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Costumes de cristãos-novos nas tradições familiares

SEMPRE ME PERGUNTAM COMO FAZER PARA IDENTIFICAR SE OS ANTEPASSADOS ERAM JUDEUS.

AQUI VAI UM TRABALHO DO PROFESSOR EDUARDO MAYONE DIAS QUE PODE AJUDAR BASTANTE.

 

Costumes de cristãos-novos nas tradições familiares

Em 1997, o Professor Eduardo Mayone Dias, professor emérito da Universidade da Califórnia (UCLA), sugeriu uma lista de perguntas e de costumes que podem indicar uma possível origem judaica de uma família. A lista original do Prof. Dias foi expandida e adaptada, mas é ainda incompleta, pois não abrange todos os costumes possíveis. São apresentadas práticas possivelmente já esquecidas pelas tradições familiares no decorrer dos tempos. Compare tais práticas com as tradições de sua família, se possível com a ajuda dos familiares mais antigos que possuir (pais, tios, avós, bisavós).

Família

Alguém, pai, avô, ou outro parente, já falou algo sobre a família ser de judeus?

Na cidade em que a família morava, há algum judeu ou comunidade judaica antiga?

Alguém da família fala/falava alguma língua desconhecida? Parecia com o espanhol? Era totalmente desconhecida?

Algum parente evita ou evitava igrejas católicas?

As Igrejas, mesmo católicas, que os familiares freqüentavam não tinham imagens?

As Igrejas tinham divisão, com local para os homens e local para as mulheres ficarem?

Qual a relação dos familiares com a igreja católica e com os membros do clero? (uma relação de aversão, ironia, chacota, raiva, desprezo pode indicar origem judaica)

Alguém da família participava de reuniões secretas, ou de encontros onde só homens ou só os pais podiam ir? Ou de algum grupo de oração secreto?

Os nomes bíblicos são/eram comuns entre os familiares?

Ritos Natalícios

Colocar a cabeça de um galo em cima da porta do quarto onde o nascimento iria acontecer.

Depois do nascimento, a mãe não deveria descobrir-se ou mudar de roupas durante 30 dias. Ela deveria permanecer em repouso em sua cama, e afastada do contato com outras pessoas, pois segundo a Lei, a mulher fica impura durante vários dias após um parto (veja o livro de Levítico, capítulo 12). Parecida com esta prática é a de afastar-se do contato com o esposo no período menstrual, em que também é considerada impura (Levítico 15, 19-33).

Ainda durante esses trinta dias, a mulher só comia frango, de manhã, de tarde e de noite. Dava “sustância”, força para a recuperação.

Lançar uma moeda prateada na primeira água de banho do bebê.

Dizer uma oração oito dias depois de nascimento na qual o nome do bebê é citado.

Realizar a circuncisão ou mesmo batizar o menino ao oitavo dia de nascido.
Acender alguma vela ou lamparina no quarto onde o parto ia acontecer, porque o menino não podia ficar no escuro até ser batizado (ou circuncidado).

Logo após o batismo, raspar o óleo da crisma e colocar sal na boca da criança.

Ritos Matrimoniais

Os noivos e seus padrinhos e madrinhas deveriam jejuar no dia do casamento.

Na cerimônia, as mãos dos noivos eram envoltas por um pano branco, enquanto fazia-se uma oração.

Da cerimônia seguia-se uma refeição leve: vinho, ervas, mel, sal e pão sem fermento.

Noivo e noiva comiam e tomavam do mesmo prato e copo.

Refeições

A prática de jejuns era comum.

Era proibido comer carne com sangue. Às vezes também se retiravam os nervos, com uma faca especial para tal.

O sangue caído ao chão no abate do animal era coberto com terra ou mesmo propositalmente derramado todo ao chão e depois coberto com terra.

A faca usada no abate de animais para consumo era testada na unha.

Ovos com mancha de sangue eram jogados fora.

Não se comia carne de porco, pois é considerada impura.

Não era permitido cozinhar carne e leite juntos. Ás vezes esperava-se um certo tempo entre a ingestão do leite e da carne.

Comia-se apenas comida preparada pela mãe ou pela avó materna.

Um menino deveria jejuar durante 24 horas antes de completar sete anos.

Costumava-se beijar qualquer pedaço de pão que cai no chão.

Era proibido comer carne de animal de sangue quente que não tivesse sido sangrado.

Havia certas restrições quanto aos tipos de peixe comestíveis: os peixes “de couro” (sem escamas) não serviam para consumo, e às vezes só os peixes do mar podiam ser ingeridos. Moluscos e mariscos também eram proibidos.

Costumes

Acender velas nas sextas-feiras à noite.

Celebrar a Páscoa, e jejuar durante a Semana Santa. As datas da Páscoa Cristã e da Páscoa judaica freqüentemente coincidem.

Limpar a casa nas sextas-feiras durante o dia.

Era proibido fazer qualquer coisa na sexta-feira à noite (até mesmo lavagem de cabelo).

Realizar alguma reunião familiar nas sextas-feiras à noite.

Aos sábados, velas eram acesas diante do oratório e deveriam queimar até o fim do dia.

Havia roupas especiais para o sábado. Às vezes eram simplesmente roupas novas ou roupas limpas.

Dizeres comuns: “O Sábado é o dia da glória”, ou “Deus te crie” (Hayim Tovim), para quando alguém espirrava.

Comemorações diferentes das católicas, como o “Dia Puro” (Yom Kippur) ou algum feriado de Primavera. Era costume de alguns acender no Natal oito velas.

Em imitação a alguns personagens bíblicos, quando acontecia algo importante, rasgavam-se as vestes.

Um costume ainda muito comum hoje em dia era varrer o chão longe da porta, ou varrer a casa de fora pra dentro, com a crença de que se o contrário fosse feito as visitas não voltariam mais. Na verdade esta prática está ligada ao respeito pela Mezuzah, que era pendurada nos portais de entrada, e passar o lixo por ela seria um sacrilégio.

Ao abençoar um filho, neto ou sobrinho, costumava-se fazer com a mão sobre a cabeça.

Como o dia judaico começa na noite do dia anterior, o início de um dia era marcado pelo despontar da primeira estrela no céu. Assim o sábado (dia de celebração nas casas judaicas), começava com o despontar da primeira estrela no céu da sexta-feira. Se uma pessoa demonstrasse alguma reação publicamente com relação a tal estrela, ela seria alvo de suspeitas. Um adulto consegue conter-se, mas uma criança não. Então ensinava-se às crianças a lenda de que apontar estrelas fazia crescer verrugas nos dedos.

Ritos Fúnebres

Cobrir todos os espelhos da casa.

Toda a água da casa do defunto era jogada fora.

Cortar as unhas do defunto (ou pelo menos um par delas) como também alguns fios de cabelo e envolver tudo em um pedaço de papel ou pano.

Lavar o corpo com água trazida da fonte em um recipiente novo, que nunca tenha sido usado, e vestir o corpo em roupas brancas, as mortalhas.

O corpo era velado durante um dia, e então uma procissão levava-o à igreja e de lá ao cemitério.

A casa então era lavada.

Durante uma semana manter-se-ia o quarto do finado iluminado.

A casa da família enlutada fechada ao máximo, durante uma semana, com incenso queimando pelos cômodos. Quase ninguém entrava ou saía durante esse período.

Os homens não se barbeavam durante trinta dias.

Manter o lugar do defunto à mesa, encher o prato dele ou dela e dar a comida a um mendigo.

Não comer carne durante uma semana depois de uma morte na família.

Jejuar no terceiro e oitavo dia e uma vez a cada três meses durante um ano.

Convidar um mendigo para comer e servir a comida que o morto mais gostava.

Colocar comida perto da cama do defunto.

Fazer a cama do defunto com linho fresco e queimar uma luz perto dela durante um ano.

As parentes mulheres deveriam cobrir suas cabeças e esconder as faces com uma manta.

Ir para o quarto do defunto por oito dias e dizer: "Que Deus te dê um boa noite. Você foi uma vez como nós, nós seremos como você ".

Passar uma moeda de ouro ou prata em cima da boca do defunto, e então dá-la a um mendigo.

Passar um pedaço de pão em cima dos olhos do defunto e dá-lo a um mendigo.

Dar esmolas em toda esquina antes da procissão funerária chegar ao cemitério.

Dar pelo menos para um mendigo um terno completo e comida aos Sábados durante um ano.

Ter várias luzes iluminando em véspera de Dia Puro, em memória do defunto.

Em algumas cidades havia o chamado “abafador”, que deveria ajudar alguém gravemente doente a ir embora antes que um médico viesse examiná-lo e descobrisse que o enfermo é judeu. O abafador, a portas fechadas, sufocava o doente, proferindo calmamente a frase “Vamos, meu filho, Nosso Senhor está esperando!”. Feito o trabalho, o corpo era recomposto e o abafador saía para dar a notícia aos parentes: “ele se foi como um passarinho...”.

Objetos

Estrela de Davi (estrela de 6 pontas), usada em paredes e em jóias, algumas vezes era vista como amuleto.

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                        SINOS E VALSAS

 

 

Os sinos de Jerusalem nunca emudeceram;

Sera que as valsas Vienenses ensurdeceram,

                                    Afinal,

                        Os filhos de Israel?

 

Shmuel de Mattos

 

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Miles marcharon en silencio en Tel Aviv - AURORA

Alrededor de 4.000 manifestantes participaron en una marcha silenciosa en Tel Aviv el sábado por la noche para protestar contra el alto costo de la vida y la situación política en Israel. La marcha, que incluyó el tema “no hay seguridad individual a menos que los derechos sociales sean seguros”, comenzó en la Plaza Habima y terminó en el Parque Charles Clore cerca del paseo marítimo de Tel Aviv. El evento fue de bajo perfil, debido a los recientes incidentes de seguridad en el sur de Israel. Muchos de los manifestantes dijeron que salieron no sólo a ser escuchados en las cuestiones sociales, sino también para expresar su solidaridad con los residentes en el sur. En el Parque Charles Clore, los manifestantes guardaron un minuto de silencio en memoria de los ocho israelíes que fueron asesinados el jueves anterior por terroristas, al norte de Eilat. Al inicio de la marcha, se desataron conflictos entre los participantes sobre la escalada en el sur. Activistas del partido jadash (partido judío-árabe de izquierda) ondearon banderas rojas y cantaron “Judíos y árabes se niegan a ser enemigos” y fueron recibidos con gritos de “Traidores” por otros manifestantes. Un residente de una comunidad cercana a la Franja de Gaza que participó en la manifestación del sábado, dijo que se oponía al uso de mensajes políticos en la protesta. “Me molesta que griten y protesten sonre justicia en los territorios, cuando no hay justicia en el país”, dijo. “En primer lugar es necesario que haya justicia en el país y entonces será más fácil hacer la paz. Ellos están incitando a una guerra civil”. Un activista de Jadash dijo que no veía problema alguno en usar mensajes políticos en la protesta por costo de vida. “Hay un lugar aquí para la gente de todos los colores”, dijo; “Venimos con nuestras banderas y las personas son bienvenidas a venir con banderas de todo el mundo” Otra demostración sobre el costo de vida se celebró en Kiriat Shmoná la noche del sábado, donde cerca de 1.000 personas participaron. Los organizadores dijeron que la manifestación se celebró bajo el lema “Una sociedad fuerte y unida puede hacer frente a cualquier desafío a la seguridad”. Debido a los acontecimientos en el sur, los organizadores decidieron que no habría cantos, ni uso de megáfonos. “Hemos decidido privilegiar el diálogo y los discursos”, señaló uno de los organizadores. Un millón de manifestantes en Tel Aviv Mientras que es visible que algunas carpas fueron desarmadas y otras, desalojadas, los organizadores de las protesta volvieron a asegurar que no cesarán sus actividades hasta que no alcancen los objetivos que se fijaron. En estos momentos, declararon los esfuerzos se concentran en la organización de lo que denominan la “manifestación del millón” que tendrá lugar a comienzos de septiembre en Tel Aviv. Esperan que la nueva demostración de fuerza ejerza presión sobre el Gobierno para que implemente una serie de medidas que beneficien a la clase media.
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"Minha Homenagem ao meu amigo FREDERICO FULLGRAF"

COMO SEI QUE ELE JAMAIS IRIA PUBLICAR ALGO SEU AQUI, PENSANDO QUE ASSIM ESTARIA SE AUTOPROMOVENDO, DEIXA QUE EU RECONHEÇA O TALENTO DESSE GRANDE AMIGO MOSTRANDO UM POUCO DO SEU TRABALHO.

 

 

Fogo Sob Cristal - Um filme de Frederico Füllgraf

 
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Manoel de Andrade
 

Acabo de assistir, pela segunda vez, o filme Fogo sobre Cristal, um Diário Antártico, do escritor e cineasta paranaense Frederico Fullgraf. O filme retrata as paisagens geladas da Passagem de Drake, nas Ilhas Orçadas do Sul, Shettland do Sul  e do Mar de Weddel, no setor leste da Península Antártida.

Essa invejável aventura, filmada em fins de 1998, nasceu de um inesperado convite ao cineasta para embarcar num navio quebra-gelo da marinha argentina numa expedição de entregas de suprimentos e revezamento de técnicos e cientistas em base de estudos na Antártida.

A bordo do navio “Almirante Irizar”, Frederico Füllgraf chega até o fim do mundo para filmar as fascinantes paisagens brancas e silenciosas do sul do planeta.  Rodado sem um roteiro previamente planejado, as cenas resultaram num documentário de uma hora que encanta quer pela beleza imóvel das paisagens, quer pelo inquietante movimento das geleiras retalhando seus imensos blocos para formar as inumeráveis frotas de icebergs em busca  do oceano.

O que pensa o homem nestas paragens solitárias, isolado por meses ou anos do torvelinho incessante da civilização urbana? Dias imensos, paisagens imensas, enseadas de deslumbrante beleza, comunidades numerosas de pinguins, com suas elegantes posturas quase humanas nos sugerindo a idéia dos únicos seres com que pudéssemos partilhar, solidariamente, aquela assustadora solidão. É um cenário que induz o expectador, e por certo leva aos que por lá se isolam, à reflexão, à catarse e ao mistério. Como escrever um poema diante de tanta majestade, se tudo que a visão alcança é uma poesia constantemente reescrita pela própria natureza e indelevelmente impressa em cada traço de uma imensa tela? A reflexão sobre um poder oculto que comanda os elementos, que dita as leis que regem as variações climáticas que, a partir dali, invadem o continente, gerando as ventanias violentas, mudanças bruscas de temperatura, as chuvas torrenciais, enchentes e destruição. Que misterioso laboratório da natureza se esconde por traz de paisagens tão poéticas!

As imagens de filme nos transmitem tudo isso e muito mais. É uma viagem além de tudo o que nos propuséssemos imaginar. Um outro mundo, uma outra dimensão da vida, um outro planeta, poderíamos pensar. Apesar dos tantos documentários sobre o assunto, Fogo sob Cristal é a expressão visual da criatividade e do espírito aventureiro do autor, uma “Crônica da solidão de um cineasta e sua câmera no fim do mundo”. Entre tantas cenas marítimas e humanas, surgindo além da proa itinerante e nos pátios e interior das bases, um fato apenas, entre tantos que poderíamos citar: uma sequência comovente de cenas com o navio parado em alto mar, jogando coroas de flores às águas onde fora afundado o  contra-torpedeiro Gen. Belgrano, durante a Guerra das Malvinas – conflito em que o Comodoro Miqueloud, comandante de Marambio, presente a uma das bases visitadas,  lutara como aviador...

A credibilidade de Frederico Füllgraf, como cineasta, vem de uma longa trajetória de realizações cujos rastros foram deixados, em 2006, no interior paranaense e na distante Namíbia, quando dirigiu a filmagem de Maack, Profeta Pé-na-Estrada, relatando as viagens e pesquisas geológicas feitas no Paraná, na década de 40,  pelo cientista alemão Reinhard Maack,  um precursor do ambientalismo, descobridor do Pico do Paraná e autor de estudos geológicos que ligam a bacia geológica paranaense à bacia de Gondwana, na Namíbia.

Seu primeiro filme, Queremos que esta terra seja nossa, rodado em Portugal, em 1975, aborda a “Revolução dos Cravos”, golpe militar pacífico que derrubou o governo herdeiro da ditadura de Salazar.

Em 1985, pelo seu filme Dose Diária Aceitável,  sobre as consequências  dos agrotóxicos no Brasil, recebe no RIEENA - Festival Internacional  do filme ambiental, na França, o prêmio de “Melhor Documentário de Conscientização”, considerado o primeiro prêmio internacional do cinema paranaense.

No seu invejável currículo acadêmico, Füllgraf, na década de 80 estudou Comunicação Social, Filosofia e Ciências Políticas na Universidade Livre da Alemanha, época em que realizou reportagens e filmagens de documentários para a ARD (rede pública de Televisão da Alemanha).  Em 1988, a Editora Brasiliense publicou seu livro (já esgotado)  A Bomba Pacífica – O Brasil e outros Cenários da Corrida Nuclear.

Frederico Füllgraf é um respeitável intelectual que deverá publicar proximamente O Caminho de Tula, seu primeiro romance a ser lançado pela Record.  Essa casa editorial  deverá entregar nos próximos meses o polêmico romance "Sós, em Berlim", de Hans Fallada. A obra, com 700 páginas escritas em 24 dias, no ano de 1946, e publicada no ano seguinte na Alemanha Oriental, foi traduzida do original  alemão por Füllgraf e estréia no Brasil depois de publicada na Inglaterra e nos EE.UU., onde aparece entre os títulos mais vendidos, no topo do ranking do site Amazon. Baseada em documentos da Gestapo descobertos pelo exercito russo no fim da Segunda Guerra Mundial, relata a história real de um casal alemão executado em 1942 por distribuir cartões com frases ofensivas a Hitler e ao regime nazista.
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Um grupo de pesquisadores de diversas universidades européias e de renomados institutos de pesquisa analisou haplótipos (tipos de seqüencias de DNA) do cromossomo Y de 1140 homens da Península Ibérica e das Ilhas Baleares. Os resultados surpreendentes demonstraram que em média 19,8% da população masculina ibérica descende diretamente de judeus sefarditas (judeus ibéricos) e 10,6% descende de mouros (berberes do Norte da África).

Os resultados contradizem certas fontes historiográficas tanto dos meios judaicos quanto não-judaicos que afirmavam que a maioria da população judaica original havia abandonado a Península Ibérica em virtude das perseguições religiosas em direção a outros países do Mediterrâneo e da Europa Central. Contradizem também as afirmações dos historiadores de que a população moura (islâmica, de ascendência norte-africana) havia abandonado a Península após a expulsão de 1492.

Conclui-se a partir dos dados do estudo que uma enorme parcela de mouros e judeus permaneceram na Península Ibérica mesmo após as expulsões e as perseguições, de modo que seus genes podem ser observados em grandes proporções ainda hoje na população local.

A origem basca é a de maior proporção na população ibérica como um todo, como já era de se esperar, beirando a 70%, na média de todas as regiões geográficas. O que surpreendeu foi a alta proporção  média de descendentes de judeus sefarditas, variando de zero% em Minorca a 36,3% no sul de Portugal, e a de norte-africanos, variando de zero% na população da Gasconha a 21,7% na população do noroeste de Castela.

Veja no mapa a proporção de descendentes de mouros, judeus e ibéricos (bascos) na população da Península Ibérica, por região geográfica. Quanto maior a barra, maior a proporção dos descendentes daquele grupo étnico na população atual da região.

Distribuição geográfica das proporções de descendentes de mouros, judeus e ibéricos na população da Península Ibérica

Estas proporções atestam que ao invés da saída da Península Ibérica, ocorreu um alto nível de conversões religiosas (sejam voluntárias ou forçadas) das populações de mouros e judeus, em consequência de episódios de intolerância social e religiosa, resultando em última instância na assimilação dos descendentes de mouros e judeus ao grosso da população ibérica. Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que o componente genético judaico sefardita é o mais antigo, corroborando os registros históricos.

Curiosamente, a maior prevalência de descendentes de judeus ibéricos está no sul de Portugal, país  do qual veio a maior parte de imigrantes brancos para o Brasil. Estudos semelhantes poderiam ser feitos no país para que se possa conhecer com precisão qual foi a real contribuição dos componentes mouro e judaico na colonização brasileira.

Leia o estudo completo sobre a composição genética da população ibérica

 

http://www.brasilsefarad.com/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=119:mais-judeus-do-que-se-pensava&catid=50:genetica&Itemid=101

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"O ÚTIMO CABALISTA DE LISBOA" ( Richard Zimler)

COMENTÁRIO DO PORTUGUÊS OLIVEIRA CASTRO, DO BLOG SHVOONG.COM SOBRE ESTA OBRA PRIMA DE RICHARD ZIMLER.
ACABEI DE GANHAR O LIVRO DE PRESENTE, SIMPLESMENTE FANTÁSTICO.
" O Último Cabalista de Lisboa" é um romance do escritor norte-americano Richard Zimler, actualmente a viver na cidade do Porto, em Portugal. Conta-nos uma história fantástica que se não fosse fundamentada em factos verídicos nos deixaria mais tranquilos. À medida que vai avançando no texto, o leitor sente-se enredadopor umaintriga digna de um policial moderno. Infelizmente, a acção decorre numa época da História portuguesa que envergonha qualquer cidadãoprovido do mais elementarsentido de justiça; a inaceitável violência e intolerânciareligiosa de então, vinda de quem vem, provoca um enorme desconforto no "espectador". Apetece vomitar e desistir da leitura. Contudo, Zimler possui a arte da sedução; depois de inúmeras hesitações acabamos por espreitar as páginas mais adiante e, emboradesconfiados,deixamo-nos ficar. É com desassombro que somos conduzidos, através dos becos e vielas da Lisboa de 1506, ao tempo deD. Manuel I, rei "Venturoso" para uns, cobarde para outros a quemtemeu socorrer. Era Abril, comemoravam os judeus portugueses, cristãos-novos obrigados à conversão, a sua Páscoa. Guiada e açulada pelosDominicanos,a turbapercorreu as ruas da capitalmatando semdemonstrar arrependimento, sem o perdão da apregoadapiedade cristã; erguendo o madeiro com onazarenocrucificado, os fradese a populaçainvadiram casas, palácios, escolas, oficinas, padarias,sinagogas, hospitais, balneários públicos, chacinando todos aqueles quecheirassem a "marrano"; homens e mulheres, velhos e crianças, sãos e doentes, ricos e mendigos, foram mortos sem que Cristoo impedisse. Não houve milagres; finda a orgia e feito o frio balanço, dois mil portugueses tinham sido decepados a machado ou queimados vivos no Rossio, acusados de judaísmopara Glória de Deus. Simplesmente chocante!
É neste clima de caos e terror que se dá a morte de Abraão Zarco, umiluminador da célebre escola cabalística de Lisboa, residente em Alfama. Quem terão sido os assassinos? Face ao enquadramento histórico da ficção, aos factos,tudo leva a crer quea violência é, também aqui,obra de cristãos.No entanto, Berequias Zarco, Pedroporbaptismo forçado, sobrinho e herdeiro espiritual do velho mestre, tem dúvidas. Abraão aparece morto num esconderijo secretro, conhecido apenas por um restrito círculo de iniciados na Cabala, degolado de uma forma ritualsó conhecida pelos judeus. Coloca de lado a hipótese cristã edirige as suas desconfianças para o diminuto grupo deiniciados. As suas investigações levam-no a descobrir que o tio, pressentindo a violência que se abateria sobre osportugueses de confissão judaica, se dedicava a fazer sair do país, através de uma rede de passadores clandestinos, importantes manuscritospara afé hebraica; é um destes contrabandistas que, por dinheiro emedo, trai e mata o velho Abraão. Berequias é já um homem sem fé e vinga a morte do tio. Com a família que lhe restava foge de Portugal e acaba os seus dias em Constantinopla. Não deixe de ler, ajuda-nos a desconfiar das verdades que por aí se apregoam. OLIVEIRA CASTRO.


 
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O Tikkun Olam de não-judeus: Irena Sendler

Acredito que o Judaísmo Humanista tenha como dever resgatar e honrar a memória dos não-judeus que praticaram a Tsedaká com nosso povo nos momentos mais difíceis. São tantos... e a maior parte desconhecidos de nós e de nossos filhos. Temos que legar a eles essa história. Destaco apenas alguns:

  • Irena Sendler - seria uma desconhecida no Brasil se não tivesse sido por iniciativa de Lia Diskin, do Comitê Paulista pela Década da Cultura de Paz, que escreveu um artigo sobre ela para a revista 18. Saibamos mais sobre ela clicando aqui.  Um filme sobre sua vida foi premiado no ano passado no Festival de Cinema Judaico do Reino Unido.
  • Aracy Guimarães Rosa, sobre quem já se falou um pouco mais.
  • Aristides de Souza Mendes, diplomata português que pagou caro pela sua desobediência ao governo de Salazar salvando judeus.
  • e tantos outros.

Acho que nós, Judeus Humanistas, temos essa entre as nossas tarefas. Oxalá um dia possamos ter um museu virtual que honre a memória dessas pessoas, incluindo entre elas os árabes que salvaram 500 judeus do massacre de Hebron em 1929, e incluindo também judeus que salvam e ajudam palestinos hoje em dia.

Temos conosco nesta semana uma representante deste último grupo, a rabina Jill Jacobs, diretora do Rabbis for Human Rights North America. Os RHR em Israel se dedicam principalmente à reconstrução de casas demolidas injustamente pelo Exército israelense.

Ou seja, esse espírito que trouxe uma Irena Sendler está vivo e presente hoje, e aberto para que todo judeu humanista o assuma como parte de seu judaísmo.


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A Fome no mundo e Israel

FOME  NO  MUNDO  E   O  SILÊNCIO  TUMULAR  DE  ISRAEL

Em vez de um  envolvimento internacional desgastante, inócuo, contraproducente, fadado ao redondo fracasso contra o reconhecimento do Estado  árabe palestino, Israel deveria estar envolvido com problemas mais sérios que afetam  a humanidade,  como a grave epidemia de fome que já atinge a 1 bilhão de seres humanos pobres e miseráveis do planeta. 

 

Um Estado que está a exigir o reconhecimento de que é o país representativo do povo judeu no conserto das nações,  antes de tudo, deveria mostrar a todos o que  é  um dos mais relevantes preceitos do judaísmo de justiça social,  a tzedaká, oferecendo, por meio da FAO, aos paises famintos ajuda técnica para a melhoria da produtividade de alimentos no sentido de conquistar sua auto-suficiência.

 

Mas, infelizmente,  em vez de ir ao encontro dos olhares esperançosos do mundo por uma ajuda de Israel, sabidamente a vanguarda cientifica na produtividade agrícola em solos áridos e maltrados, Israel  se alienou por completo da calamidade, ignorando totalmente a sua existência. Na mídia israelense difundida pela Internet- nenhuma palavra, nenhuma linha, nenhuma coluna, nenhum discurso no knesset ,  nenhum pronunciamento do gabinete sobre a calamidade da fome e subnutrição.  Quanto desdém  em face a este drama humanitário. Poderia algum judeu consciente no planeta assim agir?  Fica a  desconcertante indagação no ar....

Shalom,

Marx  

 

FAO  UMA  ESTRATÉGIA  CONTRA  A  FOME

 


Havana (Prensa Latina) Em 2010, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), advertiu sobre a ameaça que representam os altos custos das matérias primas. Hoje busca com medidas emergentes paliar uma crise alimentar global.

  Quando muitos governos analisam alternativas para moderar o impacto dos elevados preços de gêneros comestíveis e insumos, mediante restrições às exportações e redução de tarifas de importação, o diretor geral da FAO, Jacques Diuf, alertou nesta semana que estas políticas não são suficientes.

O titular solicitou uma ação internacional concertada por um incentivo para oferecer ajuda técnica às nações marcadas pela fome e pelo subdesenvolvimento (o grifo é nosso)

Atualmente, a FAO desenvolve seu programa de ajuda na maioria dos 157 países mais prejudicados com a escassez de alimentos e recursos para produzi-los, bem como com os elevados custos destes gêneros e de energia, também imprescindíveis para seu desenvolvimento.

Nesta estratégia participam, junto com a filial das Nações Unidas, instituições como o Programa Mundial de Alimento e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.

Dentro da política está, como meta priorizada, a ajuda aos milhares de famintos no Chifre da África, onde diariamente morrem dezenas de crianças, mulheres e idosos.

Igualmente a FAO trabalha numa colaboração direta com o Haiti, a nação mais pobre do continente americano. Segundo cifras oficiais, uma de cada cinco crianças dessa região sofre de desnutrição e mais da metade da população subsiste com menos de um dólar ao dia, o que no nível atual de preços equivale a meia refeição diária.

Para contrabalançar a alta dos preços, a FAO anunciou nesta semana a distribuição de cerca de 600 mil toneladas de sementes, o que inicialmente beneficiará por volta de 70 mil famílias de camponeses nas zonas mais pobres com um custo de quatro milhões de dólares.

NECESSIDADE DE MAIS FUNDOS

No entanto, se forem obtidos fundos adicionais de 64 milhões de dólares, haverá mais partilhas durante as duas próximas temporadas, ou serão beneficiadas outras 400 mil famílias, advertiu um relatório do organismo, onde se subscreve este plano de auxílio.

A Comissão de emergência da FAO para América Latina e Caribe, destacou que o Haiti já sofria uma profunda crise como resultado das inundações que em 2007 o açoitaram, com grandes implicações aos camponeses. Mas os aumentos de preços internacionais pioraram a situação.

Por sua vez, Henri Josserand, do sistema Mundial de Informação e Alerta da FAO, assinalou que a inflação atinge com maior impulso os pobres, já que a percentagem das despesas que dedicam aos alimentos é imensa.

Estes representam no mundo industrializado entre 10 e 20 por cento da despesa de um consumidor, enquanto nos países subdesenvolvidos o número flutua entre 60 e 80 por cento, e muitas destas nações são, ademais, importadoras desses produtos de subsistência.

Segundo as últimas previsões da FAO, as reservas mundiais de cereais tocarão fundo em 2011, depois de 27 anos, com 405 milhões de toneladas, cinco por cento abaixo do nível do período anterior, cuja diminuição já foi considerável.

Por isso os possíveis doadores -países ricos e instituições financeiras internacionais- são instados a incrementar suas ajudas ou reprogramar as existentes, de maneira que se dirijam a quem dependem deles para não morrer.

Segundo as estimativas provisórias, serão necessários entre 1,2 e 1,7 bilhões de dólares em fundos adicionais para paliar a situação e evitar uma débâcle de dimensões catastróficas.

Em seus últimos relatórios, a FAO indicou que para 2030 os preços dos alimentos básicos serão duplicados.

Neste sentido, o organismo especializado da ONU, pede que governos e entidades privadas trabalhem no sentido de criar provisões que permitam paliar a fome no mundo.

A ONG britânica Oxfam, que trabalha neste setor, coincidiu com a FAO em que o custo médio dos produtos agrícolas básicos passará a ser em 2012 entre 120 e 130 por cento mais que o atual.

Solicitam às autoridades do mundo a regular melhor os mercados alimentários e a investir num fundo global que permita estar mais bem preparados economicamente para as próximas duas décadas.

"É preciso reformar o sistema alimentário se queremos superar os cada vez mais presentes desafios da mudança climática, da má distribuição dos produtos, do combate à variação dos preços e da escassez da terra, água e energia", expressou a diretora executiva de Oxfam, Barbara Stock.

As últimas avaliações feitas pela FAO, por economistas e especialistas sobre a matéria, coincidem com o diagnóstico feito pela Oxfam.

O aumento dos preços dos alimentos e a escassez de produtos agrícolas, seguem sendo um problema preocupante na metade de 2011 para os milhões de famintos do mundo.

A FAO destacou que não importa se falamos da crise de alimentos ou a crise econômica global, há uma realidade, disse, e são os mais de 1,02 bilhões de famintos.

Neste ano, estima-se que a fome terá atingido um novo recorde histórico em quantidade de pessoas que padecem este flagelo no mundo, pois, sublinhou que um de cada seis habitantes do planeta a padece.

Na América Latina e no Caribe, a população que tem fome atinge 53 milhões de pessoas, o que significa o regresso aos níveis de subnutrição existentes a princípios da década de 1990.

A FAO recordou que a América latina tinha sido a única região a nível mundial que tinha tido avanços na luta contra a fome nos últimos anos.

Pontuou que os fatores que num primeiro momento causaram a crise alimentária seguem presentes: produtividade agrícola baixa; queda na disponibilidade de água e diminuição na obtenção da terra.

O organismo colocou que também influem mundialmente no aumento da fome as freqüentes inundações em algumas regiões e as secas em outras, e a diminuição dos investimentos em investigação e desenvolvimento agrários.

* Chefe da Redação Econômica da Prensa Latina

 

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Uma janela para um futuro diferente [ David Grossman ]

 

Uma janela para um futuro diferente – חלון לעתיד חדש

05 | 08 | 2011 » David Grossman

Na tarde do sábado de 30 de julho, enquanto nos manifestávamos em Jerusalém, olhei ao meu redor e vi um rio de gente que percorria as ruas. Havia milhares de pessoas que levaram anos sem fazer ouvir suas vozes, que haviam abandonado toda esperança de mudança, que se haviam fechado em seus problemas e sua desesperança.

 

” Pela primeira vez em décadas, há um programa comum humano e cívico ”…” A ocupação é o que mais ajuda o fracasso do sistema de alerta social “…” Faz tempo que não falamos entre nós e, mais anda, que não escutamos ”.

 

Não lhes foi fácil unir-se aos jovens ruidosos providos de alto-falantes. Quem sabe pela timidez própria de pessoas pouco acostumadas a levantar a voz, sobretudo em meio a um coro de gritos. Às vezes, tinha a impressão de que nos olhávamos assombrados e incrédulos, sem crermos em tudo o que saída de nossas bocas.

 

Éramos de fato aquela turba, aquela multidão indignada, que levantava o punho como havíamos visto fazer em Tunis, Egito, Síria e Grécia? Queríamos se-lo? Falávamos sério quando gritávamos ” revolução! “? O que ocorreria se o conseguíssemos e os laços que mantinham unida nossa frágil nação se desfizessem? E se os protestos e as paixões se transformassem em anarquia?

 

David Grossman

David Grossman

E então, depois que começamos desfilar, algo começou a percorrer nossas veias: o ritmo, a energia, o sentimento de unidade. Não uma unidade que nos intimidasse ou nos esmagasse. Era uma unidade heterogênea, diversificada, familiar e individual ao mesmo tempo, uma unidade que nos proporcionava um forte sentimento: aqui estamos, fazendo o que é devido. Finalmente.

 

Mas aí chegou a desolação: onde estivemos até agora? Como permitimos tudo isto? Como nos pudemos resignar a que o governo, eleito por nós, tenha convertido nossos sistemas de educação e saúde em um luxo? Por que não gritamos e protestamos, quando o Ministério de Economia esmagou os trabalhadores sociais em greve e, antes deles os incapacitados, os sobreviventes do Holocausto, os anciãos e os aposentados? Como é possível que, durante anos empurramos os pobres e os famintos para uma vida de humilhações sem fim, em refeitórios sociais e outras instituições de beneficência?

 

Como é possível termos abandonado os trabalhadores estrangeiros à mercê de pessoas que os perseguiam e os vendiam como escravos de todo tipo, inclusive sexuais? Por que nos acostumamos à rapina das privatizações, que provocou a perda da solidariedade, da responsabilidade, ajuda mútua, o sentimento de pertencer a uma mesma nação?

 

Certamente, semelhante apatia se deveu a muitos motivos, mas, na minha opinião, a ocupação é o fator que mais contribuiu para o fracasso dos sistemas de controle e alerta na sociedade israelense.

 

Os setores mais doentes e perversos da nossa sociedade saíram à superfície, enquanto nós, talvez por temor de enfrentar a realidade das nossas vidas, dedicávamo-nos com grande prazer a todo tipo de coisas concebidas para embrutecer nossos sentidos e ocultar esta realidade. De vez em quando, ao se olhar no espelho, alguns se sentiam satisfeitos pelo que viam. Outros estremeciam. Mas, mesmo estes últimos, diziam: bem, o que vai se fazer. Suspiravam e punham a culpa na “ situação ” [o conflito árabe-israelense], como se fosse o nosso destino ou um decreto das alturas.

 

Mais ainda, deixamos a TV comercial preencher o vazio da nossa consciência coletiva e passamos a nos definir em função de lutas pela sobrevivência e comportamentos depredadores. A atacarmos uns aos outros sem piedade e a depreciar qualquer um que fosse mais fraco, o diferente, o menos belo, menos rico ou menos preparado.

 

Havia anos que não falávamos entre nós, e mais tempo ainda que não escutávamos. Ao fim e ao cabo, numa atmosfera de ganância e egoísmo, como não iríamos atacar os demais e pulverizá-los, se isto é precisamente o que nos ensinam a cada momento. Salve-se quem puder!

 

Quanto mais nos esgotávamos negando sem cessar a realidade, mais convidávamos a opressão, a manipulação e o embrutecimento de nossos sentidos. E nos fomos convertendo em vítimas de uma política secreta – e eficaz – de dividir para vencer.

 

De modo que uma coisa levou a outra, e nossas reflexões honradas sobre o destino o a fatalidade diminuíram até ficar em pelejar por “ quem ama o Estado de Israel e quem o odeia “,… “ quem é leal e quem é traidor “,… ” quem é um bom judeu ”, em vez de ” quem se esqueceu de que é judeu ”; Qualquer discussão racional está hoje coberta por uma capa de sentimentalismo, o sentimentalismo patriótico e nacionalista do farisaísmo e o vitimismo. A possibilidade de fazer uma crítica inteligente da situação foi se reduzindo e Israel, que hoje atua e se comporta com seus cidadãos de maneira totalmente contrária aos valores e ideais que, em outro tempo, davam-lhe seu caráter extraordinário e o oxigênio que respirava.

 

Jerusalém 24/07/2011

Jerusalém 24/07/2011

 

Não obstante, de repente, e contra todas as predições, algo se despertou. A gente esfrega os olhos e começa a se abrir a este algo, ainda indefinível e imprevisível, até indescritível, mas que está adquirindo forma através de slogans resgatados, como “o povo exige justiça social! ” e “ queremos justiça, não caridade ” , e outros sentimentos recuperados de épocas anteriores.

 

Existem no ar indícios de uma provável processo de cura, um ‘tikkun’ e, pela primeira vez em muito tempo, voltamos a nos respeitar, como cidadãos individuais e como povo de Israel.

 

Este despertar está cheio de força, mas também de ingenuidade, e nos pode embriagar. É tentador deixar-se levar pela euforia, ante tudo o que inspirou esta virada dos acontecimentos, nos iludirmos de que, uma vez mais, estamos derrubando uma velha ordem até seus pés. Mas não é exatamente isto: a velha ordem não estava tão mal. Teve suas grandes conquistas que, entre outras coisas, permitem que o movimento de protesto expresse suas aspirações e que pelo menos algumas delas se façam realidade.

 

Por isto é imperativo que esta luta utilize uma linguagem distinta da de outras lutas anteriores que este país já teve. Acima de tudo, a luta deve se basear no diálogo, para que sejamos sócios, e não agentes de interesses estreitos e egoístas; pessoas de princípios, e não oportunistas sectários. Para não vivermos segundo o versículo ” cada um em sua tenda, Israel “.

 

Esta é a única maneira para que este movimento siga tendo o imenso apoio da população com o qual tem contado até agora. O caráter ligeiramente confuso do movimento é precisamente o que faz possível que os distintos grupos reunidos conservem suas próprias opiniões políticas diferentes ao mesmo tempo que compartem – pela primeira vez em decênios- um programa comum humano e cívico, que nos torna orgulhosos de pertencer a esta comunidade. Quem, em Israel, pode permitir-se o luxo de renunciar a bens tão escassos?

 

Este movimento de protesto e seus ecos nos oferecem uma oportunidade de aproximação entre distintos elementos da sociedade que não se comunicavam há gerações: religiosos e laicos; árabes e judeus; membros de classes sociais distintas e distantes.

 

Neste processo de identificar o que tem em comum e o que podem conseguir, inclusive a direita e a esquerda podem empreender um diálogo mais realista e abrangente: por exemplo, sobre a apatia da esquerda ante os que tiveram que se realocar após a retirada de Gaza, uma ferida aberta entre os colonos. Tal diálogo talvez possa ainda salvar o que for possível do conceito de solidariedade, que um país em nossa situação não pode deixar desaparecer.

 

300.000 nas ruas de Tel Aviv

300.000 nas ruas de Tel Aviv

 

Em outras palavras, podemos encontrar este movimento de protesto nas palavras do poeta Amir Gilboa -” Um día, um homem desperta pela manhã e sente que é uma nação, e começa a caminhar ” , e continuando como o poema: ” E a todos os que encontra pelo caminho, diz: “ Que a paz esteja contigo! ”.

 

É fácil criticar a evolução deste movimento recém-nascido e lançar dúvidas sobre ele. Sempre é mais simples encontrar motivos para não fazer algo audacioso e definitivo. Mas quem escutar as batidas dos corações dos manifestantes – não só no boulevard Rothschild e Tel Aviv, mas também nos bairros pobres do sul da cidade, e nos de Jerusalém, Ashdod, Haifa e Beit Shean- perceberá que se abriu uma janela para um futuro diferente.

 

Este é o momento propício para que aconteça algo assim e, para grande surpresa de todo o mundo, a gente, por fim, está verdadeiramente aderindo à causa. Talvez seja isto o que queria dizer a jovem que se aproximou de mim na manifestação de Jerusalém e me disse: “ Olhe. Ainda faltam líderes, mas o povo já está aqui “.

 

 

David Grossman é um dos mais premiados escritores israelenses e veterano ativista do Movimento PAZ AGORA.

 

[ Publicado no Yediot Achronot em 05/08/2011 e traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR ]

 
        >> Leia mais DAVID GROSSMAN em http://www.pazagora.org/autor/david-grossman/

© A reprodução deste conteúdo é permitida, desde que sejam mencionados os devidos créditos aos autores, tradutores, à fonte e aos Amigos Brasileiros do PAZ AGORA.

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Nota de Pesar e Esperança

 

Os Amigos Brasileiros do PAZ AGORA condenam veementemente os recentes ataques terroristas ao Sul de Israel.

 

Estamos solidários com as famílias enlutadas pela perda de seus familiares, seres humanos insubstituíveis.

O terrorismo é injustificável, independentemente de quem o cometa e de qual seja o seu alvo.

 

Esperamos que o terror não tenha sucesso no seu maior objetivo, o de acirrar o ódio e fortalecer os extremistas dos dois lados; que esses ataques covardes não sirvam de estopim para uma nova espiral de violência.

 

A única solução para este conflito é o respeito às justas aspirações nacionais de judeus e palestinos à plena liberdade e soberania em suas próprias terras.

 

Que os líderes israelenses e palestinos se empenhem na negociação diplomática do conflito, rumo a uma solução de Dois Estados – Estado de Israel e Estado da Palestina - vivendo pacificamente lado-a-lado.

 

A opção é a do diálogo, do reconhecimento mútuo e da coexistência.

 

Saudamos os palestinos e israelenses que insistem no caminho da paz.

 

Conclamamos a diplomacia brasileira e a comunidade internacional a apoiá-los.

 

 

Amigos Brasileiros do PAZ AGORA - 20|08|2011

 

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En pos de la Justicia pide la Torá en la parashá Ekev, iniciando a contarle al pueblo que sacó de Egipto que lo mantuvo en el desierto por cuarenta años y no le falto nada, pues todo lo que reclamó se le dio y cual comportamiento se debe manejar en la tierra de Israel. El pueblo que va a entrar a la tierra de Israel es un pueblo que ya fue perdonado por haber construido y adorado a un becerro que construyó de oro y que para perdonarlo se prefirió romper las primeras tablas que contenían los Diez Mandamientos para que se disculpara que no sabía de la orden de no adorar ni construir otros dioses y esto incluye el usufructo de ellos, que significa la manufactura y la venta de los mismos. Llama la atención la orden de hacer justicia con el extranjero porque extranjeros fuimos en Egipto y supimos ahí lo que significa estar lejos de nuestra tierra, pero también ordena proteger al pobre, al huérfano y a la viuda y le pide al pueblo que haga justicia con ellos y se les dé lo que por justicia les corresponde, y que por razones ajenas a ellos no tuvieron las oportunidades de ser autosuficientes, la Torá llama a hacer Justicia con ellos mientras en las otras sociedades se le llama caridad, Rabí Moisés ben Maimón (Maimónides) llama a hacer justicia con un poco más de lo que nos sobra para que podamos sentir el efecto de tal precepto. Antes que los grandes pensadores, filósofos e ideólogos pudieran alcanzar alguna idea concreta en pos de las nivelaciones sociales libre de castas discriminantes e intocables, ya antes ella protege y nivela incluso a los esclavos cuya condición era en la sociedad de Israel una opción de la cual podían poner fin una vez llegara el momento en que decidían si querían quedarse con su patrón o salir a la sociedad como hombres o mujeres libres con plenos derechos. Todos estos conceptos dieron la luz al mundo que es necesidad hacer justicia con todos aquellos que no tuvieron las mismas oportunidades que los hiciera independientes en su pensamiento y su economía y por eso en las sociedades del mundo se inventaron las fundaciones, los centros de asistencia a los pobres de pensamiento, los huérfanos, los abandonados y los otros que no logran auto sostenerse por otras discapacidades pero con la diferencia que en las sociedades del mundo se les llama instituciones de caridad en la sociedad judía se les llama instituciones de justicia. El mandato es claro y para que no se nos olviden los preceptos que hacen una vida sana individual y colectiva para que se alarguen nuestras vidas y las de nuestros hijos. “Si Fuera que Escucharas Mis Preceptos que hoy os ordeno”. Así repetimos dos veces al día en el Shemá Israel para que esos que lo hagan no se les olvide hacerlo y con esto permitan que el sábado les cuide al descansar al menos un día a la semana, que se cuiden de ingerir alimentos dañinos al cuerpo, además que como no es suficiente que lo sepas estas obligado a enseñarlos a tus hijos para que se alargue tu vida y la de tus hijos
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Quero compartilhar e comentar a ideia que me enviou o Dr. Konrad Yona Riggenmann, que vive na Alemanha.

 

"Numa palestra da ONG alemá "Pax Christi" com um velho casal de pacifistas Israeli eu fiz a proposta, que paises como Brasil guarantirem "bracos abertos" para todo Judeu no caso de perseguicao - para combater o medo louco de que somente o estado de Israel valer como asilo ... Bem, talvez uma proposta louca mesmo..."

 

Konrad, não considero louca, não.

Ao contrário.

Acho, porém, que ela deve ser simétrica: oferecer os mesmos braços abertos (como traduzir isso em formato de projeto de lei é um problema para os legisladores resolverem) para refugiados palestinos. Foi uma resposta que os negociadores da Iniciativa de Genebra encontraram diante da impossibilidade de resolver o "direito de retorno". Isso é uma postura que pode facilitar ao Brasil um papel de protagonista proativo na resolução do conflito.

O simples fato de tratar ambos de forma simétrica seria uma mensagem para a comunidade internacional de que a cada país pode caber uma parte na resolução positiva dos conflitos étnicos, podendo ser precedente para outros conflitos. Acho que o Brasil tem perfil para inovar nessa questão, e terá ao seu lado países do Primeiro Mundo como Austrália, Canadá e outros.

Vou compartilhar essa ideia nas minhas andanças por aí.

 

Um abraço

 

 


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A Diáspora sefardita nos últimos cinco séculos tem criado em várias partes do mundo uma cultura diversificada e muito fértil, universal e ao mesmo tempo ligada com fio de ouro à Ibéria. O italiano Leone Ebreo (Iehuda Abravanel), o holandês Baruch Spinoza, o português Fernando Pessoa, o argentino Jorge Luis Borges, o búlgaro Elias Canetti, o inglês peter Sellers, o israelense Yoram Gaon e o francês Edgar Morin são alguns desses nomes onde suas criações intelectuais ecoam algo de Sefarad. O ano de 1492 é divisor de águas na história em geral e na judaica, em particular. A chegada de Colombo às Américas "coincide" com a expulsão dos judeus da Espanha. A polêmica começa na proximidade entre estes dois fatos muito relevantes em datas muito juntas. A discussão esquenta com a revelação contida no livro do historiador Augusto Mascarenhas Barreto, O Português Cristóvão Colombo, Agente Secreto do Rei Dom João II, em que após 15 anos de pesquisa, afirma que o descobridor não era nem italiano, nem espanhol, mas português e judeu, chamado na verdade Fernandes Zarco. Decifrando a misteriosa assinatura críptica de 27 sinais com que Colombo sempre escreveu seu nome, Barreto acredita ter desvendado a cabala judaica do nome e da identidade do navegador. Para isso, o pesquisador utilizou o método da leitura espelhada, na qual o ponto e a vírgula pode significar, em espanhol antigo, Colon, e em hebraico, Zarco. Cabala à parte, é sabido que a nata dos astrônomos ibéricos da época dos descobrimentos era de judeus, como Abrão Zacuto, autor de livros científicos e teológicos, entre eles o Linho das Linhagens, Compilação Magna e Tratado das Influências dos Céus. Outros judeus (já então conhecidos por cristãos-novos) não tão ilustres embarcaram com Colombo para as Américas, o que também aconteceria com Cabral. Chegados ao Novo Mundo e menos perseguidos pela Inquisição, os cristãos-novos deram impulso à vida na nova terra. Atuando no comércio ultra-marítimo, usavam seus laços de parentesco em várias partes do mundo para o dinamismo de seus negócios. No Brasil recém nascido, logo destacou-se Ambrósio Fernandes Brandão, autor do clássico Diálogo das Grandezas do Brasil. Alguns anos depois, ainda no século XVI, outro personagem na Nação hebraica ganha relevo, o poeta Bento Teixeira. Na primeira metade do século XVII, durante o domínio holandês no Nordeste, uma fértil comunidade judaica se desenvolveu entre os calvinistas batavos. Os judeus que aí viviam eram principalmente de origem portuguesa, como o primeiro rabino das Américas, Isaac Aboab da Fonseca, que atuou em Recife. Seguindo ainda a trilha cultural, o Brasil produziu o dramaturgo Antônio José da Silva, condenado por prática do judaísmo e queimado pela Inquisição portuguesa. Mais recentemente, outros nomes expressivos da cultura brasileira que descendem daqueles cristãos-novos são o pedagogo Anísio Teixeira, o cineasta Glauber Rocha, a cantora Elis Regina e o compositor Alceu Valença. Após a expulsão dos judeus da Espanha, os sefarditas (sefaradim, em hebraico) em grande parte vão se estabelecer em Portugal e em países não-católicos, como a Turquia maometana e a Holanda protestante. Na Turquia, como em outras regiões dos Balcãs (Grécia, Bulgária e Bósnia), até a II Guerra Mundial fervilhavam com importantes comunidades sefarditas que falavam o ladino (língua baseada no espanhol e no português. Sílvio Santos (aliás, Senor Abravanel), conhecido de todos os brasileiros, descende desses judeus. Da Turquia saiu no século XVII um cabalista que reuniu ao seu redor uma legião de simpatizantes que o aclamaram como messias. Seu nome: Sabetai Tzvi. No século XX o escritor búlgaro Elias Canetti foi o grande representante judeu nos Balcãs. Prêmio Nobel em 1981, Canetti é autor de ensaios e romances escritos originalmente em alemão, dentre eles Auto-de-Fé, Massa e Poder e uma detalhada autobiografia. Um capítulo especial merece a presença judaica na Holanda. Com o crescimento da Inquisição em Portugal, muitos judeus e marranos (indivíduos de origem israelita que pelas circunstâncias adversas apresentavam-se como cristãos publicamente e, no íntimo, cultivavam o judaísmo), formou-se em Amsterdã uma grande comunidade de judeus ibéricos. Em Amsterdã viveram rabinos proeminentes como Aboab da Fonseca, Menasseh Ben Israel e Saul Levi Morteira. Filósofos como Juan de Prado, Uriel da Costa e Baruch Spinoza, os três excomungados pela ortodoxia judaica, por motivos mais políticos de que religiosos. Rembrandt celebrará em seus quadros a vida dos judeus na Holanda. Ecos da cultura judaico-ibérica continuarão a ser ouvidos em várias partes do mundo durante esses últimos 500 anos. Seja com a filosofia de Isaac Abravanel ou os Diálogos de Amor de Leone Ebreo na Renascença. Montaigne, Miguel de Cervantes, os poetas Fernando Pessoa e Mário Sá-Carneiro (Portugal), Rafael Cansino-Asséns (Espanha) e Jorge Luis Borges (Argentina), o psiquiatra Jacob Levy Moreno (Romênia), o ator Peter Sellers (Inglaterra), o sociólogo Edgar Morin (França), o cantor Yoram Gaon (Israel)...Copyright © Revista JUDAICA. Todos os direitos reservados.
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Os ataques terroristas no sul de Israel deixam claro que a segurança no Sinai está próxima do zero. Este território egípcio se transformou em uma terra de ninguém, usada como entreposto de contrabando para a Faixa de Gaza. Desta forma, Israel passa a ter três frentes de conflito. Se Bashar al Assad cair, terá uma quarta zona de instabilidade nas colinas do Golã, além de Gaza e do Líbano. O norte de Israel há décadas é considerado uma zona de risco. Primeiramente, com a presença de milícias palestinas que levaram a uma ocupação israelense por mais de duas décadas do território libanês ao sul do rio Litani. Durante este período, o Hezbollah nasceu e cresceu, se transformando na mais poderosa guerrilha de todo o mundo. A Faixa de Gaza é a segunda frente. No passado, não havia fronteira física praticamente com Israel. Os moradores do território viajavam para trabalhar em Ashkelon, Ashdod e até Tel Aviv e voltavam. Mas com os acordos de Oslo começou a divisão e, de cinco anos para cá, se transformou em um reduto do Hamas com constantes lançamentos de foguetes Qassam contra cidades como Sderot. Desde a queda de Hosni Mubarak, as Forças Armadas do Egito abandonaram o Sinai. O ex-líder egípcio pode ser descrito como o principal aliado de Israel no mundo árabe, sempre cumprindo a sua palavra. Por este motivo, o governo israelense manteve enorme cautela quando ele foi derrubado pelos manifestantes da praça Tahrir (ou melhor, pelo seu próprio Exército) no início do ano. As colinas do Golã, por décadas, foi a fronteira mais segura de Israel. Sírios e israelenses podem ser inimigos. Mas uma paz fria contribuiu para manutenção de uma estabilidade na região. Como dizem em Jerusalém, apesar de hostil, Assad era previsível e não via o menor benefício em enfrentar Israel. Isso não significa que o próximo regime da Síria, caso Assad venha a ser deposto no médio prazo, seja mais anti-Israel do que o atual. Pode até ser menos belicista. Porém certamente será mais enfraquecido do que foi o Baath até o começo deste ano. Terá as nuances de um governo similar ao do Iraque em 2006 ou 2007, sem o auxílio de forças americanas. As colinas do Golã, como o Sinai, se transformarão em uma terra de ninguém. Por incrível que pareça, a área mais segura é a Cisjordânia, onde os moradores não são cidadãos de nenhum lugar e Israel mantém a construção de assentamentos. Não seria mais útil disponibilizar estes recursos para reforçar a segurança nas fronteiras com o Egito, Líbano e Síria? http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/de-ny-a-jerusalem-depois-de-gaza-e-libano-sinai-e-a-terceira-frente-de-conflito-de-israel-gola-sera-a-quarta/
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Sim, vou escrever, sim, sobre os atentados terroristas contra Israel, que deixaram oito mortos. Os fatos são lamentáveis em si. Diante do terror, não tergiverso, pisco ou condescendo: é essencialmente imoral trocar, como sugerem alguns, terra por paz. Não! A paz vem primeiro. Até que forças palestinas não ponham fim ao terrorismo, negociar o quê? Terror não é política, a não ser na cabeça perturbada de alguns delinqüentes. Há ainda algumas dúvidas sobre os detalhes da operação, mas tudo indica que os terroristas partiram de Gaza e chegaram ao Sul de Israel passando pelo Sinai, no Egito. O governo do país nega. Mas, como informa o New York Times, nos últimos dias, o Exército do país tem feito operações no Norte do Sinai para combater radicais, reconhecendo a ausência de autoridade no local. Israel fez o esperado, o óbvio e o necessário: respondeu com um ataque a bases terroristas em Gaza, matando seis pessoas. Não adianta fazer de conta que a questão não existe: a desconstituição de governos como o do Egito e, agora, da Síria facilita a ação dos extremistas. Sim, as forças políticas dessas países têm as suas próprias demandas internas. Não serei eu a sugerir que tenham como preocupação principal a segurança de Israel, é claro. Mas que ninguém espere dos israelenses um comportamento compreensivo, complacente, agora ou no futuro, com aqueles que facilitares a ação de terroristas. O Hamas nega qualquer envolvimento com os ataques, coisa na qual ninguém acredita. Dada a moral que lhe é peculiar, apelou à solidariedade internacional… contra a vítima — no caso, Israel. Daqui a pouco tem início a mais famosa das ladainhas sempre que os israelenses respondem a uma agressão: a “reação desproporcional”. Vai ver o proporcional seria o estado israelense praticar um atentado terrorista contra inocentes palestinos, não é mesmo? Até quando os terroristas pedirão negociações de paz enquanto matam inocentes? Não sei. Enquanto o fizerem, terão a guerra e a solução decidida por aquele que se fez mais forte na luta, não por intervenção divina. O governo Obama é composto de amadores, mas pressente ao menos a presença de nitroglicerina. “Os compromissos recentemente assumidos pelo governo egípcio para solucionar a questão da segurança no Sinai são importantes e exigimos que seja encontrada uma solução duradoura”, afirmou Hillary Clinton. É, terá de ser encontrada! Ou Israel encontra, cumprindo aquela que é a sua primeira e mais importante missão: garantir a segurança de seu povo. Por Reinaldo Azevedo
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No que se refere à cidade de Jerusalém temos que ser realistas: ela jamais foi a capital de qualquer nação árabe. A sede do califado mulçumano sempre foi Bagdá, e as rotas do comércio sempre passavam pelo Cairo e em Damasco. A Jordânia invadiu e ocupou Jerusalém Oriental – 1948-1967 –, dividindo a cidade pela primeira vez, desde a sua criação, sendo o único período, desde os tempos bíblicos, em que não houve presença judaica nessa parte da cidade. AJordânia não só expulsou os judeus como proibiu que eles orassem em seus lugares sagrados, além de criar sérias restrições de acesso aos cristãos. Para tal, o governo jordaniano separou os dois setores da cidade com cercas de arame farpado e campos minados, para assim controlar a entrada daqueles que não fossem árabes e mulçumanos. Cometeu todo tipo de arbitrariedade para fazer desaparecer qualquer vestígio da milenar presença judaica na cidade: destruiu várias sinagogas (algumas viraram estábulos) e profanou o milenar cemitério judeu do Monte das Oliveiras, para que ali passasse uma estrada. Suas lápides foram utilizadas na pavimentação e em latrinas. Uma verdadeira violência, pois a Resolução 181 da ONU previa o livre acesso e trânsito de todas as nacionalidades, sem distinção de credo. Nem nos mais remotos tempos foram cometidas tais arbitrariedades. Mesmo depois da retomada de Jerusalém, em 1187, pelo sultão curdo Salah ad-D?n Yusuf ibn Ayyub (Saladino), e no período do império otamano que durou mais de seis séculos (até 1917), nunca havia sido cerceada a liberdade religiosa das três maiores religiões monoteistas. Que as autoridades do Estado Palestino procedam como o governo de Israel que, como país democrático, após a reconquista da parte oriental de Jerusalém em 1967, deu plena e total liberdade religiosa e acesso, sem qualquer tipo de restrições, aos lugares sagrados dos cristãos, judeus e muçulmanos. Todos circulam livremente. Curiosa, portanto, essa intransigente exigência da Autoridade Nacional Palestina em ter a capital do Estado Palestino na parte Oriental de Jerusalém. Pergunto: estarão de fato, Mahmoud Abbas, comandante do Fatah e presidente da Autoridade Nacional Palestina,Khaled Meshaal, do Hamas (antes dos conflitos na Síria, vivia nababescamente em Damasco — como nunca quis enfrentar a batalha, “se mandou” para Doha, no Catar, a milhares de quilômetros de Gaza, e Ismail Haniyeh, seu porta-voz, que se vire!) e Sayyid Hassan Nasrallah, do Hezbollah, dispostos a uma paz definitiva com Israel? Dá para acreditar nas promessas do Hezbollah, que é financiado pelo Irã, cujo presidente, Mahmoud Ahmadinejad, nega a existência do Holocausto e prega abertamente a destruição de Israel? E o que dizer do Hamas, que, após a morte de Bin Laden, fez uma declaração considerando o saudita com um “santo guerreiro árabe”? O primeiro gesto de boa vontade por parte dos palestinos é reconhecer o Estado de Israel. Como disse Benjamin Netanyahu em seu discurso no Congresso americano em 24/05: “Eu aceito o Estado Palestino. É hora de o presidente Abbas conclamar o seu povo e dizer ‘Eu aceitarei o Estado judeu’”. Na Sura Al-Baqarah 2,143, do Corão (Al-Karim al-Qur’an), está escrito: “E, assim, fizemos de vós uma comunidade mediana, para que sejais testemunhas dos homens e para que o Mensageiro seja testemunha de vós”. De acordo com a tradução do Corão elaborada pelo eminente professor de estudos árabes e islâmicos da Universidade de São Paulo (USP)Helmi Mohamed Ibrahim Nasr – uma das maiores autoridades mundiais no assunto –, com a colaboração da Liga Islâmica Mundial impressa no Complexo do Rei Fahad, Arábia Saudita, a palavra “mediana é tradução do vocábulo árabe ‘wasat’, e indica que a nação árabe deve estar isenta de extremismo, em todos os aspectos, uma vez que, segundo a máxima árabe, o que é melhor está no meio, aliás, essa ideia coincide com a máxima latina ‘in medio stat virtus’”. Que os palestinos sigam os ensinamentos do Profeta (sallAllahou alayhi wasallam, que a bênção e a paz de Deus estejam com ele). Humberto Viana Guimarães é engenheiro civil, consultor e pesquisador da História do Oriente Médio
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¿Hacia una única forma de Sionismo?

Si lo que Hertzl hizo hace más de cien años fue imaginarse un Estado judío, entonces nosotros debemos redefinir qué es esa cosa llamada Sionismo, observar hacia dónde estamos llevándola e intentar ya mismo desligarla de todo lo que hoy en día está significando, pues, si no, tendremos que resolver la siguiente encrucijada: o un Israel no judío –que seguramente no se llamará más Israel- o un Israel no democrático –que, vale decir, nada tendrá que ver con los jalutzim, con Pésaj, con Exodus o con todo lo que aprendimos durante nuestra milenaria y obstaculizada historia. Es que, si todo sigue como va, lamentablemente no habrán otras opciones que estas.En estos días, intelectuales de la talla de Shlomo Avineri, de Shlomo Ben Ami, de Amos Oz, de Edy Kaufman, o, incluso, iniciativas por parte de ex jefes del Shin Bet, del Mossad o del Tzahal, resultan, para los “sionistas”, “traidoras a la patria”. Para ellos, éstos son tan solo “difamadores de Israel”. Haaretz también. Yo también. El movimiento al cual pertenezco, Habonim Dror –el movimiento juvenil sionista no religioso más grande del planeta, y el cual fue creado justamente para crear el Estado de Israel-, también.Es que cualquier “opositor” a la unívoca palabra “sionismo” – la cual, en cuanto ellos mantengan su monopolio, se traducirá en recalcitrante, intransigente, narcisista, mitológica y absolutamente peligrosa para la continuación de un Estado judío y democrático-, no será más que un predecible desleal que se extravió del camino.Esto es, mientras éstos sigan poseyendo la hegemonía de la theoria del sionismo, y mientras su paradigma sea impenetrable, lo único que estará asomándose al devenir de la historia será el génesis de su fin; o, al menos, el de su contenido. La crítica y la diversidad de opinión acerca de las políticas del gobierno israelí (no confundir con las que critican el “concepto" del Estado de Israel) está siendo deslegitimada por los “sionistas” con una firme y tajante respuesta: “antisionsimo”; o, en su defecto, “antisemitismo”, “judeofobia”.El peligro de esta tergiversación del vocablo “Sionismo” radica en que hombres como Netanyahu o como Lieberman, son, para ellos, “brillantes”. En otras palabras, si por brillante entendemos conducir el sueño sionista hacia el ocaso, y acompañar al renacido hogar nacional judío hasta enterrarlo en el cementerio, entonces, pues, sí… es brillante.Siguiendo, su constante aplauso -el de esta “parte” del movimiento que se autodenomina el “todo”- es hijo de un nacionalismo tan duro como desafiante de las fuerzas de la naturaleza. Como únicos dueños de la verdad, los “únicos” sionistas de este mundo, aquellos cuya legitimidad la tiene Diós y el pasado, y que con ello justifican su indiferencia con respecto al futuro, sin fundamentos más que el de “ser el pueblo elegido”, no sólo que se olvidan de mirar hacia delante o hacia el mundo real en el que viven, sino que tampoco escuchan. Son sordos, ciegos y la realidad no les importa; ellos ya la tienen “escrita” desde antaño. Y ya sabemos cómo terminan los extremos así de testarudos y así de intolerantes: no es siquiera necesario recordar las experiencias que la historia nos ha ilustrado en tan diversas oportunidades.El sionismo recalcitrante ha deslegitimado, además, al más legítimo de los derechos de los individuos: a la libertad. Y no sólo por medio del fomento de investigaciones a ONG’s pro-paz, o por identificar “jalutziut” únicamente con el continuo poblamiento de lo que destruye cualquier esfuerzo hacia la paz, o con equis o cual discurso; sino que también, lo han hecho a través de estrategias tan terribles como la de comenzar a acabar con la Ley del Retorno hacia Israel para inventar una nueva: la del Regreso al Exilio.Hacia allá vamos. No es cuento.Tampoco piensen que es sólo un problema de la interna israelí; todo lo contrario. El Movimiento Sionista está desorientado a nivel global. Está sufriendo el síndrome de “nacionalismos-porfiados” así como lo están sufriendo algunos países europeos; y su vuelco es tal que casi no logra reconocerse a si mismo. Esto puede verse desde la formación del gobierno más inflexible de la historia de Israel hasta hechos de intolerancia en el seno del Movimiento Sionista en Montevideo: entre otras cosas, en los albores de una conferencia que dictaría un eminente académico sionista-israelí, y debido a que su mensaje traería críticas al ya citado dogma anti-refutable, (en condición de “antisionista”), su actividad debía boicotearse, y sus organizadores deberían dar explicaciones al respecto. Aunque ésta no se canceló, el intento de boicot es metáfora de esta polarización del sionismo mundial hacia una sola manera posible de concebirlo.Si seguimos por este camino, como ya fue dicho, el exilio nos espera. Ya no habrá ni diáspora ni sueño que valga. El tipo de sionismo que desde sus comienzos ha sido judío, humanista, pluralista, democrático y crítico, está siendo deslegitimado. Ya no vale. Ha sido víctima de la mayor amenaza contra aquellos que aún continúan teniendo esperanzas de que la paz algún día reine Ierushalaim, Tel Aviv y Nahariiya. En otras palabras, el creer que el Sionismo extremo puede acabar con el anhelo del resto del movimiento, es decir, con el de un Israel judío, democrático, justo, reluciente, pero por sobre todo verídico, cierto y real, es, quizás, permitido para quienes sólo piensan en el hoy a costas del mañana.Pero para todos aquellos que sí desean un Israel que brille por su excelencia universitaria, por su transparencia, por su justicia, por su capital social, por su alto nivel de innovación, por su libertad de expresión, por seguir siendo el país con mayor cantidad de voluntarios per cápita del mundo, por ser democrático y judío a la misma vez, y por poseer futuro propio, entonces no puede ni siquiera tolerarlo.Y por supuesto, esto también vale para los que quieren una diáspora libre en cuanto a pensamiento y libertad de conciencia se refiere.En fin, para lograrlo, no es necesario copiarle el modus operandi a quienes nos han opacado con soberbia. Alcanza con sacar a la luz que en el Sionismo existen diferencias, y que, por lo tanto, acá estamos: nosotros también somos parte de ellas. Y sí. También tenemos algo que decir.
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Israel - 21h10 - Milhares de israelenses foram às ruas de Beersheba, no sul do país, para protestar contra o alto custo de vida. O movimento contra .... Foto: AP

protestaram neste sábado em diversas cidades da periferia de Israel para pedir "justiça social", no quarto sábado consecutivo de manifestações contra o aumento do custo de vida. A maior concentração foi registrada na cêntrica Ben Gurion Boulevard de Haifa, a terceira maior cidade do país, enquanto em Be'er Sheva, no deserto do Neguev e onde se esperava o maior número de manifestantes, cerca de 12 mil pessoas protestaram, número inferior ao calculado pelos organizadores, segundo emissoras de televisão locais.

A onda de protestos em Israel começou em Tel Aviv pelos altos preços da moradia. A minoria árabe participou pela primeira vez dos protestos, embora de forma discreta, com manifestações em alguns pontos específicos. Dessa vez os organizadores dos protestos em Israel preferiram não convocar manifestações em Tel Aviv nem em Jerusalém, mas na periferia, com o objetivo de mostrar o caráter nacional do protesto.

As manifestações começaram no final da tarde de sábado, ao terminar o "shabat" (descanso semanal). Nas manifestações também era possível ver bandeiras que pediam a libertação do soldado Gilad Shalit, detido em Gaza desde 2006. Além disso, Be'er Sheva contou com uma forte presença de estudantes entre a multidão.

O presidente do sindicato de estudantes da Universidade Ben-Gurion, que participou dos protestos, declarou que o Governo de Benjamin Netanyahu não é "o único responsável pela situação", mas ressaltou que é ele que terá que "encontrar soluções". "Amamos este Estado. (...) Mas queremos viver em nosso país com dignidade", disse ele, segundo o site do jornal Yedioth Ahronoth.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5295927-EI308,00-Mais+de+mil+pessoas+protestam+em+diversas+cidades+de+Israel.html

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Milhares de pessoas lotam área central de Tel Aviv para protestar contra o governo neste sábado. Foto: AP

Milhares de pessoas lotam área central de Tel Aviv para protestar contra o governo neste sábado
Foto: AP

  • Cerca de 250 mil israelenses participavam de um protesto neste sábado à noite em Tel Aviv e em outras cidades de Israel para exigir "justiça social", segundo dados da polícia.

Estas manifestações, as maiores da história de Israel por questões sociais, são consideradas um teste para a continuidade do movimento, que começou há três semanas e segue crescendo.

Os organizadores dos protestos comemoraram o número de participantes superior a 200 mil que esperavam reunir para obrigar o governo conservador israelense a ceder as suas reivindicações de "justiça social".

O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, estimou em "mais de 200 mil o número de manifestantes em Tel Aviv e em 30 mil os reunidos em Jerusalém", enquanto várias pessoas continuavam chegando aos locais dos protestos.

Em um protesto anterior, realizado na semana passada, mais de 100 mil pessoas participaram das manifestações em Tel Aviv e em várias cidades israelenses.

Usando bandeiras israelenses e algumas bandeiras vermelhas, os manifestantes de Tel Aviv bradavam: "o povo exige justiça social", "o povo contra o governo".

Eles exibiam cartazes pedindo "solidariedade" e uma grande faixa com a inscrição "isto é o Egito", em referência ao movimento popular que derrubou o presidente Hosni Mubarak.

O movimento de protesto israelense, iniciado em meados de julho contra o aumento dos preços imobiliários, mobiliza principalmente as classes médias.

Entre suas exigências está a construção de casas de aluguel a preços mais baixos, o aumento do salário mínimo e escola gratuita para todas as idades

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