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A grande vitória da campanha anti-Israel ao redor do mundo não é um suposto ganho de consciência sobre a causa palestina. Na realidade, a vitória reflete a criação de uma narrativa dicotômica, que oferece aos observadores do conflito árabe-israelense apenas duas alternativas: ser anti ou pró-Israel. Essa retórica binária possui dois impactos. Primeiro, ela suprime […]
Há nesse instante crepuscular uma melodia espiritual no ar, fazendo vibrar em todos nós a energia da Luz Circundante, enchendo a nossa alma de alegra e felicidade. A Lua lá em cima brinda o mar com uma luminosidade impar do sol poente, mas o que está acontecendo? É a Rainha Shabat que está chegando, como uma fenda Cósmica a emitir energias positivas que enche a terra. Puxa vida, chegou o Shabat, SHABAT SHALOM!
Moré Altamiro Paiva.
O estudo da Cabalá não é apenas sobre como se tornar uma boa pessoa altruísta que compartilha, é sobre a criação de novos canais de luz para o mundo inteiro. Ajudar e compartilhar com um amigo beneficia dois e talvez mais algumas pessoas, mas revelando a Luz da Torah através do estudo do Zohar está em um nível mais elevado de partilha. É anônimo e beneficia o mundo inteiro. O nosso vaso torna-se conectado ao vaso do mundo e o apoia.
Zion Nefesh
Todos nós nesta fisicalidade passamos por situações de solidão e melancolia, cujos episódios são em parte cuidados pela ciência. No entanto, quando experimentamos sensações que nos causam dor a alma, é o grito dela, que num instante de desespero pede ajuda. Os 72 nomes do Criador, e a prece ANA BECHOACH, equilibram a espiritualidade e devolve a Paz. Que tal tentar?
Moré Altamiro Paiva
Até aqui, entendia-se que a origem da letra e música fosse referente a tradições romenas, mas a nova informação que há raízes portuguesas derivou de um estudo que se fez a cerca deste assunto e que o resultado final será a incorporação desta informação nos manuais de várias disciplinas.
Até agora, era aceite que a melodia teria origem numa balada do folclore da Roménia. No entanto, foi descoberta uma fonte mais antiga, num texto de do século XIV escrito com as anotações musicais da época, numa antiga sinagoga portuguesa.
Portugal e os portugueses, estão ainda mais ligados a Israel e ao Judaísmo do que aquilo que até aqui se tem pensado.
Este artigo foi adaptado de: "Clara Mente, o blogue do Canhoto" de Gabriel Canhoto um português que se converteu ao Judaísmo, e que presta um grande tributo ao judaísmo com toda a informação acerca do processo de conversão, a vida do dia-a-dia na sociedade israelita e na religão judaica. Um blogue de excelencia vale a pena ver e aprender.
Parashá Shoftim . (Por Marcelo Barzilai )
Muito interessante o texto da parashá desta semana porque trata da regulamentação e do comportamento das pessoas encarregadas de liderar e julgar as causas do povo. Não é incomum em nossa sociedade ouvirmos nos noticiários que um ou outro magistrado esteve envolvido em escândalos de corrupção, tendo tirado proveito de suas posições privilegiadas em relação aos cidadãos comuns.
Posições de liderança são e sempre serão necessárias para a regulamentação do convívio social, desde pequenos grupos às mais altas esferas da sociedade, promovendo o empoderamento de indivíduos. Entretanto, não é nesse aspecto que quero abordar essa discussão, mas, no âmbito da relação estabelecida entre o indivíduo considerado comum e o empoderado, onde um modelo de educação social propositalmente oferece uma mentalidade de submissão, fazendo com que a posição social privilegiada seja vista como uma proteção à infalibilidade humana.
Gosto muito da teoria da “Unanimidade Burra” de Salomon Asch, que visa demonstrar os efeitos de pressão social na conformidade e como e até que ponto as forças sociais moldam as opiniões e atitudes das pessoas, onde através de um experimento ficou provado que, independente do certo ou errado, um único indivíduo não resiste em manter seus posicionamentos, quando a maioria a sua volta apresenta posição contrária.
Seriam os povos vítimas do “Inconsciente coletivo”, de que fala a Psicologia de Jung?
Onde nós judeus estamos posicionados nesse contexto?
Estamos iniciando o Dia da Lua Nova de Virgem, no mês de Elul, um instante muito significativo, pelo inicio de um novo momento Cósmico numa pausa do Shabat. Começamos a contagem para Rosh Hashanáh com as súplicas de Shelichots a meia noite. “Nesse mês temos uma união cósmica entre o aspecto masculino do divino, Iessód que também é conhecido como HaKadosh Baruch Hu, ou “O Bendito seja Ele”, e Malchut que é a Shechiná, a Providência Divina, e representa o lado feminino do divino.”
“As letras ligadas ao mês do signo de Virgem, segundo o Sefer Ietzirá – Livro da Formação, são as letras Resh e Yud – a letra Resh criou o planeta Mercúrio, que é o planeta responsável pela comunicação – sem amor não existiria nenhuma comunicação: quando o amor desaparece, desaparece também a comunicação. A comunicação pode ser entre seres humanos, entre pessoas que se amam, ou entre a alma e o corpo. Nesse mês podemos energizar a nossa alma com o amor infinito do divino, que vem da Luz Infinita do Criador do Universo.”
Trechos do pronunciamento do Rabino Joseph Saltoun sobre o mês de Elul.
PARASHÁ REÊ ( Observe ) – Por Marcelo Barzilai. 14/08/2015
Três importantes indagações ( Idolatria, Identidade Própria e Falsos Profetas )
Como reprovar a idolatria sem que dispensemos críticas às práticas religiosas alheias em um mundo que clama por igualdade e respeito, principalmente em relação à fé?
Quando interpretamos a Torah literalmente subestimamos não só a capacidade criativa de D’us ao nos transmitir modelos de comportamento ideais, mas também nossa capacidade humana em receber intelectualmente essas dicas preciosas de como devemos nos relacionar com o outro.
Hoje, qual seria o resultado prático em combater àquilo que considero idolatria religiosa, enquanto minhas atitudes concorrem para o consumo desenfreado, a falta de sensibilidade social e os pequenos atos de corrupção que me levam ao cúmulo da adoração do “eu”?
Em determinado momento, nessa parashá percebemos ser importante, enquanto povo, nos diferenciarmos dos outros povos, contrariando nossos princípios humanistas de que todos somos iguais.
Se novamente apenas fizermos uma interpretação literal, sem ao menos nos preocuparmos com objetivos mais nobres do que simplesmente moldar nossa suposta santidade, não percebemos o quanto são importantes as diferenças. Não são as diferenças que nos dão noção de igualdade e construção de identidade própria, contribuindo para que nossas relações de troca e aprendizado ocorram?
Parece simples, mas não sei como identificar se o que o outro diz é bom ou ruim para mim. A princípio me entusiasmo com o discurso, até perceber com o tempo que não deveria ter dado ouvidos, quando me disseram que eu deveria ser assim ou assado, que eu deveria fazer desse ou daquele jeito, pois não tive capacidade para decidir por mim mesmo.
Questionando eu teria condições de construir minhas próprias opiniões e conceitos? Seria o preconceito fruto de minha ignorância?
Marcelo Barzilai
https://www.facebook.com/judaicahumanistadobrasill
https://www.facebook.com/pages/Juda%C3%ADsmo-Humanista/189682424382019?fref=ts
Em papos sobre Israel e sua economia, é impossível ignorar sua vibrante indústria de tecnologia. As mídias fazem parecer que por aqui as coisas estão bem. Somos brasileiros e infelizmente nosso exemplo de país faz Israel parecer país um desenvolvido sem glamour , uma Noruega 40 graus. O país é de fato membro da OECD […]
Sabedoria é grátis, mas é também a coisa mais cara que existe, porque, na maioria das vezes, nós a adquirimos por meio de nossas falhas, desapontamentos e mesmo dores. É esta a razão pela qual tentamos partilhar nossa sabedoria, de modo a que outras pessoas não paguem por ela o preço que nós já pagamos.
Eis algumas coisas que o judaísmo me ensinou a respeito da vida e que desejo compartilhar:
- Nunca tente ser esperto. Procure sempre ser sábio.
- Respeite os outros mesmo que sejam desrespeitosos com você.
- Nunca busque publicidade para o que você faz. se você a merece, a receberá. Do contrário, você será criticado. De toda forma, atos meritórios nunca precisam despertar para si a atenção de quem quer que seja.
- Quando você faz o bem aos outros, na realidade, serão beneficiados você, sua consciência e seu autorespeito. A maior recompensa em dar alguma coisa é a oportunidade de fazê-lo.
- Não busque atalhos no que você fizer. não há êxito sem esforço, nem realizações sem um trabalho árduo.
- Mantenha-se distante dos que buscam honrarias. seja respeitoso, mas lembre que a nenhum de nós cabe a função de ser um espelho para aqueles que, acima de tudo, amam a si mesmos.
- Em tudo o que fizer, tenha em mente que Deus vê tudo o que fazemos. não existe a possibilidade de enganar ao eterno. Quando tentamos enganar a outros, geralmente somos nós mesmos os únicos que se deixam enganar.
- Seja muito ponderado ao julgar o outro. se ele estiver errado, Deus o julgará. se errarmos no julgamento é a nós que ele irá julgar.
- Mais valioso que o amor que recebemos é aquele que damos.
- Dizia-se de um famoso líder religioso, que ele levava Deus tão a sério, que nunca sentiu necessidade de se levar a sério. eis um objetivo que vale a pena buscar alcançar.
- Saiba usar bem o seu tempo. a vida é curta – muito curta! – para ser desperdiçada com televisão, jogos de computador e e-mails desnecessários; curta demais para ser esbanjada com mexericos e inveja daquilo que os outros possuem; curta demais para ser preenchida com sentimentos de raiva e indignação e curta demais para perder tempo criticando os outros. “ensina-nos a usar os nossos dias a fim de conseguir um coração sábio”, diz o salmo. Cada dia em que você fez alguma coisa boa para alguém não foi um dia desperdiçado.
- Haverá muita coisa em sua vida que poderá lhe trazer mágoas. As pessoas podem, às vezes, ser indiferentes, cruéis, grosseiras, ofensivas, arrogantes, ásperas, destrutivas, insensíveis e rudes. isto é um problema delas, não seu. seu problema é como lhes responder. Certa dama disse uma vez: “ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem a sua permissão.” o mesmo se aplica às outras emoções negativas. não reaja. não responda. não sinta raiva ou, se a sentir, espere ela passar e então continue a sua vida. não conceda aos outros uma vitória sobre seu estado emocional. Perdoe ou, se não conseguir perdoar, esqueça.
- Se você tentou e falhou, não se sinta mal. Deus perdoa as nossas falhas, desde que as reconheçamos como falhas – e isto nos poupa da autodecepção de tentar enxergá-las como sucessos. nenhuma pessoa mereceu alcançar sucesso sem algumas falhas no caminho. o grande poeta escreveu também maus poemas; os grandes pintores fizeram quadros destoantes; nem todas as sinfonias de Mozart são obras-primas. se lhe falta a coragem para falhar, certamente lhe falta a coragem para alcançar o sucesso.
- Busque sempre a amizade daqueles que são fortes naquilo que você é fraco. nenhum de nós possui todas as virtudes. Até mesmo Moisés precisava de aarão. o trabalho de um time, uma parceria, a colaboração com outros que possuem dons ou pontos de vista diferentes dos nossos produz sempre um resultado melhor do que o que pode se conseguir trabalhando sozinho.
- Se você quer escutar a voz de Deus, crie momentos de silêncio em sua alma.
- Se algo está errado, não busque um culpado. Procure saber como pode ajudar a consertar o erro.
- Lembre-se sempre de que é você quem cria a atmosfera à sua volta. se você quer que os outros sorriam, sorria você primeiro. se você quer que os outros sejam generosos, seja você o primeiro. se quiser que os outros o respeitem, saiba respeitar os outros. a maneira como o mundo nos trata é um reflexo da maneira com que o tratamos.
- Seja paciente. Às vezes o mundo é mais lento que você. espere que ele te alcance, porque se você estiver do lado certo, eventualmente ele te alcançará.
- Nunca mantenha seu ouvido tão próximo da terra que você não consiga escutar o que uma pessoa honesta tenha a dizer.
- Nunca se preocupe quando outras pessoas disserem que você está sendo idealista demais. só idealistas conseguem transformar o mundo. e você vai querer viver sua vida sem contribuir para o mundo se tornar melhor?
- Seja correto e honesto e faça sempre o que você disse que ia fazer. não há realmente outra forma de viver.
Depois do comitê de negociações entrar em um acordo com o Irã que regulamenta seu programa atômico (para fins pacíficos), trago aqui uma lista de oito coisas que você ainda pode fazer para aproveitar antes que uma prometida ogiva nuclear (para fins pacíficos) exploda (com fins pacíficos) sobre nós. 1) Tomar sol nas ótimas praias. […]
Uma tarde ensolarada na bela cidade de Jafa. A moderna cidade milenar é famosa por ser um exemplo de colaboração entre árabes e judeus, além de fazer parte da maior cosmópolis do Oriente Médio, a liberal Tel Aviv. É nesta cidade onde se encontra o Centro Peres para a Paz, um centro educacional que promove […]
A Torá alternadamente têm chamado os israelitas: "Povo Escolhido", "um povo à parte", "reino de sacerdotes e uma nação santa." Entre muitos judeus, no entanto, há uma espécie de prazer secreto, mesmo perverso a ser descritos pelos mesmos livros como "povo de dura cerviz."
A denominação é encontrada várias vezes no Tanakh. (Deuteronómio capítulo 9 versículo 6, a leitura desta semana, é uma deles.) Sem dúvida, é uma expressão de irritação, até mesmo de frustração.
A metáfora deriva dos lavradores do solo que costumavam trabalhar nos campos. Para garantir o jugo corretamente na junção entre a cabeça e os ombros, o agricultor teve que convencer o animal para relaxar o pescoço e parte inferior de sua cabeça. “Dura cerviz" deve ser entendido, portanto, o oposto de flexão do pescoço, a fim de posicionar o ouvido para escutar.
Se "ser obstinado" é uma crítica, ele também se refere a uma característica que tem servido bem os judeus ao longo da história. Foi a posição padrão da frente judaica contra a adversidade.
Embora Bento Spinoza acreditava que a religião judaica rendeu seus adeptos em obediente e servil ("os fundamentos da religião", disse ele, "ter emasculado suas mentes"), pode ter sido porque ele estava cego pelas seitas religiosas judaicas de seu Tempo. Historicamente, a realidade sempre foi diferente.
Yoram Hazony, filósofo e teórico da política israelense, disse que o ideal do judeu sempre foi uma pessoa que como o patriarca Jacó, no Livro do Gênesis, "lutou com Deus e os homens e prevaleceu. "Na teologia judaica, a criação de Deus foi deliberadamente deixado inacabada para permitir independência humana (erros incluídos) para completar-la.
Submissão não incentiva a responsabilidade ou criatividade. A renúncia não é certamente uma característica judaica.
"A obstinação", o equivalente não-bíblico de "dura cerviz", expressa a ideia de "manter a posição apesar alguém." Em outras palavras, o que em determinadas situações é obstinação em outros é compromisso.
Os judeus são certamente um povo "de dura cerviz" no sentido de "teimoso" e "rebeldes", o que explica um monte de (autoinfligido) sofrimento que experimentaram e podem continuar a experimentar. Mas eles também são portadores de fortes convicções, e o que é mais, uma confiança inabalável em práticas humanas como a lealdade, mantendo promessas e uma visão de um futuro melhor.
Dura cerviz, no sentido negativo, é o indivíduo que, como explica o filósofo judeu Martin Buber, "deseja apenas para preservar e afirmar-se", algo que "leva a uma existência injustificada e sem sentido."
O "judeu obstinado," definido por seus compromissos, é aquele que é capaz de dizer: "Por esta causa eu nasci e, portanto, veio a este mundo, e ninguém vai me fazer mudar de compromisso."
PARASHÁ EKEV
Ekev significa: “Por causa de”, “devido à”, “ em consequência”, mas também pode significar “calcanhar”
RECOMPENSA E PUNIÇÃO
Podemos pegar como ênfase da Parashá dessa semana a “recompensa” e a “punição”.
Desde muito pequeninos percebemos que estamos sujeitos a sermos recompensados se fizermos a coisa certa e sermos punidos quando fazemos a coisa errada. Entretanto, não conseguimos perceber que ao passar para fase adulta não temos mais a necessidade de estarmos sujeitos à recompensa ou punição impostas pelo outro, mas, mesmo assim continuamos a enxergar o outro como àquele que detém o poder sobre mim, para o qual necessito provar que sou merecedor, caso contrário serei punido.
Nossas relações não são pautadas no respeito mútuo, mas, na satisfação mútua. “Tenho que necessariamente satisfazer o desejo do outro para que eu possa ser recompensado” e recompensado com aquilo que o outro tem para me oferecer, independentemente se o que vem do outro é espontâneo ou se foi fabricado por mim, em minhas investidas com o objetivo de mudar esse outro.
No contexto de uma vida, esse outro pode ser qualquer coisa. Um indivíduo apenas, um grupo de pessoas, uma organização, um inimigo, o próprio D’us, ou mesmo qualquer um com quem estabeleço uma relação de dependência e onde deposito minhas expectativas. Porém, se as expectativas são minhas, porque então necessariamente tenho que ter a aprovação do outro?
Só conseguiremos responder isso à partir do momento em que o outro deixar de ser uma metade para somar o seu todo com o meu . O outro só se satisfará comigo quando o que eu tiver para oferecer for minha totalidade e eu também só me sentirei satisfeito com o outro quando o que ele tiver para mim for sua totalidade.
Não posso querer o outro ao meu lado se respeito e aceito somente metade do que ele tem para me oferecer.
Só assim resolveremos nossos conflitos e abandonaremos esse sentimento de recompensa e punição responsável pelo fim da maioria das relações e quando compreendermos que na realidade “nunca fazemos por ninguém, senão por nós mesmos”.
( Hilel costumava dizer: “SE EU NÃO FOR POR MIM, QUEM SERÁ POR MIM? E SE EU ESTOU APENAS PARA MIM, O QUE SOU EU? E SE NÃO AGORA, QUANDO? ) – Pirkei Avot.
Marcelo Barzilai