿Acaso una prueba de este tipo no pone en peligro al mismo Moshé?
2- ¿Acaso esta propuesta "concreta" -que verifica la credibilidad del profeta según las "consecuencias"- representa la aceptación-reconocimiento de la imposibilidad de distinguir cuáles de las "voces" que se oyen provienen de Dios? ¿No era mejor tratar de probar si la profecía se corresponde con la Voluntad de Dios y su origen es, verdaderamente, del cielo?
Maimónides propone un camino parecido para distinguir entre un falso Mesías y el verdadero Mesías: hay que verificar las "consecuencias" y el "cumplimiento" de las palabras del "Mesías". Maimónides dice: "Rabi Akiva era uno de los grandes sabios de la Mishná; él fue el hombre de confianza del rey Ben Kuziva (Bar Kojba) y sostenía que él era el rey Mesías, y así lo creían él y todos los sabios de su generación, hasta que, desdichadamente, fue muerto. Cuando lo mataron, los sabios comprendieron que no había sido el Mesías" ("Mishné Torá", Leyes de los Reyes, Cap.11).
1- ¿Será que la intención de Maimónides era decir que si Bar Kojba hubiese tenido éxito, lo hubieran reconocido como el Mesías?
2- ¿Es aceptable que el parámetro de la prueba sea el "éxito"?

* Profesor de Pensamiento Judío, Instituto Schechter de Estudios Judaicos, Jerusalén
Editado por el Instituto Schechter de Estudios Judaicos, la Asamblea Rabínica de Israel, el Movimiento Conservador y la Unión Mundial de Sinagogas Conservadoras. Traducción: rabina Sandra Kochman

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Uso y abuso de la Cábala - Autor: Rabi Shmuel Shaish

Una industria que mueve millones

Uso y abuso de la Cábala Autor: Rabi Shmuel Shaish*

En el ejemplar Nº 2628, del semanario impreso, publicó Aurora el artículo titulado "La importancia del estudio de la Cábala' cuya fuente era el sitio judaismovirtual.com. El artículo termina con las palabras de rabi Ishaiahu Horwitz: "Ahora que se ha revelado la Sabiduría de la Cábala y se ha difundido entre todos los Sabios de Israel, la cual recibimos como herencia de Moisés, quien a su vez la recibio directamente del Creador, todo el que la niega y duda es un blasfemo. Ya que reniega de una de las partes de la Torá oral, y se aparta entonces de la fe de Israel".



Un grupo de rabinos jaredim cabalísticos se reunieron para maldecir a los arqueólogos que estudian nuestro pasado y descubren tumbas antiguas, cosa que según ellos, ofende a la Torá y ya que estaban en trance de maldición, maldijeron también a los judíos laicos, a los reformistas, homosexuales y a todos los que no piensan como ellos. Tocaron shofarot (no solamente tradicionales, sino que agregaron cuernos de antílope, que en alguna fuente cabalística dicen que su sonido es grato a Dios).
Volvieron satisfechos a sus lugares de origen, luego de maldecir a la mayor parte del pueblo de Israel. De acuerdo a su comprensión de la Cábala ellos tienen la fuerza de influir sobre las acciones divinas, si hacen las ceremonias de manera exacta.
Es interesante ver como la Cábala se impone en ciertos círculos y como se va convirtiendo en una industria que mueve millones de dólares. En efecto; se abren cursos de Cábala todos los días. Gente que la Torá está bien lejos de ellos estudian Cábala y también la enseñan. No importa qué conocimientos previos tienen o que conducta moral tienen, estudian los cuentos de la Cábala y continúan comportándose en forma contraria a la Torá; gente los aplaude y se identifican con ellos, aunque sean realmente los representantes de Satán sobre la tierra.
Personas para quienes los Mandamientos de Dios son simplemente palabras huecas, se dedican a la Cábala y hablan de rabinos y maestros como de gurús, y cuando les pido que me expliquen lo que recitan me dicen que la Sabiduría es tan profunda que solamente sus maestros las entienden, pero "que bien que hablan", "que pensamientos profundos salen de sus labios".
Compran libros y más libros que no los entienden, pero tenerlos en casa ya es una salvaguardia contra la maldad. No han leido ni estudiado la Torá, ni los profetas y tampoco las escrituras. Ni que hablar del Talmud y otras hierbas. La Sabiduría lo suplanta a todo.
Como está en el artículo ya citado: "…Deberíamos marchar detras de esta Sabiduría para acallar a nuestros pensamientos (el subrayado es mio), para aclarar nuestro camino, para salvarnos del mal instinto y de su confusion maligna". Y cual es esa Sabiduría: por supuesto la Cábala. Y así crecen como hongos después de la lluvia todo tipo de charlatanes, nigromantes y exorcistas.
En Tel Aviv, Hollywood, Tokio, Moscú, etc., estudian la Cábala si son oligarcas o adúlteros, estafadores y ladrones, no importa; ponen un papelito en el Kotel o tiran velas en la hoguera frente a ciertas tumbas y Dios los perdona. Que fácil que es esto. Y yo miro, escucho, mi estómago se revuelve y mi corazon llora. "¿Esta es la Torá y esa es su recompensa?"
La Cábala (recepción) es el término aceptado para la mística, el esoterismo y la teosofia judía. La Cábala es el medio de conocer y unirse el hombre con Dios y conocer el secreto de la Creacion; sus bases superan el raciocinio humano.
La mística existe desde que el ser humano comenzó a pensar y tratar de entender su existencia en este mundo. Y no es tarea fácil. La Cábala se fue desarrollando en círculos cerrados de rabinos, hasta la Alta Edad Media, cuando ciertos rabinos comenzaron a divulgar las fuentes literarias de la Cábala y muchas personas se dejaron y dejan influir, sin base alguna de comprensión de los textos.
La más terrible consecuencia de este estudio fue el mesianismo de Shabtai Tzvi en el siglo XVII y de Iaacov Frank en el siglo XVIII, cuando gran parte de nuestro pueblo siguió a los falsos mesías, y con la desilusión muchos se convirtieron al Islam y al Cristianismo.
Lamentablemente la situación no cambia demasiado. Leemos en el Talmud (tratado Jagiga 14 b): "Cuatro entraron al Pardés (plantación, y también las siglas de los sistemas de estudio de la Torá, y el último, Sod, secreto, es el más peligroso); Ben Azay, Ben Zoma, Ajer (Elisha ben Abuya) y Rabi Akiva. Ben Azay entró y murió, Ben Zoma entró y enloqueció, Elisha ben Abuya (llamado Ajer -otro- desde entonces) dejó de creer y se alejó del pueblo. Solamente Rabi Akiva entró en paz y salió en paz (es decir, estaba realmente preparado para estudios tan difíciles)". Este relato sintetiza la problemática del estudio de la mística.
No todos están preparados para esos estudios, y aun Rabi Akiva al final de su vida declaró a Bar Kojva "Mesías". Y ya lo planteó claramente Rambam (Maimónides): "No debe entrar una persona al Pardés (plantación) hasta que no llene su estómago con carne y vino" (carne es el Talmud y vino son los maestros de la Halajá, la ley judía).
Aparte de eso, muchos rabinos exigen una edad minima (entre 25 y 40 años) para entrar en el estudio de la Cábala, aparte de conocimientos previos.
Existe también un hermoso Midrash (comentario) que pregunta: "¿Por qué la Torá comienza con la letra Bet y no Alef, que es la primera letra del alfabeto? Para que sepan todos que no se debe buscar lo que está por arriba nuestro, ni lo que está por detrás nuestro, ni lo que está debajo nuestro. Solamente estudiar lo que tenemos por delante, la Torá".
Y eso es lo que realmente debemos hacer. La Torá nos enseña una concepción de vida y mundo. Es un sistema de vida, que si lo seguimos naturalmente nuestra vida será mejor y no buscaremos paliativos en secretos casi inaccesibles, ni en milagreros de todo tipo.
La Cábala no es el judaísmo; bien entendida es una parte de la inmensidad de la Torá de Israel. Y si alguien me considera realmente blasfemo y hereje, tiene algunos problemas.
*Congregación "Taguel Aravá", Eilat Shm111@smile.net.il.
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Comentarios 1. Es Cierto...
Autor: Federico Valiente 2. cuando algo no va bien... se ha de saber qué pasa. BUSCAD Y HALLAREIS ,
Autor: NAIF 3. Que ensenanza tan profunda esta en lo cierto
Autor: Hadassah Agregar Comentario
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