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Judeus vindos do mundo todo trouxeram costumes e temperos que moldaram um modo de vida tranquilo, onde, exceto pela revista no aeroporto, não se vê sinais notórios do conflito com a Palestina

Ammar Awad/Reuters
Ammar Awad/Reuters
Sem peixes, mas repleto de turistas, Mar Morto tem orla agradável e encolhe um metro por ano

Se você é um turista cético, como eu, Tel-Aviv é o melhor lugar para lhe servir de base. Para começar, a cidade tem mais bares do que sinagogas, como os boêmios nativos gostam de lembrar. Com cerca de 400 mil habitantes, é um lugar tranquilo e paradoxalmente movimentado. Tem belas praias que dão para o Mediterrâneo, vida cultural intensa e uma noite variada, com uma quantidade razoável de opções para diferentes públicos.

Tel-Aviv ainda tem a seu favor a localização geográfica, que favorece a escolha de quem pretende partir dali para conhecer outras cidades israelenses: fica no litoral, mas estrategicamente no centro, em um país que tem forma de tira. Dali, você pode facilmente se locomover para Jerusalém, Holon, Acre e até Sderot, na beirada do conflito, como eu fiz, em busca de marcos históricos, praias e alguma experiência de vida.

E, claro, Tel-Aviv tem um aeroporto internacional, o Ben Gurion, tido como um dos mais seguros do mundo. E aí cabem algumas considerações. Por causa do complexo conflito com a Palestina, o governo de Israel toma todas as medidas que considera necessárias para garantir a segurança da população. Por isso, esteja preparado para longas entrevistas na chegada e na saída. Também não é incomum que suas malas sejam revistadas. Os procedimentos de segurança são realizados ainda antes do check-in. Então, lembre-se de chegar ao aeroporto com, no mínimo, três ou quatro horas de antecedência.

No meu caso, fui retido para avaliação quando estava deixando o país. Passei por uma longa entrevista com um funcionário tão gentil quanto metódico. Ele queria saber exatamente tudo o que fiz durante a minha visita a Israel e repetia algumas perguntas para ver se eu entrava em contradição. Para a minha própria segurança, ele garantia.

O curioso é que, fora o aeroporto, estar em Tel-Aviv faz você esquecer que o país está há décadas em situação de conflito. É uma cidade praiana bonita, limpa, ensolarada, com pessoas na rua desde cedo até tarde da noite. 

Atmosfera. Todas as construções (habitacionais e comerciais) têm jardins, por determinação da lei. A orla de 13 quilômetros é emoldurada por largos calçadões de pedra portuguesa, confessadamente inspirados nos do Rio. Além disso, muitos prédios foram construídos no estilo Bauhaus, baixos, arredondados e sempre claros, para refletir a luz. Por tudo isso, em Tel-Aviv, você só se lembra dos ataques quando liga a tevê ou participa de uma conversa com moradores. Eles são bons de papo.

Os idiomas oficiais em Israel são o hebraico - não o iídiche, como se pode supor - e o árabe, mas impressiona como o inglês é comumente falado. Em geral, basta dizer algo em inglês para que automaticamente passem a conversar com você no idioma.

Talvez seja reflexo de um dado curioso: proporcionalmente, Israel é o país cuja população tem o maior número de diplomas universitários. Mas isso se deve, também, a uma característica muito emblemática - o multiculturalismo. Como Israel foi criado em 1948 por judeus que viviam em diversas partes do mundo (inclusive locais), a cultura e a comida tiveram muita influência estrangeira. Estima-se que 75% da população tenha origem étnica e cultural influenciada pela vida em outros países.

E é nos restaurantes que esse fenômeno se torna ainda mais saboroso. Itens da gastronomia local, como o homus, compartilham o cardápio com clássicos estrangeiros e fusões surpreendentes. Eu, por exemplo, que sou vegetariano, fui surpreendido por uma versão sofisticada do manjado yakissoba chinês no restaurante Eldad Vezehu, no bairro de Nachalat Schiva, em Jerusalém. Feito com massa fresca, tinha um molho denso e equilibrado.

Tenha cuidado, no entanto. Como uma jovem israelense me advertiu, você pode, em algum momento, se deparar com um sushi de requeijão. Mas até isso pode render uma boa história.

* O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO CONSULADO DE ISRAEL

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- O QUE LEVAR


Proteção solar
Israel é um país muito iluminado. Então, leve bloqueador solar, hidratante labial e cantil. Ah, bonés e chapéus também. Eles podem ser úteis por outro motivo, além de proteger do calor: em alguns lugares, como o Muro das Lamentações, homens não entram com a cabeça descoberta


Sapatos confortáveis
Templos, mercados, museus, bairros... Na maior parte do tempo, seus pés serão o seu principal meio de transporte

- O QUE TRAZER


Cosméticos
A lama do Mar Morto, vendida em lojas de duty free e nos shopping centers, é um presente bem-humorado. Também há xampus, sabonetes e hidratantes feitos com substâncias extraídas da região. E sai mais barato do que comprar cosméticos convencionais de grife

Roupas
Em Tel-Aviv, você encontra as principais redes de fast-fashion ainda não disponíveis por aqui, como Gap, Top Shop e H&M


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Tabu

 Sei que existe muita coisas ,ações, e ate mesmo pessoas que julgamos de uma forma mas ao "ver mais fundo" entendemos como algo muito diferente do que pensavamos, ja diz o ditado"Não se julga o livro pela capa".

Gostaria de contar  o que aconteceu comigo, vivenciei,muitos ja sabem que faço pós em antropologia e meu tema e o judaismo,Em junho deste ano houve um congresso em Minas Gerais onde tive que apresentar uma artigo cientifico, ate ai tudo bem, quando falei que falaria sobre judaísmo, senti um certo receio por parte dos proprios professores da Banca, como o congresso e apresentações começaram na segunda feira,pois não havia so estudantes de antropologia mas , parte era psicologia pastoral, ciencias da religião , e mestrados em teologia,confesso que fiquei com medo pois era a primeira vez que apresentaria um trabalho frete abanca de professores da universidade.O professor de antropologia chegou na quarta feira , logo fui conversar para saber o que achava do meu tema, ele achou muito bom e vou repetir sua palavras"voce esta com um copo cheio de pedras preciosa resta agora retirar uma para trabalhar" depois disso fique mais avontade.

Mas na verdade o que quero falar e que quando apresentei o trabalho observei certa"ignorancia" de professores sobre o assunto, e muitos dos academicos  que ali estavam tinham uma visão distorcida do que seria o"mundo judeu",tanto é que recebi um unico comentario da banca examinadora a de um DR em sociologia que diz saber que os rabinos em Israel era sustentado pelo governo,o que alem de uma pergunta fora do contexto fui mas um comentário  maldoso pois apos conversar com o Jayme Fuscar pude dar a replica mostrando que tudo não passava de uma bobagem ou uma má interpretação do que viu em sua viagem a Israel, a maioria dos outro  observaram minha apresentação como se fosse "uma nova descoberta" algo ainda nunca visto, fiquei espantada pois em meio academico não terem o minimo conhecimento sobre o assunto e mais terem sim preconceitos, senti -me em plena" idade media", e mais ainda de saber que neste curso de antropologia cultura ,curso novo e unico no Brasil, não haver conhecimento da cultura judaíca.

Por estes e outros motivos estou ainda mais empenhada em uma monografia que mostre o mundo judeu, traga algum conhecimento deste povo que sobreviveu estes 5771 anos , dentro de uma mesma ideologia,enquanto todos os outros acabaram e mudar muito de seus principios exemplo: Egipcios , Gregos que chegaram ao nosso seculo mas nada manteve das antigas culturas, sem falar nos demais povos da idade  antiga que desapareceram.O judaísmo é uma fonte de onde podemos aprender muito do passado e assim corrigir o presente ,mudar o futuro.Não estou sendo demagoga como muuitos possam pensar apenas como historiadora relato um acontecimento e comento a "verdade " que vejo. Sueli

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Os líderes do movimento de protesto social que sacode Israel desde meados de julho convocaram os cidadãos de todo o país a saírem às ruas na noite de sábado, exceto em Tel Aviv, onde foi realizada uma manifestação em massa na semana passada. "Nós decidimos não organizar manifestações em Tel Aviv, mas manteremos marchas em todo o país. O importante é mostrar que o protesto não é limitado aos cidadãos de Tel Aviv", disse à AFP Shafir Stav, um dos organizadores do movimento. Shafir negou que o movimento esteja perdendo força, e garantiu que os protestos não vão parar de crescer. Uma pesquisa publicada na terça-feira afirmou que 88% dos israelenses apóiam o movimento, enquanto 53% estão dispostos a participar nas manifestações. O Parlamento israelense anunciou na segunda-feira que convocou seus membros em férias para uma sessão especial para tratar do crescente movimento de descontentamento social no país. O debate está marcado para 16 de agosto e 50 membros da oposição já confirmaram presença, informou o Parlamento em um comunicado. A oposição denuncia a política de imposição do Governo, afirmando que ela está "desconectada" do povo. O comunicado diz ainda que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu participará na segunda-feira de uma reunião da Comissão de Finanças do Knesset (o Parlamento israelense) sobre o tema "a política sócio-econômica" do Governo. Os protestos sociais no país tiveram início há três semanas e no sábado conquistou grande adesão, quando 300 mil manifestantes saíram às ruas de Tel Aviv e de outras cidades pedindo "justiça social". Frente a este descontentamento social que a cada dia aumenta, o primeiro-ministro prometeu no domingo diálogo e mudanças. Netanhayu formou uma "equipe especial", dirigida pelo professor Manuel Trachtenberg, um economista de renome e atualmente presidente do Conselho de Ensino Superior, para que "a proposta de todos seja ouvida, ainda que não seja possível satisfazer a todas as demandas". http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5290150-EI308,00-Jovens+israelenses+convocam+novos+protestos+sociais.html
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monografia

shalompreciso da ajuda de todos para minha monografia informações documentarios história enfim material para pesquisa sobre" Tisha B'av " desde ja agradeço a todossueli
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Tisha B'Av, o nono dia do mês judaico de Menachem Av, é um dia de luto nacional para o Povo Judeu porque nesta data foram destruídos o Primeiro e o Segundo Templo. Com exceção de Yom Kipur, Tisha B'Av é a única data do nosso calendário na qual somos obrigados a jejuar durante mais de 24 horas. Mas, enquanto Yom Kipur é um dos dias mais felizes do ano, um dia de Perdão e Clemência Divina, Tisha B'Av é o dia mais triste do calendário judaico. É a culminação de um período de três semanas de luto nacional que se inicia em 17 de Tamuz - um dia de jejum que começa antes do amanhecer e termina após o pôr-do-sol. Foi no dia 9 de Menachem Av que o Primeiro e o Segundo Templo Sagrado de Jerusalém foram destruídos. Construído pelo Rei Salomão, filho e herdeiro do Rei David, o primeiro Beit Hamicdash foi destruído em 422 antes da Era comum pelos exércitos de Nabucodonosor, rei da Babilônia. O segundo, erguido sob a liderança de Ezra após a volta dos judeus de um exílio de 70 anos, na Babilônia, foi destruído 490 anos após o Primeiro Templo pelas legiões romanas que exilaram os judeus da Terra de Israel. Jejuamos e lamentamos em Tishá B'Av a destruição do Templo Sagrado por ser esta a causa primordial do sofrimento do Povo Judeu. As conseqüências foram dramáticas: exilado da Terra de Israel, nosso povo se dispersou pelos quatro cantos do mundo, permanecendo durante dois mil anos à mercê de outras nações. Foram dois milênios de perseguição, discriminação, expulsões, pogroms e mortes que culminaram na Shoá. A destruição do Templo Sagrado, Morada de D'us na Terra, teve sérias conseqüências e continua tendo, não só para o Povo Judeu, mas para a humanidade como um todo. Poucos sabem que o Templo não era apenas o local mais sagrado da cidade mais sagrada da Terra, mas, em termos espirituais, era o escudo protetor do mundo, pois os serviços lá realizados expiavam não somente os pecados dos Filhos de Israel, mas também os de toda a humanidade. Desde a destruição do Templo, os homens perderam uma grande fonte de proteção. Nossos Sábios ensinam que nas gerações em que o Templo não for reconstruído é como se o mesmo tivesse sido novamente destruído. Isto significa que continuam sendo cometidos os mesmos pecados e erros que causaram a queda do Primeiro e Segundo Templo. Somente quando aprendermos com estes erros, quando deixarmos de cometê-los, o Terceiro Templo será construído, estabelecendo na Terra a utopia com a qual o homem sempre sonhou. Por que o Primeiro Templo caiu No Talmud, no Tratado de Yoma, está escrito que o Primeiro Templo foi destruído porque na época os judeus cometiam três pecados capitais: idolatria, imoralidade (adultério e incesto) e assassinato. Mas, ainda no Talmud, o Tratado de Nedarim aponta para outra razão. Está escrito que o Primeiro Templo caiu porque antes de estudar a Torá os judeus não recitavam a bênção apropriada. Idolatria, imoralidade e assassinato - pecados tão graves que um judeu não pode cometê-los nem para salvar sua vida - podem até justificar a destruição do Templo e o exílio do nosso povo da Terra de Israel. Mas o fato de não recitar uma bênção antes de estudar Torá parece ser uma infração técnica, algo que não poderia ter conseqüências tão catastróficas. No entanto, explicam nossos Sábios que o fato de os judeus cometerem pecados cardeais tão graves, que levaram à destruição do Primeiro Templo, está ligado à forma como se relacionavam com a Torá. Pergunta o Maharal de Praga, grande cabalista famoso por ter construído o Golem: "Por que a Terra está-se perdendo? A resposta dada por ele é que a Torá foi abandonada. E o que significa abandonar a Torá? Significa não a bendizer". Pois, abençoar a Torá antes de estudá-la - declarando "Santificado és Tu, o Eterno,.... que nos deste a Tua Torá" - é reconhecer que esta pode ser uma dádiva, mas que a Torá ainda pertence a D'us, não a nós. Por outro lado, não recitar a bênção antes de estudá-la, significa removê-la da esfera da santidade. É tratar a Torá, que é a Vontade e a Sabedoria Divina, como qualquer outra obra literária, estudando-a como se fosse matéria da história ou do direito. É transformar o sagrado em profano - e esta é a própria definição de sacrilégio. É ofender tanto à própria Torá como Àquele que a outorgou ao Povo Judeu. Apesar de D'us estar disposto a relevar muitos dos erros e pecados que cometemos, a omissão em relação à bênção da Torá é algo que Ele não pode ignorar. Fica mais fácil entender a gravidade disso através de uma simples analogia: se alguém se machucar, a dor é transmitida ao cérebro. Mas a ferida mais perigosa é aquela que atinge diretamente o cérebro. Diminuir a santidade da Torá é atingir o âmago do judaísmo, pois esta é como um fio de alta tensão que conecta o homem finito com o Criador Infinito. Se alguém decidir brincar com esse fio de alta tensão - ao interpretar a Torá da forma que lhe convém, mudando ou revogando suas leis, ou a explorando em benefício próprio - corre o risco de ferir sua alma. Ao tratar a Torá como se fosse uma obra humana e não Divina, rompe a ligação desse fio espiritual com sua Fonte. Quando isso acontece, escreve o Maharal de Praga, a Torá trazida por Moshé dos Céus à Terra perde a sua permanência. Deixa de ser a Árvore da Vida e passa a ser uma árvore cortada de sua Raiz, e, inexoravelmente, definhará e acabará por morrer. Isso foi o que levou o povo a cometer pecados tão graves, na época do Primeiro Templo. Na realidade, os três pecados cometidos foram a matriz de todas as transgressões. A idolatria representa todos os pecados contra D'us; a imoralidade sintetiza todos os que são cometidos por causa de desejos imorais e egoístas; e o assassinato simboliza toda a maldade que o homem comete contra outros seres humanos. Em muitos casos, tais pecados são cometidos quando os homens abandonam a Palavra de D'us, desconectando-se Dele. Ao ser arrancada de sua Raiz, a Torá se torna apenas mais um código de leis, que pode ser mudado ou até descartado. Não surpreende, portanto, que justamente na época em que os judeus não costumavam bendizer a Torá, a idolatria se tenha disseminado. Ambos os fenômenos são meios pelos quais o homem remove de si o jugo Celestial. Como ressalta o Talmud, os judeus jamais praticaram a idolatria por serem tolos o suficiente para acreditarem em seu poder. Muito pelo contrário: as pessoas adoravam estátuas, estrelas e um bezerro de ouro por serem objetos inanimados, sem poder algum, que nada proíbem ou exigem, e que não punem. Por outro lado, ao nos transmitir Sua Vontade através da Torá, D'us nos deu uma longa lista do que devemos e do que não podemos fazer, e Ele está sempre atento às nossas ações e omissões. É de extrema importância ressaltar que ofender a Torá não é uma questão de observância religiosa, mas sim de como cada um de nós se relaciona com a Vontade Divina. Aquele que a honra, a considera sagrada, a Palavra de D'us, mesmo que ele próprio não viva sempre de acordo com suas leis ou seu espírito. Tal pessoa vive em um universo centrado no Todo Poderoso. O problema surge quando o indivíduo se coloca no centro do universo e acredita que a Torá deve adaptar-se a ele. Quando isso acontece, a pessoa abandona a Torá de D'us e a transforma em sua própria Torá. E quanto mais a pessoa segue este caminho, maior dano espiritual causa. As conseqüências, como na época da queda do Primeiro Templo, são pecados contra D'us e contra o homem. Por que caiu o Segundo Templo Uma das conseqüências da destruição do Primeiro Templo foi o exílio babilônico, que durou 70 anos. Foi um exílio extremamente curto, como um piscar de olhos, quando comparado ao de 2.000 anos iniciado após a queda do Segundo Templo. Mas, por que o Segundo Templo foi destruído? E por que o segundo exílio foi desproporcionalmente mais longo e mais difícil do que o primeiro? O Talmud nos responde: durante a época do Segundo Templo, apesar de serem judeus observantes, os judeus odiavam uns aos outros. Estudavam a Torá da maneira correta, seguiam suas leis e até faziam atos de bondade e caridade. Mas se odiavam e difamavam uns aos outros, nutriam ressentimentos e se alegravam com a desgraça alheia. Nossos Sábios, então, concluem: se a extensão do exílio é uma medida para avaliar a gravidade de um pecado, o ódio entre judeus é pior do que ofender a Torá e cometer os três pecados cardeais. De fato, Maimônides escreve que a Torá foi dada para estabelecer a paz no mundo. Seu propósito é aproximar os judeus de D'us e, também, uns dos outros. É verdade que quando alguém - por rancor ou indiferença, e não por falta de conhecimento - deixa de abençoar a Torá, ele a ofende. Mas quando um judeu odeia outro judeu, seu ato é muito pior: ele nega a Torá, pois invalida seus objetivos. Além do mais, o ódio entre judeus é uma afronta à Unidade d'Aquele que nos deu a Torá. É verdade que sabemos muito pouco sobre D'us, mas sabemos que Ele é absolutamente Um. Quando nós, Seu Povo, estamos unidos, refletimos a Sua Unidade. Rashi, o clássico comentarista da Torá, escreve que quando esta foi dada no Monte Sinai, os judeus estavam tão unidos quanto um homem com um único coração. Foi esta unidade que os tornou merecedores da Revelação de D'us e da outorga de Sua Palavra. O maior momento da história judaica aconteceu quando o povo estava unido. Não surpreende, pois, que o pior acontecimento da epopéia judaica - o dia de Tishá B'Av, no qual o Segundo Templo foi destruído, levando os judeus ao seu mais longo exílio - tenha ocorrido quando prevaleciam as lutas internas e a desunião entre nós. Unidade no seio de nosso povo, não significa que todos devamos concordar sobre todo e qualquer assunto. Significa, porém, que jamais devemos deixar de nos ver como parte de um organismo único. Quando judeus odeiam judeus - quando se ressentem, caluniam e se rejeitam, uns aos outros - estão prejudicando mais o Povo Judeu do que o conseguiriam os nossos inimigos. Não há guerra mais cruel e devastadora do que a guerra fratricida, travada entre irmãos. Uma analogia pode ajudar a entender este princípio: doenças do sistema auto-imune são as mais terríveis e em muitos casos letais. Ocorrem quando o organismo deixa de se reconhecer como uma unidade e passa a considerar certas partes dele mesmo como elementos estranhos, indesejáveis. Reage como se estivesse diante de invasores, tentando expulsá-los. No caso de certas doenças, o resultado é fatal. Essa analogia explica a razão para a destruição do Segundo Templo e para os 2.000 anos de exílio. Quando os judeus se voltam uns contra os outros - quando tratam outros judeus como indesejáveis - estão agindo como a doença auto-imune, inconscientes de que estão atacando não um corpo estranho, mas a si mesmos.Portanto, ainda que seja inegável que há diferenças importantes e, às vezes, dolorosas entre os diferentes grupos que integram o Povo Judeu, jamais podemos esquecer que somos todos partes de um mesmo organismo. Um indivíduo pode estar insatisfeito com algumas correntes judaicas - pode desaprovar seus costumes, visão política ou grau de observância religiosa - mas ninguém pode negar que todos fazemos parte do mesmo povo e que, apesar das discordâncias e dos argumentos, são "meu osso e minha carne" (Gênese 29:14). Como nos ensina o misticismo judaico, o Povo Judeu faz parte de uma única alma cujas faíscas encarnam em corpos diferentes. O Terceiro Templo de Jerusalém será mais grandioso que os dois primeiros. Ele poderia e deveria ter sido construído há muitos e muitos anos. Se ainda não foi - se nós ainda jejuamos e nos lamentamos em Tishá B'Av - é porque ainda não retificamos totalmente os pecados que levaram à queda dos dois Templos. O Zohar, obra fundamental da Cabalá, fala do triângulo espiritual que une D'us, Sua Torá e Seu Povo. O Rebe de Lubavitch, que dedicou sua vida para acabar com o exílio do Povo Judeu, ensinou que se encontrarmos um judeu que ama a D'us, mas que não tem amor pelo seu povo e pela Torá, devemos dizer-lhe que seu amor não perdurará. No entanto, se encontrarmos um judeu que ama seu povo, mas que não tem amor por D'us e pela Torá, devemos trabalhar com ele para alimentar seu amor por seu povo até que este transborde em direção aos outros dois, até que os três amores se unam em um único nó forte que jamais há de se romper. Quando nós nos unirmos, como indivíduos e como povo, e nos aproximarmos de D'us e de Sua Torá, teremos finalmente retificado os erros das gerações que nos precederam. Quando isso acontecer, todos os judeus retornarão a Israel e o Terceiro Templo será construído. Como todos os nós do triângulo que unem D'us, Sua Torá e Seu Povo jamais serão rompidos, não haverá outro exílio e o Terceiro Templo perdurará para sempre. Este servirá como proteção e bênção para toda a humanidade, e a santidade da Terra de Israel se espalhará e cobrirá todos os cantos da Terra.
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Hace más de mil años que el judaísmo prohíbe la poligamia, pero un pequeño grupo en Israel lucha ahora para que este antiguo uso practicado por los patriarcas vuelva a implantarse. La organización "Hogar Judío Completo" trata de poner el asunto en la agenda religiosa del país con una campaña que señala los beneficios sociales de los matrimonios múltiples y asegura que no hay ninguna ley judía en vigor que los prohíba. La poligamia, argumentan sus valedores, es la única solución para las jóvenes judías que se enfrentan a una "escasez tremenda de hombres, especialmente entre el público ultra-ortodoxo". "Si preguntas a los casamenteros, que organizan el 90 por ciento de los matrimonios en el mundo ultra-ortodoxo, responderán que por cada 2.500 mujeres libres hay solo 600 solteros. Hay muchas mujeres condenadas a la soltería", asegura el rabino Yehezquel Sofer, residente en Tel Aviv y principal impulsor de la iniciativa. La interdicción de la poligamia en el judaísmo, explica, fue dictada por el rabino Gershon en Mainz (Alemania) el siglo pasado, lo cual erradicó la práctica entre los judíos ashkenazíes (de Europa central y oriental), aunque no entre los sefardíes (que se instalaron en países árabes tras ser expulsados de España). En Persia, Yemen, el Kurdistán y, de forma más limitada, en Marruecos, los judíos durante generaciones se casaron con varias mujeres, según Sofer, que considera que la prohibición de Gershon "tenía una limitación temporal y espacial: estaba restringida a la zona en la que habitaba y al quinto milenio, por lo que finalizó hace ya 760 años". "La prohibición está anulada y nosotros tenemos que regirnos por las costumbres de nuestros antepasados", dice, mientras recuerda que los padres fundadores del pueblo judío tuvieron varias esposas (Abraham, dos, y Jacob, cuatro) "para ampliar la familia y porque la mujer tiene un papel muy importante y su defensa del hombre es lo que da estabilidad y seguridad al hogar". "Todos los grandes rabinos de los últimos siglos, incluido el Gaón de Vilna, estaban a favor de la multiplicidad de mujeres y (el cordobés) Maimónides permitió hasta cien esposas", asegura. Para corregir lo que considera "un error histórico", la organización "Hogar Judío Completo" impulsa una campaña con anuncios en publicaciones religiosas y distribución de folletos para convencer a los israelíes de la conveniencia de la poligamia varonil para acabar con "la situación trágica en que se encuentran muchas mujeres judías que no consiguen crear un hogar". Su opinión difiere mucho de la postura que mantiene el Rabinato Jefe, tanto el ashkenazí como el sefardí, que se oponen frontalmente a esta interpretación de las fuentes judías. El rabino Yacob Bezalel, asesor del rabino jefe sefardí Shlomo Amar, considera estas ideas "una perversión del judaísmo motivada únicamente por la lujuria carnal". "Es una distorsión y una locura. Ningún rabino puede permitir algo así, es una villanía", afirma Bezalel. El rabino Yeshua Lewin explicó que esta práctica no existe entre los ashkenazíes y recordó el mandamiento al varón de "amar a su mujer completamente y que ella se sienta completamente amada". Sofer dice que hay decenas de casos de poligamia judía en Israel, aunque admite la dificultad de precisar cuántos, porque muchos se hacen a escondidas. "Aquí está permitido a un judío tomar dos esposas siempre que tenga autorización de uno de los dos rabinos jefes. Nosotros hemos ayudado a más de treinta maridos a conseguir el permiso. El problema es que es un proceso largo, no muy aceptado socialmente y una fisura de la ley que la gente no conoce", algo que su organización pretende cambiar. Entre los motivos que, según él, llevan a un varón justificadamente a buscar más de una esposa están, por ejemplo, "el que la primera no pueda darle descendencia o tenga una menstruación muy larga, lo que le impida acostarse con ella a menudo". También, explica, puede darse el caso de hombres que viajen muchos días a la semana y cuyas mujeres "quieran permitir que estén cuidados allá donde estén", o de mujeres que no quieran tener sexo con sus maridos y "se quiten esa presión" dejándoles contraer otro matrimonio. Aunque no hay límites claros al número de esposas, precisa Sofer, "el Shuljan Aruj (código legal del judaísmo) recomienda un límite de cuatro para que el hombre pueda cumplir el precepto de On (potencia viril), porque hay cuatro semanas al mes y para los judíos el sábado es preceptivo mantener relaciones sexuales con su mujer". En cuanto a la posibilidad de que sean las mujeres judías las que tomen dos esposos, el rabino Sofer es determinante: "No. No. No. No. No....la ley judía no permite a la mujer casarse con varios hombres. Lo considera adulterio y, además, eso va contra la naturaleza humana". EFE
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